Poderia ser assim?
Também sou daqueles que “não sabem nada sobre o assunto”, que deveriam calar-se e abster-se de emitir opinião. Mas, porque pago e sou cliente do sistema de ensino, aqui ficam os meus cinco tostões sobre o tema, em jeito de pergunta/resposta.
P. Quem deve avaliar as escolas?
R. Os pais. Devem avaliá-las através da escolha da escola a que confiam uma parte relevante da educação dos seus filhos.
P. Os pais não percebem nada de avaliações, como é que podem avaliar as escolas
R:Pelo prestígio Pelo feedback dos outros pais. Pelos rankings. Por avaliações independentes.
P. E onde é que estão essas avaliações independentes?
R. Não vão faltar. Haja escolha livre que elas aparecem.
P. Os rankings também não são grande coisa. Qual a vantagem em comparar os liceus da Quinta dos Ricos com as Escolas do Bairro da Formiga?
R: Os rankings também servem para comparar a escola do Bairro da Formiga de Cima com a escola do Bairro da Formiga de Baixo. Também servem para comparar a escola do Bairro da Formiga com a Escola da Quinta da Mosca.
P. Pois, pois, mas vamos ao que interessa saber é: Quem deve avaliar os professores
R: Óbvio. As escolas. Os professores devem ser funcionários das escolas e não funcionários públicos. As escolas devem escolher o método de avaliação que entenderem. Se o método não for eficaz, notar-se-à depressa, pela diminuição do número de alunos.
P. Vê-se mesmo que não percebe nada de escolas. Então não sabe que não são as escolas que escolhem os professores, mas sim o ministério?
R. É um paradigma que deve mudar. O planeamento centralizado nunca resultou.
P. E então, o que pode fazer um pai perante um mau professor?
R. Protestar. Usar o livro de reclamações. Exigir melhor qualidade de serviço.
P. E depois, o que é que a escola faz a esse professor?
R. Exige-lhe zelo. Qualidade. Resultados. Pode formá-lo ou reformá-lo. Despedi-lo. Fazer o mesmo que qualquer empresa faria a um funcionário incompetente gerador de reclamações por parte dos clientes.
P. E então, se a maioria dos professores forem maus, o que é que o pai faz?
R. Escolhe outra escola. Vota com o cheque.
P. Está bem, isso é nas cidades, mas então e se a escola com maus professores for a única da terrinha?
R. Se os pais puderem escolher, talvez deixe de ser a única.
P. E se continuar a ser a única? Há terras muito pequenas.
R: Protesta-se perante os responsáveis da escola. Exiga-se-lhes qualidade.
P. Está a ver como não percebe nada disto, os responsáveis da escola cumprem ordens que vêm de Lisboa. Como é que o pai faz, vai a Lisboa?
R. A escola tem que ter autonomia e responsabilidade. Os responsáveis pelas escolas têm que poder ser responsabilizados pelos resultados da sua gestão. Não há gritos que cheguem do Marão à 5 de Outubro.
P. Bem, está na hora de perguntar quem deve financiar as escolas. Quem?
R. Para lá da capacidade que cada escola tenha para angariar fundos, devem ser financiadas pelos seus clientes, os pais dos alunos.
P. Lá está, isso é a escola para ricos.E se os pais dos alunos não tiverem dinheiro?
R. É um problema de segurança social. O estado pode financiar os pais dos alunos.
P. E se os pais dos alunos pegarem no cheque e o entregarem a uma escola privada?
R. A escola pública que se mexa para ser melhor e reconquistar a confiança dos pais.
P. E como é que a escola pública faz isso?
R. Entre muitas outras variáveis de gestão, avaliando os professores, promovendo os melhores, formando os que podem melhorar e despedindo os irrecuperáveis.
P. E não vamos ficar com escolas boas para os ricos e escolas más para os pobres?
R. Isso é o que há hoje. Os que têm mais recursos vão para as melhores escolas privadas, os que não as podem pagar não têm escolha. Se o estado financiasse os pais em vez de financiar as escolas, estes também poderiam escolher.
P. Pois, pois. E depois era ver as escolas a escolher só os melhores alunos, para ficarem bem nos rankings.
R. Pode haver regras. Escola que queira o cheque, não pode fazer discriminação excepto através de exames de admissão.
P. Pois, pois. Se muitos alunos mudassem para escolas privadas, a escola pública poderia tornar-se inviável.
R. Se muitos alunos ficassem em escolas públicas, a escola privada poderia tornar-se inviável. E depois?
P. Isso é muito perigoso. O estado tem que garantir a todos o ensino público.
R. Há uma grande diferença entre garantir o acesso de todos ao sistema de ensino e fornecer o serviço. Com o estado a fornecer o serviço já estamos nos últimos lugares da tabela. Pior não poderemos ficar.

Pois é…..o problema é quem paga essa decisão! Aí é que a porça torce o rabo.
Cheque-ensino? Com que dinheiro? E o que fazia á mega máquina burocrática do Ministério da Educação? DREN’s, DREL’s, etc….e a todos os Comissários Políticos e Sindicais que por lá sugam o dinheiro do contribuinte?
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“Cheque-ensino? Com que dinheiro? E o que fazia á mega máquina burocrática do Ministério da Educação? DREN’s, DREL’s, etc….e a todos os Comissários Políticos e Sindicais que por lá sugam o dinheiro do contribuinte?”
Esse é o problema que o governo deveria estar a resolver, em vez de baralhar e dar de novo.
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Mas, porque pago e sou cliente do sistema de ensino,
Devia de facto ter ficado calado.
É que não há clientes no sistema de ensino português. Há alunos, há professores, há encarregados de educação /pais, há auxiliares de educação, há administrativos.
Não há clientes.
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JCD, poderá informar-nos de quanto paga de impostos ?
Quem comentar tem de revelar quanto paga e o que pagar mais é que tem razão.
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Inteiramente de acordo, jcd.
Só falta aí uma coisita: que os pais sejam efectivamente sancionados quando não cumprirem as obrigações que lhes competem relativamente aos seus filhos – cuidar, acompanhar, educar. E quando não for possível recuperar esses pais para a função, que sejam encontradas alternativas expeditas para proteger as crianças em risco – é que são muitas e de todas as condições sociais.
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««Pois é…..o problema é quem paga essa decisão!»»
O modelo defendido pelo JCD não implica custos adicionais. Provavelemente até implicaria poupança. O custo das escolas públicas actualmente é superior ao das escolas privadas pelo que há muito por onde racionalizar a despesa.
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««É que não há clientes no sistema de ensino português. Há alunos, há professores, há encarregados de educação /pais, há auxiliares de educação, há administrativos.»»
Já agora, quem paga a conta?
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e a avaliação de uma operária têxtil deve ser feita pelos clientes, em vez de ser pela encarregada ou pelo patrão?
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««Quem comentar tem de revelar quanto paga e o que pagar mais é que tem razão.»»
Creio que não será com argumentos desses que nos vai convencer que o modelo que o JCD defende no post não é melhor que o actual.
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7. O estado.
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Qual é o custo das escolas públicas e qual o custo das privadas ?
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««Só falta aí uma coisita: que os pais sejam efectivamente sancionados quando não cumprirem as obrigações que lhes competem relativamente aos seus filhos – cuidar, acompanhar, educar.»»
Os tribunais já fazem isso. Quando um pai não cumpre as suas obrigações pode perder a tutela do filho. Mas esse é um problema do direito de família. Não misture isso com a política educativa. O sistema de ensino deve a sua existência ao facto de prestar um serviço de educação. Tem que o prestar independentemente do que os pais fazem ou deixam de fazer.
