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Em Portugal o bom senso é escandaloso

3 Abril, 2014
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A Isabel Jonet tem um defeito: fala com franqueza. E tem outro defeito ainda maior: diz o que pensa sabendo sobre aquilo de que fala. Isto para além desse defeito supremo que é não ser politicamente correcta, isto é, não ser de esquerda.

Está por isso envolvida, de novo, numa polémica inflamada pelas redes sociais – precisamente porque se atreveu a falar de redes sociais. Disse uma coisa óbvia: se os desempregados se fecharem em casa têm mais dificuldade em regressar ao mercado de trabalho. Nenhum Linkedin os salva. Para além de que todos sabem, mas fingem que não sabem, que não é no Linkedin que os desempregados passam as suas horas vazias.

31 comentários leave one →
  1. 3 Abril, 2014 09:30

    Como figura pública devia ter mais tacto e medir as palavras. Não se fala para o público como se estivesse a tomar chá e a comer biscoitos com as amigas… É uma falta de respeito e demonstra que não tem “cachet” para ocupar o cargo à frente do Banco Alimentar, estando periodicamente a envergonhar esta instituição com as suas tiradas de “tia”. É um verdadeiro zero à esquerda em comunicação para as massas, e isso é uma parte importante do seu trabalho. E isto sem entrarmos nas minhas suspeitas de que a senhora provavelmente abusa do gin…

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    • Atento permalink
      3 Abril, 2014 09:37

      Nem acredito no que leio!
      Mais uma típica portuguesa a quem assenta que nem uma luva o meu comentário feito infra.
      O seu comentário demonstra uma absoluta ignorância da actividade desta senhora, à frente duma instituição que tem a dimensão que tem à custa de um enormíssimo empenhamento pessoal dela.
      Pois o problema dos Portugueses é a comunicação…. Ou seja se a mentira for piedosa, engolem tudo.Inacreditável.
      Se Isabel Jonet fez o que fez e faz o que faz e abusa de gin, a Madama para escrever o que escreveu abusa de quê?

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    • Oalves permalink
      3 Abril, 2014 11:36

      Esta em vez de estar no Linkedin, vem comentar para os blogs. Farto de gente que passa a vida a comunicar para as massas, sem dizer nada, estou eu. Falta de vergonha? A senhora é que devia ter ter vergonha do comentário que fez.

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    • Incauto permalink
      3 Abril, 2014 13:45

      Se fôr o Louçã, a Avoila, a Raquel Varela e etc. e tal a dizer alarvidades bate palminhas, não é Madame “X” de “Xtupidez”?

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    • vitorcunha permalink*
      3 Abril, 2014 15:17

      Eu suspeito que a MadameX diz o que lhe ensinaram a dizer nas acções de formação do grupo de apoio ao doutor-engenheiro Sócrates.

      Tal como a MadameX, não vou substanciar. Lama é lama.

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  2. Atento permalink
    3 Abril, 2014 09:31

    Sim…. em Portugal não se poder ter razão nem quanto à substância … e – cada vez mais – nem quanto à forma.
    O que é meritório em Portugal não é fazer-se o que deve ser feito mas o que deve ser feito para não se fazer o que se devia fazer…. É como a forma como se esta a abordar défice e as malfadadas, mas necessárias medidas de austeridade.
    O problema é que em Portugal ninguém pode ter a coragem de endireitar a vara. Andam muitos a endireitar a sombra. Quando alguém dá uma pedrada no charco é um ai Jesus…
    E se esta senhora tem autoridade moral!

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    • oscar maximo permalink
      3 Abril, 2014 10:53

      Independentemente de ser verdade ou autoridade moral o que diz, declarações que separam o comportamento a ter dos desempregados dos empregados não é boa politica. Nessa organização voluntária, a Isabel devia voluntáriamente sair, para não a prejudicar. Porque muita gente á minha esquerda – quase toda a gente – deixou de contribuir por não apreciar a forma como são feitas estas afirmações, e isto são factos.

