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Praça de Lisboa II

12 Fevereiro, 2008

Ainda não percebi muito bem qual é a alternativa que o Tiago Barbosa Ribeiro propõe para a Praça de Lisboa. A praça está ao abandono há uns 5 anos e em decadência há uns 10 ou 15. O seu estado de degradação contribui para desvalorizar todo o imobiliário à volta. A Câmara não tem nem o capital nem o know how para desenvolver a zona. Não sei se o Tiago acha que a CMP pode competir no mercado dos centros comerciais ao mesmo nível que uma Sonae. Ou se acha que a CMP se deve meter em negócios de alto risco com o capital dos munícipes. Ou se se deve especializar na promoção imobiliária substituindo os privados. Não me parece boa ideia. A história do local sugere que não é fácil desenvolver aquela zona. O valor do espaço foi seriamente afectado pelos fracassos precedentes. Aliás, a CMP, ao concessionar o local não tem como objectivo receber uma renda. Tem como objectivo atrair investimento que valorize a zona, o que por sua vez poderia atrair mais investimentos. Ou seja, no estado em que aquilo está, se calhar até seria racional se a CMP subsidiasse o investimento. O que se pretende é contruir ali um projecto âncora. Lembro que as câmaras municipais têm como fonte principal de receita o IMI e não as receitas das concessões. Interessa-lhes tornar as cidades atractivas para depois poderem cobrar mais IMI. É claro que a CMP obrigou o concessionário a dedicar o espaço à cultura ligada às universidades (Polo zero + livraria etc), apesar de aquela zona ter muito menos estudantes universitários do que tinha há 15 anos. Creio que o grande centro universitário da zona é o Piolho. Os autarcas sonham sempre em dirigir e ordenar a cidade. Ao impor este desígnio construtivista, ao negar ao concessionário o direito de decidir qual é o negócio mais rentável naquela zona, a CMP reduziu significativamente o número dos concorrentes interessados e o valor das propostas no concurso público. Acho por isso estranho que se reclame da renda baixa ou do longo período de concessão. Esse é o valor de mercado da concessão. Não há outro.

7 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Fevereiro, 2008 11:45

    Aquele projecto é capaz de ficar giro ali naquele sítio. É construir, construir e depois admirar.

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  2. Onagrus pagantibus L.'s avatar
    Onagrus pagantibus L. permalink
    12 Fevereiro, 2008 11:46

    os socialistas nascem ensinadas e sabem tudo por isso basta-lhes tirar licenciaturas dominicais.
    la solita cagata “o país neste estado e eu com diarreia há 8 dias” Eça

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  3. José Ferreira da Silva's avatar
    José Ferreira da Silva permalink
    12 Fevereiro, 2008 12:43

    A praça de Lisboa esta deserta por causa do proprio nome .
    Não há pessoa de bem no Porto que ponhas os pés em lisboa (na praça) . E como de lisboa não vem nem bom vento nem bom casamento ( a zona da praça é realmente ventosa) .
    Mude-se o nome da praça e esta terá certamente muito mais gente.

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  4. Desconhecida's avatar
    zenóbio permalink
    12 Fevereiro, 2008 13:03

    José Ferreira da Silva,

    É por causa destes argumentos simpáticos é que fico perplexo com o nível da “Intelligenza” tripeira.

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  5. Piscoiso's avatar
    12 Fevereiro, 2008 13:28

    E qual é o problema da praça de Lisboa estar deserta?
    A zona central da avenida dos Aliados também está.

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  6. Luís's avatar
    12 Fevereiro, 2008 18:18

    Este momento havia de chegar um dia. JM sugere um subsídio. Um subsídio por parte do Estado. Tudo isto é fantástico.

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  7. Roger's avatar
    Roger permalink
    13 Fevereiro, 2008 03:01

    “Creio que o grande centro universitário da zona é o Piolho.” – se “zona” significa “raio de 200 metros” então é verdade. Ou seja, se há estudantes no Piolho também haverá lá. E só não há mais estudantes naquela zona porque não há âncora…

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