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Quem disse “Mas, porque pago” foi o JCD. Quer levar a discussão para o que paga. Eu alinhei. Vamos todos dizer quanto pagamos de IRS ?
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“e a avaliação de uma operária têxtil deve ser feita pelos clientes, em vez de ser pela encarregada ou pelo patrão?”
Claro que não. Numa fábrica têxtil, os clientes só avaliam o produto final.
Quem deve avaliar os professores é a escola.
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Hummm, o João acha que deve ser o Estado a educar? Isso parece um campo dos Jovens Pioneiros da URSS
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“Quem disse “Mas, porque pago” foi o JCD. Quer levar a discussão para o que paga. Eu alinhei. Vamos todos dizer quanto pagamos de IRS ?”
Qual a relevância? Pagamos todos, não é?
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««e a avaliação de uma operária têxtil deve ser feita pelos clientes, em vez de ser pela encarregada ou pelo patrão?»»
Creio que isto responde à sua questão:
««P. Pois, pois, mas vamos ao que interessa saber é: Quem deve avaliar os professores
R: Óbvio. As escolas. Os professores devem ser funcionários das escolas e não funcionários públicos. As escolas devem escolher o método de avaliação que entenderem. Se o método não for eficaz, notar-se-à depressa, pela diminuição do número de alunos.»»
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A burocracia emanada da 5 de outubro está a matar a escola pública.
Basta ver os critérios adoptados para avaliar os alunos do secundário.
Quem quer os filhos no cursos superiores por eles escolhihos, vai para o ensino privado, onde se pensa verdadeiramente nos alunos a não se anda a experimentar teorias pedagógicas baratas.
Quem tem filhos no secundário sabe do que estou a falar….
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««Hummm, o João acha que deve ser o Estado a educar? Isso parece um campo dos Jovens Pioneiros da URSS»»
Eu pessoalmente não acho nada. Mas dado que há quem tenha tanto medo de um sistema privado de ensino, não vejo qual o problema de descentralizar o actual sistema público. A descentralização só tem vantagens.
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jcd Diz:
9 Março, 2008 às 5:12 pm
“Quem disse “Mas, porque pago” foi o JCD. Quer levar a discussão para o que paga. Eu alinhei. Vamos todos dizer quanto pagamos de IRS ?”
Qual a relevância? Pagamos todos, não é?
Se invoca a qualidade de pagador então o maior pagador tem mais razão. Não pagamos todos o mesmo.
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Que disparate sem pés nem cabeça.
O senhor julga que isto aqui é a Finlândia?
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««Quem disse “Mas, porque pago” foi o JCD. Quer levar a discussão para o que paga. Eu alinhei. Vamos todos dizer quanto pagamos de IRS ?»»
Se quiser ir por essa discussão faça o favor. Creio que a conclusão é que o ensino deve ser totalmente privado. A questão parece-me ser a de que o Pêdulo não concorda com um sistema de ensino absolutamente privado. Mas se quer um sistema público, tem que ao menos aceitar que quem paga impostos tem o direito de ver as suas exigências respeitadas. Ou defende um sistema em que o contribuite paga mas não pode reclamar?
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# JoãoMiranda Diz:
9 Março, 2008 às 5:15 pm
««Hummm, o João acha que deve ser o Estado a educar? Isso parece um campo dos Jovens Pioneiros da URSS»»
Eu pessoalmente não acho nada. Mas dado que há quem tenha tanto medo de um sistema privado de ensino, não vejo qual o problema de descentralizar o actual sistema público. A descentralização só tem vantagens.
# JoãoMiranda Diz:
9 Março, 2008 às 5:09 pm
««Só falta aí uma coisita: que os pais sejam efectivamente sancionados quando não cumprirem as obrigações que lhes competem relativamente aos seus filhos – cuidar, acompanhar, educar.»»
Os tribunais já fazem isso. Quando um pai não cumpre as suas obrigações pode perder a tutela do filho. Mas esse é um problema do direito de família. Não misture isso com a política educativa. O sistema de ensino deve a sua existência ao facto de prestar um serviço de educação. Tem que o prestar independentemente do que os pais fazem ou deixam de fazer.
Creio que acha João. Talvez< não se tenha apercebido mas acha. Ao atribuir um papel aos tribunais na educação está a atribuí-lo ao Estado.
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“Se invoca a qualidade de pagador então o maior pagador tem mais razão.”
Esta ultrapassa-me.
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««Se invoca a qualidade de pagador então o maior pagador tem mais razão. Não pagamos todos o mesmo.»»
Mas o Pêndulo concorda com a ideia que o poder de decisão deve ser proporcional ao que se paga? Concorda que devemos pagar todos o mesmo? Que os impostos não devem pagar a escola? Defende que quem paga impostos não deve querer saber para onde vai o dinheiro? Deve pagar e calar? Não estou a ver qual destas hipóteses lhe é mais favorável? Em qualquer dos casos, o Pêndulo tem um problema.
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Quando um pai não cumpre as suas obrigações pode perder a tutela do filho. – Olhe, e sabe que há pais que até agradecem?!
Mas esse é um problema do direito de família. Não misture isso com a política educativa. O sistema de ensino deve a sua existência ao facto de prestar um serviço de educação. Tem que o prestar independentemente do que os pais fazem ou deixam de fazer. – Não me diga que não sabe que os professores têm a obrigação de denunciar esses casos?! Faz parte das funções do Director de Turma, função que é desempenhada por um professor. Logo, meu caro, tem tudo a ver com a política educativa.
Eu não digo que falam do que não sabem?
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“Os tribunais já fazem isso. Quando um pai não cumpre as suas obrigações pode perder a tutela do filho. Mas esse é um problema do direito de família. Não misture isso com a política educativa.”
Diga-me, então, o que se faz na escola quando um aluno chega mal alimentafdo, mal educado, mal tratado?
“O sistema de ensino deve a sua existência ao facto de prestar um serviço de educação.”
Falta que defina o seu conceito de “serviço de educação”.
“Tem que o prestar independentemente do que os pais fazem ou deixam de fazer.”
Isso talvez fosse possível, se em vez de crianças as escolas tratassem de sacos de batatas…
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não é que me preocupe, porque sempre me dei muito bem com os pais dos meus alunos, mas os professores devem ser avaliados pelas escolas ou pelos pais?
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Eu acho que pode e deve. Lamentavelmente não o tem feito. A minha diferença está na palavra contribuinte, eu uso cidadão. Não confiro mais ou menos direitos em função do poder económico, seja ele expresso em volume de impostos pagos ou de bens na sua posse. Daí, como o João diz, eu não concordar com um sistema totalmente privado. Nem com um totalmente público.
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Concordo com o espírito do postal, se for aplicado ao ensino superior: permitir a avaliação dos professores pelos frequentadores do sistema.
Toda a gente que frequentou o ensino superior sabia muito bem avaliar quem era bom ou mau professor.
E esta, hein?
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“Falta que defina o seu conceito de “serviço de educação”.”
Tchii. Grande bronca. Falta definir para que é que servem as escolas.
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««Creio que acha João. Talvez< não se tenha apercebido mas acha. Ao atribuir um papel aos tribunais na educação está a atribuí-lo ao Estado.»»
Os tribunais não têm nenhum papel na educação nem são o Estado (instituição politico-administrativa). Os tribunais são instituições imparciais independentes do Estado enquanto instituição político-administraticva cuja função é verificar se os tutores cumprem o seu dever e se os interesse da criança estão ser respeitados. Caso não cumpram, o tribunal deve limitar-se a transferir a tutoria.
