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Como é que isto se chama no sector privado?

29 Julho, 2014

O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses revela um dado significativo: mais de 70% das câmaras andaram a empolar as receitas orçamentais nos dois últimos anos. Basicamente, os presidentes de câmara usam o truque mais velho do manual. Inscrevem milhões no Orçamento que deviam resultar da venda de património imobiliário quando sabem que dificilmente conseguem atingir esses valores tendo em conta a má situação do mercado. Porém, vale a pena correr o risco. Pelo menos no início mostram boas contas. Depois, a execução logo se vê.

 

20 comentários leave one →
  1. manuel permalink
    29 Julho, 2014 12:10

    Então se os alguns autarcas são aldrabões e vigarizam as contas e um terço das câmaras estão insolventes (mais ou menos) porque não as deixou falir o Sr. Passos ? Neste caso, lá foi socorrê-las com os fundos de apoio.As empresas municipais ,verdadeiros alçapões , para mais mordomias ,compadrios e corrupção serão algo diferentes do que se passa no grupo Bes? Esta cleptocracia começa a dar sinais que o fim está próximo.

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  2. 29 Julho, 2014 12:36

    Eu penso que as empresas privadas não apresentam orçamentos à priori, mas sim demonstrações de resultados à posteriori, pelo que a questão não se coloca.

    O mais parecido são os “projeçõesde vendas”, com um gráfico sempre a subir mostrando quanto a empresa planeia vender do produto X, mas ao contrário dos orçamentos essas “projeções” não têm qualquer juridico (são, exatamente, simples previsões), pelo que penso que não é uma situação comparável.

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  3. jorge araujo permalink
    29 Julho, 2014 13:03

    chama-se gestão de rigor , mas isso está sempre a acontecer lá vem a doida da comuna neo tonta com o maniqueísmo

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  4. Slint permalink
    29 Julho, 2014 13:24

    Podiam era ter escrito quais são os presidentes que o fizeram, saber os nomes dos corruptos sociopatas.

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  5. 29 Julho, 2014 13:52

    Copiam o empreendedorismo e a gestão bancária?

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  6. 29 Julho, 2014 14:00

    “Banco de Portugal admite ajudar BES, garantindo a sua solvência” (in Observador)

    “Não sei quantos ex-governantes teriam sido capazes de dizer “não” a Ricardo Salgado como disse Passos Coelho” (JMF in Observador)

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  7. Procópio permalink
    29 Julho, 2014 14:56

    Manuel, nem mais, muitas autarquias têem sido e pelos vistos continuarão a ser com Passos verdadeiras sanguessugas do erário público.
    É só ver os rendimentos dos autarcas antes e depois dos mandatos coisa que os media conspurcados jamais farão.
    Comem todos da nossa algibeira direta ou indiretamente.
    Até quando?
    F. bem observado.

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    • A.Lopes permalink
      29 Julho, 2014 16:28

      Coitado do Passos!Querem ver que ele também é culpado dos roubos da CM de Braga;e de o país ter entrado em bancarrota e ter chamado a troika em janeiro de 2011!E de o R.Salgado ter levado o grupo BES à falência!E de o sócrates andar de braço dado com esse mesmo senhor DDT. É realmente porreiro,pá!

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  8. Almeida permalink
    29 Julho, 2014 16:25

    Estranhamente, nem o articulista, nem a Helena Matos criticam o modo como se fazem esses “orçamentos” e é aí que começa o problema. Uma câmara não é (ou não devia ser…) uma agência imobiliária. Não tem nada que fazer previsões de receitas com base na venda de imóveis. Pelo contrário. Essa venda devia, isso sim, ser bem justificada porque pode significar delapidação do património público. As únicas receitas que uma autarquia local pode apresentar dentro das suas competências, são as que resultam dos impostos que pode cobrar. O que uma câmara ou qualquer serviço público devia ter que fazer, era justificar as DESPESAS e, a partir daí, definir o seu orçamento. Chama-se “orçamento de base zero” de que há muito se fala, mas que parece não agradar à malta do bloco central.

