Caro Filipe Moura,
Aquilo que refere, no Cinco Dias, coloca-me alguns problemas. Primeiro, quando eu disse que «a “classe média” está cada vez mais a abandonar o ensino superior público e a transferir os seus filhos para o privado» não era minha pretensão transportar um conceito puro de ‘classe média’. Por isso a sua refutação de que se tratará antes de «média e alta burguesia» deixa-me um pouco perplexo.
Não quero discutir as ‘classes’, os seus tipos e espécies. Apenas pretendia significar os ‘não-ricos’ (também ‘não-pobres’, bem entendido). Dizer que o ensino privado pré-universitário já passou a ser escolhido por famílias que também vivem nos subúrbios e que cometem proezas de equilibrismo para pagar a casa e a educação dos seus filhos. Mas que preferem fazer esse sacrifício a arriscar o ensino público.
Também duvido muito do número de 7% mas não tenho outro para o contrariar. Apenas direi que julgo perceber, empiricamente, uma tendência crescente na afluência ao ensino privado e uma queda de popularidade assinalável no público.
Tenho dois filhos pequenos ainda em idade pré-escolar – quando coloco a hipótese de os colocar no ensino público a maioria dos meus amigos (média burguesia, suponho) olha-me como se eu estivesse a ensandecer. E, acredite, gostaria muito de não os enfiar num colégio com nome de santo e a terem de privar com padres e freiras…
BLASFÉMIAS 
Que o ensino público é um cadáver adiado à espera que lhe marquem as exéquias já não é novidade.
Que o ensino privado, salvo raras excepções, é uma merda com a mania das grandezas também não é nada que não se saiba.
Não é o mercado que se auto-regula? Desembrulhem-se.
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Aproveite um MB colégio.
O colégiomilitar.
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O que o CAA passa ao pensar na escola dos seus filhos, tambem eu o passo.
Antes pensava que o ensino publico seria o caminho logico, dado que eu tambem la andei e sobrevivi.
Mas so de pensar na fauna perigosa que por lá anda, e o quão protegida se encontra … faz-me vacilar. Muito.
Infelizmente por aqui, tambem os colégios(*) estao filiados no clero [com ou sem freiras]. O que me arrepia muito.
Se os colégios privados são piores ou melhores em termos de qualidade, eu diria que muito depende dos alunos em si. Mas que tenho mais garantias de não ter lá pessoas cujos pais que pagam para não aprender, lá isso tenho.
(*) Por falar em colégios … alguém me explica que mal tinha o nome “liceu”? Era alguma propriedade do regime que tinha que ser erradicada?
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Sem anestesia,
«Por falar em colégios … alguém me explica que mal tinha o nome “liceu”? Era alguma propriedade do regime que tinha que ser erradicada?»
Deve ter sido considerado muito aristotélico…
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Pensar em infantário, 1º ciclo, 2º ciclo não é o mesmo que pensar noutros níveis de ensino.
Quem arrisca o privado universitário é porque não conseguiu colocação no público, mesmo que justifique a escolha com outros argumentos. Meninos mimados com tempo de sobra para net, jogos, saídas à noite, só podiam mesmo aspirar a universidade pública, porque os pais estão lá para pagar, e não têm média para entrar na pública.
O secundário público é muito melhor que o privado, duma forma geral. Claro que quem vive num bairro problemático, tem que saber escolher a escola, se não quiser que um dos vizinhos “rebeldes” se sente ao lado do filho nas aulas. Há colégios muito, mas muito, maus. Dê uma vista de olhos aos rankings, e confesse que o privado não consegue fazer milagres. Para onde pensa que vão os repetentes do público, quando os pais, finalmente, decidem que o filho tem que acabar o 12º ano?
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MJP Diz:
7 Abril, 2008 às 8:02 pm
“Há colégios muito, mas muito, maus. Dê uma vista de olhos aos rankings, e confesse que o privado não consegue fazer milagres.”
Então não consegue. Faz-se tudo para manter o freguês pagador. Pode ter a certeza.