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“Tchii. Grande bronca. Falta definir para que é que servem as escolas.”
Percebi o seu tom sarcástico. Mas não tenha dúvida: falta mesmo saber para que servem efectivamente as escolas.
É, aliás, uma questão vital.
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# jcd Diz:
9 Março, 2008 às 5:21 pm
“Se invoca a qualidade de pagador então o maior pagador tem mais razão.”
Esta ultrapassa-me.
Só estou a aplicar a lógica empresarial que defendem.
O cliente que paga propinas (impostos) mais elevados é mais importante para a escola(empresa) que o que paga menor valor.
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Com pai e contribuinte tenho o direito e o dever de exigir o bom desempenho das escolas. Aplaudo, por isso, as medidas do Ministério da Educação.
Os professores estão a ser a “vanguarda da classe operária”… Um excelente serviço prestado aos que querem “pão para
hoje e fome para amanhã” para ganharem mais adeptos…
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Se transfere a tutoria está a considerar que os encarregados de educação iniciais são inaptos. Ao fazer isso baseia-se num modelo de educação definido por si Estado. É o Estado que verifica a conformidade com as normas que o próprio Estado define.
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“falta mesmo saber para que servem efectivamente as escolas.”
A não ser que queiramos entrar em tratados sociológicos sobre a formação do homem novo, as escolas servem para ensinar, transmitir conhecimentos. Num sistema de escolas autónomas, se alguma escola desejar incluir nos seus programas outros conceitos de formação, óptimo. Os pais decidirão se querem que os seus filhos frequentem essa escola.
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Os tribunais não têm nenhum papel na educação nem são o Estado (instituição politico-administrativa). Os tribunais são instituições imparciais independentes do Estado enquanto instituição político-administraticva cuja função é verificar se os tutores cumprem o seu dever e se os interesse da criança estão ser respeitados. Caso não cumpram, o tribunal deve limitar-se a transferir a tutoria. – Mas compete os professores, que fazem, como julgo que deva saber, parte do sistema educativo, denunciar esses casos. *
Gostava de ler o seu cometário a esta realidade.
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10. Anónimo:
A “Já agora, quem paga a conta?”
Respondeu “O Estado.”
Caso não tenha presente, o Estado somos nós.
20. Pêndulo:
Se invoca a qualidade de pagador então o maior pagador tem mais razão. Não pagamos todos o mesmo.
Não pagamos todos o mesmo valor nominal mas pagamos (ou é suposto pagarmos) todos o que é definido como o mesmo para fins de financiamento do Estado: de acordo com as nossas possibilidades e em proporção do que ganhamos (são duas coisas diferentes).
Mas pagamos todos o mesmo: o funcionamento do Estado e os serviços que este é suposto garantir. Se é suposto o Estado garantir condições para que todos frequentem a escola, suportando directamente o custo dessa escola ou dando a quem a frequenta o dinheiro para que a possa pagar, então estamos todos a pagar o Ensino (o mesmo).
Uma vez o Estado somos todos nós, não faz sentido que quem contribui mais para suportar as despezas do Estado mande mais. Se assim fosse, meia dúzia de milionários mandariam em todos nós só porque são ricos e não porque os outros lhes delegassem essa função.
Na concretização do que parece querer defender, os mais pobres nunca poderiam frequentar a escola. Não é esse o modelo de Ensino que o jcd defendeu.
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««Só estou a aplicar a lógica empresarial que defendem.
O cliente que paga propinas (impostos) mais elevados é mais importante para a escola(empresa) que o que paga menor valor.»»
Mas é isso que o Pêndulo defende? Defende, pelo contrário, que quem paga impostos deve pagar e calar? Escolha.
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Aprovado.
Esta reflexão do JCD, aliada à reflexão do director do Expresso desta semana,
fariam muito mais e melhor pela escola, pela educação e pelo futuro,
do que não sei quantos estudos eleborados no ministério ou por empresas externas.
Quanto aos custos da nova escola, e a haver aumento de despesas, seriam fàcilmente suportadas pelos economias obtidas pela reestruturação do ministério e do monstro ali desenvolvido.
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««Mas compete os professores, que fazem, como julgo que deva saber, parte do sistema educativo, denunciar esses casos.»»
É fazer queixa em tribunal.
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“O cliente que paga propinas (impostos) mais elevados é mais importante para a escola(empresa) que o que paga menor valor.”
Para a escola é indiferente, se todos pagarem o mesmo.
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10. Anónimo:
A “Já agora, quem paga a conta?”
Respondeu “O Estado.”
Caso não tenha presente, o Estado somos nós.
– Exactamente. Por isso respondi Estado.
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João, fuja dessa sua tendência para arrumar tudo em caixas estanques. Havia o “homem da Regisconta”, o João parece o “homem do Tupperware”. Se ao menos desse uns panadinhos e uns rissóis aos comentadores… 🙂
Poderei eu defender uma terceira opção, a de que ninguém deve calar, independentemente do valor que paga se o pagar?
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jcd Diz:
9 Março, 2008 às 5:38 pm
“O cliente que paga propinas (impostos) mais elevados é mais importante para a escola(empresa) que o que paga menor valor.”
Para a escola é indiferente, se todos pagarem o mesmo.
E o JCd que acha? Devem todos pagar o mesmo ?
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Muito de acordo com JCD!
De qualquer modo penso que o governo e a ministra resolveram ir pela estratégia dos pequenos passos e começar por avaliar os professores e separar o trigo do joio. Sem isso, nem saberiam a quem delegar a descentralização das escolas.
A descentralização já está em fase experimental em algumas escolas, não sei se com todas as responsabilidades que isso acarreta.
Por isso, o que JCD propõe (e bem), é o passo seguinte, sendo que o último seria a entrega do Ensino à actividade privada.
Se com as medidas tomasdas a ministra já tem a contestação da corporação em pé de guerra, se optasse por avançar de imediato para a descentralização total com todas as consequencias bem enumeradas no post, a “guerra” seria a dobrar, até no interior do PS!
Mas porque não defendem (o PSD e o PP) este tipo de reforma, e, em vez disso, se juntam à manifestação de braço dado com o PCP e o BE ? Só por oportunismo e por falta de estratégia política!
Sócrates deu um pequeno passo; Menezes pelos vistos não daria nenhum !
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Pêndulo
Não consigo perceber aonde quer chegar. Nos impostos, cada um paga os seus e não é por pagar mais ou menos que se tem mais ou menos razão.
Numa escola financiada pelos pais e por cheques ensino, todos pagam o mesmo.
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“3—São funções do pessoal docente em geral:
“a) Leccionar as disciplinas, matérias e cursos para
que se encontra habilitado de acordo com as necessidades
educativas dos alunos que lhe estejam confiados
e no cumprimento do serviço docente que lhe
seja atribuído;
b) Planear, organizar e preparar as actividades lectivas
dirigidas à turma ou grupo de alunos nas áreas
disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;
c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos
de avaliação das aprendizagens e participar
no serviço de exames e reuniões de avaliação;
d) Elaborar recursos e materiais didáctico-pedagógicos
e participar na respectiva avaliação;
e) Promover, organizar e participar em todas as
actividades complementares, curriculares e extracurriculares,
incluídas no plano de actividades ou projecto
educativo da escola, dentro e fora do recinto
escolar;
f) Organizar, assegurar e acompanhar as actividades
de enriquecimento curricular dos alunos;
g) Assegurar as actividades de apoio educativo, executar
os planos de acompanhamento de alunos determinados
pela administração educativa e cooperar na
detecção e acompanhamento de dificuldades de
aprendizagem;
h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos
alunos, em colaboração com os respectivos pais e
encarregados de educação;
i) Facultar orientação e aconselhamento em matéria
educativa, social e profissional dos alunos, em colaboração
com os serviços especializados de orientação
educativa;
j) Participar nas actividades de avaliação da escola;
l) Orientar a prática pedagógica supervisionada a
nível da escola;
m) Participar em actividades de investigação, inovação
e experimentação científica e pedagógica;
n) Organizar e participar, como formando ou formador,
em acções de formação contínua e especializada;
o) Desempenhar as actividades de coordenação
administrativa e pedagógica que não sejam exclusivamente
cometidas ao professor titular.
