200K
23 Julho, 2008
A Estradas de Portugal detectou quase 600 condutores a circularem a mais de 200 km por hora no IP4, através dos aparelhos de telemetria de que dispõe, desde Janeiro . Só em julho (e ainda falta uma semana para o mês terminar, foram 232. Ao que parece, o troço em que os condutores mais aceleram fica compreendido entre Bragança e (a fronteira de) Quintanilha. Não creio que a explicação das “autoridades locais” (as carrinhas que transportam trabalhadores) seja plausível. Afinal, que carrinhas atingem aquelas velocidades? Notável é o facto de o troço em causa ser dos que tem menor sinistralidade em todo o IP4. Em todo o caso, fica a dúvida: os “aceleras” atacam em ambos os sentidos ou apenas quando seguem a caminho da fronteira?
54 comentários
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Tudo de pantanas.
Manuel João Ramos considera que a extinção de Direcção Geral de Viação foi mal executada.
«O modo como esta reestruturação foi realizada prejudicou materialmente os cidadãos portugueses e os condutores, pôs os serviços todos de pantanas, as coimas não foram processadas, ficou tudo virado do avesso e não há quem se responsabilize materialmente por toda esta confusão», afirmou à Rádio Renascença.
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A tia eufrásia do picoiso foi vista a 220 km, à hora perto de Bragança. Ela não tem carta mas vai meter uma cunha ao sobrinho.
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qual é o problema de dar mais de 200 se não há risco? só com o aborto do código da estrada que temos e as multas “à lá carte”… 100% e 0% de prevenção… graças ao PS/CDS e piorado pelo pinto de sousa e apaniguados, que parecem não saber fazer mais do que piorar os piores exemplos dos laranjinhas e matilha…
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São mesmo as carrinhas que transportam trabalhadores. Estudei em Bragança e aconteceu-me muitas vezes viajar a 150 km/h (a minha velocidade de conforto no IP4) e ser ultrapassado por essas carrinhas como se estivesse parado. Impressionante tendo em conta que levavam 8/9 pessoas a bordo.
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Observação sábia: “qual é o problema de dar mais de 200 se não há risco?”. Realmente, quem se lembraria de considerar que 200 Km/h é uma velocidade perigosa? Se ainda fossem 200 m/s… Já agora gostaria de saber qual é a velocidade a partir da qual existe risco, propondo que, dada a ausência do mesmo a velocidades inferiores, só a partir daí fosse obrigatório usar cinto de segurança e respeitar todas as restantes normas de segurança idiotas. Suponho que deva ser por volta dos 350 Km/h… e mesmo assim só com a estrada molhada e os pneus carecas.
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Yoda, não sei se se recorda da antiga definição de “excesso de velocidade”… hoje em dia é acima do limite fixado administrativamente… dantes era quando não havia capacidade de travar no espaço livre e disponível à sua frente… muito mais taxativo (pode ser a 20 km hora, ou a 350km hora)… não são limites que foram fixados aquando do primeiro choque petrolífero e por essa razão que são mais seguros… veja o limite de velocidade nas auto-estradas… só serve para fazer sono a 120 km hora… e sim… um código com multas “à lá carte” é uma aberração maior que a lei do tabaco que temos ou qualquer das outras anormalidades tipo legislação dos cães perigosos ou o novo chip que querem introduzir…
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Claro, porque em cada português há um especialista em Física Clássica, apto a determinar qual é a distância de que necessita para travar de forma segura. Sugiro que se crie um instituto público que, para suportar tão sensata definição, meça os variados coeficientes de atrito envolvidos no acto de travar para cada veículo a circular em cada estrada e os cruze numa gigantesca tabela distribuída sob a forma de livro a cada cidadão. Por amor de deus, se se pudesse circular a 200 Km/h era o Armagedon, não estamos na Dinamarca, estamos em Portugal. Já agora, os limites fixos já existiam antes de o choque petrolífero os generalizar.
