“O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas”
Alguém tem aí um Risperdal à mão, para desenrascar o Senhor Ministro?
Em que universidade andou este cavalheiro?
Que formação académica, cultural e ética apresenta?
Qual o seu percurso profissional na sociedade civil?
Tem algum doutoramento ou mesmo mestrado, sobre libertação?
Não há pachorra.
Este senhor, que provem politicamente da extrema-esquerda, ainda não perdeu os tiques autoritários próprios daquelas facções radicais infantis.
Como não tem consciência do ridículo e do mau gosto, vai atirando atoardas imbecis que a comunicação social, sempre sedenta do disparate, não exita em difundir.
O Sr. Dr. Alberto João que acautele o seu primeiro lugar na incontinência verbal, pois o Dr. SS parece não querer ser segundo.
Mais um tiro nos pés sr Miranda. Onde estava você quando foi o 25 de Abril? Nos espermatozóides do seu pai concerteza.
Há muitos portugueses que lutaram para que hoje possamos viver em demovcracia. É graças a eles que você hoje arrota a bife.
O senhor prejudica o nosso anfitrião, mostrando tanto espírito, e dessa forma demonstra a sua falta de gratidão perante estes doces invulgares. Será que o senhor tem queda para a gratidão? Dizendo isto, admito que a gratidão consiste em não fazermos mau uso dos presentes que recebemos…
O 25 de Abril, aconteceu nessa data, porque um punhado de oficiais milicianos estavam indignados com as diferenças de tratamento com os oficiais do quadro permanente.
Foi um problema de indignação que conduziu directamente a uma revolta militar.
E os oficiais do 25 de Abril também dizem que não estavam politizados. O Otelo já o disse e o Melo Antunes seria um dos poucos militares com capacidade para citar Marx.
É sabido, porque os militares fartam-se de o dizer que a revolução de 25 de Abril, não foi a mando de nenhuma força política. Nem do Soares, nem do Alegre, nem do Zenha.
Estes, tal como o Cunhal, eram opositores firmes do regime, mas se a Liberdade dependesse apenas deles, ainda hoje estávamos no regime ditatorial.
Essa é que é essa.
E esse tal de Santos Silva é da minha idade. Na altura do 25 de Abril, achava que o melhor era sermos todos albaneses.
Lá aí tem razão, ó John, que o ASS andou mal, despeitadíssimo, tomando-se por mais do que é, ou menos, se ele que ainda vai à linha de família SS, e se esqueceu, porventrura, por questão de simples lapso.
Eh, lá terá sido, mas vejam o que são les choses, que lá lhe escapou essa asinha pà direita, à SS.
O 25 de Abril, aconteceu nessa data, porque um punhado de oficiais milicianos estavam indignados com as diferenças de tratamento com os oficiais do quadro permanente.
Bem … quer dizer … por acaso foi exactamento o contrário: foram os “orindos da Academia Militar” que se revoltaram com uma lei que dava aos “oriundos milicianos” o direito a ingressar na carreira militar, em pé de igualdade com eles.
Um oficial miliciano fazia a sua primeira comissão como alferes, e saia como tenente. Se era chamado para 2ª comissão era chamado a fazer o curso de capitão. A lei que saiu algum tempo antes do 25 de Abril equiparava esses capitães, do caso de quererem ingressar no quadro permanente das Forças Armadas, aos capitães oriundos da Academia Militar. O que era inteiramente justo.
Por alguma razão o movimento foi dos capitães, e não de outra patente qualquer.
As razões dos “capitães de Abril” eram puramente corporativas. Porque de democracia e liberdade eles não sabiam nada.
Um tropa é um tropa, só sabe fazer 2 coisas: mandar e obedecer.
Razão têm os ingleses que, em princípio, não reconhecem golpes militares.
mas afinal ele não disse que nós nos calaríamos primeiro que ele?Se disse isso e ele já parou de zurrar, acho que devemos respeitar o que sua exelencia jericóide decretou. CALEM-SE!
Isabel Coutinho, deixe-se de manipulações. Então você pensa que os capitães de Abril iam fazer um golpe militar devido a razões meramente corporativas? Planearam acabar com um regime politico, arriscando-se a ser presos caso o golpe falhasse, por causa de uma lei?! Até se pode dizer que a origem do descontentamento desses militares esteve nessas razões corporporativas, mas a razão para se ter dado o 25 de Abril não foi essa, nem nunca poderia ser essa. Mais importante do que isso foi a guerra colonial. E para além disso o MFA tinha um programa político.
