Isto é um pouco votar “Não” só porque sim… Porque parece-me é que muita gente não faz ideia do modelo que é proposto ou de modelos alternativos. Mas enfim, é bonito dizer que é impossível lê-lo, sem nunca o ter aberto. Mas força nisso. 🙂
Eu tenho um problema prévio. Eu gostava de votar. Sim ou não, nesta altura, até é mais ou menos irrelevante. A chatice é que não me deixam votar. Porque é que não me deixam votar? Sou só eu a querer votar? E eu quero votar em quem não me deixa votar?
Nope! Acho que, nessa altura, vou votar. Mas não vou votar em quem não me deixa votar. Eu xou axim…
O Tratado de Lisboa será hoje aprovado na AR para ratificação sem discussão nacional.Já nem falo do referendo mas do debate pelo país que se prometeu quando a maioria escolheu a forma parlamentar de ratificação.Mesmo dentro das comissões da Assembleia não creio que as audições tenham sequer chegado ao número das realizadas na altura de Maastricht e de Amesterdão.Voltamos à Europa das chancelarias… (josé medeiros ferreira, no Bicho Carpinteiro)
Nem votação, nem discussão. Assim é que se está bem! Isto está tudo muito podre.
“Whisky” é escocês.
Na Irlanda é WHISKEY. Aliás, bem melhor.
E não deriva a palavra de «water» mas antes:
«The word whiskey is an Anglicisation of the ancient Gaelic term “uisce beatha” which translates as “water of life”»
«Eu acho bem que não haja votação mas acho mal que não haja discussão ou, pelo menos, informação.»
Receio bem não ter a fé da Lololinhazinha nas capacidades dos nossos deputados. A modos que, se o argumento é que o texto é demasiado intrincado para que nós o possamos perceber, o que é que me garante que os Sr.s da AR conseguem?
A democracia é uma coisa lixada (se feita à custa de cidadãos mal informados então, é suicidária), mas ninguém se pode alvitrar democrata e esquecer as regras do jogo quando estas não lhe convêm.
Não percebo comó é que, em 20 anos, os portugueses ainda não conseguiram “perceber” a Europa. Leva-me a pensar que o problema não está nos portugueses, mas nos proto-europeus governantes que, se calhar, acham que isso da democracia é matéria de cada estado membro, mas não da própria União. Se é assim, não quero esta Europa para mim.
Não vejo que se seja livre numa União de inabilitados. Quando era adolescente não via o dia de atingir a maioridade. Esperei demasiado tempo para me passarem agora atestados de menoridade.
Os referendos estão longe de ser um instrumento essencial à democracia. Eu acho que são úteis quando tratam de questões do conhecimento e interesse das populações (gostaria de ver referendos regionais, por exemplo, sobre questões das autarquias), mas acho que quando tratam de assuntos obscuros – e a UE – talvez porque alguem quis assim, é um assunto obscuro para a amioria das pessoas – entram na fase da sua referida “democracia suicidária”. (que é uma expressão portentosa e terrivelmente verdadeira)
E não podemos tambem tornar as questões autarquicas bem obscuras ou suficientemente obscuras para que se torne suicidário discutir e votar nelas?
Não? vá lá façam um esforçozinho..não custa nada
Gostaria que fizessem umas entrevistas aleatórias a diversos membros do nosso parlamento para saber quantos é que leram o dito documento e, mais importante ainda, quantos é que o perceberam. Talvez chegássemos a conclusões interessantes!
Isto da democracia representativa tem muito que se lhe diga…
Não conheço o tratado de Lisboa, logo não sei o que votaria caso tivesse essa hipótese. Possivelmente seria no sim. A parte que me chateia mesmo é ter sido prometido o referendo à constituição europeia e agora que esta caiu e há um tratado mais ou menos semelhante já não sou visto nem achado. Sobretudo quando isso é feito com base na hipócrita teoria de eu não ser capaz de entender esse tratado. O que o senhor Sócrates não entende é que há pessoas com memória.
“Sobretudo quando isso é feito com base na hipócrita teoria de eu não ser capaz de entender esse tratado.”
RV
Pelos vistos essa teoria não é hipócrita porque é o próprio RV quem diz: “Não conheço o tratado de Lisboa, logo não sei o que votaria caso tivesse essa hipótese. ”
SE o RV não conhece e não tem opinião o que é que o leva a crer que os outros milhões de portugueses tenham uma opinião fundada? Um mais qualquer coisinha do que “não porque não” ou “sim porque sim”? É isso que eu não consigo entender nos defensores do referendo.