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      • Alexandre Carvalho da Silveira permalink
        3 Abril, 2014 11:19

        A gente lê estas coisas e não acredita. O que afirma só desabona a ” gente à sua esquerda”, que confunde o Banco Alimentar e a sua função com quem a dirige. O que Isabel Jonet disse não tem nada a ver com a gestão da instituição, e deixar de ajudar o BA porque não se gosta do que diz a presidente, é típico da esquerda: a estupidez não tem limites!

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      • Atento permalink
        3 Abril, 2014 11:59

        Gente à sua esquerda, deve ser difícil, camarada!
        Olhe que os factos não dizem isso. Mesmo com a crise, as doações «não tem sido mázitas»…

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      • Atento permalink
        3 Abril, 2014 12:00

        Obrigado pela defesa da honra, Alexandre Silveira

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      • oscar maximo permalink
        3 Abril, 2014 13:36

        Pronto, seja como querem, estas polémicas ajudam a instituição

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      • Atento permalink
        3 Abril, 2014 14:17

        Caro oscar maximo – post das 13:36:
        Não, se as palavras fossem ditas pela maltósia da esquerda (estílo, da associação Abraço), estariamos a falar do exercício de liberdade de expressão, como não é, é um crime de lesa-pátria.
        A coerência com que a esquerda nos tem brindado (e diga-se tem ajudado muito a Portugal).

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  3. Jorge Araujo permalink
    3 Abril, 2014 09:41

    em neo tontismo as redes sociais só tem um caminho, crescimento explosivo, por um lado alienam, por outro a malta dos 90% – 95% não tem guita para passeios e é infinitamente mais barato ficar em casa a mandar umas bojardas ou vender privacidade, ou whatever , alguns desses tesos até discutem avidamente a sua liberdade ou as maravilhas de liberalizar ou da concorrência, outros dão hossanas ao Maduro, ou ao Louçã , malucos para tudo.

    Bottom line, enquanto a malta não tiver um chavelo a jonet tem toda a razão, mas só vai crescer o fenomeno

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  4. Tiradentes permalink
    3 Abril, 2014 10:12

    Independentemente de qualquer “autoridade moral” o que ela afirma é uma evidência. Mais o é, sendo perigosa para quem se encontra nessa situação. é o mesmo que dizer que em idade escolar não se aprende matemática no facebook.
    É uma pequena frase que retrata algumas situações (bastantes? ninguém sabe) que deve derivar de algum conhecimento pessoal que ela tenha mas que dito por ela e porque lançaram-lhe em cima um anátema cheio de preconceitos resulta no julgamento sumário que assistimos.
    É disto que numa primeira análise os nossos “jornaleiros” são feitos e depois uma parte significativa de gente que mal sabe apreender o conteúdo de uma simples frase interpreta.
    Mas é disto que hoje o país é feito…..sabem soletrar mas ler ? está quieto. Não admitem uma crítica, ainda que construtiva, mas julgar e criticar os outros mesmo sem fundamento é o que mais fazem.
    São duas gerações de gente: a das “conquistas civilizacionais” ( à custa dos outros) e a da geração “mais bem preparada de sempre”. A primeira pouco andou na escola e por isso não aprendeu. A segunda andou nela mas pouco aprendeu.

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  5. António permalink
    3 Abril, 2014 10:24

    … solução… que todos os desempregados saiam para a rua de chicote na mão e deem em si mesmos 20 chicotadas,,,, assim toma,,, pois são uns doidos do faceboocas….

    vão bardamerda…. senhores donos da verdade.

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  6. @!@ permalink
    3 Abril, 2014 10:27

    http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=143963
    “Não se pode impor mais cortes a quem não aguenta mais”
    Ela também disse isto.
    Não se entende o ataque a esta senhora mas pior fazem quem diz defende-la que transmitem a ideia do caridoso-chique/hippie e não estamos a precisar disso.
    Considero uma critica velada aos “gurus” que incentivam e promovem o uso das redes sociais para enriquecimento do curriculum pessoal.