Tem meia razão. Olhou para um lado e eu olhei para outro. Mas aceito a observação.
E reafirmo que os capitães de Abril, não estavam politizados como agora uns anónimos querem fazer crer. O MFA e o seu programa provam-no. Spínola, Galvão de Melo, até mesmo Costa Gomes, não estavam politizados no sentido da Revolução Permanente trotskista ou comunista.
Tudo isso veio depois. Uns meses depois. E bastou para haver um PREC. Havia um vazio e a Esquerda e Extrema- Esquerda preencheram-no.
Os capitães, esses, estavam fartos da guerra no Ultramar, a que acresciam esses problemas corporativos. E o poder militar, de armas na mão, fazem revoluções. Nos anos setenta, era assim. Em vários lados, principalmente na América Latina. Eram os putschs. Os pronunciamentos.
Salgueiro Maia não era comunista nem sequer de Esquerda.
É escusado aos comunistas e socialistas, reivindicarem para si o exclusivo de conquistadores da Liberdade.
Mais do que eles, uma minoria de clandestinos, provavelmente, devemos a Liberdade conquistada pelos capitães de Abril, aos elementos da Ala Liberal na Assembleia Nacional, com Sá Carneiro á cabeça,mas também Miller Guerra.
Se não fossem eles, Spínola talvez não tivesse escrito Portugal e o Futuro. E esse livro foi o canto do cisne do marcelismo.
Começou por aí,sim…por pensarmos que havia falta de respeito pelo nosso sacríficio ao devotarmos toda uma vida pela pátria…eramos um punhado de capitães acossados pela vida …e isso levou-nos a arriscar tudo e a uma união muito sentida…que encorajou quase todos os camaradas a uma atitude determinada…depois só havia um caminho, a procura de um novo regime……e depois deixámos de ouvir….só assim conseguiríamos atingir o objectivo traçado….em 16 de Março….prenderam camaradas impacientes… e sabíamos o nosso dever.
Havia apenas um desejo do novo, mais justo e mais limpo. Éramos instrutores dos homens que iam para a guerra e sempre soubemos a dimensão do drama. Tenham a certeza disso.
Nunca duvidei dessa versão da História que me parece a mais certa e correcta, de acordo com o que se passou.
De igual modo, tenho a certeza absoluta que o povo português, no seu conjunto esmagador, estava farto do salazarismo/ caetanismo. Por isso é que a Revolução foi pacífica e teve adesão esmagadora.
Por isso é que acho um abuso, vir um Santos Silva qualquer, dizer que liberdade, devêmo-la a esses que enumerou. Devemos a esses e a milhares de outros, com destaque para uns tantos mais.
E que não se esqueça dos militares de Abril, dos do 16 de Março e dos deputados da Ala Liberal e ainda dos movimentos de cristãos e ainda da oposição silenciosa do povo no seu conjunto, ao regime. Comunistas e socialistas incluidos naturalmente, mas nem de perto nem de longe, foram eles os activistas que determinaram a queda do regime. Não foram.
A Liberdade, foi conquistada por todos nós. Os militares, fizeram o que tinham a fazer. Mais tarde ou mais cedo, fá-lo-iam. Se não fossem os capitães, seriam os majores ou os generais.
E já agora que tenho oportunidade, posso também dizer que fiquei orgulhoso nesses dias que se seguiram ao 25 de Abril, com os militares que tínhamos. Não foi só eu. Foram milhares e milhares que partilharam a emoção de recuperar uma Liberdade de expressão, reunião e associação.
Mas durou pouco esse ambiente de happening. Uma semana, se tanto…
Mesmo assim, fico obrigado a esses heróis por conta própria ( o título de um filme dessa época, com Donald Sutherland e Telly Savalas e ainda outro que não lembro).
É por estas e por outras que o Professor Bernadino Machado dizia:
“Na Universidade deve aprender-se de tudo, sobretudo a Liberdade”. Como a não ensinam lá, não sei para onde vos mandar… para que, realmente, V.Ex.as se defendam do estado geral de bovinidade… espontânea…
Mas que raciocínio tão original, ó João Miranda! Depois de andarem aqui os blasfemos anos a fio a proclamar que metade do mundo deve a sua liberdade aos americanos, agora é isto… E conquentão, amiguinhos, a liberdade em Portugal não se deve a ninguém, heim? Foi conquistada por todos nós, heim, ó José? tipo comunidade hippie… Isto como revisão histórica não está mal. Posts e comentários destes hão-de levar a que um dia glorioso finalmente se revele a verdade: a liberdade em Portugal foi uma coisa que aconteceu naturalmente, como a chuva e o vento.