Não criticaram e ainda criticam Salazar por apenas permitir que pessoas esclarecidas pudessem votar?
Afinal, antes como agora, apenas se permite, ao povo, votar quando se tem a certeza que vota como pretende quem decide.
Oh Lololinhazinha, então eu explico-lhe. Se fosse chamado a votar num referendo informar-me ia. Assim só o farei em 2009 nas legislativas para decidir se apenas me mentiram ou se também me deram gato por lebre a comer.
Agora a teoria é hipócrita sim senhora. Não tendo procurar informar-me não equivale a não ser capaz perceber. E o que tem sido dito é que nós, pobres mortais, não seríamos capazes de perceber. Percebe?
Mas porque é que as pessoas têm a mania de vir logo com a conversa do salazar quando se fala em não fazer referendos? Quando aumentam os impostos alguém lhe pergunta alguma coisa por referendo? E o mesmo para as privatizações e quejandos? Porque é que as pessoas que gritam ditadura a propósito da não realização do referendo não exigem referendos sobre todas as outras decisões políticas que têm que ser tomadas?
E não sei onde é que se foi buscar a ideia de que não há certezas sobre a forma como o povo votaria. Com os dois maiores partidos portugueses a apoiar o tratado é óbvia a forma como os portugueses votariam. óbvia!
As pessoas não se informam porque não têm interesse no assunto. Se não têm interesse não vale a pena ir fazer um referendo para ir lá meia dúzia de pessoas reproduzir a opinião dos dois maiores partidos portugueses. As pessoas que são contra e qu querem manifestar a sua opinião podem fazer um abaixo assinado que sempre sai mais barato.
Eu lamento profundamente que esta ocasião não tenha sido aproveitada para um debate público sobre a união europeia. Concordo que há total falta de informação, mas não posso ignorar que aquilo que é evidente: as pessoas não querem saber. Os referendos servem para ouvir a sociedade em matérias em que esta tenha uma opinião a expressar. Quem não quer saber, não tem opinião.
Vote no to Lisbon
e a CE ou lá que é te dirá
tá bem, ora então governa-te pr’ai,
cara Irlanda, que tanto cresceste porque
bem soubeste estar à sombra, agora serve-te
o que der a poupança. Até que a Irlanda
volta, um dia.
«SE o RV não conhece e não tem opinião o que é que o leva a crer que os outros milhões de portugueses tenham uma opinião fundada? Um mais qualquer coisinha do que “não porque não” ou “sim porque sim”? É isso que eu não consigo entender nos defensores do referendo.»
Lá está a defesa da bovinidade. Pela sua ordem de ideias os reponsáveis políticos deixam de informar os cidadãos sobre qualquer matéria e passam a decidir sozinhos e sem debate por parte da sociedade?
É que, ao que julgo saber o referendo foi prometido. Não foi cumprido. Isto são factos e não teorias.
Se foi prometido, cumpre aos políticos (é uma obrigação) informar os portugueses e cumprir a palavra.
Por isso, considero esta ractificação uma fraude, uma autêntica mentira.
Aliás, esta “Europazinhazinha” tem um péssimo hábito. Quando há matéria importante para discussão referenda-se. Se o sentido de voto for diferente ao dos desejos dos europeístas, esperam-se uns anitos e lá voltam à carga até conseguirem o que querem. Ou então, como neste caso, com as elitezinhas europeias aflitas pelo não da França e da Holanda decide-se pela ractificação parlamentar.
Bela Europa esta…tanta boa vontade e DEMOCRACIA que até comove. UM NOJO!
Mau Lololinhazinha, ai que a gente chateia-se 🙂 Então antes o argumento era a incapacidade de compreender o dito tratado e agora é o desinteresse da população em o conhecer?
E em que parte disto entra a promessa do referendo à constituição? Devemos depreender que as pessoas interessam-se por constituições mas não por tratados?
Ó RV…
Claro que as pessoas votam em partidos ou nas pessoas que estão à vista nos partidos. O RV acha que as pessoas antes de votar andam a ler os programas eleitorais? Ou que depois de um dia de trabalho vão para casa ouvir debates políticos?
É preciso não perder de vista aquilo que é o país real. Portugal não é a blogosfera ou uma certa blogosfera.
Quais programas eleitorais? Aqueles que dizem todos a mesma coisa de maneiras diferentes?
Nunca ninguém me ouviu dizer que os portugueses são burros e não conseguem perceber, Como já disse aqui, quem consegue perceber aquelas contas do campeonato de futebol consegue perceber tudo. Não sabem nada da europa porque não querem saber. A raíz do “mal” é a falta de informação e desinteresse e não qualquer incapacidade natural. Os portugueses podem ser iletrados mas não são estúpidos.
