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A ficção da ferrovia

20 Maio, 2014
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ferroviaO voluntarismo político dá nisto, prejuízos na casa dos milhões suportados, ainda e sempre, pelos contribuintes. Com a agravante de vedarem actos de gestão (paragens pelo menos em Nine, Barcelos e Viana) que poderiam minimizá-los.

Uma ligação ferroviária Porto – Vigo justifica-se? Haja liberdade para os operadores abrirem as rotas que entenderem, que ela seria criada se fosse viável. Actualmente, haverá factores que não a aconselhariam, de natureza técnica, mas não só. Desde logo, é inviável pretender fazer uma ligação rápida numa linha de via única e a coexistir com inúmeras composições regionais. Forçará inevitavelmente paragens em várias estações para os cruzamentos, onde passageiros não poderão entrar nem sair, sob pena de desmentir a propaganda política da “ligação directa”. E tornará a viagem bem mais demorada (mais de 2 horas para percorrer 120 kms), insusceptível de competir com o automóvel. 

Mas tão ou mais importante do que isso é olhar-se para os transportes de forma integrada, que não dispensam os chamados nós intermodais. Estes permitem não só racionalizar, mas potenciar a utilização articulada de diferentes meios de transporte. Aqui, deparamo-nos logo com uma falha gritante, a ausência de uma estação ferroviária no aeroporto Sá Carneiro, com ligação directa à linha do Minho e às linhas do Norte e do Douro via Campanhã. E um serviço devidamente integrado com o transporte aéreo, permitiria que, em qualquer estação entre Vigo e Coimbra se fizesse o check-in para o voo e o correspondente despacho da bagagem. Esta articulação, que é simples logística, criava condições para implementar uma estratégia win-win, ao permitir captar passageiros para o aeroporto e para a ferrovia: passageiros nas áreas de Vigo ou de Coimbra tenderiam, a demandar o aeroporto Sá Carneiro por comboio, face à sua maior proximidade relativamente a Lisboa ou Madrid e à acrescida conveniência com tal articulação de meios de transporte. Aparcamentos adequados nas principais estações das linhas e promoções turísticas integradas nos outros locais por elas servidos, constituiriam outro chamariz a uma maior utilização.

Tudo isto rentabilizaria as linhas? É pouco provável. Para além da estação do aeroporto, haveria que duplicar e electrificar a linha em toda a sua extensão, de modo a que permitisse a circulação dos Alfas, com um nível de conforto incomparável ao actual. Ou seja, investimento de mais algumas centenas de milhões. Quando o aeroporto duplicar o tráfego para 12 milhões de passageiros / ano, tiver mais algumas rotas intercontinentais (uma hipotética para Cuba atrairia por certo muitos galegos), talvez permita atingir o break-even. E mesmo assim, convinha que se complementasse com adequados interfaces ferrovia / transporte marítimo, potenciando também a actividade dos portos de Leixões e Vigo.

Em suma, aliciar passageiros para o transporte ferroviário fica cada vez mais caro, exigindo pesados investimentos em renovação de linhas (ou novas linhas) e interfaces com transporte aéreo e rodoviário. Na ausência de restrições à utilização do automóvel ou de (caros) incentivos à ferrovia, as pessoas optam e optarão cada vez mais pelo superior conforto, conveniência, privacidade e flexibilidade daquele. Esta é uma tendência, quiçá irreversível, que se vem verificando em todos os países desenvolvidos e que nem a subida a pique dos preços dos combustíveis conseguiu inverter.

Mas os políticos não aprendem e insistem em “educar-nos”. Porventura alertados pela notícia de ontem do Público, já marcaram uma cimeira no interior para discutir os interesses do litoral. Nada de novo: atirar dinheiro aos problemas, o mesmo intervencionismo na gestão corrente da CP (ok, passará a haver paragens, mas têm de ser estas!…) que talvez duplique os passageiros para 50 e o mesmo esquecimento nos interfaces estruturantes com o transporte aéreo e marítimo…

29 comentários leave one →
  1. Jungle Jim permalink
    20 Maio, 2014 12:26

    Depois de ler tanta atoarda que dispensa a priori regras basilares subjacentes e necessárias ao conceito de nação, o Minho deveria proclamar a independência ou solicitar a anexação a Espanha.