A Liberdade podia ter vindo com o golpe de Botelho Moniz, mas não veio. Sabe porquê, já agora?
Veio em 25 de Abril, porque vários factores se conjugaram. Não foi apenas um, nem sequer o golpe militar do MFA. O MFA não apareceu do nada. Teve um contexto e motivos, tal como esclareceu o Jotabil.
No entanto, há sempre os oportunistas que se apoderam dos louros todos.
Se louros houver a entregar, será sem dúvida alguma aos capitães de Abril. Sò a esses.
Porque se quiserem entregá-los aos “antifascistas” do costume, como é o caso dos caramelos todos que por aqui aparecem com esse discurso, então, vão ter que repartir por muitos muitos muitos mais e os loureiros não chegam a tanto, como se sabe.
É esse o problema. Há sempre quem reivindique a paternidade dos fenómenos sociais, quando estes lhes agradam.
No entanto, a verdade manda que se diga: não foi o Partido Comunista quem conquistou a liberdade nesse dia preciso de 25 de Abril.
COntribuiu, como muitos outros para que tal acontecesse.
A minha teoria particular, é que nem contribuiu tanto assim, para que isso acontecesse nesse dia.
Antes dos comunistas, estão os da Ala Liberal, está Spínola e está o povo portugues no seu conjunto que aceitou esta nova forma de pensar mais liberta de amarras do que a proposta por Marcelo Caetano.
Afinal, pode sempre colocar-se uma pequena questão como teste:
Se em 25 de Abril, fosse o PCP quem liderasse a Revolução, teria ela a mesma aceitaçãp popular?
Mas afinal, não é o PCP quem reivindica sempre o povo como motor central da Revolução?
Onde é que reside a lógica de negar ao povo, no seu conjunto e neste caso, bem real porque se reconhece como fenómeno verdadeiro, o mérito de ter varrido com a ditadura pós Salazarista?
Foi efectivamente o povo quem apoiou o MFA. E se o não tivesse feito, Salgueiro Maia não tinha conseguido triunfar naquelas horas fatais para o regime deposto.
No Largo do Carmo, sítio da rendição de Marcelo, estava o povo. Indistinto e a apoiar o MFA.
Depois disso, nas manifestações espontâneas por todo o pais, idem.
Quem pretende reescrever a História não sou eu. São os caramelos que negam estas evidências
O Partido COmunista foi apanhado de surpresa e toda a gente concorda ( mesmo historiadores de nome em conjunto com os de pacotilha) que o PCP por ser o partido melhor organizado, foi o que se adiantou na manifestação em modo de comício e de apresentação de ideias e apoio aos militares.
Mas não foi o motor da Revolução pela Liberdade em 25 de Abril.
NÃO foi, por muito que o queiram proclamar e reescrever a História.
FOi o MFA e o Povo português, incluindo milhões sem partido.
O PCP quantos militantes tinha em 25 de Abril 74? 5 mil?!
José, mas onde é que eu lhe falei no PCP? O que eu disse, e repito, é que a liberdade não se deve a essa entidade abstracta que é o Povo (isso parece até historiografia marxista, ó José 😉 e muito menos apareceu por intervenção divina ou por um qualquer fenómeno climatérico (como parece pretender o JM…)
Na minha noção de História, as acções dos indivíduos concretos, são determinantes. E obviamente, a acções dos individuos são motivada por circunstâncias históricas concretas. O 25 de Abril deve-se a um conjunto de indivíduos, onde se contam os operacionais e os teóricos do MFA (Otelo, Melo Antunes, Salgueiro Maia, etc), que aproveitaram um determinado contexto histórico favorável e uma concreta relação de forças. O 25 de Abril dificilmente se teria dado em 1964, por exemplo… O Povo, claro, aproveitou, e legitimou em eleições o novo regime, porque era isso mesmo que queria e era disso mesmo que precisava. É só isso que quis dizer.