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  7. manuel permalink
    3 Abril, 2014 10:37

    Este, é mais um não assunto para desviar as atenções da brilhante governação deste governo.

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    • Atento permalink
      3 Abril, 2014 10:39

      Caro Manuel,
      Saudações manuelinas…. Homem… Você tem o disco riscado!

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      • manuel permalink
        3 Abril, 2014 11:02

        Quer melhor notícias : ” não haverá mais cortes nos salários e pensões” “em 2015 o IRS vai reduzir” ,palavras do do sr primeiro Ministro dr Passos Coelho.

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  8. joshua permalink
    3 Abril, 2014 11:16

    O pior inimigo dos desempregados são as Redes Sociais? O pior inimigo da produtividade são as Redes Sociais. O pior inimigo dos casamentos e dos relacionamentos são as Redes Sociais. As Redes Sociais podem ser o pior inimigo de muitas coisas, o pior inimigo de muitos e muitas.

    Mas hoje, ano e meio depois de o desemprego ter regressado à minha vida e com cara de querer ficar, descobri, e descobri algo tardiamente, que as Redes Sociais são-me afinal um oásis de socialização, uma plataforma gratificante para novas formas de amizade manifestada, um espaço transformador para a comunhão de causas e para a mais esplendorosa criatividade.

    Quando não há emprego, quando o emprego e a procura de emprego redundam numa enxurrada de derrotas sucessivas, de muros altos e barreiras impossíveis de transpor, ainda bem que temos nas Redes Sociais o escape perfeito, a válvula animicamente remediadora. Em face do labirinto inextricável do desemprego, da destruição gradual da auto-estima pela situação de desempreto, há um porto de abrigo.

    Por outras palavras, obrigado, Linkedin. Obrigado, Facebook. Obrigado, Twitter. Obrigado, Google+. Obrigado, Blogger. Quanto a Isabel Jonet, compreendo perfeitamente o que quer dizer, mas parece-me simplista de mais e, nesse ponto, pouco fiel à realidade íntima dos desempregados e algo falho em matéria de capacidade para a compaixão.E a compaixão é, ou deveria ser, o departamento prático de que a Isabel Jonet se ocupa como ninguém.

    Estou aqui a pensar e nunca compreenderei por que motivo ninguém me contacta nem contrata para nada, uma ideia, um projecto criativo. Não é certamente por viver num País de Mierda, como dizem os espanhóis, nem por causa da minha excessiva entrega às Redes Sociais, com exposição de pontos de vista políticos quotidianos a beliscar sobretudo a fantástica agremiação política que o Partido Socialista e o seu legado. Não. É um mystério para mim, José Manuel Fernandes. Um Mystério.

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    • Tiradentes permalink
      3 Abril, 2014 12:47

      Mas quem fez essas afirmações que vc posta? Já está a comentar o que dizem que ela disse? Ou não é capaz de ler e apreender o que lá está escrito e foi dito por ela sem que leia só o título malicioso, pré-conceituoso?

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  9. josé permalink
    3 Abril, 2014 11:54

    A questão, é que o “senso comum” é afinal o “menos comum dos sentidos”. Por isso, os poucos que o têm e, além disso o expressam, passam tantas vezes por alienados extraterrestres.
    No tema em causa, Inflamações=Ignorância=Má fé, à parte, a Dra. Isabel Jonet tem toda a razão.
    Sim, as redes sociais, podem ajudar quem está desempregado, como meio na divulgação de CV e busca de oportunidades/ofertas de emprego.
    Mas não podem ser o fim em si, não dispensando uma ativa busca pessoalmente, indo ao encontro de empresas, pessoas e lugares onde a socialização potencie contactos, exposição pessoal e oportunidades.