4—Além das previstas no número anterior”
Estou de acordo consigo, jcd, quanto ao papel da escola.
Desafio-o, agora, a verificar se as palavrinhas “ensinar” e “conhecimento” se encontram algures nas funções do pessoal docente que constituem o Artº 35º do ECD.
Encontra leccionar, mas no sentido de ministrar determinados níveis e anos de escolaridade, não exactamente no de “ensinar”.
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««Poderei eu defender uma terceira opção, a de que ninguém deve calar, independentemente do valor que paga se o pagar?»»
Mas se é essa a sua posição, qual é o problema que coloca ao texto do JCD? O JCD limitou-se a defender que tem o direito a fazer determinadas exigência, quanto mais não seja porque é ele quem paga a conta. A sua posição é que o JCD tem direito a fazer exigências mesmo que não pague a conta. Em qualquer dos caso, JCD tem direito a fazer exigências. Não há divergêcia nenhuma, nem nada para discutir.
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««De qualquer modo penso que o governo e a ministra resolveram ir pela estratégia dos pequenos passos e começar por avaliar os professores e separar o trigo do joio. Sem isso, nem saberiam a quem delegar a descentralização das escolas.»»
Como é que promover 25% do quadro a titulares separa o trigo do joio ou contribui para a descentralização?
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jcd Diz:
9 Março, 2008 às 5:45 pm
Pêndulo
Não consigo perceber aonde quer chegar. Nos impostos, cada um paga os seus e não é por pagar mais ou menos que se tem mais ou menos razão.
Numa escola financiada pelos pais e por cheques ensino, todos pagam o mesmo.
Ah sim ?
Creio que o JCD está a confundir o custos de impressão e administrativos do cheque com o valor que ele representa. Os primeiros são iguais para todos, o último, como provém dos impostos pagos, varia de cidadão para cidadão. 🙂
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Salvo uma minoria de pais abastados, o que decide sobre a escola onde pôr os filhos, é a sua localização geográfica. Quanto mais perto de casa, mais barato fica.
Quanto ao cheque-ensino, quantas viagens de autocarro paga ?
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“Creio que o JCD está a confundir o custos de impressão e administrativos do cheque com o valor que ele representa. Os primeiros são iguais para todos, o último, como provém dos impostos pagos, varia de cidadão para cidadão.”
Um cheque é um cheque é um cheque. É igual para todos. Antes do cheque, é o IRS. As regras são iguais para todos, concorde-se ou não com elas. A liberdade de expressão também é igual para todos.
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“Salvo uma minoria de pais abastados, o que decide sobre a escola onde pôr os filhos, é a sua localização geográfica. Quanto mais perto de casa, mais barato fica.”
Então está tudo bem. Não muda nada. Os pais continuam a pôr os filhos na escola mais próxima e as escolas continuam a receber o mesmo que hoje. Na pior das hipóteses, fica tudo na mesma.
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jcd Diz:
9 Março, 2008 às 5:53 pm
Antes do cheque, é o IRS. As regras são iguais para todos, concorde-se ou não com elas.
Pois são iguais para todos mas o valor pago não é igual.
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Como é que promover 25% do quadro a titulares separa o trigo do joio ou contribui para a descentralização?
Tem razão. Não separa. Mas isto parece o paradoxo da pescadinha de rabo na boca… Sem esses titulares, seleccionados por antiguidade (o que não é o critério correcto), também não teria professores de alguma forma credenciados para avaliar os restantes. De alguma forma teria de começar, ou então procurar avaliadores externos o que provocaria um terramoto.
Já agora, diga-me JM, quem voce poria a fazer as avaliações?
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Aceito, genericamente, as propostas apresentadas mas num país com tamanhas desigualdades o cheque ensino é uma aventura.E as desigualdades a que me refiro,não são só económicas.Principalmente as sociais e culturais.Não nos devemos esquecer que há bem pouco tempo havia crianças que não iam á escola.As famílias achavam que não valia a pena.
Este avanço extraordinário não pode ser posto em causa na primeira oportunidade.Mas creio que se poderia avançar com o ensino superior,no caso em que o aluno não tenha capacidade económica.
Todas as escolas que nos últimos 3 anos tenham dado boas provas nos rankings em vigor, deveriam ser de imediato entregues aos orgãos da escola
com ampla autonomia ao nível do quadro de professores,avaliação e captação!
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a maior parte dos pais é analfa, alimenta mal os filhos, bate na mulher como qualquer macho latrino,ninguém mais qualificado para avaliar seja o que for
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João, o meu problema maior com o texto do JCD está logo no início quando ele usa “cliente”. De resto há ali coisas que gostaria de as ter escrito eu.
Como vê há coisas a discutir o que não quer dizer que seja tudo.
Deixe lá os Tupperware.
Bom, já tenho uma fomeca, se tiver uns rissóis até nem me importo que os use 🙂
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Está ver João, aquele negrito todo é resultado da fraqueza. Abra lá a caixinha e dê merenda ao pessoal
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Estando completamente de “fora” apenas estranhei que todos os professores quando eram entrevistados pela televisão, despejavam uma enorme quantidade de banalidades e texto vazio, que estavam contra a avaliação, “nestes moldes” “na actual conjectura” e afins, e apenas ouvi um professor que teve a coragem de dizer que estão contra porque assim vão ter que trabalhar mais, se repararem nem sequer um único cartaz contra uma qualquer medida se conseguiu ler.
Dá vontade de perguntar:
-Agora expliquem-me lá, como se eu fosse muito burro.
E para ser realistas, todos sabem que a classe está bem privilegiada em relação à média do resto da sociedade.
Noutras empresas, mesmo estatais, também existe avaliação e é sempre algo controverso quando um colega que “não nos topa” calha a atribuir-nos nota, é sempre um assunto “quente”, mas nunca motivo para a contestação em massa.
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“Quanto ao cheque-ensino, quantas viagens de autocarro paga ?”
Eu cá sei que o cheque de abono da minha filha filha são uns estonteantes 10 Euros. LOL
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Lembram-se do tempo em que as Universidades Privadas eram melhores que as Públicas?
Sabem porque é que as Universidades Públicas desde alguns anos a esta parte tornaram-se substancialmente melhores que as Privadas?
As respostas estiveram nas avaliações rigorosas dos Professores e das respectivas Escolas..
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Essa da “conjectura” também me deu arrepios 🙂
Quanto à avaliação um dos problemas inerentes de que não se fala é que com a presença das autarquias na gestão das escolas pode ser aproveitada para uma partidarização da máquina do Estado, neste caso da parte da máquina relativa à educação.
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Penso que a palavra “cliente” faz todo o sentido na proposta. Carrega desde logo a ideia que há um “pagante” e um serviço a prestar, e que esse “pagante” tem direito de reclamar ou a procurar outra opção se fôr mal servido. Este “cliente”, coloca as escolas e os professores ao serviço dos alunos, e dos pais que pagam por isso.