«O RV acha que as pessoas antes de votar andam a ler os programas eleitorais?»
Poderão não os ler mas os aspectos chave são sobejamente esgrimidos na campanha eleitoral. As pessoas votam com base nas promessas que lhes são feitas. Como por exemplo não aumentar impostos e referendar a constituição europeia.
Aliás, o comentário do rv só vem dar razão ao que eu penso. Se o rv que “frequenta” blogues, faz cometários, interessa-se pelo mundo, não está informado sobre o tratado como acha que estão as outras pessoas todas.
Eu informei-me sobre o tratado (confesso que não foi fácil, parece uma coisa criptográfica), tentei recolher algumas opiniões, interesso-me por política europeia e se fosse obrigada a votar num referendo seria incapaz de ter uma opinião porque ainda não descobri se é bom ou mau, melhor ou pior.
isso é outra coisa. Se me disser que o PS não cumpriu o que prometeu, está certo. Não cumpriu. Coisa diferente é discutir-se se deveria ou não haver referendo, por si mesmo e não pelas promessas feitas.
Estou problemas coma net (deve ser o governo a boicotar!) e perdi um comentário extenso.
Súmula:
1. A única coisa, de que me lembre desde que tenho um pingo de consciência política, digna e adqueada a ser referendada é a Europa;
2. Não vejo que seja assunto obscuro (tanto quanto possam querer fazer – aliás era esse o meu argumento lá em cima: enquanto não informarem podem sempre dizer como às crianças – deixa lá que isso é para os grandes! – My ass!).
A soberania do Estado a que pertenso (com as implicações ao nível da minha representatividade em políticas que me dizem directamente respeito) é O assunto referendável, por definição.
3. Acreditassem eles que era mesmo pelo nosso bem até que atingissemos a maioridade mental e teriam promovido pelo menos a discussão que, mais uma vez, não houve. Assim, da próxima vez podem reutilizar o argumento (muito ecológico!). 20 anos e, não se sabe como, parece que continuamos sem perceber nada disto – a Europa desse ser mais complicada que uma daquelas ciências exactas para matemáticos masoquistas!
4. Tenho alguns problemas em fazer parte de um sistema que nos trata a todos como inabilitados.
Se alguma vez chegarmos a um ponto de verdadeiramente séria crise económica, toda essa resma de tratados assinados nos últimos cinquenta anos, não valerão o papel em que foram impressos. É esta a sina dos Tratados.
# Anónimo Diz:
23 Abril, 2008 às 3:20 pm
Informação é uma questao de procurar. As pessoas também devem querer ser informadas sem estar à espera que lhes telefonem a explicar.
É pá. Tu toma cuidado c’o qu’dizes pá, qu’eu ’tou capaz de partir a fuça a um provocador qualquer. Procurar, pá? Procurar o quê, se não houve qualquer discussão pública, pá? És parvo ou fazes-te? É como procurar-te a ti que te escondes no anonimato, granda cobarde. Ó menos arranja um nick, pá. Eu dou-te um nick, pá: pimpinela escarlate.
“Assim, da próxima vez podem reutilizar o argumento (muito ecológico!). 20 anos e, não se sabe como, parece que continuamos sem perceber nada disto – a Europa desse ser mais complicada que uma daquelas ciências exactas para matemáticos masoquistas!”
Sofia,
Mas nessa parte eu concordo inteiramente consigo.Lamento que não se tenha debatido a europa, agora, para que o argumento não possa continuar a ser verdadeiro.
O que não me conseguem convecer é da bondade de um referendo sobre um assunto no qual os portugueses (seja por falta de informação, pachorra ou ignorância) não estão interessados.
Talvez seja altura se nos começarmos a preocupar com a educação para a democracia. Até porque a Sofia sabe tão bem como eu que grande parte dos portugueses ainda nem sequer estão familiarizados com o sistema político interno, quandto mais com o europeu! Há um ror de gente convencida que são os juízes que fazem as leis! Perante isto…
Independência do Alentejo, já. E do Algarve também. Queremos o nosso próprio Jardim, o nosso folclore, os nossos paios (bem grossos, por sinal). Tratados já nós ‘tamos, mal tratados, por sinal. Lá esses mariconços cor-de-rosa que venham cá, qu’a gente tem cá um cajado à espera deles e dos amigos deles lá da “Êropa”.