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    • 20 Maio, 2014 21:05

      Contra as atoardas materialize essas regras basilares subjacentes conceptuais, se é que existem de modo passível de demonstração.
      Quando olhar para o mapa de Portugal perceberá que a linha aludida não aproxima o Minho de coisa alguma, essa é a falácia, “aproxima” orçamentalmente duas cidades e deixa boa parte da província à mesma distância do resto do país que sempre esteve.
      Contra as anexações tente discordar de vez em quando da cartilha que lhe serve de roteiro, até passava por pensar pela sua cabeça e não pelo anexado mental que afecta ser, veja lá, em vez de vir para aqui repetir ideário supremacista de esquerda que se encontra em qualquer dejecto de ex-cartaz colado em qualquer parede.
      Saudações não comunistas.

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  2. joao lopes permalink
    20 Maio, 2014 14:47

    a ficçao do…alcatrão,patrocinada pelos governos dos ultimos 20 anos,é despesa,é divida e tambem é paga pelos contribuintes.(governos de cavaco,guterres,durao,lopes,socrates e os irmaos passos/portas).porquê esta procupaçao,agora,pela ferrovia?

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    • Duarte de Aviz permalink
      20 Maio, 2014 17:09

      Será que a preocupação é porque já se gastou de mais e não há mais para gastar em pet projects sem viabilidade? Ou as cavaladas do passado servem para justificar cavaladas futuras?

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      • joao lopes permalink
        20 Maio, 2014 17:41

        a ferrovia devia e deve ser uma prioridade,sendo como meio de transporte terrestre mais confortavel e menos poluente,do que transporte automovel. e essa devia ser uma preocupaçao,desde os governos do cavaco…sim ,o cavaco,e nao o socrates…

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      • Duarte de Aviz permalink
        21 Maio, 2014 01:40

        Respeio a sua opinião, de que não discordo. O ponto é que me parece que de momento não temos dinheiro para corrigir os erros cometidos no planeamento da rede de transportes nos últimos ~30 anos. E foram tantos que acho que alguns são já irreparáveis.

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  3. ZZZ permalink
    20 Maio, 2014 15:40

    Tinha esperança que as coisas corressem melhor, acho que faz sentido investimento neste eixo. Claro que não com o entusiasmo com que políticos vêm esta coisas, só maravilhas instantâneas que depois nunca se verificam.
    De qualquer forma, o material circulante é uma porcaria desconfortável, e não haver paragem em Nine e outras é simplesmente incompreensível desde o início. Como morador em Braga gostaria de fazer a viagem, levar a minha bike, via Nine, para uns passeios de fim de semana.

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  4. Tatas permalink
    20 Maio, 2014 18:09

    Quem pretende escrever sobre a ferrovia alicerçado numa ligação cheia de erros, com horários sem pés nem cabeça, com obrigação de duplicação de pessoal necessário, sem paragens consideradas essenciais e numa via a precisar urgentemente de arranjos que melhorem o fluxo, parece querer defender o indefensável (transporte rodoviário) e se calhar a defender as portagens.

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  5. Tiradentes permalink
    20 Maio, 2014 18:30

    Por isso é que se construíram tantas “ótóestradas” e também por isso é que elas ficaram vazias. O portuga é muito sensível a essas questões económicas e ambientais.
    É claro que devia ser o cavaco da silva quando não havia nenhuma “ótoestrada” depois de as haver é que tínhamos de construir seis vezes mais “có” cavaco.

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    • joao lopes permalink
      20 Maio, 2014 18:51

      pois,antes do 25 abril 74,nao havia era nada,ou por outra,fome,muita fome,enquanto o sr.oliveira dirigia este pais pelas “leis” dos melos ou champalimaud…

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      • 20 Maio, 2014 21:10

        Mapeie as escolas e hospitais e institutos públicos existentes e depois rastreie a sua origem (ano de construção/criação) depois pegue nas merdas que diz sem possibilidade de prova e coloque-as como prefácio da próxima excreção da Raquel Varela.
        Resposta de um não afecto a Salazar mas nem por isso com vontade de vender a verdade e sentido crítico ao serviço e obediência de um mui marxista desígnio.

