Um Sócrates alternativo

Vejamos, eu equiparo este tipo de austeridade com a analogia da VIAGEM.
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Imaginemos o seguinte:
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1º Que temos de fazer uma Viagem de carro entre Lisboa e Porto.
2º Que a temos de fazer no mais curto espaço de tempo possível.
3º E que não podemos gastar muito dinheiro.
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Pois então, temos as seguintes alternativas:
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a) Colocar o cruise control a 80km/h:
a1) o Consumo do veiculo é de 30€
a2) o Tempo necessário = 4horas
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b) Colocar o cruise control a 120 km/h:
b1) o Consumo= 50€
b2) o Tempo= 3horas
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c) Colocar o cruise control a 160km/h:
c1) o consumo= 70€
c2) o tempo= 2 horas
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Qual das soluções seria a mais adequada?
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– O governo, desde que tomou posse, achou que a solução ideal era a c). Tomar a velocidade máxima de austeridade. À velocidade máxima o consumo do carro dispara e gastamos mais, se bem que esperamos chegar mais cedo. Mas se na carteira não tivermos dinheiro suficiente para esse tipo de consumo/velocidade bem podem as intenções serem boas que, chegando ali a Aveiras o carro para por falta de combustivel.
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Assim, a atitude certa, para logramos chegar ao destino no mais curto espaço de tempo, consumindo o menos possível é adequar a velocidade do carro ao valor que temos na carteira. Nem mais, nem menos. Se quisermos ir mais além na velocidade, faltar-no-à gasolina. Se quisermos ir mais aquém na velocidade para poupar gasolina, não chegaremos a tempo ao destino.
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Rb

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Em relação ao Sr. Ricciardi creio que o seu raciocínio faz sentido mas está incompleto. Se pretende chegar ao destino e consumir pouco dinheiro tem, como será de esperar, de sair mais cedo e assim faz a viagem mais devagar. Se demorou a tomar a decisão, então tem que sair a toda a velocidade para chegar ao destino atempadamente e isso concerteza lhe sairá mais caro. No entanto tem que ter em consideração que o custo da viagem é unicamente uma das variáveis, o tempo que o condutor perde na viagem sem conseguir produzir também tem que ser considerado. Se o custo/hora do condutor for de 20€/h é indiferente a velocidade porque o custo total da viagem será sempre igual a 110€, se o custo do funcionário for de 30€/h então em 4horas de viagem o custo do condutor será de 120€, em 3 será 90€ e em 2horas será 60€. Somando os dois custos para 4horas temos 150€, em 3 horas custará 140€ e em 2 horas será 130€. Como se pode observar o custo da viagem perde peso no custo total à medida que os custos/h da mão-de-obra vão aumentando. A sustentabilidade assenta no equilibrio dos custos com a produtividade!

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Tal irmão, tal irmã. É genético.

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Aproveitando a analogia da viagem de Ricciardi, mais acima, já começo a pensar que o que os nossos “parceiros” pretendem é que paguemos a maior quantidade de dinheiro possível no menor tempo possível (até porque os “resgates” estão-se a tornar uma verdadeira indústria). Deste modo, não correm o risco de que outra geração de políticos e cidadãos, para os que o memorando é um sucesso da sua adelescência, comece a questionar-se a razão de pagar, e de pagar tanto. Interessa que esteja tudo o mais pago possível antes de que esta geração saia do poder. Creio que está tudo pensado neste ponto, temos que pagar enquanto estamos atordoados.

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Manuela Ferreira Leite, essa perigosa esquerdista, diz coisas que não agradam aos actuais ocupantes do poder e àqueles que, de algum modo, vegetam à volta do Orçamento de Estado!!!

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Nos livros de Economia que eu estudei há 30 anos, os modelos teóricos funcionavam maravilhosamente porque se metiam umas hipóteses simplificadoras pelo meio e antes do q.e.d final metia-se qualquer coisa como “na condição ceteris paribus”.

O problema da economia real é que as hipóteses simplificadoras não têm efeito nenhum e a condição ceteris paribus é redundante.

Dito isto, declaro-me a favor do que denomino a “austeridade inteligente”. Este tipo de austeridade percebe que aumentar impostos e reduzir despesas tem efeito sobre o resto da economia e por isso tenta encontrar um equilibrio entre a redução do défice e os efeitos multiplicadores dos instrumentos de política orçamental.