As vulgares elites que tomaram conta do país o venderam muito barato. Em troca de alguns benefícios materiais e promessas de cargos, nos entregaram para a proto-ditadura tecnocrática de Bruxelas. A liberdade tem os dias contados. Ou os portugueses tomam jeito e decidem ser uma nação soberana e responsável, ou não poderão mais decidir coisa alguma.
Uma Tratado deve ser uma coisa simples e entendível por todos. Se não é, já é uma boa razão para votar não. Este Tratado mostra como a cultura política das elites Europeias só se serve da Democracia e do voto quando convém.
Quandos os povos recusam os planos grandiosos de suas excelências vamos tratar de fazê-lo nas suas costas, fabricando um tratado monstruoso para precisamente ser mais dificil discutí-lo.
Um governo serve para governar. Neste caso está-se a entregar a soberania de 27 países a uma entidade não eleita e não responsabilizável pelo pelos povos(comissão europeia). Tráta-se do fim dos países tal como os conhecemos hoje. Isto não vai acabar bem.
Lololinhazinha, a sua argumentação é incoerente. Não pode concluir que as pessoas não se interessam pelo tratado partindo dum caso particular. Pessoalmente não procurei saber sobre esse tratado porque neste momento é tempo desperdiçado: não sou chamado a o votar e as legislativas ainda estão longe. Creio que já dissera isto…
Por outro lado, insiste na dificuldade da sua compreensão. Não leve a mal mas outros talvez o compreendam. Ou vai dizer-me que apenas o autor o compreende? E os deputados, têm eles essa iluminação que nos faltará ou assinam de cruz?
Os referendos estão longe de ser um instrumento essencial à democracia. Exactamente o mesmo que se passa com as eleições.
Eu acho que são úteis quando tratam de questões do conhecimento e interesse das populações, mas ler um programa de governo é uma tarefa só para iniciados, por isso o melhor é também acabar com eleiçoes.
Os deputados iluminados escolhem outros deputados iluminados, o governo e o presidente da república.
No meu entender, eleições, só para Presidente da Junta, que o povo estúpido não dá para mais.
A bem da Nação,
Viva Sócrates!
Lolinhinha, o Tratado será de leitura fácil para quem tem formação jurídica, ou mesmo de gestão.
Se fosse uma peça literária, ainda lia, e mesmo assim duvido, pois não há tempo para ler tudo o que de literário aparece.
Isso não quer dizer que o Tratado não me interesse.
Apenas delego essa tarefa.
Se foi aprovado por larga maioria da AR, só iria ler Tratado, se estivesse directamente relacionado com a minha profissão.
Leia você.
“Lolinhinha, o Tratado será de leitura fácil para quem tem formação jurídica, ou mesmo de gestão.”
Piscoiso,
O problema não é ler o bicho. É analisar as suas implicações. Para isso é que deve ser preciso um doutoramento em união europeia. Eu li, tentei analisar, mas não consegui concluir se era bom ou mau. Não acho que seja coisa referendável.
Sim irlandeses,
já que nós não somostidos nem achados, votem vocês.
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Ai, ai, ai……se a coisa rebentar, lá temos uma crise grave…
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Isto é um pouco votar “Não” só porque sim… Porque parece-me é que muita gente não faz ideia do modelo que é proposto ou de modelos alternativos. Mas enfim, é bonito dizer que é impossível lê-lo, sem nunca o ter aberto. Mas força nisso. 🙂
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A Irlanda vai votar sim. E se votar nao é o mesmo, sai da UE
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«Isto é um pouco votar “Não” só porque sim…»
Eu tenho um problema prévio. Eu gostava de votar. Sim ou não, nesta altura, até é mais ou menos irrelevante. A chatice é que não me deixam votar. Porque é que não me deixam votar? Sou só eu a querer votar? E eu quero votar em quem não me deixa votar?
Nope! Acho que, nessa altura, vou votar. Mas não vou votar em quem não me deixa votar. Eu xou axim…
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«Sem discussão
O Tratado de Lisboa será hoje aprovado na AR para ratificação sem discussão nacional.Já nem falo do referendo mas do debate pelo país que se prometeu quando a maioria escolheu a forma parlamentar de ratificação.Mesmo dentro das comissões da Assembleia não creio que as audições tenham sequer chegado ao número das realizadas na altura de Maastricht e de Amesterdão.Voltamos à Europa das chancelarias… (josé medeiros ferreira, no Bicho Carpinteiro)
Nem votação, nem discussão. Assim é que se está bem! Isto está tudo muito podre.
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Por exemplo, “Whisky” deriva do gaélico “water” !
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“Isto está tudo muito podre”.
Isso é impressão.