De outro modo poderia pensar-se que a Escola é um organismo auto-financiado, que existe para resolver os problemas dos docentes, e onde os alunos são um pormenor.
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««João, o meu problema maior com o texto do JCD está logo no início quando ele usa “cliente”.»»
Mas então na educação não há um cliente? Trata-se portanto de um serviço que é pago mas que não há ninguém para servir? Será isso? Nesse caso, se não existe alguém algures para quem o serviço é prestado (a tal noção de cliente), não será melhor acabar com o serviço?
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««Sem esses titulares, seleccionados por antiguidade (o que não é o critério correcto), também não teria professores de alguma forma credenciados para avaliar os restantes. De alguma forma teria de começar, ou então procurar avaliadores externos o que provocaria um terramoto.
Já agora, diga-me JM, quem voce poria a fazer as avaliações?»»
Começaria por:
– avaliar as escolas
– congelar os salários
– atribuir prémios monetários às escolas
Ou mais simples ainda
– avaliar as escolas
– congelar salários
– atribuir um cheque aos pais e deixava-os premiar as escolas que entendessem. A escola poderia, caso o entendesse, premiar os professores que entendesse.
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Já agora, o segundo método que eu defendo no comentário 68 é o que o governo está a aplicar ao ensino superior. O governo:
– congelou o financiamento
– deu liberdade às universidades para obterem receitas próprias (incluindo propinas)
As universiddes com isto fazem o que quiserem. Se não fizerem nada correm o risco de falir. Se não seleccionarem e avaliarem professores perdem alunos e receitas.
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Parece que a palavra “cliente” dá arrepios. Vou sugerir outra que não tenha implícita a noção de prestador de serviço: utente
ou então,
súbdito
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Façam um referendo nacional, sobre a palavra a utilizar.
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Mas as universidades já tinha uma hierarquia constituída, desde logo com Reitor. Neste momento entregava as Escolas a quem ? Quem respondia pelo êxito ou pelo falhanço ? Como poderiam funcionar com planos a médio-longo prazo se os professores só “aquecem” o lugar por 3 anos ?
A descentralização das escola e a sua “autonomização total” pode desresponsabilizar o Governo e o Estado pela política de Ensino, mas as escolas ficariam limitadas se não lhes fosse dada essa margem de manobra. Se essas escolas escolherem os programas, os professores, os seus salários, os seus horários, os seus regulamentos, não se acairia numa anarquia em que o Estado não poderia responder pelo que as escolas andavam a fazer ?
O que deduzo desta situação, é que a Escola Pública deixaria muito depressa de ter razão para existir, e se existisse concorreria com o sector privado em situação desfavorecida.
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A educação é como um pêndulo.Tudo o que vem aí de novo é uma ameaça!
Depois clama que a bovinidade é um perigo.
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Carvalho da Silva declarou, durante a manifestação de ontem, o que para ele é óbvio: com esta ministra já não há nada a fazer. «Ou se arranja uma grua ou a ministra se evapora» – disse. Mário Nogueira, o «patrão» do sindicato dos professores, alinhou pelo mesmo diapasão, como é natural. «Com esta equipa governativa, não é possível que haja mais diálogo.» – Acrescentou. Por parte do Governo, depois da saída de Correia de Campos e da manifestação de ontem, se José Sócrates demitir a ministra da Educação dá o sinal de que o poder caiu na rua. Ora, se os sindicalistas já não falam com esta ministra e ela se mantém em funções, nestas circunstâncias, as escolas vão perder o funcionamento normal porque os professores vão estar permanentemente na rua. Quando não estiverem fisicamente, estão com a cabeça. Daqui para a frente, como as coisas estão, ou o país que ganha menos que os professores, que trabalha mais horas e que não participou na definição dos critérios que o avaliam diariamente dá sinais que está cansado da luta dos professores, ou o primeiro-ministro pede eleições antecipadas, como tira-teimas democrático ou, pior ainda, o poder cai na rua. Estarei a ser catastrofista ou esta mobilização dos professores é meramente táctica, do ponto de vista dos comunistas, e apenas serve uma prolongada estratégia de desgate do governo (deste e dos que vierem) e da democracia? A ver vamos.
Retirado do hoje há conquilhas…
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Estas teorias do cheque ensino onde existem na pratica?
Deixem-se de construir castelos de cartas.O actual sistema falha DEVIDO ao POLITICAMENTE CORRECTO.Não existe educação,disciplina,responsabilização.Depois da ministra ter parido recentemente um regulamento disciplinar que é um atestado de incompetência ás escolas, que nada podem fazer, além do que lá vem descrito, como é que lhes podem a seguir ir pedir responsabilidades por sucesso?
O governo borrifa-se nos alunos, quer é que passem , quer estatísticas, quer saber quem é que vai ser promovido para distribuir o dinheirinho com que pensa ganhar as próximas eleições…
Pois eu acho que que deveriam ser reconstituidas as escolas técnicas de comércio e industria e como antigamente o pessoal optava logo de pequenino ou era para lá recambiado no caso de insucesso.
Caso o ministério funcionasse como devia ser(e tem gente em número para isso) controlava pelos exames, visitas e INSPECÇÕES o funcionamento do sistema.E saberia perfeitamente quem dispensar.
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Que tal serem os professores a avaliar os pais?????
O seu empenho, acompanhamento do educando na vida escolar, valores morais transmitidos, exemplos de vida, disponibilidade para ouvi-los, educação transmitida…
Continuo a achar que o Ministério da Educação deve mudar de nome… Ministério do Ensino!
A educação deve vir de casa, mas como nem sempre acontece, os professores utilizam o seu tempo a educar em vez de estarem a transmitir conhecimentos.
O resultado? Os professores são prejudicados na sua avaliação por não conseguirem cumprir as planificações e dar todos os conteúdos.
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Pedrito Portugal , se os professores apenas fossem para transmitir conhecimento nao eram necessários. Estudava-se pelos livros e pela internet.
Um professor que sirva apenas para debitar matéria e nao se interessa pelo aluno e pela sua formaçao como jovem e ser humano, enganou-se na profissao.
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JoãoMiranda Diz: “Os tribunais são instituições imparciais independentes do Estado enquanto instituição político-administraticva cuja função é verificar se os tutores cumprem o seu dever e se os interesse da criança estão ser respeitados. Caso não cumpram, o tribunal deve limitar-se a transferir a tutoria. ”
João Miranda, isto não tem nexo nenhum. Então se os professores que estudam e lidam com crianças no dia a dia, não tem no seu entender, competencia para lidar com crianças na sua plenitude, como é que juizes que passam a vida sentados em secretárias, alguns dos quais nem gostam de crianças, sabem o que é melhor para as crianças, e podem defenir o que quer que seja para elas ?
Francamente.
Olhe que as escolas funcionam muito melhor que qualquer tribunal de crianças.
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A crónica de António Barreto, no «Público», que hoje é dedicada ao tema da avaliação dos professores, já pode ser lida no blogue onde ele as publica – [aqui]
.
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Assim faz sentido.
Concluo, então, que tudo o que disse sobre a escola actual, é para desprezar porque a estava a avaliar, não pelos moldes em que deve funcionar, mas por critérios que não se aplicam porque partem de pressupostos que não são reais.
Eu manifestei-me e continuarei a lutar por uma melhor escola, nos limites do possível do Portugal de hoje o que não invalida que surjam melhores caminhos. JDC o que já fez para viabilizar o seu ideal?
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Os professores passaram a vanguarda da classe operária…Porque é que quem prostesta é pago com os nossos impostos? Curioso..?Pois, mas o povo não é parvo!