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      • Almeida permalink
        20 Maio, 2014 21:42

        Jorge G.:
        “Mapeie as escolas e hospitais…”.
        Logo esses!

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      • 20 Maio, 2014 21:46

        Ele há coisas que não se efabulam e uma delas é a evidência histórica do parque construído, é só mapear geográfica e historicamente, com a vantagem que os edifícios e a data de construção nunca mudam de lugar. Quanto a instituições serão como as obras de arte da engenharia, de tão evidentes podem ficar para segundas núpcias.

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      • Tiradentes permalink
        20 Maio, 2014 21:59

        Ele sabe lá que as “ótóestradas em portugal” começavam em lisboa e acabavam em vila franca e no porto mais 10 km para sul.Muito menos sabe mapear …….

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  6. Almeida permalink
    20 Maio, 2014 21:52

    Ó Jorge. Mesmo falando, só, em edifícios, esquece-se da quantidade de hospitais distritais, centros de saúde e escolas do ensino básico que, até pelo alargamento da escolaridade obrigatória (e nalguns casos sem grande nexo, reconheça-se) não têm comparação possível com o que se passava.

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    • 20 Maio, 2014 22:08

      Desculpe mas engana-se, não falemos de Sta Maria, S.João ou Santo António ou ainda da reconstrução do S. José, não falemos de António Arroio, Liceu Camões (expansão significativa), ou P.A.V. falemos antes de uma matriz para a construção tipologizada para cada finalidade e que era cumprida e não havia bananas para arquitectos e engenheiros de domingo e pagavam-se com rigor quando construídos e não em décadas de pouco parcimoniosas PPP ou parques escolares.
      Falo de Lisboa e de grandes propositadamente, porque se fôr verificar hospitaios distritais ou escolas técnicas e liceus terá maior surpresa, se quiser podemos falar também da ponte 25 de Abril como monumento máximo de realização de uma nação (ver forma de custeio), mapeie geográfica e historicamente, insisto, dão-se alvíssaras

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      • 20 Maio, 2014 22:41

        Não querendo acrescentar muito:
        Aeroportos de Faro, Lisboa, Funchal, Porto e Sta Maria, de quando datam?
        Cobertura extensiva de postos dos CTT de quando datam?
        Grandes Bairros Sociais de Lisboa (que não são guetos!) de quando datam?
        Grande infra-estrutura ferroviária e portuária de quando data?
        Grandes Institutos e Universidades de quando datam?
        De quando datam os grandes e majestosos (e também os simples) edifícios “coloniais” em terras ditas desprezadas? Porque ainda subsistem?
        Porque foi possível construir a ferrovia na ponte sobre o Tejo que data dos anos 50?
        De quando datam os principais edifícios militares e muitos dos edifícios ministeriais?
        Quantos ministros das obras públicas tivemos no estado novo e quantos enriqueceram à custa disso, e quantos foram trabalhar para fornecedores do estado depois (por oposição ao ensino?!)? Como viveu e morreu Duarte Pacheco, com que idade foi ministro pela primeira vez e em que circunstâncias morreu durante o segundo mandato?
        Já agora, quer falar de museus nacionais? Quando foi construído para essa finalidade o primeiro edifício? Sabe onde? E sabe se ainda hoje se adequa à finalidade?
        Demasiadas questões porventura…
        A quem mapeie geográfica e historicamente o parque edificado, dão-se alvíssaras!

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      • Almeida permalink
        20 Maio, 2014 23:04

        Jorge:
        Falou em escolas e hospitais. Chamei-lhe a atenção porque os exemplos eram maus. Em escolas e hospitais (só isso), o número de edificações (é apenas disso que se trata) foi muito superior no pós- 25 de Abril.