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http://www.lisbontreaty2008.ie/
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Piscoiso,
“Whisky” é escocês.
Na Irlanda é WHISKEY. Aliás, bem melhor.
E não deriva a palavra de «water» mas antes:
«The word whiskey is an Anglicisation of the ancient Gaelic term “uisce beatha” which translates as “water of life”»
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É WHISKEY pois de tanto beber a unica forma que possuem de saberem onde deixaram a KEY é colocarem no fundo da garrafa.
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«A Irlanda vai votar sim. E se votar nao é o mesmo, sai da UE»
Disparate.
Outros votaram não e não sairam.
A Irlanda votou não a Nice e não saiu. Renogociou excepções e acabou por votar sim.
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“Nem votação, nem discussão. Assim é que se está bem! Isto está tudo muito podre.”
Sofia,
Eu acho bem que não haja votação mas acho mal que não haja discussão ou, pelo menos, informação.
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Informação é uma questao de procurar. As pessoas também devem querer ser informadas sem estar à espera que lhes telefonem a explicar.
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não se discutiu o tratado em lado nenhum?
PORREIRO PÁ!
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«Eu acho bem que não haja votação mas acho mal que não haja discussão ou, pelo menos, informação.»
Receio bem não ter a fé da Lololinhazinha nas capacidades dos nossos deputados. A modos que, se o argumento é que o texto é demasiado intrincado para que nós o possamos perceber, o que é que me garante que os Sr.s da AR conseguem?
A democracia é uma coisa lixada (se feita à custa de cidadãos mal informados então, é suicidária), mas ninguém se pode alvitrar democrata e esquecer as regras do jogo quando estas não lhe convêm.
Não percebo comó é que, em 20 anos, os portugueses ainda não conseguiram “perceber” a Europa. Leva-me a pensar que o problema não está nos portugueses, mas nos proto-europeus governantes que, se calhar, acham que isso da democracia é matéria de cada estado membro, mas não da própria União. Se é assim, não quero esta Europa para mim.
Não vejo que se seja livre numa União de inabilitados. Quando era adolescente não via o dia de atingir a maioridade. Esperei demasiado tempo para me passarem agora atestados de menoridade.
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Sofia,
Os referendos estão longe de ser um instrumento essencial à democracia. Eu acho que são úteis quando tratam de questões do conhecimento e interesse das populações (gostaria de ver referendos regionais, por exemplo, sobre questões das autarquias), mas acho que quando tratam de assuntos obscuros – e a UE – talvez porque alguem quis assim, é um assunto obscuro para a amioria das pessoas – entram na fase da sua referida “democracia suicidária”. (que é uma expressão portentosa e terrivelmente verdadeira)
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Como sou uma optimista só me interessa saber se este slogan vai trazer turistas irlandeses para lisboa.
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E não podemos tambem tornar as questões autarquicas bem obscuras ou suficientemente obscuras para que se torne suicidário discutir e votar nelas?
Não? vá lá façam um esforçozinho..não custa nada
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Gostaria que fizessem umas entrevistas aleatórias a diversos membros do nosso parlamento para saber quantos é que leram o dito documento e, mais importante ainda, quantos é que o perceberam. Talvez chegássemos a conclusões interessantes!
Isto da democracia representativa tem muito que se lhe diga…
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Não conheço o tratado de Lisboa, logo não sei o que votaria caso tivesse essa hipótese. Possivelmente seria no sim. A parte que me chateia mesmo é ter sido prometido o referendo à constituição europeia e agora que esta caiu e há um tratado mais ou menos semelhante já não sou visto nem achado. Sobretudo quando isso é feito com base na hipócrita teoria de eu não ser capaz de entender esse tratado. O que o senhor Sócrates não entende é que há pessoas com memória.
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“Sobretudo quando isso é feito com base na hipócrita teoria de eu não ser capaz de entender esse tratado.”
RV
Pelos vistos essa teoria não é hipócrita porque é o próprio RV quem diz: “Não conheço o tratado de Lisboa, logo não sei o que votaria caso tivesse essa hipótese. ”
SE o RV não conhece e não tem opinião o que é que o leva a crer que os outros milhões de portugueses tenham uma opinião fundada? Um mais qualquer coisinha do que “não porque não” ou “sim porque sim”? É isso que eu não consigo entender nos defensores do referendo.
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#14
«Informação é uma questao de procurar. As pessoas também devem querer ser informadas sem estar à espera que lhes telefonem a explicar.»
De acordo. Tendo encontrado algo, quer partilhar connosco o resultado da sua pesquisa?
