Promoções
No passado dia 1 o ministro da economia andou a visitar hipermercado para verificar o abaixamento dos preços. Pelos vistos a ASAE anda atenta e a autoridade da concorrência também. A comunicação social também. Isto é uma grande oportunidade comercial para uma grande empresa de distribuição. A estratégia seguinte parece-me a mais adequada para um país onde prevalece a iliteracia económica:
1. Ao longo de Maio e Junho, subir os preços em 1%.
2. No final de Junho fazer uma grande campanha garantindo o abaixamento de preços.
3. No dia 1 de Julho baixar religiosamente os preços (em 1% – o público não aceitaria a descida matematicamente correcta de 0.83%) . Convidar o ministro da economia e as televisões para verificar os preços.
4. Esperar 15 dias e começar a subir os preços outra vez. Se alguém reclamar, culpar o aumento do custo do petróleo ou o aquecimento global (responsável pela seca na Argentina ou noutro sítio qualquer).
BLASFÉMIAS 
“No dia 1 de Julho baixar religiosamente os preços (em 1% – o público não aceitaria a descida matematicamente correcta de 0.83%) ”
Não compliques. A maior parte dos ministros (aqui devia riscar a palavra ministros e colocar pessoas) não consegue perceber isso. O abaixamento de 1% (de 21 para 20%) provocaria uma diminuição do valor a pagar em 0,8333(3)%. ((1,21/1,2)-1)x100
GostarGostar
Deves pensar que a ASAE e autoridade para a concorrência só verificam os preços dos últimos dois meses… Fazem-se regressões, análise estatística…
GostarGostar
como deliro
ver gente de cócoras frente ao belmiro
GostarGostar
“Deves pensar que a ASAE e autoridade para a concorrência só verificam os preços dos últimos dois meses… Fazem-se regressões, análise estatística…”
Se os preços são livres, para que é que isso serve?
GostarGostar
o paulo Guinote do blog educar, escreveu hoje um artigo no Públio intitulado “Um ano lectivo perdido”.
Infelizmente as consequências para o país vão ser bem mais graves. Não é só nem essencialmente um ano lectivo perdido: é um “sistema” de ensino que se tinha problemas graves, piorou, e vai demorar muitos anos a recuperar. A ministra pôs professores contra professores, apoiando-se em mediocres ex-alunos das escolas superiores de educação que querem á força ser gestores e directores. Gente que normalmente não teria um diploma de ensino superior nas mãos e muito menos um mestrado em gestão (escolar, claro…). O governo vai recuar nesta aberração mas as feridas abertas vão demorar a cicatrizar e o mundo não espera por Portugal. http://psicanalises.blogspot.com/
GostarGostar
A ideia já é um bocadinho reciclada. Acho que foi o Pingo Doce que anunciou – aquando da subida do IVA – que não ia aumentar os preços apesar da subida do imposto. A estratégia foi exactamente a mesma mas ao contrário.
GostarGostar
Sim, os preços são livre mas no longo prazo, após corrigir a inflação regridem para a sua média. Apartir daí é muito fácil verificar se a descida do IVA é reflectida no preço final ou não. Cumprimentos…
GostarGostar
A estratégia seguinte foi usada por muitas empresas. O João Miranda não descobriu a polvora.
GostarGostar
Os preços são de facto livres mas no longo termo tendem a convergir para a sua média, após corrigir para a inflação… Apartir daí estatisticamente é possível verificar se a redução do IVA é reflectida no preço final ou não.
GostarGostar
“Sim, os preços são livre mas no longo prazo, após corrigir a inflação regridem para a sua média.”
Curioso. Quer dizer que os preços, se tirarmos a inflação, ficam constantes. Isto é, a subida de preços é a inflação. É preciso a ASAE para isto?
GostarGostar
Alvaro, alunos a classificarem professores existem em imensos países. O governo nao inventou nada de novo. O ensino está mal porque os professores sao umas lesmas.
GostarGostar
Comunicado da Associação de Pais dos Alunos da Escola da Música do Conservatório Nacional sobre despacho (a publicar) de 24-06-2008
A Associação de Pais dos Alunos da Escola de Música do Conservatório Nacional vem denunciar mais uma tentativa da parte do Secretário de Estado Valter Lemos de acabar com o ensino da música com qualidade em Portugal. http://psicanalises.blogspot.com/
GostarGostar
“de acabar com o ensino da música com qualidade em Portugal”
Estao com medo de que todas as pessoas possam ter acesso a aprender trombone e violino. Xiça.
