Quem quer a adopção sem custos?
3 Abril, 2008
CDS-PP considera que custas judiciais desincentivam adopção
Provavelmente é verdade. Claro que as adopções não deixam de ter custos judiciais só porque ninguém os paga. Por outro lado, não sei se é boa ideia deixar adoptar quem não está disposto a pagar cerca de 100 contos de custas judiciais.
43 comentários
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Suponho que o Comissário Miranda defenda a privatização da adopção.
O mercado encarregava-se de nivelar os custos.
Com época de saldos bpara as crianças mais rabugentas e com defeitos.
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O JM chuta para a veia?
Até pela sua lógica o seu argumento cai.
Se as crianças forem adoptadas – e a alternativa para todas as crianças adoptáveis é a institucionalização – são menos um encargo para o Estado.
Então, um pai ou/e uma mãe que exonera(m) o Estado dos encargos inerentes à institucionalização de uma criança, ainda lhe têm de pagar as custas do processo?
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Sofia Ventura,
Eu não disse que a adopção não tira custos ao Estado.
O que eu disse foi:
1. o processo tem custos.
2. é muito mau sinal que quem quer adoptar não esteja disposto a pagar 100 contos.
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Se calhar, 500 euros até é uma bagatela, se a criança for da raça ariana.
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João Miranda, eu digo mais: é mesmo muito mau sinal que quem quer adoptar, não esteja disposto a pagar 10 000 euros. Que raio de pessoas são esses que não são capazes de pedir dinheiro ao banco e hipotecar a casa para dar amor e carinho a uma pobre criança abandonada, heim, heim? Uma criança vale muito mais do que isso, caramba!
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«1. o processo tem custos.»
Pois tem. Não vejo é como é que devem ser os futuros pais a suportá-los.
a) O interesse na adopção é, antes de mais, do ADOPTANDO (que é uma responsabilidade do Estado);
b) é também do ESTADO – na medida em que “reintegra” (perdõe a expressão) as crianças num ambiente familiar, com todas as vantagens que daí resultam para as próprias, mas também para a comunidade;
c) e, por último, é dos ADOPTANTES.
«2. é muito mau sinal que quem quer adoptar não esteja disposto a pagar 100 contos.»
Pois eu acho bom sinal. A recusa em pagar este absurdo releva que a criança seria entregue alguém consciente da sua posição e que prefere gastar 100 contos com ela, a dá-los ao Estado.
Uma coisa é ser sério, outra é ser estúpido!
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««Pois eu acho bom sinal. A recusa em pagar este absurdo releva que a criança seria entregue alguém consciente da sua posição e que prefere gastar 100 contos com ela, a dá-los ao Estado.»»
Há algo nessa lógica que não bate certo. A Sofia defende que é um bom sinal que um adoptante prefira deixar a criança numa instituição a pagar 100 contos.
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O João Miranda, como já não vai a tempo de apagar o que escreveu, não acha que era melhor ideia escrever uma série de “postas” seguidas, a ver se esta ia “lá para o fundo” mais depressinha?
É que se ainda não conseguiu perceber a barbaridade do que escreveu, então até os leitores mais estúpidos vão perceber que o João Miranda lhes leva um grande avanço….
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João Miranda, ninguém deixa de adoptar por causa disso, parece-me. Acontece que o dinheiro seria melhor empregue em roupa, brinquedos e comida para a criança. 500 euros daria para levar o puto à disneylandia de paris.
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«Há algo nessa lógica que não bate certo. A Sofia defende que é um bom sinal que um adoptante prefira deixar a criança numa instituição a pagar 100 contos»
Não. Acho que é bom sinal que os queira gastar COM A CRIANÇA, e não entregá-los ao Estado. Obviamente, que não por mais 100 ou menos 100 contos que alguém deixa de adoptar – O QUE NÃO TORNA O FACTO DE LHES IMPUTAREM AS CUSTAS MENOS REPROVÁVEL.
Em todo o caso, apesar de irrisória, há sempre a possibilidade de se pedir apoio judiciário – ou seja, devolver a bola ao Estado.
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“caramelo Diz: para dar amor e carinho a uma pobre criança abandonada, heim, heim? ”
Curiosamente, a memória é curta, e grande parte das crianças adoptadas não são (ou não virão a ser) abandonadas.
Curiosamente, são geralmente retiradas a pais, mães, casais. Parece que mais a mães, a crer por um post faz cerca de uma semana em que uma mãe tinha ficado sem os filhos porque não tinha dinheiro.
Agora há outra em fuga e dizem que ela é culpada de ter “raptado a filha” ao casal de estimação ou como se chama.
Fora o sargento que também “adoptou” a Esmeralda ao malandro do Baltazar.