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  10. Fincapé permalink
    3 Abril, 2014 12:00

    Dois extratos da notícia do Público. O primeiro (José Bancaleiro) é apresentado como voluntário no Banco Alimentar.
    A Isabel Jonet faz muito bem aquilo que faz, mas diz muito mal aquilo que pretende dizer. Ai se fosse o Soares. 😉
    ———–
    “José Bancaleiro, director executivo da Stanton Chase Portugal… as redes sociais facilitam a procura de emprego. “E a maioria dos empregos está nos portais electrónicos”, acrescenta este voluntário do Banco Alimentar, para quem o maior inimigo dos desempregados é mesmo a falta de emprego.”
    ——
    “Não podemos ser tão extremistas”, comenta Nuno Troni, gestor executivo em Portugal da empresa de recrutamento Michael Page, a propósito das declarações de Isabel Jonet. Se as redes sociais podem proporcionar o mais puro ócio, podem igualmente ser uma das ferramentas mais importantes para detectar oportunidades de emprego…”

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  11. Recrutador permalink
    3 Abril, 2014 12:23

    Depois mandam CV’s e quando pergunto o que andaram a fazer nos últimos 2 anos dizem-me que estavam desempregados. Quando pergunto a quantas entrevistas foram nos últimos 2 anos trocam os pés pelas mãos. Quando acaba a mama é que se mexem.

    Prefiro aqueles que continuam activos, mesmo sendo noutra área, mostra que são pessoas com carácter e que vão à luta quando as coisas ficam difíceis.

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  12. JorgeGabinete permalink
    3 Abril, 2014 15:29

    Dois pontos:
    – o defeito de Isabel Jonet está erradamente descrito: Isabel Jonet fala mas faz, bem, diferente do que estamos habituados.
    – Nuno Troni, que se prontificou rápidamente a reagir, é interessado materialmente na utilização de redes sociais e nomeadamente o Linkedin e devia por isso ter pudor, não deixando de lado a questão sócio-profissional, só com muita safadeza se presume que as palavras de Isabel Jonet visam pessoas com potencial de empregabilidade através do Linkedin e mais notoriamente ainda da Michael Page.

    Entre o delito de opinião e o oportunismo profissional, este estado de coisas cauciona o segundo. Triste! Mais triste ainda é os dois reactores se engalanarem da condição de voluntários do BA, não há festa nem festança….

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  13. BEIRAODOS SETECOSTADOS permalink
    3 Abril, 2014 15:49

    A senhora cometeu um pecado – disse a verdade – e a verdade sempre custa a ouvir e aceitar. Ha muitos desempregados que poderiam deitar maos a ocupacoes alternativas ou temporarias. Mas nao querem porque acham ter “direitos” (que os “outros” pagam), claro esta! Nao se vao sujeitar a qualquer coisa, querem escolher e…vao-se acomodando e criando maus vicios.Nao estou a generalizar porque sei que ha gente que deita maos a “qualquer” ocupacao ou oportunidade que apareca. Simplesmente as coisas nao aparecem por obra e graca do espirito santo…ou so da redes sociais.

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  14. Aladdin Sane permalink
    4 Abril, 2014 00:16

    Isto merece uma indigmanif!

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  15. Churchill permalink
    4 Abril, 2014 11:26

    O pior inimigo dos desempregados é a falta de emprego.
    Estando em casa com dinheiro suficinete para pagar televisão e internet, podem ver o Goucha e a outra que berra, ou então ir para as redes sociais. No primeiro caso gritam para a televisão, nas redes pelo menos podem julgar que alguém os ouve.
    Como é evidente a sra. está a falar de algumas realidades que conhece de umas pessoas que se isolaram, e à falta de melhor fez logo a avaliação psicológica e o tratamento. Também importa referir que foi durante um programa de rádio, se fosse no facebook talvez ela tivesse tido algum tempo para ler o que iria postar.

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