Auto-crítica
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, criticou ontem à noite numa conferência na Figueira da Foz aqueles que denunciam casos de corrupção no país sem apontarem nomes e manifestou-se contra “os que levantam suspeições”.
Teixeira dos Santos faz aqui uma crítica velada a si póprio. Quando o Secretário de Estado João Amaral Tomaz acusou as grandes empresas de fuga ao fisco:
O secretário de Estado reiterou que basta cruzar a lista das maiores empresas com a lista de empresas envolvidas na «Operação Furacão» para comprovar que existe fraude fiscal entre as grandes empresas, mas negou ter alguma vez referido qualquer empresa em específico, ou mesmo qualquer sector de actividade.
o ministro das finanças concordou com as acusações usando argumentos semelhantes aos de Marinho Pinto:
Já o ministro das Finanças, não compreende a polémica em torno destas declarações do seu secretário de Estado. «Vamos ser honestos. O que o senhor secretário de Estado disse é um segredo de Polichinelo, é um falso segredo», disse, afirmando assim que é uma verdade que toda a gente sabe, mas da qual ninguém falava.

Quando já os “Gordos” se degladiam, o clímax aproxima-se.
Marinho Pinto fez mais por Portugal, do que TODO o Parlamento.
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Bem, isto é só esperar pelos que enfiam o barrete.
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O ministro falou, mas sabe-se que já estavam a ser investigados pelo fisco e pela operaçao furacao. Marinho Pinto falou, mas nao se sabe se o que ele sabe já está a ser investigado ou nao. Assim se as suas acusaçoes nao forem para cair em saco roto, o melhor é dizer de que fala a quem tem poderes para investigar.
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Enquanto o país parece acordar do seu lento torpor, o PR assiste impávido e sereno ao implodir do sistema.
Esta semana ficamos a saber que o actual PR também falsificou as contas da sua campanha eleitora. Ele o os demais candidatos.
Depois venha ele, do alto da sua cátedra, pedir ajuda no combate à corrupção.
Portugal está perdido.
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O sistema está podre e, mais ainda, estes senhores tudo fizeram para que o sistema não seja investigado.
Ao ler isto lembro-me logo da Máfia em Roma.
“Segundo o Sol, a especulação imobiliária, em torno da área do futuro aeroporto, já começou- e em grande. 250 milhões de euros, 50 milhões de contos antigos, foi quanto uma sociedade secreta ( não se conhecem os sócios…e o administrador designado pelos compradores, o senhor António Capoulas, prefere não dizer quem o contratou, para além de informar que foi uma sociedade com sede no estrangeir0…) em sistema de off-shore, pagou por uma simples herdade, com quatro mil hectares
Segundo o jornal, dias antes de o LNEC entregar ao Governo o relatório do aeroporto, a Sociedade Agrícola do Rio Frio mudou de mãos. A pergunta que naturalmente se coloca e: a que mãos foi parar? Não se sabe. É segredo guardado por uma off-shore, a Trasset Investments BV, com sede em Amesterdão.
Sendo naturalíssimo, segundo as regras de mercado em que estamos inseridos, estes negócios de trocas e baldrocas, com muito dinheiro misturado, parece deveras interessante como é que uma sociedade secreta ( não se conhecem os sócios…tentem apanhar um único nome que seja, aqui) adquire por um valor muitíssimo superior ao real, na altura do negócio, uma extensão de terra tão grande, ANTES de se saber sequer oficiosamente, que o aeroporto a construir, afinal seria na terra do… Nunca. Jamais!
Vejamos, então, Marinho e Pinto: que pensa disto? Não quer dar mais uma entrevista, comentando as declarações risíveis de um primeiro- ministro que anda a gozar connosco?
Melhor ainda: se o negócio foi precedido de informações de pessoas que exercem funções em entidades oficiais, a actuar em nome do Estado ou com influência directa no Estado-Administração-Governo ( e só o poderia ter sido se de facto o negócio se realizou com a certeza de que a opção do Governo seria mesmo a de construir naquele local o aeroporto), então temos aqui suspeitas fortes da existência de influências traficadas. Crime de catálogo.
Exagero? Pois então, desmintam-me. E se o não fizerem, sempre quero ver como é que se investiga criminalmente uma coisa destas.
No DCIAP? Do modo como funciona e com as leis que temos?
Repito: é virtualmente improvável qualquer investigação a coisas como esta. Seja de que natureza for: criminal, parlamentar, jornalística ( para além da excelente cacha do Sol), da opinião pública, em blogs, seja onde for.
A impunidade está instalada em Portugal. Completamente à vontade.”
José na http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/
O sistema está podre. O Estado implode e o sistema com ele.
Nunca mais deixaremos de ser os pilantras da UE. Somos os pilantras e cada vez mais mal vistos.
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A não perder, a passar agora mesmo na BBC
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Ninguem quer admitir o obvio;
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Tenho de admitir, que esta auto-crítica de Miranda, não é fácil de admitir.
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Nomes? Bem, eu conheço um que NÃO é corrupto, mas por acaso não me recordo do nome. Quando me lembrar eu digo, está bem?
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Se é tudo corrupto na política e no estado e ninguém faz nada, entao tem também de ser tudo corrupto na justiça, nos advogados, no ministerio publico e na policia. Pois se ninguém faz nada, é porque sao todos corruptos.
Uma das coisas que ninguém faz nada e todos veem acontecer é por exemplo, a história da prescriçao dos processos. Todos observam e lamentam e ninguém acaba com isso. É acabar com a prescriçao dos crimes. Os crimes passarem a nunca prescreverem. Resolvia-se logo o problema, deixando os corruptos de andarem a pasmar com os processos para conseguir tempo para que eles prescrevam.
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Acerca da ignóbil arte de manipular palavras e factos, tão ao gosto de grande parte da classe política (especialmente quando está no governo – mas não só…), vale a pena ler a crónica «A ARTE DE MENTIR», da autoria de António Barreto, publicada no «Público» de hoje. Como habitualmente, encontra-se no blogue onde ele escreve – [aqui]
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Autocrítica.
Por muito que mudem de endereço, a calinada vai junto.
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