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Anónimo Diz:
3 Abril, 2008 às 4:48 pm
Caro anónimo,
Não sou mãe e, portanto, o conhecimento que tenho dos afectos que ligam um pai/mãe a um filho, tenho-os por tranferência.
Em todo o caso, devo-lhe dizer que não me parece que haja nada de vergonhoso em admitir que não se tem condições para criar uma criança. Em todo o caso, quero acreditar que pela intensidade dos laços que se criam, pessoas há (a generalidade), que não são capazes que reconhecer as suas incapacidades, porque isso representa abdicar de um filho.
Há pouco tempo, uma mulher dizia-me que esteve um mês separada do marido, com quem tem dois filhos(um rapaz de 5 anos e uma menina de 1 ano e meio). Por altura da separação, o rapaz de 5 anos disse que preferia ficar com o pai. O que a mãe me disse foi que sofreu horrores, mas reconhecia que não era melhor prestadora de cuidados que o pai e que, sendo assim, não ia causar mais sofrimento ao filho, para aliviar o dela. A criança ficou, de facto, com o pai.
Há quem veja, mesquinhamente, um sinal de fraqueza ou fracasso (sobretudo se se for mulher) neste, aparente, “desprendimento”. Eu acho que estas são as verdadeiras MULHERES. Tiro-lhe o meu chapéu.
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Ouvi hoje: “existem milhares de crianças por adoptar” e “existem milhares de casais à espera de adoptar” estarei a enlouquecer?! Pôr custas (ou seja: areia na engrenagem) não me parece sequer um argumento.
Tenho de dizer isto à Sofia Ventura: não existe nenhuma razão (sem ser o preconceito) para que um pai seja naturalmente pior prestador de cuidados que a mãe. A Sofia fala como se por defeito, as crianças pertencessem às mães e fico sem perceber o que é um pai então.
As verdadeiras MULHERES são como os verdadeiros HOMENS, mas o que é um facto é que por existir esse preconceito que está implicito no seu (sobretudo se se for mulher) que em Portugal apenas 3% das crianças têm a sua custódia entregue ao Pai e que desses, 98% são por razões de viuvez. O que diz basicamente é: uma criança só não deve viver com a mãe se esta for muito má e eu pergunto: e se a mãe for razoável e o pai excelente?!
Não precisa de responder, porque a sociedade já respondeu por si.
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Eu proponho que o Estado leve á falência o casal adoptante e só depois entregue a criança! No mês seguinte tira-lho (por falta de dinheiro) e ganha mais umas custas á conta de nova adopção!
É o racíocinio do governo.Impede-se,por razões financeiras, que o cidadão tenha acesso á Justiça e assim os processos em atraso, acabam!
Na saúde tambem funciona para as operações em atraso!
Sofia você é Primavera!
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Akula
Isso aconteceu comigo.A minha mãe era muito má e o meu pai era muito bom! O Tribunal entregou-me ao meu pai! Mas olhe que eu fiquei orfão para toda a vida.
Não é linear como parece!Não sei se é possível substituir uma mãe.A relação que a criança estabelece com a mãe não é igual á que estabelece com o pai.Quando não há outro remédio aí,claro, vai-se para o menos mau.
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«Tenho de dizer isto à Sofia Ventura: não existe nenhuma razão (sem ser o preconceito) para que um pai seja naturalmente pior prestador de cuidados que a mãe. A Sofia fala como se por defeito, as crianças pertencessem às mães e fico sem perceber o que é um pai então.»
Expliquei-me mal, com certeza.
Não acredito que as mães sejam melhores prestadoras de cuidados que o pai. Mas sim, acredito que há esse preconceito.
Limitei-me a relatar que uma mãe (porque sabia que a criança ficava tão bem cuidada com o pai quanto com ela) preferiu roer-se por dentro, a causar mais sofrimento ao filho opondo-se a que ficasse com o pai.
Houvessem mais mães assim.
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Pois Sofia, imagine quantos pais existem iguaisinhos a essa mãe.
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1-O que são 100 contos?
2-Parece que desta vez o JM tem razão, a questão não está em os adoptantes gastarem o $$$ das custas com a criança, ou em considerar que o Estado poupa com as adopções (será?), está em pôr todos os contribuintes a pagar umas custas para um objectivo muito pessoal de dois cidadãos. Concerteza seria bem pior se fosse a criança a pagar as custas, afinal a mais interessada é ela!
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Luís moreira, se tivesse ficado com a sua mãe, não teria ficado orfão?
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«Pois Sofia, imagine quantos pais existem iguaisinhos a essa mãe.»
Há de tudo, Dazulpintado.