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O Valsassina onde andou o meu filho é privadíssimo desde sempre.Se Deus quiser lá andarão os meus netos.Tambem lá andaram os meus sobrinhos.Todos com a mesma opinião.O melhor investimento das nossas vidas.Todos com licenciatura que obrigam a ter média e tirados nas Universidades públicas.
70% dos alunos entram nas universidades públicas.Professores com mérito e com trabalho.Alunos, suficientemente reguilas.Fui chamado ao director mais que uma vez.E há mais colégios assim!
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CAA,
Eu acho admirável que se gaste tempo e neurónios arengando sobre os malefícios da Escola Pública, sobre se é a classe média-alta ou média que foge para o privado, ou ainda se há mais alunos do privado que entram na Universidade pública. O drama de muitos pais não se revê nas preocupações elitistas dos blogs. O que preocupa a maioria dos portugueses é se há uma escola perto de casa, e se os filhos mesmo que consigam acabar os estudos, conseguem ou não um emprego digno e suficientemente remunerado. O resto são tretas.
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Isto parece ser entre o Caro Filipe Moura e O CAA, por isso não sei se deva meter a colher… mas a mim parece-me uma conversa entre gordos (sirva-se de outra ostra, caro Filipe Moura) que estão falar de outra coisa para disfarçar, porque o assunto é comida, que é como quem diz “o meu post é melhor que o teu”.
Não sei quem é o Caro Filipe Moura, mas gostaria de convidar os dois a usar as novas tecnologias do senhor Sócrates, por exemplo o imêil, e a deixarem os pobres leitores em paz.
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«a “classe média” está cada vez mais a abandonar o ensino superior público e a transferir os seus filhos para o privado»
Que Ensino Superior Privado, para além da U. Católica?
É que fora da Católica, lembro-me logo da U. Independente, da U. Moderna, do I. Piaget….e uns outros duvidosos!
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Qual o problema de colocar um filho num colégio com nome de Santo?
Tanto sentimento anticlerical também já é exagero.
Há na história da humanidade pessoas que pela sua vida singular e pela abnegação da sua fé, merecem ser recordadas independentemente da opção religiosa de cada um. Não vejo onde esteja o problema de um laico ter apreço pela obra e biografia do padre António Vieira. E já que fala em padres e freiras com tanto desdém reveja por exemplo o papel da Ordem de Cristo nos descobrimentos Portugueses.
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«Qual o problema de colocar um filho num colégio com nome de Santo?»
É colocar uma criança num grupo de risco…
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Os jovens que frequentam o Colégio de S. João de Brito estão num grupo de risco?
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Meu caro CAA
Carolina Michaelis não era Santa não confunda.
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Gostei, francamente, da sua prestação no prós e contras, CAA. Lamento, apenas, que não tivesse derretido ainda mais aquela Joanita histérica, altamente burguesa, que ali armou em dona de um saber ultrapassado, utópico e perigosamente populista. Sei que tinha argumentos para isso, mas preferiu testar a sua capacidade de resistência, percebe-se…
Com toda a experiência de escolas que tenho, e é muita, digo-lhe, sem reservas nem pruridos politicamente correctos: Ponha os seus filhos num bom privado. E deixe-se de tratas quanto à religião. Há valores universais que só se interiorizam correctamente por essa via.
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Nunca poria um filho meu numa Universidade católica, judia, muçulmana, anti-religiosa, comunista, socialista, esquerdista, portista, benfiquista, sportinguista, dos diabos vermelhos, dos super dragões, dos ecologistas, dos anti-globais, dos globais.
A formação do meu filho não pode ser a defesa duma dessas bandeiras.
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O Tt não sou eu (Tolstoi).
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O Sr. Kramer é perfeitamente asséptico e não tem qualquer bandeira ou convicção.
Pois eu tenho e luto por elas.
Ainda bem que nunca poria o seu filho na U. Católica talvez fosse melhor colocá-lo na U. Independente.
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Deve ser algo sintomático que já não haja algo chamado liceu.
Mais do que revisionismo, acaba por ser um sinal da alta instabilidade do nosso ensino.
Não temos liceus, temos Escolas Secundárias e C+S.
Não temos um S.A.T, ou um vestibular ou um Abitur. Uns tiveram exames, outros PGA, outros aferições, outros específicas.