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Não criticaram e ainda criticam Salazar por apenas permitir que pessoas esclarecidas pudessem votar?
Afinal, antes como agora, apenas se permite, ao povo, votar quando se tem a certeza que vota como pretende quem decide.
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Oh Lololinhazinha, então eu explico-lhe. Se fosse chamado a votar num referendo informar-me ia. Assim só o farei em 2009 nas legislativas para decidir se apenas me mentiram ou se também me deram gato por lebre a comer.
Agora a teoria é hipócrita sim senhora. Não tendo procurar informar-me não equivale a não ser capaz perceber. E o que tem sido dito é que nós, pobres mortais, não seríamos capazes de perceber. Percebe?
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*informar-me-ia para o referendo
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Anónimo Diz:
23 Abril, 2008 às 4:59 pm
Mas porque é que as pessoas têm a mania de vir logo com a conversa do salazar quando se fala em não fazer referendos? Quando aumentam os impostos alguém lhe pergunta alguma coisa por referendo? E o mesmo para as privatizações e quejandos? Porque é que as pessoas que gritam ditadura a propósito da não realização do referendo não exigem referendos sobre todas as outras decisões políticas que têm que ser tomadas?
E não sei onde é que se foi buscar a ideia de que não há certezas sobre a forma como o povo votaria. Com os dois maiores partidos portugueses a apoiar o tratado é óbvia a forma como os portugueses votariam. óbvia!
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RV,
As pessoas não se informam porque não têm interesse no assunto. Se não têm interesse não vale a pena ir fazer um referendo para ir lá meia dúzia de pessoas reproduzir a opinião dos dois maiores partidos portugueses. As pessoas que são contra e qu querem manifestar a sua opinião podem fazer um abaixo assinado que sempre sai mais barato.
Eu lamento profundamente que esta ocasião não tenha sido aproveitada para um debate público sobre a união europeia. Concordo que há total falta de informação, mas não posso ignorar que aquilo que é evidente: as pessoas não querem saber. Os referendos servem para ouvir a sociedade em matérias em que esta tenha uma opinião a expressar. Quem não quer saber, não tem opinião.
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Tenho mais que fazer, do que ler o tratado de Lisboa.
É que nem sequer sou de Lisboa.
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Vote no to Lisbon
e a CE ou lá que é te dirá
tá bem, ora então governa-te pr’ai,
cara Irlanda, que tanto cresceste porque
bem soubeste estar à sombra, agora serve-te
o que der a poupança. Até que a Irlanda
volta, um dia.
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«Com os dois maiores partidos portugueses a apoiar o tratado é óbvia a forma como os portugueses votariam. óbvia!»
As pessoas votam em partidos ou em programas eleitorais?
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Lololinhazinha Diz:
23 Abril, 2008 às 4:56 pm
«SE o RV não conhece e não tem opinião o que é que o leva a crer que os outros milhões de portugueses tenham uma opinião fundada? Um mais qualquer coisinha do que “não porque não” ou “sim porque sim”? É isso que eu não consigo entender nos defensores do referendo.»
Lá está a defesa da bovinidade. Pela sua ordem de ideias os reponsáveis políticos deixam de informar os cidadãos sobre qualquer matéria e passam a decidir sozinhos e sem debate por parte da sociedade?
É que, ao que julgo saber o referendo foi prometido. Não foi cumprido. Isto são factos e não teorias.
Se foi prometido, cumpre aos políticos (é uma obrigação) informar os portugueses e cumprir a palavra.
Por isso, considero esta ractificação uma fraude, uma autêntica mentira.
Aliás, esta “Europazinhazinha” tem um péssimo hábito. Quando há matéria importante para discussão referenda-se. Se o sentido de voto for diferente ao dos desejos dos europeístas, esperam-se uns anitos e lá voltam à carga até conseguirem o que querem. Ou então, como neste caso, com as elitezinhas europeias aflitas pelo não da França e da Holanda decide-se pela ractificação parlamentar.
Bela Europa esta…tanta boa vontade e DEMOCRACIA que até comove. UM NOJO!
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Mau Lololinhazinha, ai que a gente chateia-se 🙂 Então antes o argumento era a incapacidade de compreender o dito tratado e agora é o desinteresse da população em o conhecer?
E em que parte disto entra a promessa do referendo à constituição? Devemos depreender que as pessoas interessam-se por constituições mas não por tratados?
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Ó RV…
Claro que as pessoas votam em partidos ou nas pessoas que estão à vista nos partidos. O RV acha que as pessoas antes de votar andam a ler os programas eleitorais? Ou que depois de um dia de trabalho vão para casa ouvir debates políticos?