Até pais que sabem se seriam melhores prestadores de cuidados (que a mãe) e que não conseguem a guarda dos filhos.
Estes são os casos verdadeiramente tristes.
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Sofia: Então estamos de acordo. O primeiro interesse deverá ser sempre o da criança e é um facto que muita gente fica com os filhos, tendo como prioridade a sua imagem enquanto progenitor.
Luís: Eu concordo consigo na parte em que diz que não é linear. Exactamente, não é linear. Não é o género que determina ser melhor ou pior. Como o Luís relata, no seu caso passou-se assim, noutros passar-se-à de forma diferente ou não.
Reiterando o que quis dizer: o género não determina os melhores ou os piores progenitores. Assim como a condição social também não (um pai ou uma mãe que pode dar tudo, não é necessariamente o melhor dos dois, parece-me). Voltando à vaca fria, essa é a razão para estas custas serem ainda mais descabidas.
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Os pais pobres, por defeito, não têm “condições para criar uma criança”.
Criar uma criança é coisa de ricos.
Será assim, o que por aí se transpira ?
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Percebo o JM e também acho que, quem quiser adoptar uma criança, não pode ficar preso ao argumento do dinheiro. Mas, realmente, se alguém deve pagar as custas do processo, deve ser o Estado, que é a quem compete promover um futuro melhor para as crianças em condições de serem adoptadas.
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«Criar uma criança é coisa de ricos.
Será assim, o que por aí se transpira ?»
Caro Piscoiso,
Por quem sois?
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Luis Moreira Diz:
Isso aconteceu comigo.A minha mãe era muito má e o meu pai era muito bom! O Tribunal entregou-me ao meu pai!
Luis, isso deve ter sido faz décadas atrás.
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Akula ” Reiterando o que quis dizer: o género não determina os melhores ou os piores progenitores. ”
Não é o que a ciência diz. Veja-se várias acordãos de tribunais da relação. Um deles diz que como acontece na natureza e com os animais, as mães tem mais carinho pelos filhos que os homens- a naturezae a ciência não enganam.
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JMiranda,
Acho que o problema é também as pessoas não verem os 500euros como os custos reais do processo. São?
De resto, a sua lógica até pega. Só que qual a justiça de dar 500euros para alimentar uma máquina em piloto automático?
Se ainda se desse o dinheiro às instituições ou outro, mas para alimentar máquinas, acho mal.
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Akula Diz: “Ouvi hoje: “existem milhares de crianças por adoptar” e “existem milhares de casais à espera de adoptar” estarei a enlouquecer?! ”
As custas não são problema, mas sim que as crianças não correspondem no catalogo aos desejos dos casais.
O mais pedido são crianças brancas, tenras, de olhos aZUIS, de pele rozada. De preferencia com um sinalzinho no peito que é mais engraçado. Quanto mais novas melhores.
Deve-se mudar os nomes pra os pais nunca mais as encontrarem.
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Filipe Abrantes Diz:
3 Abril, 2008 às 7:05 pm
De resto, a sua lógica até pega. Só que qual a justiça de dar 500euros para alimentar uma máquina em piloto automático?
Exacto, os custos são muito maiores.
Os custos são mais elevados do que 500 euros, pois os custos de Poder paternal são para aí 10-dez-10 vezes mais, e são os próprios filhos.
Paga-se custos mas não se vé os filhos em Poder Paternal.
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«Não é o que a ciência diz. Veja-se várias acordãos de tribunais da relação.»
Hi! Hi! Que a propósito de ciência (quanto às diferenças de género), cite acórdãos de um Tribunal da Relação, tem a sua piada.
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Só a bondade determina se uma pessoa é boa ou má.Nas mães e nos pais tambem é assim.Encontrei muita gente competente,inteligente, rica,culta.Bondosas, muito poucas!
Eu tive a sorte de ter encontrado um juiz bondoso que fez tudo para me defender e um pai que prescindiu de tudo a meu favor.
Quando há filhos as pessoas têm que perceber que, para os adultos a vida pode refazer-se, para as crianças nunca mais nada é o mesmo!
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Eu acho interessante que o mesmo governo que pôs em prática a lei do aborto, venha agora com medidas que desincentivam a adopção…
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Confesso que essa da ciência me espantou. Apesar de isso ser verdade, não é toda a verdade. Cuidar de uma criança é bem mais do que instinto animal. Sei-o por experiência.
Luís Moreira, correndo o risco de nos termos afastado do tema: não podia concordar mais consigo em tudo o que acabou de escrever.