Então está bem dito, porque eu digo o mesmo. Nunca disse que foram os hippies que fizeram a Revolução. Apenas comentei que o Povo, neste caso, teve mesmo uma participação directa, ao apoiar de modo entusiástico ( foi mesmo assim, não é eufemismo ou exagero) os militares que fizeram essa Revolução.
Até o Otelo, nessa altura e já o confessou, era um não politizado. Foi da Mocidade até, ou da Legião, já nem lembro bem.
O Otelo, nos primeiros meses, proclamava a excelência do modelo sueco. O Vasco Gonçalves idem e acrescentava a Itália ( de 74…).
Logo, as ideias de Esquerda extremada, surgiram depois. Durão Barroso e Ana Gomes, a Anita dos blogs, achava que a felicidade viria da China ( hoje vemos como é…); Santos Silva, esse, devia ter vergonha e nunca, mas mesmo nunca falar nestes temas.
O sr Silva, consegue uma proeza! na Assembleia Nacional do fascismo, nunca ninguem teve um comportamento, tão caceteiro,
como o dito Silva. A educação faz falta a este ministro……
Dever:
ter por obrigação;
estar obrigado a;
ser devedor de;
estar em agradecimento;
ter de;
ser provável;
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… revela-se, «à son insu», como súbdito grato e venerador, pois então.
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Vai haver festa. 😉
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322246
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Não é de espantar, vindo de um membro de um Governo cujo líder, logo no início do mandato, bradava alto e em bom som que «é a lei que dá a liberdade».
Coerência há ali, isso é certo…
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“O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas”
Alguém tem aí um Risperdal à mão, para desenrascar o Senhor Ministro?
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Tiago,
festa?
não me parece:
http://jn.sapo.pt/2008/03/11/primeiro_plano/lei_impede_pagamento_dinheiro.html
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Gabriel, não me refiro directamente a isso, mas à ida de RR ao “Conselho Directivo” da “escolinha”… 🙂
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Em que universidade andou este cavalheiro?
Que formação académica, cultural e ética apresenta?
Qual o seu percurso profissional na sociedade civil?
Tem algum doutoramento ou mesmo mestrado, sobre libertação?
Não há pachorra.
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Refere-se ao Ministro da Sargeta?
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Este senhor, que provem politicamente da extrema-esquerda, ainda não perdeu os tiques autoritários próprios daquelas facções radicais infantis.
Como não tem consciência do ridículo e do mau gosto, vai atirando atoardas imbecis que a comunicação social, sempre sedenta do disparate, não exita em difundir.
O Sr. Dr. Alberto João que acautele o seu primeiro lugar na incontinência verbal, pois o Dr. SS parece não querer ser segundo.
Digo eu…
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JoaoMiranda
Mais um tiro nos pés sr Miranda. Onde estava você quando foi o 25 de Abril? Nos espermatozóides do seu pai concerteza.
Há muitos portugueses que lutaram para que hoje possamos viver em demovcracia. É graças a eles que você hoje arrota a bife.
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Se calhar nem deve à mãe tê-lo parido.
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O senhor prejudica o nosso anfitrião, mostrando tanto espírito, e dessa forma demonstra a sua falta de gratidão perante estes doces invulgares. Será que o senhor tem queda para a gratidão? Dizendo isto, admito que a gratidão consiste em não fazermos mau uso dos presentes que recebemos…
– Thomas Mann, in Montanha Mágica
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“Se calhar nem deve à mãe tê-lo parido”.
O que é isto? Será que vem dizer que é ironia? Perdoai-lhe, Senhor!
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O 25 de Abril, aconteceu nessa data, porque um punhado de oficiais milicianos estavam indignados com as diferenças de tratamento com os oficiais do quadro permanente.
Foi um problema de indignação que conduziu directamente a uma revolta militar.
E os oficiais do 25 de Abril também dizem que não estavam politizados. O Otelo já o disse e o Melo Antunes seria um dos poucos militares com capacidade para citar Marx.
É sabido, porque os militares fartam-se de o dizer que a revolução de 25 de Abril, não foi a mando de nenhuma força política. Nem do Soares, nem do Alegre, nem do Zenha.
Estes, tal como o Cunhal, eram opositores firmes do regime, mas se a Liberdade dependesse apenas deles, ainda hoje estávamos no regime ditatorial.
Essa é que é essa.
E esse tal de Santos Silva é da minha idade. Na altura do 25 de Abril, achava que o melhor era sermos todos albaneses.
Que grande palerma.