É só lesmas.
GostarGostar
««Sim, os preços são livre mas no longo prazo, após corrigir a inflação regridem para a sua média.»»
Essa faz lembrar o Paulo Portas e o seu conceito de subidas de preço acima da inflação. A inflação é uma média da subida dos preços. Os preços individuais não têm que seguir a média. Uns crescerão acima da inflação, outros acima. Para alem disso a própria inflação resulta das subidas de preços que não têm que reflectir descidas do IVA. Logo, não estou a ver como é que por análise da série temporal determina se um comerciante devia ter descido mais ou menos os preços. Os preços, de qualquer das formas são livres. Um comerciante até pode aumentar o preço para o dobro se o desejar.
GostarGostar
Então a conclusão a retirar daqui é que o valor dos impostos é completamente irrelevante. Quer sejam altos, quer sejam baixos, as empresas praticam os preços que bem intendem, sem se preocuparem com a repercussão dos impostos – e as pessoas (e o Estado) nada podem fazer. É uma perspectiva interessante sobre a atitude das empresas perante os preços e os consumidores e perante os impostos – isto do ponto de vista de teoria económica então… é brutal. É, aliás, conclusão que, certamente, interessará guardar para futuros posts do João e do jcd (já que confrontar posts passados dá muito trabalho). 🙂
GostarGostar
“… verificar o abaixamento de preços” é muito bom…. seria tao fácil dizer “descida”, mas Miranda, para além das habituais listas de génio, brinda-nos com expressoes de um colorido literário.
Abaixe-se!
GostarGostar
JM essa estratégia pornocomercial já tem muitos anos! Sobe-se os preços e a seguir faz-se uma promoção com 40% de desconto.Ou vai-se á fábrica compra-se ao quilo e a seguir faz-se uma promoção de saldos de colecção.
GostarGostar
Já começam a meter nojo alguns dos comentários acerca das capacidades, da formação profissional e da área de investigação do João Miranda. Torquemadas de um raio.
GostarGostar
JLS,
Já ouviu falar em economia de mercado? Numa economia de mercado os preços flutuam ao sabor das decisões dos agentes. Os agentes são influenciados pelas decisões de outros agentes e têm que ter em conta os custos. Os custos podem incluir impostos, ou outro factor qualquer. O preço final resulta da oferta e da procura e não pode ser determinado contabilizando os custos. Se o custo variar, o preço não tem necessariamente que variar. Depende da oferta e da procura do momento. Se o meu fornecedor aumenta os preços, eu só vou reflectir isso no consumidor se os preços dos concorrentes permitirem. O raciocínio é idêntico para quando os preços dos fornecedores descem. O facto de o custo que varia ser um imposto é irelvante. É assim que funciona a economia de mercado. Quem não gosta deve defender a fixação dos preços pelo Estado.
GostarGostar
O preço varia segundo o mercado mas não o IVA! E se o preço não desce quando o IVA desce,isso não corresponde ás leis do mercado, mas á manipulação dos preços.JM eu estou estarrecido consigo.Então você aceita mesmo que os preços variam segundo os interesses dos agente e não ás leis do mercado.O que eu sofri durante este último ano para lhe esplicar isso.Então como é que isso se enquadra no ajuste da oferta e da procura?
GostarGostar
explicar,òbviamente,
O que você defende,ao arrepio de tudo o que aqui tem dito,é que mesmo não havendo variação na oferta e/ou na procura,o preço pode variar ao arbítrio dos agentes!
É disso que nos queixamos,os que dizem que o mercado não pode ser deixado ao livre arbítrio dos agentes!Os especuladores são disso o melhor exemplo!
GostarGostar
««JM eu estou estarrecido consigo.Então você aceita mesmo que os preços variam segundo os interesses dos agente e não ás leis do mercado.»»
Já expliquei várias vezes que o que determina o preço de mercado é a oferta e a procura e não o custo nem o interesse dos agentes. Os agentes determinam o seu preço de acordo com o seu interesse, mas o preço de um agente em particular não é o preço de mercado. E de qualquer das formas, na maior parte dos casos, os agentes têm todo o interesse em praticar os mesmos preços que os outros agentes. Agora, nada garante que uma descida nos custos implique uma descida do preço de mercado. E quando há descida, essa descida raramente é tão elevada como a descida do preço do custo.