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  9. joao lopes permalink
    29 Julho, 2014 16:47

    grande parte das camaras faladas neste post. tem gestao do psd,ou seja falta o dinheiro e o “amigo” passos vai a correr tapar o buraco.é o caso da madeira

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    • manuel permalink
      29 Julho, 2014 20:23

      Faz lá um esforço e vendo melhor , a corrupção não será proporcional à implantação dos partidos no país? E olha ,parece que todos iam ao crédito do BES,

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      • Almeida permalink
        30 Julho, 2014 10:39

        Rigor, caro manel. Ir “ao crédito do BES” nada tem de errado, desde que se pague. Quanto à proporcionalidade, deve acrescentar que fala dos partidos que têm poder (no governo, nas câmaras, etc.). Porque a vigarice não tem cor- qualquer uma lhe serve.

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  10. Vasco Gama permalink
    29 Julho, 2014 17:46

    Pouco importa como isto se chama no sector privado (essas sanguessugas). Na perspectiva socialista esses municípios estão a fomentar um crescimento económico sustentável e a revitalização da economia.

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    • 29 Julho, 2014 19:22

      Revitalização da economia de alguns…Enquanto vão rebentando com as empresas a quem não pagam!

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      • ax solo permalink
        29 Julho, 2014 23:52

        Oh Kruzes, é isso mesmo que descreveu. A “revitalização da economia” socialista é mesmo isso. (você percebeu que o Vasco Gama estava a ser irónico, certo?)

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    • Pro.Benfica permalink
      30 Julho, 2014 01:01

      Bom, como isso abrange elencos camarários rosas, laranjas… No fundo, pode concluir-se que também o PSD é socialista.

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  11. Manuel Ervilha permalink
    29 Julho, 2014 18:58

    Sempre queria ver como é que se pagavam salários nas autarquias, se recolhia o lixo, se faziam obras de saneamento básico, se arranjavam ruas e se reabilitavam zonas urbanas sem empolamento de orçamentos, depois de anos e anos a magicarem manobras para sacar mais dinheiro às câmaras e a fazê-las depender das taxas (e não impostos) que cobram pelos licenciamentos urbanísticos. E depois passam para as câmaras as escolas básicas, querem passar as outras todas, entregam a fiscalização de tudo e mais alguma coisa às autarquias e admiram-se que elas tenham de empolar orçamentos…Ainda há dias sacaram umas massas valentes às câmaras para pagar o processo de avaliação do IMI e, contra tudo e todos, fizeram-no pelo valor máximo definido na lei, para depois avaliarem prédios sem levantar o cu da cadeira a olharem para o google maps. Como sempre, a rapaziada aqui do sítio fala de barriga cheia e ignora tudo o que se passa no país para lá da ponte e das portagens de sacavém, Aquele país onde também se tem direito a centros culturais, rotundas bem feitas, espetáculos com o artista do momento, serviços de qualidade, saneamento básico como deve ser e mais um mundo de coisas que só não passa pela cabeça de quem quer ser zarolho e míope, É o limitado mundo desta direita trauliteira que andou alegremente, nos tempos de juventude, à traulitada no MRPP.

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  12. Rafael Ortega permalink
    29 Julho, 2014 20:57

    chama-se o mesmo que neste caso, falcatrua.

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  13. BELIAL permalink
    29 Julho, 2014 22:13

    Engenhosas engenharias.
    Engenharias engenhosas.

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  14. Pro.benfica permalink
    30 Julho, 2014 00:56

    No fundo, estão apenas a seguir a ementa que vem já desde os tempos de Barroso e Ferreira Leite e que foi continuada por aí fora…

    Também os sucessivos governos inscreveram nos sucessivos OE verbas provenientes da venda de património, privatizações, etc.

    Falharam…

    Porém, num país em que não há corruptos, em que as ditas falcatruas abundam e ninguém vai preso… para quê tanto incómodo com os autarcas?

    Os nativos de Oeiras já explicaram: todos roubam, mas ao menos este fez obra, ou seja, parte do bodo converteu-o em nosso benefício.

    Sic transit gloria mundi.

    Siga…

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