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J Diz:
11 Março, 2008 às 7:52 pm
“Se calhar nem deve à mãe tê-lo parido”.
O que é isto?
Leia com atenção o comentário 1. que talvez perceba.
Mas se quiser faço-lhe um desenho.
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Já baniam o piscoiso deste blogue.
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Lá aí tem razão, ó John, que o ASS andou mal, despeitadíssimo, tomando-se por mais do que é, ou menos, se ele que ainda vai à linha de família SS, e se esqueceu, porventrura, por questão de simples lapso.
Eh, lá terá sido, mas vejam o que são les choses, que lá lhe escapou essa asinha pà direita, à SS.
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Eu tamém lutei, disse o gajo, irado contra os profs em definição espontânea de “fascistas”. E eu nunca vi coisa mais certa.
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Aliás bem vistas as coisas a liberdade deve-se a A. O. Salazar, pois se ele quisesse tinha-nos prendido a todos.
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O 25 de Abril, aconteceu nessa data, porque um punhado de oficiais milicianos estavam indignados com as diferenças de tratamento com os oficiais do quadro permanente.
Bem … quer dizer … por acaso foi exactamento o contrário: foram os “orindos da Academia Militar” que se revoltaram com uma lei que dava aos “oriundos milicianos” o direito a ingressar na carreira militar, em pé de igualdade com eles.
Um oficial miliciano fazia a sua primeira comissão como alferes, e saia como tenente. Se era chamado para 2ª comissão era chamado a fazer o curso de capitão. A lei que saiu algum tempo antes do 25 de Abril equiparava esses capitães, do caso de quererem ingressar no quadro permanente das Forças Armadas, aos capitães oriundos da Academia Militar. O que era inteiramente justo.
Por alguma razão o movimento foi dos capitães, e não de outra patente qualquer.
As razões dos “capitães de Abril” eram puramente corporativas. Porque de democracia e liberdade eles não sabiam nada.
Um tropa é um tropa, só sabe fazer 2 coisas: mandar e obedecer.
Razão têm os ingleses que, em princípio, não reconhecem golpes militares.
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mas afinal ele não disse que nós nos calaríamos primeiro que ele?Se disse isso e ele já parou de zurrar, acho que devemos respeitar o que sua exelencia jericóide decretou. CALEM-SE!
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Isabel Coutinho, deixe-se de manipulações. Então você pensa que os capitães de Abril iam fazer um golpe militar devido a razões meramente corporativas? Planearam acabar com um regime politico, arriscando-se a ser presos caso o golpe falhasse, por causa de uma lei?! Até se pode dizer que a origem do descontentamento desses militares esteve nessas razões corporporativas, mas a razão para se ter dado o 25 de Abril não foi essa, nem nunca poderia ser essa. Mais importante do que isso foi a guerra colonial. E para além disso o MFA tinha um programa político.
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Isabel Coutinho:
Tem meia razão. Olhou para um lado e eu olhei para outro. Mas aceito a observação.
E reafirmo que os capitães de Abril, não estavam politizados como agora uns anónimos querem fazer crer. O MFA e o seu programa provam-no. Spínola, Galvão de Melo, até mesmo Costa Gomes, não estavam politizados no sentido da Revolução Permanente trotskista ou comunista.
Tudo isso veio depois. Uns meses depois. E bastou para haver um PREC. Havia um vazio e a Esquerda e Extrema- Esquerda preencheram-no.
Os capitães, esses, estavam fartos da guerra no Ultramar, a que acresciam esses problemas corporativos. E o poder militar, de armas na mão, fazem revoluções. Nos anos setenta, era assim. Em vários lados, principalmente na América Latina. Eram os putschs. Os pronunciamentos.
Salgueiro Maia não era comunista nem sequer de Esquerda.
É escusado aos comunistas e socialistas, reivindicarem para si o exclusivo de conquistadores da Liberdade.
Mais do que eles, uma minoria de clandestinos, provavelmente, devemos a Liberdade conquistada pelos capitães de Abril, aos elementos da Ala Liberal na Assembleia Nacional, com Sá Carneiro á cabeça,mas também Miller Guerra.
Se não fossem eles, Spínola talvez não tivesse escrito Portugal e o Futuro. E esse livro foi o canto do cisne do marcelismo.
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a liberdade é um almoço grátis.