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      • 20 Maio, 2014 23:36

        Para o contrariar teria de afundar-me em estatísticas mas digo-lhe quanto a escolas que o numero de estabelecimentos de ensino não superior era em 1998 de ~18000, em 1968 existiam ~16000 estabelecimentos de ensino primário que eram de ~7000 em 1931, talvez seja não ilustrativo mas aproximativo…
        Quanto a hospitais mais fácil é, basta contar empreitadas, fica por sua conta se quiser.
        P.S. Não vale contar com as requalificações 😉

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      • 20 Maio, 2014 23:38

        Acrescento que actualmente (reflectido nos dados de 1998) uma escola que ministre 3 níveis de ensino conta por 3 nas estatísticas…

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      • CAOS permalink
        21 Maio, 2014 14:18

        A militância fascista tem destas mirabolantes saídas: “e não havia bananas para arquitectos e engenheiros de domingo”. Pois. Basta não conhecer. E acreditar na propaganda.
        Mais atrás, até chama aeroporto àquelas coisas que existiam em Pedras Rubras ou no Funchal! Porque nunca lá embarcou ou desembarcou, obviamente.
        Eu vivi sob a pata fascista durante vinte anos. Sei do que falo. Mas o “Jorge” nem faz ideia, limitou-se a ler nos panfletos, não é? Ou foi dos que desfilaram “garbosamente” com a farda da MP?

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      • 21 Maio, 2014 19:33

        Militante fascista foi uma porca que pariu um ignorante, vários mesmo, muitos desfilam ainda entoando a internacional.
        Não me conhece e não sabe a que tempo remonto.
        Não se podem fabricar factos como se fossem estatísticas de sucesso escolar, pode sim apontar erros se os encontrar.
        Mais ainda sobre a sua pessoa: é óbvio que viveu e ainda vive sob uma qualquer pata e teima em assemelhar-se a um verme por essa proximidade do plano. Quando tiver alguma coisa a dizer que se consiga assemelhar a argumento vire-a do avesso e verifique se esse avesso o belisca ou se é mera verborreia da cartilha, como aquela que aqui trás.
        Reputo-o de ignorante pelos pressupostos que usou a meu respeito para uma finalidade nada honesta.

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      • CAOS permalink
        22 Maio, 2014 13:58

        Ora, além das suas crenças, tem dados que possam suportar as afirmações que faz? Claro que não. Mas se quer ver alguma coisa de jeito, procure nos excelentes sites da NSB, da Deutsch Baan, ou até mesmo aqui ao lado da Renfe – só para ficar a saber que a ferrovia nesses países tem aumentado o número de passageiros transportados; há ainda um relatório da Comissão Europeia, mas não sei se está disponível online. Em Portugal tem sido ao contrário, porque sucessivos governos têm apostado no asfalto.
        O tal “défice” no transporte ferroviário de passageiros, em Portugal, resulta de duas coisas: o exorbitante preço que os operadores pagam pela utilização da infraestrutura, e uma dívida acumulada pelos erros de sucessivos governos (resultante de manobras de encobrimento do défice público, não de perdas na exploração). Aliás, alguns serviços de passageiros são tão lucrativos que até vão ser privatizados já em Junho – se fossem deficitários, nenhuma empresa privada os quereria.

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      • CAOS permalink
        22 Maio, 2014 14:09

        O texto anterior tem outro destinatário, como é bom de ver (uma troca de links). Para si, deixe-me dizer-lhe que enxergo um fascista a léguas; e um aldrabão ignorante também. Ao menos tenha a coragem de se assumir, de dizer que não desfilou com a farda da MP porque já nasceu tarde, porque teria muito gosto em estender o braço direito e saudar o ditador.

