Não se entende
20 Junho, 2015
Não faço ideia se o tal andar a mais fazia falta e muito menos se o seu impacto seria assim tão forte mas há uma doideira nisto tudo: estive muito recentemente em Alcácer. O centro (onde por sinal há uns inacreditáveis edifícios não sei se afectos à Segurança Social se a outro serviço quejando que não devem ter obedecido a estes critérios tão exigentes) parece um deserto de casas arruinadas e lojas fechadas. A periferia também não tem muita vida mas tem algumas casas novas, geralmente de gosto muito duvidoso. Do outro lado do rio numas casas de madeira crescem equipamentos. Entretanto legalmente preservado o centro cai.
Obs, Já agora não há nenhum projecto para o espectacular cinema também ele transformado numa ruína?
14 comentários
leave one →
Sabe o que são luvas dra Helena? É o que terão de fazer! Estamos em Portugal. TUDO nas autarquias é MUITO complicado.
Qualquer licença demora meses. E..e… Com os fiscais das Câmaras é só SUBORNOS. Nada se consegue sem pagar por fora.
Este PSD fez alguma coisa na educação e saúde. Às vezes com exageros, mas fez qq coisa.
Nas autarquias? LOL Aquilo é do pior que se pode imaginar! Um sorvedouro de impostos feito por gente do mais incompetente e limitado que se pode imaginar!
GostarGostar
Gostava de saber o orçamento das autarquias do pais e de onde vem o dinheiro .As autar quias são um caso muito serio em gastos desnecessários e corrupção.
GostarGostar
O dinheiro vem dos nossos impostos…. De onde haveria de vir? IMI, orçamento de estado, receitas extraordinárias,… Essas pessoas vivem dos nossos impostos.
Eu pertenço a Sintra. Se você consultar o site da autarquia tem acesso a tudo, educação, lazer, desporto, TUDINHO, muito fácil!
Só não tem acesso às contas (o orçamento) da autarquia (que SERIA, na verdade, O MAIS IMPORTANTE). É assim mesmo, dá para perceber certo?
Imagine onde andam os seus impostos!
GostarGostar
Nada se pode fazer em Portugal.
GostarGostar
As generalizações e as médias são a arte da “desconversa”. Não se meçam todos pela mesma medida. Há menos de 3 meses submeti um projecto de reabilitação de uma casa antiga num concelho do distrito de Viseu e a respectiva câmara reviu e aprovou o projeto em menos de um mês. Não conheçia ninguém lá na câmara, o arquiteto é do porto e, para além das taxas devidas, não paguei nada a ninguém. Fui fui muito bem atendido por funcionários que me pareceram muito competentes e interessados em que eu gastasse o meu dinheiro no seu município. Para que conste o município é o de Stª Comba Dão. Boa gente por aqueles lados.
GostarGostar
“Para que conste o município é o de Stª Comba Dão. Boa gente por aqueles lados.” Pois, é a terra do Salazar…
GostarGostar
este caso não tem a ver com “cambras”…
e os “parceristas” deviam limitar-se à gestão das actividades “coltorais”…
Missão
A DRC do Alentejo tem por missão, na respectiva circunscrição territorial e em articulação com os serviços e organismos centrais da Presîdência do Conselho de Ministros, na área da cultura:
– a criação de condições de acesso aos bens culturais;
– o acompanhamento das actividades e a fiscalização das estruturas de produção artística financiadas pelos serviços e organismos da área da cultura;
– o acompanhamento das ações relativas à salvaguarda, valorização e divulgação do património cultural imóvel, móvel e imaterial;
GostarGostar
A DRC, como muitas drc’s que há por este país, limitam-se e duplicar o trabalho que podia perfeitamente ser feito pelos outros departamentos do Estado que já estão no terreno, complicando sempre que possível a vida das pessoas.
Basta ver as primeiras duas competências..
Então não é para isso que existe uma câmara municipal?
Mas claro assim há sempre mais uns boys e girls que têm um emprego garantido.
E depois lamentam-se que se grite que o funcionalismo público é um cancro incurável deste país.