É preciso não perder de vista aquilo que é o país real. Portugal não é a blogosfera ou uma certa blogosfera.
Quais programas eleitorais? Aqueles que dizem todos a mesma coisa de maneiras diferentes?
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RV,
Nunca ninguém me ouviu dizer que os portugueses são burros e não conseguem perceber, Como já disse aqui, quem consegue perceber aquelas contas do campeonato de futebol consegue perceber tudo. Não sabem nada da europa porque não querem saber. A raíz do “mal” é a falta de informação e desinteresse e não qualquer incapacidade natural. Os portugueses podem ser iletrados mas não são estúpidos.
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«O RV acha que as pessoas antes de votar andam a ler os programas eleitorais?»
Poderão não os ler mas os aspectos chave são sobejamente esgrimidos na campanha eleitoral. As pessoas votam com base nas promessas que lhes são feitas. Como por exemplo não aumentar impostos e referendar a constituição europeia.
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Aliás, o comentário do rv só vem dar razão ao que eu penso. Se o rv que “frequenta” blogues, faz cometários, interessa-se pelo mundo, não está informado sobre o tratado como acha que estão as outras pessoas todas.
Eu informei-me sobre o tratado (confesso que não foi fácil, parece uma coisa criptográfica), tentei recolher algumas opiniões, interesso-me por política europeia e se fosse obrigada a votar num referendo seria incapaz de ter uma opinião porque ainda não descobri se é bom ou mau, melhor ou pior.
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RV,
isso é outra coisa. Se me disser que o PS não cumpriu o que prometeu, está certo. Não cumpriu. Coisa diferente é discutir-se se deveria ou não haver referendo, por si mesmo e não pelas promessas feitas.
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Estou problemas coma net (deve ser o governo a boicotar!) e perdi um comentário extenso.
Súmula:
1. A única coisa, de que me lembre desde que tenho um pingo de consciência política, digna e adqueada a ser referendada é a Europa;
2. Não vejo que seja assunto obscuro (tanto quanto possam querer fazer – aliás era esse o meu argumento lá em cima: enquanto não informarem podem sempre dizer como às crianças – deixa lá que isso é para os grandes! – My ass!).
A soberania do Estado a que pertenso (com as implicações ao nível da minha representatividade em políticas que me dizem directamente respeito) é O assunto referendável, por definição.
3. Acreditassem eles que era mesmo pelo nosso bem até que atingissemos a maioridade mental e teriam promovido pelo menos a discussão que, mais uma vez, não houve. Assim, da próxima vez podem reutilizar o argumento (muito ecológico!). 20 anos e, não se sabe como, parece que continuamos sem perceber nada disto – a Europa desse ser mais complicada que uma daquelas ciências exactas para matemáticos masoquistas!
4. Tenho alguns problemas em fazer parte de um sistema que nos trata a todos como inabilitados.
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pertenço – obviamente.
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Se alguma vez chegarmos a um ponto de verdadeiramente séria crise económica, toda essa resma de tratados assinados nos últimos cinquenta anos, não valerão o papel em que foram impressos. É esta a sina dos Tratados.
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“Beggars can`t be choosers” ,não é verdade?…
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# Anónimo Diz:
23 Abril, 2008 às 3:20 pm
Informação é uma questao de procurar. As pessoas também devem querer ser informadas sem estar à espera que lhes telefonem a explicar.
É pá. Tu toma cuidado c’o qu’dizes pá, qu’eu ’tou capaz de partir a fuça a um provocador qualquer. Procurar, pá? Procurar o quê, se não houve qualquer discussão pública, pá? És parvo ou fazes-te? É como procurar-te a ti que te escondes no anonimato, granda cobarde. Ó menos arranja um nick, pá. Eu dou-te um nick, pá: pimpinela escarlate.
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“Assim, da próxima vez podem reutilizar o argumento (muito ecológico!). 20 anos e, não se sabe como, parece que continuamos sem perceber nada disto – a Europa desse ser mais complicada que uma daquelas ciências exactas para matemáticos masoquistas!”
Sofia,
Mas nessa parte eu concordo inteiramente consigo.Lamento que não se tenha debatido a europa, agora, para que o argumento não possa continuar a ser verdadeiro.
O que não me conseguem convecer é da bondade de um referendo sobre um assunto no qual os portugueses (seja por falta de informação, pachorra ou ignorância) não estão interessados.