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Não se deixe embalar pelos foguetes da comunicação social nem pelo espectáculo de rua… Os portugueses gostam de festas e, sobretudo, quando o autocarro é de graça e podem trazer toda a família para fazerem de profs.
Eu sou professora há quase 30 anos – o período de vida da nossa democracia. A Escola Pública encontra-se doente, quase em coma e tudo quanto os professores que gritam. pedem, é que fique como está… quer dizer, que morra, conquanto isso não lhes dê trabalho! Mas há os que pensam para além disso, há os que lutam para a melhoria da Escola Pública, o que não é possível sem AVALIAÇÃO. Avaliação das organizações e dos seus funcionários, logo, também, dos docentes. Mas é verdade, os profs querem ser avaliados, não querem «esta» avaliação!! Qual querem? Onde estão os erros? Nenhum dos meus colegas me diz. Eu, que tenho estudado de forma aprofundada estes temas, considero um modelo muito justo e equilibrado. Mas foram exactamente os colegas que marcaram presença na manif.(direito que lhes assiste)que não responderam a nenhuma das minhas perguntas orientadas para uma solução alternativa. E caso para desconfiar que nem a legislação chegaram a ler… vão… porque vão…
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“O que deduzo desta situação, é que a Escola Pública deixaria muito depressa de ter razão para existir, e se existisse concorreria com o sector privado em situação desfavorecida.”
A Escola Pública acabou, o acordo tácito Estado-Familias em que o primeiro tirava a preocupação dos Portugueses com o Ensino das Crianças em troca do Poder total acabou. Por várias razões: Pelos paupérrimos resultados e pela Evolução Tecnologica e consequente aumento da mobilidade e competição. Os Portugueses e as suas famílias não podem estar á espera do Estado para ensinar as crianças sob pena de elas ficarem para trás.
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comentários 68 e 69
o joão miranda dá receitas muito interessantes para as escolas. descreve a solução, também interessantíssima, encontrada para as universidades.
como é que consegue defender a barbaridade que o governo está a fazer nas escolas?
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Porque será que quem protesta é pago com os nossos impostos?
Já foi tempo em que havia retorno. Agora temos o Sócrates para bem de quem paga impostos e trabalha no sector privado, produzindo riqueza para os privilegiados dsetruir.
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A Ana deve ser, então, dos titulares que vai avaliar e que anda, como outros, saltitante, porque ainda não há inspectores que os avaliem.
Respondo-lhe a todas as perguntas que me faça, mas antes responda-me a esta:
– Considera fiável que um professor avalie outros professores sem ter sido avaliado antes?
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Se o anónimo anterior é professor, sempre podia espreitar o site da Inspecção Geral de Educação, ficaria a saber um pouco mais e não diria tanto disparate em tão pouca escrita.
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Ó anónimo do 87, então, diga lá, Vossa Excelência, que disparates tão grandes disse eu?
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Este blog parecia melhor quando pensávamos que os seus autores tinham alguma noção dos assuntos sobre que escreviam.
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Porque será que os professores detestam que se divulgue ISTO ????
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Teresa: “se os professores apenas fossem para transmitir conhecimento nao eram necessários. Estudava-se pelos livros e pela internet.”
Que visão tão redutora e tecnocrata. Calculo que no seu caso, os professores que teve não lhe conseguiram incutir humanismo em dose suficiente para perceber que ensinar não é transmitir conhecimentos, passa por motivar para a aprendizagem, pela aplicabilidade prática dos mesmos, pelo fomentar do gosto pelas letras, ciências, etc…
Deve ter-se enganado na vocação, pois MÃE não é certamente.
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Ainda bem que diz que “não sabem nada sobre o assunto”: Não é que não possa opinar sobre o assunto – pode e DEVE. Mas estando nós a discutir ensino deveríamos também saber vestir o fato da responsabilidade e da reflexão.
Reflexão sobre Cheque ensino
Já preocupados com o como? Então e o porquê?
Ainda bem que são leigos na matéria, ao contrário ficaria preocupado.
O problema resolve-se com dinheiro? Reflectem aturadamente alguns. A pergunta que devem fazer logo à partida, se se quiser fazer uma discussão séria sobre o assunto é – Que escola queremos para os nossos filhos?
Só depois de se fazer esse pequeno exercício de cognição (termo em português técnico que significa capacidade de pensar e reflectir) é que podemos então verificar se a aplicação do tal cheque ensino vale a pena ou não.
Até que isso não aconteça tudo o que disserem ou pensarem é ruído. Só nessa altura é que podemos discutir se o aluno ou os seus pais são “clientes” ou não. Você pode querer ser um cliente… eu posso já não querer o mesmo.
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“Que escola queremos para os nossos filhos? Só depois de se fazer esse pequeno exercício de cognição (termo em português técnico que significa capacidade de pensar e reflectir) é que podemos então verificar se a aplicação do tal cheque ensino vale a pena ou não.”
Já pensou que cada um pode ter uma resposta diferente para esta pergunta? E que a liberdade de escolha pode ajudar que todos fiquemos mais perto de ter a escola que desejamos para os nossos filhos?
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“Este blog parecia melhor quando pensávamos que os seus autores tinham alguma noção dos assuntos sobre que escreviam.”
A sério que pensou isso? Inacreditável. A gente aqui não sabe nada de nada.
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“Considera fiável que um professor avalie outros professores sem ter sido avaliado antes?”
É o ovo e a galinha. Até que se resolva o paradoxo, nada feito.
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“JDC o que já fez para viabilizar o seu ideal?”
Escrevo posts como este, por exemplo.
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“Estas teorias do cheque ensino onde existem na pratica?
Deixem-se de construir castelos de cartas.”
De um modo ou doutro, Suécia, Bélgica, Chile, Nova Zelândia, Holanda, Austrália, Dinamarca, Irlanda, Hungria, e mais uns quantos.
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carlos, não sei a que propósito vem o seu link. Provavelmente em resposta a algum comentário anterior que eu não estive para ler.
Mas, sabe, não me parece que sejam os professores que detestem que ISSO se divulgue.
Aliás, acho muito bem que se divulgue para que se veja que entre as reformas de um professor e a dos restantes funcionários do Estado que exercem funções não pedagógicas, a diferença não se sente.
Ou acha que um professor ao fim de 36 anos de serviço deva receber o mesmo que um auxiliar educativo?
Provavelmente até deveria receber mais do que recebe.
Meu caro, se me perguntar quanto recebo todos os meses, respondo-lhe. Se quiser até torno público o meu recibo de vencimento e a declaração de IRS.
O senhor será capaz da mesma ousadia?
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“Estas teorias do cheque ensino onde existem na pratica?
Mais dados sobre o Cheque-ensino
rankings, escolas e cheque ensino
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Os especialistas opinam.
Duas horas depois de deitar o meu filho – que amanhã não vai p’raescola aturar os malandros dos profes – a quem passei a ter a honra de educar enquanto pai e que amanhã vai para a escola aprender mais, e que sei de antemão que não ligará demasiado a filhos de idiotas que vão lá só para não terem falta, vou descansar um pouco.
Daqui a pouco estarei a tentar leccionar perante a “geração do supermercado”, felizmente será só terça que enfrentarei o rebento do encarregado de edicação que escreveu uma missiva a atestar que o coitado é alérgico ao estudo. A bem da ministra.
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Onde se lê “edicação” leia-se educação, supondo que cada um sabe o que isso representa.
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Resposta ao 98)
Verifica-se facilmente que a maioria dos professores se reforma no escalão máximo, com uma média de reformas rondando os 2600 euros. Bem acima do que acontece no sector privado para funções equiparadas, e muito acima da média nacional.