E porque não fazer uma lei semelhante para o álcool? Vejamos: “O estimado cidadão está autorizado a ingerir a quantidade de álcool que mais lhe convier, devendo apenas evitar que a diminuição de reflexos resultante dessa ingestão se traduza na incapacidade de travar no espaço livre e disponível à sua frente”. Regressaríamos ao tempo em que não havia balão e os camionistas bebiam uma aguardente para aconchegar a garrafa de tinto que haviam ingerido anteriormente.
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Para fugir desta imensa favela é até aconselhável de facto ir a essa velocidade.Quanto mais depressa melhor que estes merdas já rebentaram o país por muitas décadas…
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Tendo alugado recentemente uma autocaravana de 3.5t, senti-me muito mais inseguro nela a 100km/h na autoestrada do que com o meu Astra a 150km/h na mesma AE. Código que não contempla estas diferenças nao faz sentido.
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“E porque não fazer uma lei semelhante para o álcool?”
Noticia no site da ordem dos Advogados:
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idc=44373&related=1&ida=67884
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“pé na tábua e fé em Deus”
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É malta que sabe que o preço do crude vem por aí abaixo!Na China e na Índia (onde milhões compraram carro no último mês),fazendo a procura do crude crescer e o preço subir (como muito bem diz algum pessoal bem informado)aderiram agora (há 8 dias) ao passeio a pé, deixando os carros na garagem,o que explica a descida da procura do crude e respectivo preço!
tudo em um mês! Entretanto o Bush (grande defensor do mercado livre) veio hoje dizer que a especulação em Wall Street está bêbada e tem que se deixar de ” novos instrumentos” financeiros (sic)!
O mundo está perigoso!
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Como se prova no título do poste seguinte! E ainda não sabiam da bebedeira do Busch!
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Isto é só uma amostra…imaginem quando estiver pronta a A4 entre Amarante e Quintanilha!phonix…
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Cãodeguarda, está a fazer confusão entre “excesso de velocidade” que consiste em conduzir mais depressa que o permitido pela sinalização e “velocidade excessiva”, essa sim, quando o condutor não consegue imobilizar o veículo no espaço livre à sua frente; ambas referenciadas no antigo código. O problema é que só há velocidade excessiva quando há acidente, por isso, para o evitar é necessário definir para cada local uma velocidade máxima permitida, a partir da qual há “excesso de velocidade” e possível coima. O ideal seria que este limite de velocidade fosse bastante próximo (obviamente sem atingir) da velocidade excessiva, só que esta depende da viatura, do piso e do condutor e a lei tem de ser a mesma para todos que conduzam o mesmo tipo de veículos.
De qualquer forma, compreendo a sua indignação, amiúde também a sinto e na maior parte dos locais tenho necessidade de conduzir a velocidades bastante acima do permitido pela sinalização para evitar que a monotonia da viagem me cause sonolência, essa sim, uma das principais causas de acidente, contrariamente à tão badalada velocidade.
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1. Devem ser Espanhóis que não pagam cá as multas.