Onde dantes havia vintes, temos 1-5.
Não temos elementary schools, junior-hi’s, high school, nem ginásio
Não falo de ausência de evolução, de evitar novas perspectivas. Ou de regressar a velhas práticas (nasci depois do 25A) como as dispensáveis reguadas.
Mas o facto de não conseguirmos manter “petit-noms” para uma série de lugares e eventos da educação (ou pelo menos, de mudá-los quase de 4 em 4 anos) acaba por revelar como tratamos bem a educação.
Reformam as coisas e os seus nomes.
E cada ME terá sempre a tentação de reformar o que o anterior mudou, às vezes no mesmo programa de governo.
Aqui o mundo não pula e avança.
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Caro Tolstoi: não há problema nenhum na dimensão religiosa da vida. Cada um é livre de fazer o que quiser, desde que não retire a liberdade aos outros.
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“O Tt não sou eu (Tolstoi).”
Ai não é, de certeza. A menos que fosse tão moderno e tão socialista, que equacionasse uma mudança de sexo…
😉
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Aquele “tão moderno e tão socialista” ali de cima sofre de redundância…
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Exmº Sem Anestesia plenamente de acordo, mas voltando á questão inicial não vejo que o facto de colocar um filho num colégio com nome de santo, por aceitar que a metodologia de ensino seja boa, obrigue à prática e aceitação religiosa compulsiva.
Quantos antigos alunos de colégios religiosos não têm dimensão religiosa nas suas vidas?
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Pelo pseudónimo Tt não identifico o sexo, fico agradado que seja mulher.
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Acho se pensarmos de forma pratica verificamos que nao e de agora q isto vem acontecendo, os colegios privados tem fama de inflacionar as notas MESMO entre aqueles que andam no publico LOGO Aqueles q andam no publico e SABEM q se forem para um colegio privado esforcam se metade e tem melhores notas SE os pais podem pagar VAo!ficam famosas historias de alunos q no publico tinham notas mediocres e sairam do privado com altas notas.TOda a gente sabe isto!
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Que tal generalizar e dizer que o ensino está pessimo ?
Entre as melhores escolas (e falo em resultados de exame nacional) haverá mais privadas que publicas, mas analisando o resto da tabela, isso não é propriamente indicativo da superioridade generalizada do ensino privado.
PS: O ensino universitário não me parece que seja o que está em discussão. Além que as regras de funcionamento são felizmente muito diferentes.
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1. No Ensino Privado os professores são pior remunerados que no Ensino Público. É professor do E. Privado quem não conseguiu entrar no E. Público. Em princípio, os profs do E. Privado têm menor qualidade.
2. Equipamentos (laboratórios, ginásios, material informático, etc) no sector privado ou não existem ou são simulacros (lucro oblige…).
3. Que há então de melhor no E. Privado? Talvez segurança? (atenção ao regime de internato: inseguranças há muitas!)
4. E que tal recriarmos o Colégio dos Nobres?
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CAA,
“Tenho dois filhos pequenos ainda em idade pré-escolar”
se morar no Porto, há uma série de escolas públicas(1.ºciclo) de qualidade, sem os problemas provocados pela proximidade de bairros sociais, frequentadas pela classe média/média-alta.
Na Escola do meu filho, 50% dos pais são licenciados(professores,médicos, arquitectos…), 25% têm o 12.º ano(dados do Projecto Educativo da escola), e não preferimos o privado, a escola é esta:
http://www.eb1-porto-n17.rcts.pt/
Site da Associação de Pais:
http://homesoft.no-ip.com/~eas/EB1/
Na zona da Boavista, existem 3, prestigiadas, que estão à pinha:
Escola da Ponte(não a de Santo Tirso)
http://www.eb23-aldoar.rcts.pt/eb36.htm
Escola da Vilarinha
http://www.eb23-aldoar.rcts.pt/eb39.htm
Site da Associação de Pais:
http://vilarinho.blog.pt/
Escola João de Deus
http://www.eb1-porto-n47.rcts.pt/
http://www.cm-porto.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=cmp.stories/8735
Há ainda esta na Foz(Nevogilde):
http://www.eb1-porto-n43.rcts.pt/
Aqui tem a lista das escolas da cidade:
http://www.cm-porto.pt/gen.pl?sid=cmp.sections/85
Garanto-lhe(quem leva 12 anos de ensino 4 deles no privado), o ensino privado não é melhor que o público.