Istó só para rebater a choraminguiçe habitual do coitadinho que se mata a trabalhar e tem um vencimento de miséria. Cada contribuinte português deveria tomar conhecimento destes números antes de avaliar a “bondade” das reivindicações docentes.
Quanto à minhas remunerações ou reformas garanto-lhe que voce não contribui com um centavo dos seus impostos. Poderei dizer o mesmo ?
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Fala-se numa nova greve.
Greve de uma semana.
Greve por tempo indeterminado.
Eu não concordo com a greve de que já se fala. Não que eu seja fura greves. Se for essa a decisão dos PROFESSORES eu tb farei greve. Pelo tempo que for necessário!!!
A greve só nos penaliza:
– monetariamente;
– na opinião pública;
– na recuperação do trabalho perdido.
Vamos ganhar coragem!!!
VAMOS SER UNIDOS. Vamos mostrar do que são feitos os PROFESSORES.
Greve não! Trabalho sim.
Ficar em casa é fácil!!! Difícil é perder férias e ir trabalhar.
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SIM. Trabalhar!!!
Vamos trabalhar nas férias da Páscoa.
Vamos Pintar as Escolas. O Governo não investe nas nossas condições de trabalho. Vamos investir nós!!!
Será fácil arranjar quem patrocine as tintas.
PINTAR AS ESCOLAS
Eu vou.
Vamos?
Passem a palavra.
Abraço. Tiago Soares Carneiro.
http://democraciaemportugal.com
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Quanto à minhas remunerações ou reformas garanto-lhe que voce não contribui com um centavo dos seus impostos.
Mas, caro você/tu, eu não falei em contribuições. Longe de mim achar que poderia algum dia ter a classe de poder contribuir para a reforma ou remuneração de alguém que escreve como o Carlos.
Não.
O que eu sugeri foi que ambos tornássemos públicos o que auferimos agora, isto porque o Carlos no seu comentário declara que os professores detestam que se divulgue o diploma legal que torna público o nome do professores reformados com o valor da respectiva reforma.
Olhe, nem vou escrever mais. Acho que o Carlos percebeu e não quis responder, procurando com a sua resposta diminuir-me.
Mas sabe, não conseguiu. Aliás, ainda bem que os meus centavos não contribuem em nada para o ar que respira. Dormirei de consciência mais tranquila sabendo isso, garanto-lhe.
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34:
«Só estou a aplicar a lógica empresarial que defendem.
O cliente que paga propinas (impostos) mais elevados é mais importante para a escola(empresa) que o que paga menor valor.»
Como está a aplicar essa ideia ao ensino, tal está errado. Basta ver o caso das universidades. Não obstante todos (dentro da mesma universidade) pagarem o mesmo, os cursos com maiores exigências a nível tecnológico e de ‘hardware’ são brutalmente privilegiados em relação a cursos que têm poucas exigências desse género. A diferença de investimento é impressionante – e todos pagam o mesmo. Claro que em muitos casos uma certa diferença se justificará, pela natureza das coisas, mas o investimento que os cursos de letras, ciências sociais ou ensino (por exemplo) recebem é absurdo! E se em vez de contabilizar o investimento por curso e contabiliza-lo por “cabeça” (que em cursos de “letras” geralmente são em muito maior número) mais absurdo se torna.
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69.
João Miranda:
«- atribuir um cheque aos pais e deixava-os premiar as escolas que entendessem. A escola poderia, caso o entendesse, premiar os professores que entendesse.»
Ou seja, uma espécie modelo fundacional para onde se fizessem doações? Não estou a fazer nenhum juízo… apenas a questionar.
«- deu liberdade às universidades para obterem receitas próprias (incluindo propinas)
As universiddes com isto fazem o que quiserem. Se não fizerem nada correm o risco de falir. Se não seleccionarem e avaliarem professores perdem alunos e receitas.»
O problema aí é que esse custo acrescido para as famílias não foi compensado com uma descida de impostos. As universidades passaram a ser financiadas, numa quota bem maior, pelos utilizadores e – não havendo descida de impostos – o Estado não deveria ter deixado de aí alocar dinheiro. O que aconteceu foi um desinvestimento directo, sem uma descida de impostos, com um aumento enorme de propinas (dantes era “apenas” o equivalente a um SMN por ano), resultando em graves problemas orçamentais para as universidades em geral.
76.
«Que tal serem os professores a avaliar os pais?????»
O que é realmente triste é termos de andar a discutir se os pais devem avaliar os professores e se os professores devem avaliar os pais.
Numa sociedade civilizada, democrática e responsável essa “avaliação” deveria ser natural. Nem lhe chamaria avaliação, porque esse interesse, essa preocupação deveria ser algo de natural, de banal. Andarmos a discutir imposições legais desse tipo de coisas… não é bem para isso que serve o direito.
84.
«o joão miranda dá receitas muito interessantes para as escolas. descreve a solução, também interessantíssima, encontrada para as universidades.»
Am, a solução encontrada para as universidades (e sobretudo os seus resultados) têm muito que se lhe diga. Digo-lhe apenas que na UMinho se fala em ‘despedimentos’ ao mesmo tempo que se constroem ‘driving range’s de golfe para serem frequentados a preços”sociais”.
E para além da mera gestão, existe a questão de Bolonha… que ainda nem está concluída e tem muitíssimo que se lhe diga. Nas universidades reina uma certa anarquia e são pautadas, salvo raras excepções, por uma ineficiência enorme, que só é agravada por falta de verbas (teoricamente, boa parte do investimento para as universidades, em países ditos desenvolvidos, deveria vir das empresas, para pagar as investigações e tudo o mais… mas enfim).
86.
«- Considera fiável que um professor avalie outros professores sem ter sido avaliado antes?»
Não sou o anónimo nem sou professor, mas claramente que não. O processo através do qual se chega a professor titular também é muito duvidoso.
Mas deixe-me apontar aqui vários aspectos que têm sido omitidos:
Não existe apenas um avaliador.
Os objectivos a atingir são definidos por acordo.
Existe uma entrevista no final do ano e depois disso ainda existe uma reunião onde se tenta chegar a um acordo.
Caso venha daí a surgir uma avaliação com que o avaliado não concorde este tem o direito de reclamar dentro da própria administração (num primeiro momento) e ainda, se for necessário, pode recorrer aos tribunais. E todos estes recursos são interpostos e decididos em prazos muitos curtos (o somatório do prazo para a interposição e para a decisão é de 25 dias dentro da administração e de 20 dias nos tribunais – art. 25º e 26º do regime de avaliação).
95.
«“Considera fiável que um professor avalie outros professores sem ter sido avaliado antes?”
É o ovo e a galinha. Até que se resolva o paradoxo, nada feito.»
Pelo menos parece que está quase toda a gente de acordo que devem ser professores a avaliar…
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JLS, sem querer, mas querendo justificar a sua posição e, pelos vistos, a defesa deste método de avaliação, acaba por de forma bastante sintetizada apresentar as razões pelas quais todas a gente, com senso comum, afirma categoricamente, que este modelo é inexequível.
Ora vejamos (em itálico aparecerão sempre os seus argumentos):
1º Não existe apenas um avaliador.
2º Os objectivos a atingir são definidos por acordo.
3º Existe uma entrevista no final do ano;
4º e depois disso ainda existe uma reunião onde se tenta chegar a um acordo.;
5º Caso venha daí a surgir uma avaliação com que o avaliado não concorde este tem o direito de reclamar dentro da própria administração (num primeiro momento);
6º – e ainda, se for necessário, pode recorrer aos tribunais.