Por outro lado, declaro que até concordo com as teses de Vitor Bento: é necessário estimular o sector de bens transaccionáveis dando-lhe incentivos e procurando que o sector de bens não transaccionáveis não viva de rendas artificiais. O problema é que não se pode estimular o sector de bens transaccionáveis destruindo o resto da economia e supondo que empresários da restauração, alfaiates, pedreiros, canalizdores, licenciados em relações internacionais e sociologia começam no dia seguinte a exportar tecnologia com alto valor acrescentado, cheios de entusiasmo e alegria.

Finalmente, o discurso político. Parece-me completamente errado o discurso do sacrífico e da dor, ainda para mais feito por pessoas que nunca exportaram e cuja experiência de vida sempre gravitou à volta do Estado e do sector não transaccionável (isto é uma generalidade, não é uma piadola para alguém em especial). Não soa bem e causa uma profunda irritação no povo simples como eu.

Para terminar: estão a abrir-se feridas que levarão muitos anos a sarar e não sei se no meio da tempestada não naufragaremos e andaremos perdidos por aí durante umas décadas. Veremos o que vai acontecer nos próximos anos.

Termino desejando um óptimo Abril ao blogger João Miranda.

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francamente João Miranda: MFL deu pistas ao governo para inverter políticas e o sr. ataca o mensageiro . Não concordo com tudo o que ela disse mas é evidente que o ajustamento terá de ser parado se o resultado for uma balança corrente equilibrada ,défice publico zero ,mas no final , já não houver portugal nem portugueses. Entendo como tenho reiterado, que o governo continua a não dar sinais de tocar nos interesses instalados e castiga os fracos .Ainda há dias declarou que o vencimento do senhor que gere a dívida pública pode ir até 10000 euros mensais brutos! Enfim, espero para vêr o próximo corte na despesa pública e se não incidir sobre: rendas excessivas,ppp,câmaras,empresas municipais,observatórios ,institutos,fundações,associações,frota de carros ,vencimentos dos “especialistas”,isenção de IMI dos fundos e da banca,número de deputados ,estado paralelo,”outsourcing dos ministérios,redução do orçamento dos partidos (50a 75%),privatizar o SEE(todo) e, continuar a cortar os vencimentos “dos outros” e despedir os assistentes, o sr P.R. deve despedir o governo com uma declaração ao país e incluir no prefácio do seu próximo livro o nome deste 1º ministro para para as gerações vindouras aprendam que fomos governados por gente do mais rasca que a sociedade produziu.

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Ó Expatriado, não é só isso, a leitura da maior parte dos comentários mostra porque não passamos de um país falido, absolutamente deprimente.

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pelos vistos o JM vai estar muito aterefado nos próximos tempos
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Capucho defende remodelação que inclua Vítor Gaspar
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3160301&page=-1

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Capucho defende remodelação que inclua Vítor Gaspar
Este, MFL e Pacheco Pereira fazem um trio de encornados que não perdem uma oportunidade para deitarem abaixo o Governo do partido a que dizem pertencer.
Mas alguém os leva a sério quando o fel lhes escorre da boca?

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Os rapazinhos que andam pelos tapetes do poder como tarantas sem saber como sair do buraco, ou pelo contrário cavando mais o buraco, não podem ser criticados. Tadinhos, são pequeninos. 😉

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Rui Rio, perigoso esquerdista, também é contra o despacho que suspende pagamentos nos órgãos do Estado.
E António Capucho também.
António José Seguro não necessita de fazer oposição. Pode ir de férias para “Puta Cana” e voltar para o governo lhe cair nas mãos quando o PSD derrubar o psd. 😉

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Curioso… lembro-me lembro-me dos comentários do Pacheco Pereira na Quadratura do Circulo no inicio deste governo. Reconheço que até eu próprio pensei que ele estava a exagerar, apesar de reconhecer o seu nivel intelectual, e das discordãncias que com ele tenho. Só que. o problema acedrtou em cheio…. e continua a acertar, não em tudo mas em quase tudo . Sabe mais a dormir do que todos os miseráveisitos autênticos papagaios deste governo, acordados. TODOS ainda é pouco.
Mas o que acho impressionante nestes papagaios e otários afectos a este governo que por aqui andam e não só, é que estão diariamente a ser encavados por estes alucinados que governam este país, mas assobiam para o lado e balbuciam ” encavem mais que eu gosto…”

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