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“Também duvido muito do número de 7% mas não tenho outro para o contrariar.”
Esse valor nunca existiu, o valor de alunos a frequentar o privado anda na casa dos 19%.
50% no Pré-Escolar
10% no 1.º Ciclo(antiga primária)
12% no 2.º e 3.º ciclos(do 5.º ao 9.º ano), metade dos quais ao abrigo dos chamados contratos de associação(frequência gratuita, quem paga as propinas é o estado).
19% no secundário, muito devido ao ensino profissional, e às escolas privadas de vão de escada, como refere a MJP, onde se obtêm 19 e 20s com muita facilidade.
30% no Superior
http://w3.gepe.min-edu.pt/EstatisticasAnuais/estat/06_07/xls/1_1.xls
Estatisticas da Educação:
http://w3.gepe.min-edu.pt/EstatisticasAnuais/
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Há muita classe média-alta na Escola Pública, ver:
http://www.eb23-francisco-torrinha.rcts.pt/q_excel.html
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Mas o Carlos está preocupado com o que acha melhor ou com o que os outros acham ?
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Não posso deixar de concordar com o CAA.
Tenho igualmente 2 filhos, um em idade pré-escolar outro no p1.º ciclo.
Fiz a opção de os colocar num desses colégios com nome de santo. Porquê? Porque me parece melhor. Mais organizados, com melhores professores, com mais segurança, melhores horários, mais apoio.
Não me considero burguesa. Apenas classe média, licenciada, tecnica superior, escolhi a educação dos meus filhos com prioridade. Deixei para 2.º plano viagens, luxos e similares.
São opções.
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Caro Ricardo D.A.,
Muito obrigado.
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Cara Cláudia,
Como a compreendo. Mas quando falo em situações como a sua (e a minha) arremessam-me com chavões, qualificações sociológicas e, até, insultos.
Há uma realidade – a da classe média – que ninguém quer ver…
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Pedro Sá,
«Mas o Carlos está preocupado com o que acha melhor ou com o que os outros acham ?»
Apenas estou a tentar tomar uma decisão. Difícil, porque vejo muitas certezas absolutas enquanto eu ando imerso em dúvidas.
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Caro CAA,
eu sou uma dessas que não sendo pobre, é uma não rica. Pago “apertamento” ao Banco e escola do filho, cerca de € 250 por mês. Faço ainda mais apertamento ao orçamento para ter o filho numa escola privada, ou semi, porque tenho um desconto ao apresentar o meu IRS.
Ainda faltam uns anos mas preocupo-me a pensar como irá ser quando o meu filho acabar a escola primária (1º ciclo) porque me parece que os preços a partir daí serão ainda mais puxados. Sou uma privilegiada? Não! Pago o privilégio, não me é oferecido. Trabalho para o pagar e foi opção minha mandar o filho para esta escola. Fi-lo na expectativa de que receba uma educação escolar mais exigente e que faça uma diferença em relação à maralha (sou snob portanto). Mesmo assim já fico com os cabelos em pé quando ouço um míudo de 6 anos a repetir palavras como “bófia” e tenho de arregalar os olhos como ameaça, além de algumas palavras dissuasoras. Tenho sobrinhas que frequentam o ensino público e sei que por lá vale literalmente tudo, não fossem os profs. preocuparem-se com os alunos (não os culpo de nada,aos profs).
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Cara Miucha,
Pois é, sei que é assim. Mas a negação é uniforme: continuam a dizer que o ensino privado é para ricos e que ninguém está a fugir do ensino público pré-universitário. Há 2 países, também aqui.
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Caro CAA:
Os seus amigos não lhe estão a dar bons conselhos. Há escolas públicas muito boas no Porto.
Também passei por essa indecisão, mas optei pela escola pública, nesto caso a de Nevogilde.
Foi das melhores decisões da minha vida.
Cumprimentos.