Para alem de que os custos das empresas estão sempre a variar. Não é por isso que elas variam os preços ao consumidor. Uma empresa não muda os preços sempre que um custo varia. Espera pela tendência média de variação e só depois é que verifica se as condições de mercado lhe permitem mudar o preço. Para uma empresa a variação do IVA é apenas uma das muitas variações a ter em conta. Se existirem variações em sentido contrário, não há razão para alterar os preços.
GostarGostar
O que o João Miranda diz é completamente certeiro. Mas o engraçado é que a Galp já corrigiu os preços em baixa! Por que será?
GostarGostar
O que faz variar o preço no mercado para além da oferta e procura (a longo prazo) são os agentes ( a curto prazo) conforme as suas estratégias de venda.É o que se passa com as promoções.É o que se passa no caso presente com a absorção da baixa do IVA nas suas margens de lucro.Seria o que se passa com a estratégia de ganhar cota de mercado,se os seus custos diminuirem por razões de investimentos em factores de produtividade.
O custo de um produto determina,não só o preço de venda no mercado, como a sua retirada,se não conseguir acompanhar os seus concorrentes.O que o mercado,verdadeiramente determina,no preço de venda,é a sua margem de lucro.
GostarGostar
Os custos a jusante do mercado só variam por razões estratégicas,como sejam pela inovação,novos processos de produção.Se eu conseguir que o meu preço marginal resultante de um investimento seja inferior ao preço normal de produção estou-me maribando para a oferta e para a procura.baixo o preço e vendo mais.Os outros só a médio/longo prazo é que reajustam.Alguns deles saindo do mercado!
GostarGostar
Neste cenário a oferta e a procura não conta.O que é determinante é o preço de custo.Os concorrentes (que não tem o custo igual ao meu custo marginal,conseguido com,por exemplo, o novo investimento) só podem reajustar diminuindo a margem de lucro ou entrando na zona vermelha do prejuízo.É assim que se opera no mercado.A elasticidade da oferta e da procura é muito inferior á elasticidade do custo de produção resultante de um investimento estratégico.Numa empresa internacional de raçaõs onde fui gestor,pusemos fora de mercado o maior investimento público nessa actividade,só porque a nossa fábrica tinha custado 5 vezez menos para a capacidade de produção que o mercado podia absorver.Anos depois ficamos com a fábrica por tuta e meia!
GostarGostar
Quem desdenha quer comprar.
JoaoMiranda 10 Julho, 2008 às 11:47 am : 16 valores
GostarGostar
Bem, acerca dos comentários nº10 e nº14.
O facto de os preços no longo prazo regredirem para a sua média não quer dizer que ficam constantes! À medida que os preços vão sendo alterados também a sua média muda.
Este exemplo: P1=10; P2=11; P3=9; P4=13; P5=14
A média destes 5 preços é igual a 11,4.
Se acrescentarmos P6=13; P7=12; P=15; P=14
A média será 12,3.
Como podem confirmar, caro João Miranda e JCD os preços não se mantiveram constantes e a média mudou. O que eu tentei explicar antes é que no longo prazo os preços vão convergir para a sua média após corrigir a inflação. Esse facto é valioso no cálculo e cruzado com outras informações como os custos operacionais dessas superfícies comerciais é possível confirmar a existência de anomalias após uma descida ou subida no IVA ou noutro factor relevante.
Olha que se calhar o Paulo Portas afinal até percebe umas coisas relativas a aumentos de preços…
GostarGostar
««Como podem confirmar, caro João Miranda e JCD os preços não se mantiveram constantes e a média mudou. O que eu tentei explicar antes é que no longo prazo os preços vão convergir para a sua média após corrigir a inflação. Esse facto é valioso no cálculo e cruzado com outras informações como os custos operacionais dessas superfícies comerciais é possível confirmar a existência de anomalias após uma descida ou subida no IVA ou noutro factor relevante.»»
Tudo isso é irrelevante. As empresas têm o direito de subir os preços quando lhes apetece. Mas de qualquer das formas, o seu método não funciona pelo simples facto que as tais anomalias são ruido na série temporal.
GostarGostar
Não concordo consigo e como não me consegue provar o contrário, o valor que pessoalmente atribuo a este post é zero.
GostarGostar
«Não concordo consigo e como não me consegue provar o contrário…..»
Obviamente é impossível provar que concorda com o autor do post se diz que não concorda…….
GostarGostar
Oh gabriel!! K ganda conclusao
GostarGostar