2. A gasolina está barata, afinal, pois 200 km/ hora, só indicia isso.
3. Para quê que o Pinócrates quer fazer a Autoestrada de Trás-Os-Montes, se a malta já lá anda a 200 km?
4. O pessoal que anda a 200 km está a soldo do lobby petrolífero do Bush/Cheney, e contra Kyoto.
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“Claro, porque em cada português há um especialista em Física Clássica…”
E é preciso sê-lo? O senhor quando conduz não sabe que veículo transporta e em que condições está? Além disso, o código está recheado de situações que têm de ter alguma análise por parte do condutor. Nunca reparei que para tal o condutor tivesse de ter grau em Física. No seu argumento, não ganha nada em menorizar o condutor. Se as pessoas são crescidas e até votam, vejam lá, sem ser especialistas em Ciências Políticas, não saberão a que velocidade podem conduzir o carro avaliando as consequências? Acha que não? Acha que não o sabem? Culpe então as escolas de condução e o facilitismo que nelas existe, onde a única coisa que se aprende é como passar no exame e não a conduzir. Onde não existe uma única aula que simule situações de perigo. Não, “fazes assim, porque é assim que o examinador espera que faças.”. E assim se dão licenças de condução a quem, se calhar, as não deve ter… Esses que não sabem nem sequer avaliar a “capacidade de travar no espaço livre e disponível à sua frente”. Nem essa, nem outras. Quantos condutores vejo eu a fazer asneiras absurdas a 50? Quantos a fazerem asneiras absurdas a 0 (zero)? Estacionar em segunda fila, em rotundas, quer mais exemplos? Espreite em frente a esquadras, veja se até lá estes exemplos se verificam.
Quanto ao álcool, vejo que só pega no argumento fácil. Acha sinceramente que todas as pessoas reagem da mesma forma a iguais quantidades de álcool? E aqui não saberão também elas próprias qual é o seu limite? Se a coisa funcionasse, quem não soubesse qual o seu limite pura e simplesmente não tinha carta. Olhe, os alemães também se fartam de beber cerveja, fazem muita merda, mas nas autoestradas não existe limite de velocidade…
É que o Yoda fala de forma a querer-se proteger dos outros na estrada, socorrendo-se da regulamentação. Mas essa protecção, a existir na estrada, já existe tarde. O Yoda não se consegue livrar do autocarro descontrolado ou do urso em contramão na autoestrada mesmo que existam sinais de 5 em 5 metros. O controlo deveria estar antes e para quem se revela realmente apto. Quem não sabe estar na estrada, não devia ter a licença. Isto, claro, se a coisa funcionasse. Mas não funciona na mesma, de qualquer forma…
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yoda Diz:
23 Julho, 2008 às 10:53 pm
Não se canse.
Cada tuga julga que conduz melhor que o do lado e por isso tem que o mostrar.
Como ando muito a pé nos semáfores reparo que:
-Ninguém para com o amarelo.
-Dois em dez falam ao telemóvel
-Dois em dez não levam o cinto colocado
-Três em dez tem um ou mais stop avariado.
A culpa aliás não é deles (nossa).
Só respeitamos e obecedemos se houver fiscalização.
Caso contrário não há lei que sirva.
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Assino por baixo os reparos do Alexandrino e ajuntava:
– Nove em dez, estacionam sobre o passeio.
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” Fado Alexandrino Diz:
-Ninguém para com o amarelo.
-Dois em dez falam ao telemóvel
-Dois em dez não levam o cinto colocado
-Três em dez tem um ou mais stop avariado.”
Curiosamente paro com o amarelo, desde que não mude para esta cor quando já vou a passar, tenho mãos-livres, uso o cinto de carro e capacete de mota e bicicleta e verifico periódicamente as luzes e os travões, bem como a pressão dos peneus e o seu estado… conduzo há 23 anos e dos poucos acidentes que tive nenhum foi no que consideram “excesso de velocidade”… e faço em média 5000 km por mês… e por minha culpa tive apenas um acidente, de mota a 30 à hora (ninguém me mandou olhar para a boazona numa estrada em paralelo e com chuva)… multas? uma há 8 anos por não respeitar um stop… e não, não respeito os limites de velocidade que em muitos casos são mais perniciosos que seguros…
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” Piscoiso Diz:
– Nove em dez, estacionam sobre o passeio.”
Mas Portugal resume-se a Lisboa? esse hábito é só ai, não no resto do país, portanto cuidado com a generalização…
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A minha tia Vasconcelos, quando quer estacionar sobre o passeio, vai a Lisboa.
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CAODEGUARDA: “Mas Portugal resume-se a Lisboa? esse hábito é só ai, não no resto do país, portanto cuidado com a generalização…”
Acho que, à excepção das ilhas, já estive em todas as cidades portuguesas. Não conheço UMA que seja onde os carros estacionem TODOS bem.