Talvez seja altura se nos começarmos a preocupar com a educação para a democracia. Até porque a Sofia sabe tão bem como eu que grande parte dos portugueses ainda nem sequer estão familiarizados com o sistema político interno, quandto mais com o europeu! Há um ror de gente convencida que são os juízes que fazem as leis! Perante isto…
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Independência do Alentejo, já. E do Algarve também. Queremos o nosso próprio Jardim, o nosso folclore, os nossos paios (bem grossos, por sinal). Tratados já nós ‘tamos, mal tratados, por sinal. Lá esses mariconços cor-de-rosa que venham cá, qu’a gente tem cá um cajado à espera deles e dos amigos deles lá da “Êropa”.
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Independência,
já, do Minho até ao Benfica
e parou, com a equipa das meninas
por fronteira, sendo que assim
a tomemos já por estranjeira.
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Sabem o que isto é ? Um crime de Traição de lesa-Pátria
O povo português o julgará.
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As vulgares elites que tomaram conta do país o venderam muito barato. Em troca de alguns benefícios materiais e promessas de cargos, nos entregaram para a proto-ditadura tecnocrática de Bruxelas. A liberdade tem os dias contados. Ou os portugueses tomam jeito e decidem ser uma nação soberana e responsável, ou não poderão mais decidir coisa alguma.
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Uma Tratado deve ser uma coisa simples e entendível por todos. Se não é, já é uma boa razão para votar não. Este Tratado mostra como a cultura política das elites Europeias só se serve da Democracia e do voto quando convém.
Quandos os povos recusam os planos grandiosos de suas excelências vamos tratar de fazê-lo nas suas costas, fabricando um tratado monstruoso para precisamente ser mais dificil discutí-lo.
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Ó pá, a democracia é representativa. Votei nuns políticos profissionais para tratarem eles dos tratados.
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Um governo serve para governar. Neste caso está-se a entregar a soberania de 27 países a uma entidade não eleita e não responsabilizável pelo pelos povos(comissão europeia). Tráta-se do fim dos países tal como os conhecemos hoje. Isto não vai acabar bem.
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Lololinhazinha, a sua argumentação é incoerente. Não pode concluir que as pessoas não se interessam pelo tratado partindo dum caso particular. Pessoalmente não procurei saber sobre esse tratado porque neste momento é tempo desperdiçado: não sou chamado a o votar e as legislativas ainda estão longe. Creio que já dissera isto…
Por outro lado, insiste na dificuldade da sua compreensão. Não leve a mal mas outros talvez o compreendam. Ou vai dizer-me que apenas o autor o compreende? E os deputados, têm eles essa iluminação que nos faltará ou assinam de cruz?
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Vote to Portugal,
not to Lisbon or socrat.
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Mas porquê tanta coisa?
Não vêm que o tratado é porreiro pá!?
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Os referendos estão longe de ser um instrumento essencial à democracia. Exactamente o mesmo que se passa com as eleições.
Eu acho que são úteis quando tratam de questões do conhecimento e interesse das populações, mas ler um programa de governo é uma tarefa só para iniciados, por isso o melhor é também acabar com eleiçoes.
Os deputados iluminados escolhem outros deputados iluminados, o governo e o presidente da república.
No meu entender, eleições, só para Presidente da Junta, que o povo estúpido não dá para mais.
A bem da Nação,
Viva Sócrates!
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Lolinhinha, o Tratado será de leitura fácil para quem tem formação jurídica, ou mesmo de gestão.
Se fosse uma peça literária, ainda lia, e mesmo assim duvido, pois não há tempo para ler tudo o que de literário aparece.
Isso não quer dizer que o Tratado não me interesse.
Apenas delego essa tarefa.
Se foi aprovado por larga maioria da AR, só iria ler Tratado, se estivesse directamente relacionado com a minha profissão.
Leia você.
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e porque não a esperança Portuguesa , afinal o Presidente da Republica ainda pode vetar.
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“Lolinhinha, o Tratado será de leitura fácil para quem tem formação jurídica, ou mesmo de gestão.”
Piscoiso,
O problema não é ler o bicho. É analisar as suas implicações. Para isso é que deve ser preciso um doutoramento em união europeia. Eu li, tentei analisar, mas não consegui concluir se era bom ou mau. Não acho que seja coisa referendável.
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«Lolinhinha, o Tratado será de leitura fácil para quem tem formação jurídica, ou mesmo de gestão.»
Não, não é.
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Lololinhazinha Diz:
24 Abril, 2008 às 12:11 am
Este comentário foi algum esperto que aqui colocou e assinou lololonhazinha, certo?
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Sofia,
Qual comentário?
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Ah, já vi.
Sim, Sofia. É um esperto qualquer.
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