A ler:

Na sequência da notícia do abandono de Meneses, já vai surgindo uma lista interminável de proto-candidatos à liderança do PSD. Dá para identificar quatro tipos distintos:

1. Os habituais, que estavam à espera que o partido batesse no fundo em 2009 para então avançarem e que se vão ter de chegar à frente antes do seu tempo: Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite, Rui Rio, António Capucho

2. Santana Lopes, a jogar por fora mas com o sonho de se tornar o Berlusconi de Portugal

3. Os que pensam que podem ser candidatos, só porque o seu nome surge em alguma blogosfera* : Pedro Passos Coelho, Aguiar Branco

4. E o D. Sebastião acabadinho de aterrar vindo da Goldman Sachs para salvar o PSD: António Borges

Feliz anda Pacheco Pereira, com o seu frenesim de postas no Abrupto…

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o ps de socrates é a alternativa liberal

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O Adolfo, e de certa forma também o Gabriel, laboram sobre um erro: o de pressupor que há “vida” para além do socialismo-democrata de PS e PSD na sociedade Portuguesa. Infelizmente não há.

O Gabriel acerta quando diz que o Menezes é o retrato das bases do PSD. Só falta extrapolar para a sociedade: o PS e o PSD são o retrato do país. Um país que se confunde com o Estado e que vive nele ou encostado a ele.

Liberalismo? Serve para encher uns blogues mas não dá nem para pagar uma revista mensal…

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realmente winston, perpassa uma certa ideia de que a orientação ideologica do psd se deve fazer em função dos desvios do ps, ou seja, sempre mais á direita. O ps agradeceria esta radicalização

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O Adolfo é sem margem para dúvidas um tipo inteligente. Mas nesta coisa que consiste em ler os sinais dos tempos a inteligência não chega. Sem faro, a inteligência pouco vale. E a este respeito o Adolfo é ainda um anjinho. Na verdade, quanto mais o PSD se diferenciar programaticamente do PS mais se enterra. Ou seja, a estratégia do PSD para ter sucesso eleitoral passa por difundir uma mensagem com conteúdos esquerdistas aliada a um candidato a primeiro-ministro com carisma. Enquanto não encontrar esse líder a doutrina serve de pouco. E se ainda por cima esta doutrina se afastar da social- democracia como preconiza o Adolfo, então aí mais vale encomendar as exéquias.

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a mesma estratégia do ps portanto.

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Caro Winston Smith,

Não desconheço as dificuldades da aparente ausência de eleitorado não socialista. Lembro-me de ter escrito um ou dois posts precisamente sobre isso, chamados Omoletes sem Ovos. Mas também é certo que o eleitorado reage a estímulos, a soluções, a projectos. Se eles forem bons, evidentemente. Se assim não fosse, aliás, algumas eleições teriam difícil explicação, como a de Sarkozy, por exemplo.

Caro Hird,

Admito evidentemente que posso estar sem razão, neste ponto. É coisa aliás que nunca me custa admitir 🙂

Mas gostava de pegar no que disse ao Winston, precisamente para infirmar que a ideia de que só pela esquerda se consegue governar em Portugal é que conduziu ao estao caótico do PSD. É precisamente por tantos e tantos pensarem que o “sucesso eleitoral passa por difundir uma mensagem com conteúdos esquerdistas” que o PSD chegou ao ponto a que chegou: uma manta de retalhos.

Não posso, nem isso me passa pela cabeça, garantir sucesso eleitoral de um projecto alternativo. A questão é que ele é necessário. E é por isso mesmo que uma eventual implosão do PSD traria a vantagem de arrumar o espaço político à força e não pela percepção dos seus dirigentes face a uma necessidade de mudar.

Um abraço
a.

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