Depois acho uma coisa engraçada: em todos os países existe limites de velocidade (não me venham dizer que as auto estradas alemãs não têm limites porque já têm). Espanha criminalizou, recentemente, o excesso de velocidade (quando ultrapassado largamente o estipulado). Em Portugal (país com baixa sinistralidade e com reduzido número de mortos) há gente que entende que cada um deveria circular como bem lhe desse na real gana.
A minha sogra, que não tem carta de condução nem se manifesta em matéria de trânsito, trabalha há 19 anos num hospital. Diz ela que, nestes 19 anos, não conheceu um acidentado que dissesse: “a culpa foi minha”. Ou porque foi o outro que trazia os máximos ligados, ou a estrada que é mal construida, ou foi uma falha inexplicável do carro.
E aos que apelam à não existência de limites de velocidade e álcool, pergunto: achavam viável cada qual beber e conduzir como entendesse? Eu com 18 anos conduzi uma carrinha de tal forma que hoje nunca conduziria. Mas naquela altura achava que não haveria qualquer perigo. Hoje pesno: se a polícia me tivesse apanhado era muito bem feito.
Já que falo em polícia, há outra coisa que os condutores também nunca são responsáveis: pelas multas de trânsito. Ou era caça à multa (sinceramente não sei bem o que isso é), ou era o polícia que era birrento, ou era o polícia que se estava a armar. Nós é que nunca infrigimos e assumimos o erro. Mas depois ensinamos aos filhos a assumir as asneiras que fazem.
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São estas noticiazinhas que animam a festa … dos controladores, taxadores, criadores de novas censuras, dos inefáveis prestadores de novos serviços … EM UM PAÍS QUE NADA PRODUZ DE RELEVANTE A NÃO SER serviçozinhos PARA ALIMENTAR MAIS ALGUNS .
Vão por telemetria na Qta da Fonte sff … e por aí até isto ser mesmo o 1984
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A Estradas de Portugal devia era fazer telemetria a si própria.
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Quanto á condução em cada portuga existe:
1- Um fisico, quiçá quantico, que explica o movimento dos neutrinos aplicado ao motor do seu automóvel.
2- Um medico hematologistae/ neurologista ao mesmo tempo.
3- Um engenheiro de vias ( talvez com iglês tecnico)
4- Um psicólogo/sociologo em auto-análise, sempre favorávl a si próprio.
Mais recentemente junta-se as especialidades de:
5- Um ecologista que explica como o “gasoil” é menos agressivo pro meio “imbiente”.
Por falta de tempo,(devido ás inumeras especializações) não teve tempo para aprender a conduzir.
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350K
O Jornal de Negócios e a Antena 1 estudaram os números do TGV e do pacote de estradas anunciado pelo Governo e concluem que a Alta Velocidade não é sequer operacionalmente rentável.
Mas os estudos do Governo incluem ganhos na redução de CO2 e de acidentes de viação que equilibram as contas. Nas estradas, umas são viáveis, a maioria não. Aqui, são os impostos que se espera cobrar a mais que pagam a factura.
http://www.jornaldenegocios.pt
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“Vão por telemetria na Qta da Fonte sff … e por aí até isto ser mesmo o 1984”
A contagem de velocidades para estatísticas e estudos rodoviários fere a esfera privada de alguém? Tanto medo que esta gente tem com a sua privacidade e como rápido a dispensam para ir ao Shopping, ao estádio, oa concerto, etc.
“A Estradas de Portugal devia era fazer telemetria a si própria.”
Porquê? Não devia fazer aos condutores? Se a IP4 foi mal construida tudo bem, há que a reconstruir (e parece que vão fazer a A4 de Amarante a Bragança. Mas enquanto não estiver boa conduzasse mais devagar. Se uma estrada não tem condições para circular a 200 Km/h, deve-se conduzir mais devagar.
Esta notícia só vem demonstrar a hipocrisia da sociedade em que vivemos. Como disse Isabel Stillwell e muito bem, temos os mesmos comportamentos de meninos mimados.