GostarGostar
pois nao se entende , nao . eesa malta das autarquias desertificou os centros , empurrou as pessoas para a periferia , destruiu a comunidade pq viver no centro significava viver num sitio de gente conhecida e viver nos arredores eh viver no deserto social ; nao contente com este resultado agora vao desertifica la de comercio ao impedirem a circulaçao automovel e o estacionamento. e a gente engole.
os resultados dessas politicas de museu e de ” devolver a cidade aos peoes ” estao a vista em santarem , torres vedras , caladas de rainha e tal . mas insistem. pqp .
GostarGostar
Terá havido eleições na Dinamarca? A ver pelas capas dos jornais, não houve. E lá se foi a amiga dos selfies do Obama.
GostarGostar
E a Michelle a rir-se!
GostarGostar
O que não se entende é que as casas cheguem a este estado lastimável.
Ou melhor entende-se.
Na minha freguesia natal a maioria dos moradores do bairro social da vila, construído no início dos anos 90, viviam em casas com rendas congeladas. Os proprietários não faziam obras, as casas degradaram-se e começaram a ruir. Estão melhor agora no bairro social? Não estão. Quem começou a congelar as rendas? A Primeira República. Foi logo em 1910…
Quando começou a orgia dos juros baratos, as autarquias começaram a comprar votos com o dinheiro que entrava das licenças de construção. Obviamente que não interessava a ninguém reconstruir. A negociata era esta: sabe-se de antemão se um terreno passa de agrícola a urbano, compra-se barato, daqui a uns vende-se e ganha-se uma pipa de massa. Depois é construir uns apartamentos ou moradias em banda, tudo com o máximo de betão, para render, sem espaços verdes, passeios largos ou sem estacionamento. Ganha a autarquia, o construtor, o emprego local, a Banca, o Governo. No longo prazo, perdemos todos. Portugal tem uma das maiores dívidas do mundo por causa da construção. Cerca de 70 a 80% da dívida privada, ao que parece, está enterrada em betão.
Há 30 anos as condições de habitabilidade de muitos portugueses eram más. Mas o que sucedeu foi irracional. Abandonaram-se centros de vilas e cidades onde tínhamos um excelente parque habitacional, que entretanto se degradou imenso, e ocupámos periferias. A crédito. Ironicamente, quando não havia PDMs o país era mais ordenado.
A fuga para as periferias e o povoamento disperso geraram mais despesa pública. Acessos, esgotos, iluminação. As novas áreas urbanas precisavam de infra-estruturas. Portugal tem um povoamento radicalmente diferente do espanhol em boa parte do país. Os nossos vizinhos continuam a ter povoações com limites bem definidos. Nós passámos a ter moradias dispersas ao longo das estradas nacionais e municipais. A EN 125, por exemplo, é hoje intransitável em parte devido ao desordenamento: em 30 anos converteu-se numa espécie de mega rua com mais de 100 quilómetros.
A construção foi uma chico-espertice do poder político com resultados económicos desastrosos. Reparem que parte da Europa tem taxação das mais valias imobiliárias da valorização dos terrenos e por cá nem com a vinda do FMI se falou nisso.
GostarGostar
Os pequenos poderes nas câmaras municipais impedem muitas reabilitações . Basta a arquitecta da zona não ter muita apetência para o trabalho ou preferir o lazer e antes de estudar o processo logo encontra montes de obstruções ao licenciamento.
As CMs recebem o IMI quer os edificios estejam podres e a cair de modo que não importa se há solução ou não para o edificio.
Os arquitontos estão lá nas CMs para impedir e obstruir e não para ajudar e incrementar uma solução .Para eles e para as respectivas CMs é indiferente pois ambos recebem , uns no fim do mês o ordenado e os outros o IMI e outros impostos , enquanto os problemas continuam lá , com prejuízo da generalidade dos cidadãos.
GostarGostar
A recuperação urbana a não funcionar . Ao contrario do apregoado ainda esta quase tudo por fazer em recuperaçaõ urbana. Os poderes municipais são às vezes culpados , mas a maior parte das vezes são os poderes transversais (tipo IPPAR ) a criar os obstaculos .
GostarGostar