um hino à demagogia
13 Abril, 2013
Se bem me lembro, as últimas vezes que ouvi António José Seguro pronunciar-se sobre o governo foi para anunciar uma «clara ruptura» do seu partido com ele e com o primeiro-ministro, de quem, segundo as palavras do próprio, «já nada espera». Por isso, é absolutamente extraordinário que, estando em ruptura oficial com o governo, venha agora reclamar por não lhe terem remetido as propostas orçamentais enviadas à troika. Se nada espera deles, estava à espera de quê?
21 comentários
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Caro Rui,
Eu já dei coisas a quem não esperava nada de mim. E também já recebi coisas de quem eu não esperava.
Podemos também ver deste modo: Passos Coelho demonstrou que Seguro tinha razão quando disse que não esperava nada do governo.
Aliás, Passos Coelho não ficou livre dos deveres institucionais por Seguro dizer o que disse.
A ideia não é defender Seguro que nem sabe da minha existência. É mais para “criticar” Coelho. Tenho tempo de criticar Seguro daqui a um tempo. 😉
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Família é família ou como o despedimento de Relvas se deve a todos menos ao governo!
http://www.ionline.pt/portugal/conselho-nacional-psd-aprova-voto-louvor-miguel-relvas
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Estamos a tratar a política como um ‘briga de bairro’ ou será que ainda vigoram ‘regras (de convivência) institucionais’?
Quem acredita que para os nossos ‘parceiros internacionais’ (esta designação é estupenda) bastam os ‘cortes estruturais duradouros’ na despesa pública ditados pela maioria PSD/CDS?.
Ou está a ser aberto (mais) um caminho para o PS libertar-se da Memorando?
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Caro Rui A.
Diz ao teu camarada CAA que vá à merda ou que use uma caixa de comentários onde se possa comentar.
(ou em alternativa crie um blog exclusivo “à la Pacheco Pereira” com bancos de jardim e tudo)
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Vou gostar de ver a reacçao marciana quando for estabelecida a IGUALDADE entre os vencimentos e regalias da FP e os privados…..
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Meu Caro Fincapé,
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Eu vejo as coisas nestes termos: por razões que cada vez me interessam menos (e estou a poupar aqui o PS), o País está sobuma férrea intervenção dos seus credores internacionais, que consiste, essencialmente, na necessidade de se adoptarem as medidas económicas e orçamentais que eles pedm, sob pena de não nos emprestarem dinheiro para não entrarmos em default.
O chumbo do Tribunal Constitucional, por razões que me interessam cada vez menos (e estou a poupar aqui o PSD, que fez um orçamento inconstitucional graças a uma Constituição rígida, que há muito devia ter sido substituída, devido à impossibilidade de a rever seriamente), gerou um problema acrescido para o país, de que os nossos credores francamente gostaram pouco.
As medidas orçamentais de substituição das reprovadas não podem falhar. E, desde logo, não podem ser objecto de gincana política, o que as condenaria ao fracasso imediato e levantaria novo e cada vez mais irresoluvel problema para todos nós. Acho isto uma irresponsabilidade total, meu caro.
Por outras palavras, para mantermos os níveis aproximados de vida a que estamos habituados, não podemos entrar em default. Se isso acontecer – acho graça evocação de Mário Soares – o nosso destino é a Argentina e, garanto-lhe, nao será nada bom. Para mantermos as coisas aproximadas ao que estão, temos de continuar a ter dinheiro para as sustentar e pagar, pelo que temos de obedecer às imposições de quem no-lo empresta. Elas são duras – pois são, meu caro – e são-no porque já demonstramos que não somos de confiança, Um país, como Portugal, que vai à falência três vezes em trinta e cinco anos não é um devedor em quem se possa confiar.
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Abs.,
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Ou muito me engano ou ouvi dizer que a igualdade é “entre a função publica”
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governantes que têm como core business a austeridade e que centram cortes no subsidio dos desempregados e dos doentes, não são gente confiável.