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“necrophorus Diz:
24 Julho, 2008 às 6:55 am
“Claro, porque em cada português há um especialista em Física Clássica…”
E é preciso sê-lo? O senhor quando conduz não sabe que veículo transporta e em que condições está?”
Não percebe que uma questão dessas não pode ser deixada ao livre arbítrio de cada um? A questão é APENAS essa. Eu não contesto que haja estradas onde, sob determinadas situações, seja possível conduzir a mais de 120 Km/h, isso é obviamente verdade e é mais verdade ainda quanto maior é a qualidade do veículo. No entanto, se essa avaliação fosse deixada ao critério de cada português, voltávamos ao tempo do caos na estrada.
Ao dizer que vê gente a fazer asneiras a 50 Km/h e até a 0 Km/h está a distorcer o propósito da discussão, já que o maior contribuinte para o grau de probabilidade de alguém morrer a 0 Km/h é ser atingido por um cometa (dos grandes). O que eu sustento é que à velocidade que os portugueses, com a sua imensa sensatez, conduziriam, a probabilidade de acidente seria relativamente elevada.
“Se as pessoas são crescidas e até votam, vejam lá, sem ser especialistas em Ciências Políticas…”
Ser especialista em Ciências Políticas é mais ou menos como ser contabilista, isso não é grande argumento.
“Quanto ao álcool, vejo que só pega no argumento fácil. Acha sinceramente que todas as pessoas reagem da mesma forma a iguais quantidades de álcool? E aqui não saberão também elas próprias qual é o seu limite?”
Isso sim é o argumento fácil. Antes de haver balão toda a gente sabia o seu limite e o número de mortes na estrada ser bastante superior ao actual era mera coincidência.
“É que o Yoda fala de forma a querer-se proteger dos outros na estrada, socorrendo-se da regulamentação.”
Creio que é direito de qualquer cidadão exigir legislação que impeça os outros de circular de forma que ponha em causa a sua segurança. Como viu pelos comentários anteriores, há mais quem ache que há demasiados Nikki Laudas nas estradas. Já agora porque não permitir que cada pessoa que vá a correr no passeio carregue uma motoserra a funcionar em cada mão depois de ter bebido 2 garrafas de tinto? Afinal, cada um sabe o seu limite, não é?
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“o grau de probabilidade de alguém morrer a 0 Km/h é ser atingido por um cometa”
Um dos maiores sustos que apanhei na estrada foi provocado por uma alminha que, parado numa berma da AE1, descida de 8% sentido Norte-Sul, resolve arrancar e reentrar na AE à minha frente.
Concedo que ele não estava exactamente a 0 Km/h, talvez a 10/20 quando passei por ele, mas mesmo assim não consegui identificar o nome do cometa.
E se aqui estou hoje para contar a história foi porque tive a suprema sorte não ter ninguém na faixa da esquerda, de circular num automóvel com muito boa estabilidade e goptima resposta a manobras bruscas e ainda pela ajuda de um ABS providencial que já me salvou de grandes apertos por mais do que uma vez.
Já lá vão uns anos mas ainda hoje recordo claramente a sensação de quase impotência, terror e espanto que tive ao ver aquele XXXXX a entrar na faixa de rodagem tão descontraidamente como se estivesse a circular dentro do jardim na casa dele.
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Parece incrível, mas uma parte são mesmo essas carrinhas. É impressionante a velocidade a que elas nos ultrapassam, nem sabia que elas andavam tanto, mas quem já andou naquela estrada (e outras) sabe que esse problema é bem real…e vão sempre cheias de malta!
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Uma vez li um artigo sobre um governo que também era rosa, cujo motorista do PM não parava nos semáforos em Lisboa, mas não se era verdade nem se de tal coisa resultou multa ou apreensão de carta. Também já ouvi histórias de comitivas governamentais a passar na auto-estrada por todos os lados possíveis e imaginários a alta velocidade e uma vez até me contaram que houve uma ponte que dava acesso à capital que esteve cortada durante um dia inteiro.
