Saltar para o conteúdo

Avaliação simplificada II

13 Março, 2008

Para o ano? Para o ano serão necessárias novas simplificações. Algumas delas sugeridas aqui por um docente. A eliminação da classificação de excelente por não ter “justificação científico-pedagógica”. A eliminação das quotas para as classificações mais elevadas para que todos possam ser muito bons. Eliminação das diferenças práticas entre o “muito bom” e o “bom” para que os poucos que não conseguirem um “muito bom” não sejam discriminados. O esvaziamento da figura de titular (especialmente em termos de salário). Separação entre a avaliação e a progressão na carreira. Reforço da auto-avaliação. Redução do papel dos conselhos executivos na avaliação.

6 comentários leave one →
  1. C. Medina Ribeiro's avatar
    13 Março, 2008 12:27

    O TOPETE E O TAPETE

    NOS ÚLTIMOS DIAS, e no seguimento do protesto dos professores, ficou claro que, pelo menos em alguns aspectos, houve um recuo por parte do Ministério da Educação.

    Ora isso que, em si mesmo, não tem mal nenhum (e será de saudar se conduzir a soluções melhores e com a participação dos principais actores do Ensino), já faz pensar quando quem recua nos quer fazer crer que não, que está a andar em frente, como dantes.
    Claro que isso é conversa de políticos (já ouvimos o mesmo em relação a outros casos, como no fecho das urgências) mas, mesmo assim, dá que pensar:
    «Como é que alguém que, à vista de todos, está a andar para trás, nos garante, sem se rir, que está a andar para a frente?!».

    Pois é possível, sim senhor:

    Atente-se o que sucede num tapete – ou numa escada – rolante se alguém começar a andar no sentido oposto ao do movimento da engenhoca.
    .

    Gostar

  2. jcd's avatar
    13 Março, 2008 14:34

    Delirante. Não só a proposta, mas também os comentários generalizados de aprovação…

    Gostar

  3. Carlos's avatar
    13 Março, 2008 15:02

    Em política, um pequeno recúo, acaba num recúo total. A reforma do Ensino parece-me comprometida, como já está a Saúde, a Justiça e a Reforma da Adm. Pública. As obras de Lino estão em “stand-by”. O investimento bloqueado e o desemprego sem solução.
    O Estado e os seus agentes e sindicatos podem respirar fundo – o status-quo está assegurado. Tudo vai continuar “calmo” como sempre esteve …
    Enfim… um país em coma profundo.

    Gostar

  4. Luís Vilela's avatar
    Luís Vilela permalink
    13 Março, 2008 17:16

    Bom senso. Apenas isso se torna necessário para pronunciar um juízo acerca de um dos muitos problemas que as (aparentes) soluções da ministra encerram. Um exemplo tirado das tabelas que têm origem no Ministério da Educação:

    C.1 – Promoção de um clima favorável à aprendizagem, ao bem-estar e ao desenvolvimento afectivo, emocional e social dos alunos.

    Esta referência é nada mais do que um dos critérios de referência para avaliar um docente(!!!!!). E o avaliador vai atribuir classificação de 1 a 5 ao docente avaliado. Contratado, já agora!
    Brilhante (aparente) solução!
    Alternativas? Regressem os exames nacionais – que esta ministra quer fazer desaparecer – para os alunos em fim de cada ciclo e para as disciplinas que, entretanto, terminem. Assim, os docentes cumprem os programas e são comparadas as classificações de frequência com as obtidas pelos seus alunos em exame. E exames para que cada docente (caso o deseje) suba de escalão.
    Duas notas finais:
    – os contratados vão ser avaliados por pura teimosia e má fé (não subirão de escalão e não estão na escola para além deste ano lectivo)
    – Para quem saiba como decorreram os concursos para Prof. Titular não pode deixar de ser inacreditável que se aceite que haja colegas com inferiores qualificações a serem “promovidos” e tomando em consideração apenas os últimos sete anos de desempenho de funções.
    Diferenciar, sim. Dividir, não.
    Saudações,
    Luís Vilela.
    (parte desta mensagem já foi colocada em De Rerum Natura)

    Gostar

  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    14 Março, 2008 01:26

    É mau, é mau!
    Oxalá que ninguém se lembre (a partir das experiências “planificadas” dos países do Leste, antes da queda do Muro) que quanto mais complexo e burocratizado é um sistema, mais facilmente e melhor os patifes sobrevivem!
    É que se começam a simplificar, os maus professores tornam-se notados.
    Por favor, por favor, sra. ministra, em nome de todos os que se aproveitam da profissão de professor para ganhar umas coroas a trabalhar pouco, peço-lhe: nada de recuos nesta matéria!

    Gostar

  6. Desconhecida's avatar
    14 Março, 2008 03:09

    Parece que há quem insista em tapar o sol com a peneira. Cem mil, é um número demasiado complexo para as cabeças de certos ‘opinadores’. Não faz mal, da próxima vez talvez sejamos 140 mil e aí, quem sabe, o 100% diga alguma coisa a essas cabecinhas.

    Gostar

Deixe uma resposta para Apache Cancelar resposta