Efeitos da taxa Robin dos Bosques
Um primeiro já se fez sentir por antecipação: a cotação da GALP teve uma queda acumulada na semana de 12,4%, face a uma depreciação do PSI 20 no mesmo período de 1,1%. O diferencial entre estas duas quedas percentuais, reflecte o risco específico do título GALP o qual decorrerá, em grande medida, do efeito nas expectativas dos investidores face à tributação adicional sobre a empresa. Isto equivaleu a um empobrecimento na semana para os accionistas da petrolífera, líquida do “efeito-mercado”, da ordem dos 1.250 milhões de euros.Se o pequeno accionista “paga e não bufa”, o mesmo não se passa com o grande. É muito provável que uma Sonangol, um dos maiores accionistas da GALP através da Amorim Energia, ameace retaliar contra os interesses de empresas portuguesas em Angola. Estamos a falar das grandes construtoras nacionais, os maiores poderes fácticos deste país, exímias na transformação de custos públicos em benefícios privados e que não hesitarão em exigir compensações ao governo da sua “política social” que elas, obviamente, não aceitarão “patrocinar” sem contrapartidas. Mais obras públicas a anunciar brevemente?
Um segundo efeito, será uma receita fiscal antecipada da ordem dos 100 milhões de euros, consignada desde já à compra de votos. Duvido porém que algum deles seja para Portas, que também defendeu demagogicamente a medida.
Terceiro efeito, a repercussão a curto prazo no consumidor via preços dos combustíveis. E bem pode Sócrates berrar pela ilegalidade de tal acto, que só o será realmente se restabelecer o tabelamento de preços.
Finalmente, temos uma distorsão da concorrência em prejuízo da GALP. Sendo o único refinador nacional, está obrigado, por razões de segurança no abastecimento, a ter stocks de produtos refinados para, no mínimo, 3 meses de consumo. Todas as restantes petrolíferas, que adquirem a quase totalidade dos combustíveis que comercializam em Portugal à GALP, não estão obrigadas àquele nível de stockagem e laboram praticamente em just in time. Ou seja, não serão minimamente afectadas pela aplicação do FIFO (First In, First Out), podendo até ser beneficiadas perante reduções pontuais dos preços do crude.
Eis os benefícios públicos da implementação dos famosos “mecanismos correctores do mercado”.

“Terceiro efeito, a repercussão a curto prazo no consumidor via preços dos combustíveis.”
Claro, o que se estava à espera?…Aposto que isso também já acontecia no tempo do Robin dos Bosques, cada vez que Robin roubava aos ricos, os impostos sobre os camponeses aumentavam!…
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Estou cheio de pena! Mal contenho os soluços!! Coitadinhos deles!!!
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É deve ter sido mesmo por isso… lol
Sendo assim quando a cotaçao subir de novo, fica-se à espera de novo poste
Isto é cada uma
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Vá lá. Ainda bem que, a pensar nesta pobre gente, o governo institui o Rendimento Mínimo Garantido. E também há Instituções que oferecem uma sopinha quente, um cobertor, um banhinho. Nem tudo são más notícias. Tadinhos.
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Estou a guardar-me para o post:
“Efeitos da taxa Robin dos Bosques II“
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“É muito provável que uma Sonangol, um dos maiores accionistas da GALP através da Amorim Energia, ameace retaliar contra os interesses de empresas portuguesas em Angola. Estamos a falar das grandes construtoras nacionais, os maiores poderes fácticos deste país, exímias na transformação de custos públicos em benefícios privados e que não hesitarão em exigir compensações ao governo da sua “política social” que elas, obviamente, não aceitarão “patrocinar” sem contrapartidas. Mais obras públicas a anunciar brevemente?”
Excelente exemplo para mostrar que liberdade e mercado, não rimam. Independentemente da eficácia da medida tomada pelo governo, ela mais não é do que a aplicação de impostos a mais-valias. É legítimo e faz-se em todo o mundo. A reacção (possível) que o João Miranda prevê é… vigarice.
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uma nacionalãozita vinha mesmo a calhar… e os custos iriam ser compensados no curto prazo…
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Fiquei em estado de choque com este «prejuízo» da Galp. Será que eles alguma vez irão recuperar? Meu Deus!