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Começou por aí,sim…por pensarmos que havia falta de respeito pelo nosso sacríficio ao devotarmos toda uma vida pela pátria…eramos um punhado de capitães acossados pela vida …e isso levou-nos a arriscar tudo e a uma união muito sentida…que encorajou quase todos os camaradas a uma atitude determinada…depois só havia um caminho, a procura de um novo regime……e depois deixámos de ouvir….só assim conseguiríamos atingir o objectivo traçado….em 16 de Março….prenderam camaradas impacientes… e sabíamos o nosso dever.
Havia apenas um desejo do novo, mais justo e mais limpo. Éramos instrutores dos homens que iam para a guerra e sempre soubemos a dimensão do drama. Tenham a certeza disso.
cumps
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Jotabil:
Nunca duvidei dessa versão da História que me parece a mais certa e correcta, de acordo com o que se passou.
De igual modo, tenho a certeza absoluta que o povo português, no seu conjunto esmagador, estava farto do salazarismo/ caetanismo. Por isso é que a Revolução foi pacífica e teve adesão esmagadora.
Por isso é que acho um abuso, vir um Santos Silva qualquer, dizer que liberdade, devêmo-la a esses que enumerou. Devemos a esses e a milhares de outros, com destaque para uns tantos mais.
E que não se esqueça dos militares de Abril, dos do 16 de Março e dos deputados da Ala Liberal e ainda dos movimentos de cristãos e ainda da oposição silenciosa do povo no seu conjunto, ao regime. Comunistas e socialistas incluidos naturalmente, mas nem de perto nem de longe, foram eles os activistas que determinaram a queda do regime. Não foram.
A Liberdade, foi conquistada por todos nós. Os militares, fizeram o que tinham a fazer. Mais tarde ou mais cedo, fá-lo-iam. Se não fossem os capitães, seriam os majores ou os generais.
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Jotabil
Se é um capitão de Abril, receba um grande abraço de agradecimento.Quanto ás origens, foram muitas, mas o resultado foi só um:A Liberdade!
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A liberdade não é um almoço. O que se faz com ela é que é.
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A liberdade mais que um almoço é um luxo…
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E já agora que tenho oportunidade, posso também dizer que fiquei orgulhoso nesses dias que se seguiram ao 25 de Abril, com os militares que tínhamos. Não foi só eu. Foram milhares e milhares que partilharam a emoção de recuperar uma Liberdade de expressão, reunião e associação.
Mas durou pouco esse ambiente de happening. Uma semana, se tanto…
Mesmo assim, fico obrigado a esses heróis por conta própria ( o título de um filme dessa época, com Donald Sutherland e Telly Savalas e ainda outro que não lembro).
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e Clint Eastwood, curiosamente.
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É por estas e por outras que o Professor Bernadino Machado dizia:
“Na Universidade deve aprender-se de tudo, sobretudo a Liberdade”. Como a não ensinam lá, não sei para onde vos mandar… para que, realmente, V.Ex.as se defendam do estado geral de bovinidade… espontânea…
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Mas que raciocínio tão original, ó João Miranda! Depois de andarem aqui os blasfemos anos a fio a proclamar que metade do mundo deve a sua liberdade aos americanos, agora é isto… E conquentão, amiguinhos, a liberdade em Portugal não se deve a ninguém, heim? Foi conquistada por todos nós, heim, ó José? tipo comunidade hippie… Isto como revisão histórica não está mal. Posts e comentários destes hão-de levar a que um dia glorioso finalmente se revele a verdade: a liberdade em Portugal foi uma coisa que aconteceu naturalmente, como a chuva e o vento.
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Liberdade
É não cumprir um dever
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
FP
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Caramelo:
A Liberdade podia ter vindo com o golpe de Botelho Moniz, mas não veio. Sabe porquê, já agora?
Veio em 25 de Abril, porque vários factores se conjugaram. Não foi apenas um, nem sequer o golpe militar do MFA. O MFA não apareceu do nada. Teve um contexto e motivos, tal como esclareceu o Jotabil.
No entanto, há sempre os oportunistas que se apoderam dos louros todos.
Se louros houver a entregar, será sem dúvida alguma aos capitães de Abril. Sò a esses.
Porque se quiserem entregá-los aos “antifascistas” do costume, como é o caso dos caramelos todos que por aqui aparecem com esse discurso, então, vão ter que repartir por muitos muitos muitos mais e os loureiros não chegam a tanto, como se sabe.