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      • 22 Maio, 2014 19:32

        Como se vê, nas opções que tenta colocar e condicionar, de mim nada sabe nem poderia. Ainda assim não hesita em tentar rotular-me de fascista e membro da mocidade, em primeira tentativa, e depois avança para o também aldrabão ignorante. Não acerta uma como com dificuldade acerta no local a colocar cada comentário. De mim, e quando utilizar faculdades lógico-racionais que insiste em desprezar, saberá o que por aqui escrevo e nisso não vê apelos ao ódio ou afirmações de que a raiz de todo o mal reside num dado grupo de indivíduos. Também não me encontra a afirmar qualquer supremacia ou afrimar ter a solução para a crise, seja ela a que for. Você pelo contrário consegue o pleno, incorre em todos esses pergaminhos do fascismo que me imputa. Além de ignorante faz o favor de se desmontar a si próprio na sua retórica de sub-cave do MDP/CDE. Falta-lhe muito para ser capaz de discutir seja que tema for, falta-lhe acima de tudo cultura de pluralismo e respeito pela diferença.
        Visse eu valor na psiquiatria e estaria perto de lhe adivinhar na falta de auto-estima uma infância traumática quiçá sofrendo de episódios de sodomia (como explicar essa sua “proto-axiomática autofágica”). Como não vejo isso, só vejo escória humana (não por género, raça ou nacionalidade) e inépcia mental.

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  7. manuel permalink
    21 Maio, 2014 13:00

    Parabéns, LR. Um excelente artigo em defesa da ferrovia e dos CAQ: Comboios de Alta Qualidade sem os quais o país não terá progresso porque estará sempre atolado na dependência do petróleo para a estrada, incluindo alcatrão.

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  8. CAOS permalink
    21 Maio, 2014 15:16

    “Esta é uma tendência [da supremacia do automóvel sobre o comboio], quiçá irreversível, que se vem verificando em todos os países desenvolvidos”, diz o autor do texto. Nada mais falso: nos países desenvolvidos (basta até ver o exemplo aqui ao lado), os governos têm apostado fortemente na reconversão e melhoria da infraestrutura ferroviária; aliás, o melhor país do Mundo para se viver, a Noruega, tem apenas 253 km de autoestradas, contra os mais de quatro mil km de ferrovia. Exactamente o contrário do que por cá se vai fazendo; só o senhor Silva do sorriso das vacas é responsável pelo desmantelamento de quase 900 km de ferrovia.

    Os transportes não são apenas uma actividade económica lucrativa, são um serviço social de grande relevância e até mesmo um estratégico subsídio à economia. Arrepiar caminho no que foi feito nos últimos 30 anos não deve esperar por projectos integrados, pode fazer-se em cada medida que se toma. E tornar progressivamente a ligação Porto-Vigo atractiva é um dever que nem devia necessitar da intervenção directa dos governantes — fosse a administração da CP competente.

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    • 21 Maio, 2014 20:25

      Mesmo nos países nórdicos, apesar das boas infra-estruturas disponíveis, a ferrovia tem perdido mercado para o automóvel. Outra coisa que é quase uma constante é o défice no transporte ferroviário de passageiros. Que em muitos casos é compensado pelo transporte de mercadorias onde a ferrovia apresenta algumas vantagens face a meios alternativos.

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    • CAOS permalink
      22 Maio, 2014 13:59

      Desculpe, isto saiu no lugar errado; agora sim, aqui:

      Ora, além das suas crenças, tem dados que possam suportar as afirmações que faz? Claro que não. Mas se quer ver alguma coisa de jeito, procure nos excelentes sites da NSB, da Deutsch Baan, ou até mesmo aqui ao lado da Renfe – só para ficar a saber que a ferrovia nesses países tem aumentado o número de passageiros transportados; há ainda um relatório da Comissão Europeia, mas não sei se está disponível online. Em Portugal tem sido ao contrário, porque sucessivos governos têm apostado no asfalto.
      O tal “défice” no transporte ferroviário de passageiros, em Portugal, resulta de duas coisas: o exorbitante preço que os operadores pagam pela utilização da infraestrutura, e uma dívida acumulada pelos erros de sucessivos governos (resultante de manobras de encobrimento do défice público, não de perdas na exploração). Aliás, alguns serviços de passageiros são tão lucrativos que até vão ser privatizados já em Junho – se fossem deficitários, nenhuma empresa privada os quereria.

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