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F… a vocês todos…a possibilidade de adoptar uma criança não é com pagamentos ao Estado que pouco ou nada faz. quando muito pega no dito dinheiro e distribui pelos seus amigalhaços, nem que sejam trocos. Não é com base em dinheiro que se vai dar cuidados e recriar uma nova família. É com base em partilhas e o que vocês chamam de lamechices “amor e carinho”. Estas crianças já sofreram e continuam a sofrer processos violentos. Há formas de minimizar e acabar com esses sofrimentos…Não se BRINCA OU DEVE BRINCAR COM A VIDA DAS PESSOAS! Por essas e por outras que muitos tipos ligados ou desligados dos partidos, nomeadamente do do Governo a esta hora deveriam estar no cadafalço pelo que andaram ou tentaram fazer…e andam por aí com o “peito inchado”!!!!
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Luis Moreira Diz:
Eu tive a sorte de ter encontrado um juiz bondoso que fez tudo para me defender e um pai que prescindiu de tudo a meu favor.
Mas isso foi há décadas atrás. Já o disse uma vez. Quando foi isso Luis
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Por outro lado, não sei se é boa ideia deixar adoptar quem não está disposto a pagar cerca de 100 contos de custas judiciais. – JM
Concordo plenamente.
Claro que também se pode dizer que a adopção é um direito da criança que é melhor defendido se o Estado afastar os entraves que existam no próprio processo.
Mas isso não afasta que a mesquinhez de quem não está disposto a pagar 100 contos de custas é a prova provada de que tal (ou tais) pessoa(s) não deve(m) poder adoptar. A menos que se deixe de exigir um mínimo de carácter a quem se candidata a tornar-se pai ou mãe de uma criança adoptada.
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Ainda bem que teve sorte. Percebe ?
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” Claro que também se pode dizer que a adopção é um direito da criança ”
A adopção não é um direito da criança. É um mal menor.
Se mal feita e entregue a gente mesquinha ninguém dá o braço a torcer.
No resto estou de acordo.
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dazulpintado Diz:
não pode ficar preso ao argumento do dinheiro. Mas, realmente, se alguém deve pagar as custas do processo, deve ser o Estado, que é a quem compete promover um futuro melhor para as crianças
Então porque é que as custas de Poder Paternal – carissimas – são pagas ?
E são os próprios pais que pagam para tentar ver os filhos . Isto não tem lógica nenhuma a meu ver. Pagar custas para ver os próprios filhos
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«Pagar custas para ver os próprios filhos»
Não se queixe, Tibúrcio. Olhe que, à conta da facilidade com que os nossos tribunais “suspendem” as visitas (que acabam por quebrar laços entre os pais e as crianças) sempre que as mães, maldosamente, levantam suspeições, muitos pais pagam para NÃO VER os filhos.
E além dos pais (cujo sofrimento não consigo sequer começar a imaginar) quem paga são as crianças. Aliás, cada vez mais se ouve falar da “síndrome de alienação parental”. Só os nossos magistrados e procuradores do MP nos tribunais de família é que – parece – não lêem sobre o assunto.
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Por outro lado, não sei se é boa ideia deixar adoptar quem não está disposto a pagar cerca de 100 contos de custas judiciais.(Isto é uma pergunta, não é verdade?)
Resposta: O conceito de imoralidade diz-lhe alguma coisa? Porque é que o Estado deverá ter o direito de cobrar custas por um acto altruístico de um cidadão? Acha que o poder económico é uma boa medida de avaliação da capacidade de amar de quem adopta? É como comprar um cão de raça, não? Pois há muitos que os compram bem caros e cedo os abandonam.
Alguém disse um dia que a estupidez está na base de todos os males do mundo. Cada vez mais me convenço da veracidade desta afirmação… e a coisa parece que tende a piorar!
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Caro João Miranda,
Acho-o um bom teorico do liberalismo e normalmente concordo consigo… neste caso não… aliás, em vez de escrever de cátedra, faça uma experiência, saia para a rua e vá visitar uma qualquer CPCJ de um grande centro urbano, ou uma instituição de acolhimento de crianças (na maioria particulares)… depois desafio-o a fazer a mesma análise… sabe, há coisas que só têm cabimento depois de conhecer a realidade…
Para muitas crianças e muitas famílias que desejam adoptar esses 100 contos podem fazer muita diferença, e, como a Sofia Ventura disse:
“a) O interesse na adopção é, antes de mais, do ADOPTANDO (que é uma responsabilidade do Estado);
b) é também do ESTADO – na medida em que “reintegra” (perdõe a expressão) as crianças num ambiente familiar, com todas as vantagens que daí resultam para as próprias, mas também para a comunidade”
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Ainda bem fico muito feliz. Tem que haver moralidaed. Assim o sargento e a sua mulher mesmo que paguem 100 contos ficam com a Esmeralda (Ana Filipa).
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