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Leio cada dislate!
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Claro que o ensino privado é para os ricos – para um elite reduzida que pode efectivamente pagar as mensalidades vergonhosamente elevadas.
POde pagar, não o melhor ensino em termos científicos e pedagógicos, nem sequer o melhor sistema de segurança, onde possa enfiar os piquenos e ficar sossegadinho porque os infantes não contactam com a realidade como o consumo excessivo de alcool, drogas, sexo desprotegido ou bullying.
O ensino privado, o que oferece DE ESPECÍFICO relativamente ao ensino público é apenas isto:um sistema DE HORÁRIOS compatível com pais hiperocupados, uma sensação de pertença a uma elite pretensamente superior e a garantia de não contacto com outras “classes sociais”.
A tendência crescente na afluência ao ensino privado é residual e resulta não da falta de qualidade do ensino público , mas de um certo tipo de novo-velho-riquismo e de guetização de determindos grupos sociais – no fundo reproduz o elitismo que vigorava no ensino público largas décadas atrás, quando apenas uuma pequena minoria tinha acesso ao ensino PÚBLICO secundário.
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“Sou uma privilegiada? Não! Pago o privilégio, não me é oferecido. ”
Se pode pagar o privilégio, é uma privilegiada.
É nisso que coniste o privilégio.
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Referia-me, como é óbvio, ao ensino secundário. Era isso de que o CAA falava. Só agora foi possível ligar-me à rede. Desculpe o lapso. Espero que agora esteja mais claro.
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“E, acredite, gostaria muito de não os enfiar num colégio com nome de santo e a terem de privar com padres e freiras…”
O post teria sido correctíssimo se não fosse este desvario final. isto, relamente, de pôr os filhos a privar com malfeitores da estirpe dos padres e das freiras, que parecem perceber muito mais de ensino e educação do que qualquer ministro do sector mas malfeitores na mesma, é muito grave. De facto, expor crianças a religiosos e a uma religião é muito perverso, nem sei como não é crime!
Bem, CAA, desejo-lhe boa sorte para os colégios com nomes de santos e espero
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… espero que tenha bons conhecimnetos, que esses colégios de nomes de santos geralmente dão preferência aos pais (quando não os conhecem) que querem um projecto de vida para os seus filhos que inclua a religião.
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Os comentarios assinados com Carmex são meus. Mas porque não consigo comentar com link sem me “logoutizar”?!
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Já se esqueceram dos cursos de engenharia da independemte?
Cursos para todo o tipo de alunos, incluindo ingles tecnico?
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” CAA Diz:
7 Abril, 2008 às 10:29 pm
«Qual o problema de colocar um filho num colégio com nome de Santo?»
É colocar uma criança num grupo de risco…”
Eh, eh, eh…
Ah, pronto, já percebi a causa das minhas manias. Foi por ter estado inserida num grupo de risco. O que vale é que eu nunca precisei de psicólogos; se tivesse precisado teria gasto um dinheirão quando havia uma resposta tão simples…
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O valor do ensino publico ou privado, não será alterado pelo que aqui se escrever.
O ensino sempre serviu para moldar. E quem faz o molde não é “quem entra na máquina”.
Desenganem-se aqueles que, de tanto evitarem este ou aquele “tag”, garantirão uma ensino isento para os filhos. Não me importo que eles adoptem a bandeira azul ou a vermelha; eu quero é que a minha opção, e as deles, lhes traga algo de bom e duradouro.
Eu sei que só pode ensinar algo quem algo sabe e que o ensino não é um somatório de disciplinas técnico-cientificas aplicadas indiscriminadamente a todos, independentemente da sua natureza e dos seus “dons”. Quero conhecimento para os meus mas, acima de tudo, aquisição de “sabedoria”, capacidade critica e auto-disciplina.
E sendo assim, avaliarei os prós e contras de cada solução e decidirei. De qualquer forma, o ensino publico secundário já vai precisando (a maioria dos casos) de um “handicap” razoável para ombrear com outras soluções.
Quanto aos nomes de Santos nos Colégios, reconheço que, com a maciça propaganda anticatólica vigente, não é fácil argumentar num fórum destes.
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