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É uma tremenda injustiça taxar as grandes petrolíferas. Que culpa têm os accionistas da Galp de amealharem mais-valias com o facto do preço do petróleo subir todos os dias? Os consumidores em vez gastarem o dinheiro em combustíveis por que não o gastam a comprar acções da Galp? Como é que eles julgam que os actuais accionistas fizeram? Não lhes ocorrerá que em vez de andarem por aí a esbanjar, POUPARAM. Ou será que pensam que as acções caíram do céu. Não, assim não vamos lá. Como é que penalizando o mérito, o esforço e a inteligência, este país vai para a frente!? È uma tremenda injustiça os ricos pagarem a crise.
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mas será que está tudo grosso? O desgoverno é total e aquele ser da presidência também está de férias desde que foi eleito!
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LR,
1. Amorim irá apoiar o Partido “laranja” nas próximas eleições. Isto é, irá pagar a Campanha.
2. Este tipo de notícia, associado às notícias diárias de penhoras do fisco, são os ingredientes ideais para afastar o investimento estrangeiro. Se juntarmos, o endividamento das empresas internas, assim imposíbilitadas de investir, temo o cocktail ideal para a catástrofe económica.
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Atenção que este dito “empobrecimento” é virtual…o jogo da bolsa é todo ele especulativo…as perdas/ganhos são psicológicos…virtuais…
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Há uns inteligentes (e invejosos?) que não entendem que quanto mais qualquer Governo intervem na economia mais os sinaliza que não existe um conjunto estável de leis e regras. O aumento da volatilidade da economia ao sabor das necessidades mediáticas do Governo para desviar as atenções do poço em que nos está a colocar a todos.
Os países da Europa de Leste liberalizaram, simplificaram e diminuiram os Impostos drásticamente. Estão com crescimentos entre os 3 e 8%. Por aqui suspira-se por mais impostos. Os últimos 10 anos parece que ensinaram coisa nenhuma. Como já disse só acordarão quando Angola e Moçambique nos ultrapassarem.
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Então mas as acçoes não cairam porque dos principais produtos da Galp (gasolina e gasoleo) a procura está a diminuir ? Devido face ao aumento dos preços ?
A lei da oferta e da procura funciona assim. A procura de gasolina diminui, vendem-se as acções. E estas descem.
Ou será que mais uma vez a lei da oferta e da procura não se aplica ? Curiosamente, parece que sim, não se aplica.
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guardem as acçoes. o saque acabou.
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guardem as acções. o saque acabou
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Para dar mais um golpe à galp:
1-Metam o oil logo de manhã cedinho, por causa daquela coisa da temperatura (que não sei explicar), mas parece que o calor dilata e um litro à tarde não é bem um litro.
2- quando o depósito estiver meio cheio, encham-no. Parece que o ar no depósito faz o oil evaporar.
3-metam o oil bem devagarinho , ponham pouca força no gatilho da pistola , rende mais.
4- não me lembro bem , mas acho que é para fugirem a sete pés de um posto que esteja a reabastecer.
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Mas quando o governo acciona a golden share na PT ou coloca os seus boys no BCP está tudo bem! E quanto á Sonangol accionista o que nos foi vendido é que o accionista era o Amorim das cortiças !
De pressa se apanha um mentiroso!
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“E quanto á Sonangol accionista o que nos foi vendido é que o accionista era o Amorim das cortiças!”
Américo Amorim é também accionista da GALP através da Amorim Energia, uma holding participada por ele e pela Sonangol.
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Atenção! O pessoal da Sonangol não vai em brincadeiras. O respeitinho é muito bonito.
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Concordo que não há «(…) benefícios públicos da implementação dos famosos “mecanismos correctores do mercado”.» mas tb não tenho peninha nenhuma do «(..)empobrecimento na semana para os accionistas da petrolífera, líquida do “efeito-mercado”, da ordem dos 1.250 milhões de euros.» pq sei bem onde os foram buscar.
Lá diz o ditado: ladrão (Estado) que rouba a ladrão (GALP) tem 100 anos de perdão.
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