É esse o problema. Há sempre quem reivindique a paternidade dos fenómenos sociais, quando estes lhes agradam.
No entanto, a verdade manda que se diga: não foi o Partido Comunista quem conquistou a liberdade nesse dia preciso de 25 de Abril.
COntribuiu, como muitos outros para que tal acontecesse.
A minha teoria particular, é que nem contribuiu tanto assim, para que isso acontecesse nesse dia.
Antes dos comunistas, estão os da Ala Liberal, está Spínola e está o povo portugues no seu conjunto que aceitou esta nova forma de pensar mais liberta de amarras do que a proposta por Marcelo Caetano.
Afinal, pode sempre colocar-se uma pequena questão como teste:
Se em 25 de Abril, fosse o PCP quem liderasse a Revolução, teria ela a mesma aceitaçãp popular?
Respondam os caramelos.
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Mas afinal, não é o PCP quem reivindica sempre o povo como motor central da Revolução?
Onde é que reside a lógica de negar ao povo, no seu conjunto e neste caso, bem real porque se reconhece como fenómeno verdadeiro, o mérito de ter varrido com a ditadura pós Salazarista?
Foi efectivamente o povo quem apoiou o MFA. E se o não tivesse feito, Salgueiro Maia não tinha conseguido triunfar naquelas horas fatais para o regime deposto.
No Largo do Carmo, sítio da rendição de Marcelo, estava o povo. Indistinto e a apoiar o MFA.
Depois disso, nas manifestações espontâneas por todo o pais, idem.
Quem pretende reescrever a História não sou eu. São os caramelos que negam estas evidências
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O Partido COmunista foi apanhado de surpresa e toda a gente concorda ( mesmo historiadores de nome em conjunto com os de pacotilha) que o PCP por ser o partido melhor organizado, foi o que se adiantou na manifestação em modo de comício e de apresentação de ideias e apoio aos militares.
Mas não foi o motor da Revolução pela Liberdade em 25 de Abril.
NÃO foi, por muito que o queiram proclamar e reescrever a História.
FOi o MFA e o Povo português, incluindo milhões sem partido.
O PCP quantos militantes tinha em 25 de Abril 74? 5 mil?!
Tantos?
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José, mas onde é que eu lhe falei no PCP? O que eu disse, e repito, é que a liberdade não se deve a essa entidade abstracta que é o Povo (isso parece até historiografia marxista, ó José 😉 e muito menos apareceu por intervenção divina ou por um qualquer fenómeno climatérico (como parece pretender o JM…)
Na minha noção de História, as acções dos indivíduos concretos, são determinantes. E obviamente, a acções dos individuos são motivada por circunstâncias históricas concretas. O 25 de Abril deve-se a um conjunto de indivíduos, onde se contam os operacionais e os teóricos do MFA (Otelo, Melo Antunes, Salgueiro Maia, etc), que aproveitaram um determinado contexto histórico favorável e uma concreta relação de forças. O 25 de Abril dificilmente se teria dado em 1964, por exemplo… O Povo, claro, aproveitou, e legitimou em eleições o novo regime, porque era isso mesmo que queria e era disso mesmo que precisava. É só isso que quis dizer.
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Então está bem dito, porque eu digo o mesmo. Nunca disse que foram os hippies que fizeram a Revolução. Apenas comentei que o Povo, neste caso, teve mesmo uma participação directa, ao apoiar de modo entusiástico ( foi mesmo assim, não é eufemismo ou exagero) os militares que fizeram essa Revolução.
Até o Otelo, nessa altura e já o confessou, era um não politizado. Foi da Mocidade até, ou da Legião, já nem lembro bem.
O Otelo, nos primeiros meses, proclamava a excelência do modelo sueco. O Vasco Gonçalves idem e acrescentava a Itália ( de 74…).
Logo, as ideias de Esquerda extremada, surgiram depois. Durão Barroso e Ana Gomes, a Anita dos blogs, achava que a felicidade viria da China ( hoje vemos como é…); Santos Silva, esse, devia ter vergonha e nunca, mas mesmo nunca falar nestes temas.
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O João Miranda abandonou este post… eu acho que ele próprio deve estar a pensar: “mas que raio queria eu dizer com aquilo?…” 😉
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O sr Silva, consegue uma proeza! na Assembleia Nacional do fascismo, nunca ninguem teve um comportamento, tão caceteiro,
como o dito Silva. A educação faz falta a este ministro……
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