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o pobre homenzinho merece uma atitude de comiseração de tão entalado que anda no partido.
ainda acaba em Rilhafoles
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Um certo vídeo nunca visto em demasia
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Um Governo de Emergência Nacional, PLEASE!!!! os “Jotitas” para casa…
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Isto, já só o marokas se lembra …
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Caro Rui A.
Como é que posso discordar de si? Claro que tem razão no que diz. E leio claramente o seu desencanto, que eu também sinto. E uma grande preocupação. Mas há algumas considerações que devem entrar no jogo. Por exemplo, aquelas que resultaram em maus resultados para a economia. Ou todo o percurso desde que Passos Coelho dizia que o PECIV era demasiado doloroso para os portugueses, até este alargamento do prazo que o governo dizia sempre não querer, passando por todas as falhas nas previsões. Acrescento a isto o facto de a troika ir anunciado sucesso após sucesso para à sétima dizer “fracasso”. Ou ainda os anúncios de erros de previsão dos resultados dos programas, devido à austeridade excessiva, como o caso da Irlanda, senhor Ashoka Mody. Ou até os da “nossa” troika, cujos responsáveis referiram abundantemente os erros que, aliás, iam mantendo. Eles é que afirmavam os erros, não eu.
Parece-me também que, numa negociação, mesmo entre devedores e credores, os devedores, assumindo as suas dívidas, não devem negociar de cócoras. Humildade, fica-lhes bem, mas pôr-se de cócoras, não acho bem. Ainda há umas semanas, quando se falava no alargamento de prazos pedido também pela Irlanda (chegou a falar-se em 10 ou 15 anos, não me lembro bem), Gaspar afirmou logo que era tempo excessivo. Suponho que até disse que cinco anos bastavam. O que pensariam os irlandeses… se o ouviram. Espero que não. Até porque acredito pouco (nada) que este alargamento de sete anos nos baste.
De resto, acho que o governo, e Passos Coelho, fizeram muito pouco para prender o PS e Seguro a um rumo para o país. E parece-me que esse esforço deveria ter sido feito pelo governo e por Passos Coelho. Desconfio que Seguro teria a mesma posição (estratégica) que tem agora. Mas ficaria sem esse pretexto, que agora é repetido por todos os comentadores (mesmo de direita) e parece-me que os portugueses teriam muito maior compreensão pelo governo, o que seria positivo.
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Sobre o primeiro comentário, escrevo muitas vezes como se estivesse junto do interlocutor, a beber um café, digamos. Só que as nuances da voz não vão pelos fios abaixo, pelo que se perde sempre algo. Até alguma ironia. Por isso, não leve a mal algo que lhe pareça menos próprio.
Cordiais e amigos cumprimentos.
Abs.
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Os acordos que o governo do PS fez com empresas tecnológicas que vieram para Portugal são públicos?
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Não tente tapar o sol com a peneira, Rui A.
Este governo nem internamente se entende quanto mais com interlocutores externos.
Enquanto isso o país lá vai pagando pesadamente (+30.000M€ de derrapagem de contas de Gaspar em 20 meses…) o valor de tal incompetência e autismo político.
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“Um país, como Portugal, que vai à falência três vezes em trinta e cinco anos não é um devedor em quem se possa confiar.”
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Isto prova que os credores também são irresponsáveis, pois ninguém de bom senso empresta dinheiro a um perdulário.
Mas até compreendo: eles nunca emprestam o que lhes pertence, mas sim o dinheiro alheio de que se apropriaram.
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É oficial… gaspar, o ministro da troika!
http://www.independent.ie/business/irish/austerity-plan-for-ireland-was-a-mistake-and-counterproductive-ex-imf-official-29189848.html
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Esse gajo é burro,
é fascista, dizem, e eu tenho
que ele é autista, subserviente,
um perigo neste passos para
o País, para os mais
pobres de nós .
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O (in)Seguro também terá dado conhecimento ao Primeiro-Ministro das cartas que andou a escrever à Troika? É só uma curiosidade:
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