7º – E todos estes recursos são interpostos e decididos em prazos muitos curtos (o somatório do prazo para a interposição e para a decisão é de 25 dias dentro da administração e de 20 dias nos tribunais – art. 25º e 26º do regime de avaliação).
Portanto, esteve a ler o decreto regulamentar e fez uma síntese.
Pergunta: quando querem que tenhamos tempo para desempenhar a nossa função: a docência?
Santa ignorância.
Não fazem mesmo a mínima ideia do que seja ser professor.
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Mmm, comentário 18,
“A burocracia emanada da 5 de outubro está a matar a escola pública.
Basta ver os critérios adoptados para avaliar os alunos do secundário.
Quem quer os filhos no cursos superiores por eles escolhihos, vai para o ensino privado, onde se pensa verdadeiramente nos alunos a não se anda a experimentar teorias pedagógicas baratas.
Quem tem filhos no secundário sabe do que estou a falar….”
Quem define os critérios de avaliação dos alunos são as escolas, as orientações quando existem(o que é raro) são para cumprir por todas as escolas, públicas e privadas.
O que as privadas têm de superior às públicas são as classificações, inflacionadas, que atribuem aos alunos.
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pois ai esta uma boa pergunta
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Os critérios de avaliação são vários. Não são só os pais que avaliam os professores nem só os colegas de profissão. Leiam aqui (http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/ME/Comunicacao/Outros_Documentos/20080306_ME_Doc_Avaliacao_Professores.htm) o projecto oficial (diferente do alegado pelos sindicatos) e depois comentem e digam se são contra ou a favor.
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«Pergunta: quando querem que tenhamos tempo para desempenhar a nossa função: a docência?
Santa ignorância.
Não fazem mesmo a mínima ideia do que seja ser professor.»
Não leu bem o decreto regulamentar.
Objectivos no início do procedimento de avaliação.
Entrevista e reunião no final do período de avaliação.
Durante o período de avaliação tem de haver um mínimo de (ou por outras palavras, bastam) 3 aulas assistidas em relação a conteúdos diferentes. Existe um limite máximo de pessoas avaliadas por avaliador. Um limite bastante razoável 12.
A avaliação não é anual – como é, desde 2004 – no resto da função pública. É bienal.
Pergunta como têm tempo para isso? Um dia queixam-se que são obrigados a passar tempo na escola – a cumprir um horário mínimo – sem ter nada para fazer. E realmente, eu que não saí da escola pública assim à tantos anos, os professores tinham muito tempo livre. Agora, quando vos dão algo para fazer cai o Carmo e a Trindade. Por uma questão de coerência… não digam esse tipo de coisas.
PS: «acaba por de forma bastante sintetizada apresentar as razões pelas quais todas a gente, com senso comum, afirma categoricamente, que este modelo é inexequível.»
As pessoas de senso comum são as que leram o resumo do decreto num panfleto ou o ouviram na televisão? Eu cá li-o e sei o que significam as fases e o porquê da existência de certos direitos e de certas garantias. E mais do que isso, sei quais são as diferenças entre este regime e o regime geral da função pública. Este é um regime *melhor* do que o regime geral. Concede-vos, aos professores, maiores e melhores garantias. Quer de justiça, quer de controlo e acompanhamento do procedimento. Choca-me, sobretudo, que estejam a clamar por algo mais “simples”. Choca-me, a sério, porque é um contra-senso.
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Faltou-me dizer:
“Nos primeiros 20 dias úteis” são definidos “os instrumentos de registo e os indicadores de medida” pelas escolas.
“Nos 10 dias úteis seguintes” “são estabelecidos os objectivos individuais” – relativos aos próximos 2 anos(!)
E ainda, o somatório dos prazos para a interposição *E* para a decisão da reclamação (administrativa) e do recurso contencioso é de 25 e 20 dias respectivamente. Interposição e decisão.
De notar que a maior parte da “burocracia” não compete aos avaliados. Apenas o mínimo indispensável compete aos avaliados: preencher as fichas de auto-avaliação; definir os objectivos, por acordo; entrevista; reunião para tentar obter um acordo.
Por tudo isto, mais o que referi no comentário anterior, quando pergunta «quando querem que tenhamos tempo para desempenhar a nossa função: a docência?»; só posso concluir que não leram o decreto regulamentar com olhos de ver; ou que receberam desinformação; ou que não tem noção alguma do que estão a falar – porque este é um procedimento administrativo e pode muito bem ser comparado com outros, como com o regime geral de avaliação da função pública.
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Pois Jam não leu bem, ou leu o queria ler. Quando as fichas de avaliação propõem classificação da adequação da planificação ao perfil dos alunos, ou adequação das estratégias ao mesmo perfil, isso não será medido nas 3 aulitas/ ano. As escolas estão a pedir portfolios com a planificação de todas as aulas dos 2 anos lectivos. Estes dois são apenas os primeiros!
Já agora, o resultado da avaliação será de dois em dois anos mas a observação é todos os anos. Cada módulo é de dois anos de avaliação e não de um.
A observação da forma como o professor gere as suas relações com os alunos, significa simplesmente que o professor vai estar a ser controlado. Não é em 3 aulas/ano, com os alunos, e professor, sob tensão que se vai avaliar esse item.
É um contrasenso que as classificações dos avaliadores saiam do mesmo pacote que as dos avaliados, porque estarão sujeitas a cotas. Qual o avaliador, que se considera excelente, vai gastar num colega o único excelente de que dispõe? (5% em 80 professores será … o nº de responsaveis pela avaliação!) Vamos iniciar o processo sem conhecer as cotas, o que não é nada normal.
Falta, ainda, lembrar o despacho do SE, (o tal do 12 ser um nº razoável) que dispensa os avaliadores de darem as suas aulas, quando tal se justificar, sendo substituídos por colegas que terão que leccionar a matéria programada.
Tem, portanto, toda a razão quem defende que não vai haver tempo para mais nada. Passar a papel, e apresentavel, planificações aula a aula, gerir os sorrisos para o avaliador ver nos corredores, substituir as aulas dos avaliadores, será muito mais do que o que era pedido nos anos de estágio, em que se chegava ao fim completamente esgotado.
Tudo isto, para que o PM possa dizer, na campanha eleitoral, que fez a valiação dos professores. Todos os membros de CE´s conhecem os bons e os maus professores, esta trapalhada não acresenta informação. Se o CE puder recolher e compilar a informação fará um trabalho mais eficiente e mais justo. Mais eficiente porque chega a conclusões mais realistas sem desperdício de tempo e mais justa porque não é parte interessada nas classificações (não têm componente lectiva).
Se quisessem, de facto, separar o trigo do joio dariam poder de avaliar aos superiores hierarquicos dos professores: o Conselho Executivo! Assim, é dizer que se faz, o que na prática, se vai traduzir, daqui a 2 anos, por uma passagem ao actual 8º escalão. Lembra-se? na lei era bonita…
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Uma questão Sr JCD: «Mas, porque pago e sou cliente do sistema de ensino» Paga o quê e a quem? Qual sistema de ensino? O público ou o privado? Os professores também pagam, e olhe, como todo o funcionário público sabe, até pagam o que recebem no seu trabalho, impostos claro… os nossos, os de alguns.
Ah e cinco tostões mesmo no tempo em que valia alguma coisa, não chegam sequer para tirar uma fotocópia de um teste.
Ideias… há muitas, idiotas nem tantos, sabedores uns quantos, conhecedores poucos e génios, são quase sempre por definição loucos.
Vá-se catar! os problemas do ensino claro está…
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