«Soy un hombre completamente desprestigiado»
22 Julho, 2008
No tempo que decorreu entre estas duas fotos muito aconteceu. Sobre tudo isso muito se tem escrito e escreverá. Mas nada é tão forte quanto esta entrevista dado por Suárez, em 1980. Uma entrevista que os seus assessores não deixaram publicar. Uma entrevista que devia fazer parte das leituras dos políticos. E não só. Ler Soy un hombre absolutamente desprestigiado é também uma forma de homenagear Adolfo Suárez
10 comentários
leave one →



É um abraço real que dignifica o homem. Os homens devem ser homens nos bons e nos maus momentos, mesmo que Suarez não esteja em condições de o entender, ou talvez sim, bem lá no fundo do que ainda lhe resta da memória.
GostarGostar
a fotos de baixo provoca-me duas reacções
comoção num dos casos em que uma imagem vale mais de um milhão de palavras
mais uma vez seconfirma que a democracia é o pior dos sistemas, excepto os outros todos
GostarGostar
Uma figura impressionante que, em Portugal, talvez só se possa comparar a Francisco Sá Carneiro.
Ambos acreditaram que as Ditaduras se podiam transformar em Democracias sem revolução. Suárez conseguiu, Sá Carneiro não.
Sá Carneiro e companheiros tentaram a transição com a ala liberal, sem qualquer apoio institucional; Suárez e a UCD tiveram no Rei o suporte que faltou em Portugal.
GostarGostar
Assim se vêem Homens diferentes. Adolfo Suarez fez a transicção calma, com o Rei.
O Rei na mesma semana, abraça Suarez e Chavez. Ainda dizem que a Monarquia Espanhola está decadente. Decadente estão outros, que são completamente vazios de actos e de ideias.
GostarGostar
Bem merece, por acaso.
GostarGostar
“las cosas entran por el oído, se expulsan por la boca y no pasan nunca por el cerebro… casi nunca pasan por la reflexión previa”
.
Que será feito do postal desaparecido esta noite?
GostarGostar
Excelente homenagem. Há imensas coisas super actuais nesta entrevista: a postura de alguns jornalistas, a qualidade dos políticos internacionais, a falta de estudo, etc.
GostarGostar
o RAIO QUE OS PARTA AOS 2
GostarGostar
Um Suarez, que não existiu em Portugal, com a queda de Caetano!
Tivemos um partido comunista, pior que um polvo, que tudo destriu……….a diferença de Espanha e Portugal!
GostarGostar
Quando as Cortes foram invadidas pelo insurrecto Tejero, de pistola em punho, que mandou aos gritos todos “al suelo”, os deputados deitaram-se ao chão. precipitadamente. Todos menos um: Adolfo Suarez, que era também o primeiro ministro em exercício – iria ser substituido dentro em breve. Ficou no seu lugar, direito, vertical, na primeira fila, à espera de ser morto pelo “pistolero” em fúria. Um primeiro ministro não se deita ao chão, deve ter pensado naqueles segundos que valem uma vida. Antes morrer com honra. Se não fosse pelo que fez antes, que eventualmente salvou milhões de espanhóis de um novo conflito fatal, ao menos por este gesto de coragem e dádiva de si mesmo, merece ser recordado para sempre. Honra para ele, para o Rei e para Espanha.
GostarGostar