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“Um dos maiores sustos que apanhei na estrada foi provocado por uma alminha que, parado numa berma da AE1, descida de 8% sentido Norte-Sul, resolve arrancar e reentrar na AE à minha frente.”
Lá está… daí o limite mínimo de velocidade. Está a dar-me razão, afinal o limite de 50 Km/h nas autoestradas, tal como o de 120 Km/h, contribui para a segurança dos automobilistas.
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“Lá está… daí o limite mínimo de velocidade.”
Limite mínimo?! E eu a pensar que era totalmente proibido parar nas AE a não ser em caso de avaria e, de preferência, tão grave que não dê para chegar a uma área de emergência ou descanso…
Quer dizer… totalmente proibido excepto para algumas patrulhas de transito mais “espertas” que, decerto escudadas numa excepção que só elas conhecem, por vezes se entretêm a arejar o radar nas bermas das AEs, normalmente à sombra e perto das praças de portagem onde os colegas quase se atiram para cima de quem passa, na ânsia de mandar parar quem escolhe a cabine do lado oposto ao por eles previsto.
Também já vi uns mais inventivos que, estacionados em cima dum viaduto (o que à época das minhas lições de código também era proibido ao comum dos mortais), tinham o radar instalado em baixo, na berma da AE, e com o cabo do monitor subindo pela base do viaduto até ao carro deles. 🙂
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“E eu a pensar que era totalmente proibido parar nas AE a não ser em caso de avaria”
E alguém disse que não foi o caso?
“Quer dizer… totalmente proibido excepto para algumas patrulhas de transito mais “espertas””
E até já vi a polícia, os pombeiros e as ambulâncias em excesso de velocidade.
Por alguma razão os carros da polícia têm pirilampos de sinalização.
Que queria? Que a BT avisasse que havia um radar a 500 metros (como a palhaçada em Lisboa)? E já agora, a PJ antes de fazer uma rusga, deveria notificar os visados. A ASAE, antes de fiscalizar um café deveria avisar o proprietário. As finanças deveriam avisar este ano quem irá ser alvo de fiscalização em sede de IRS e IRC para não nos enganarmos a preencher a declaração. ´
É o que faz vivermos na era do porreirismo, do facilitismo. Depois há pessoas que se esquecem dos seus deveres e querem tudo como melhor lhes convém.
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Caro Yoda,
Compreendo que tenha dificuldade em lidar com o livre arbítrio dos outros. Muitos outros têm. O problema é quando esses chegam a legisladores. Mas isso é outra conversa. Também compreendo que se escude na multidão para defender os seus argumentos. É mais fácil do que remar contra a maré e analizar as coisas a sério.
Muito sinceramente, acho que não é a regulamentação que impede que existam acidentes e foi isto que o Yoda se escusou de comentar. Já vimos que confia mais nos outros quanto têm algo a dizer ao decidirem quem lhes governa o país, mas não confia nas mesmas pessoas quando estão atrás de um volante. E porquê? Pelo simples facto que, egoisticamente, o afecta mais directamente a segunda questão do que a primeira. Por isso fiquem lá com o vosso livre arbítrio, mas apenas quando nos convém. Quando não convém, proiba-se. No entanto, ambas as situações têm a ver com o livre arbítrio e com o estar ou não preparado para algo.
Mas por mais que proiba, o defeito continua a existir. Ter o sinal com o limite de velocidade de 5 em 5 metros não faz com que o mesmo seja respeitado. Nem as brigadas e radares o fazem, uma vez que o respeito por esse limite é apenas temporário, dura o tempo de se passar pelo radar, de tentar reconhecer o carro em que a BT circula ou de reconhecer o carro da BT pela asneira que está a fazer em relação ao código que é suposto fazer cumprir.
Se não tem uma preparação de jeito para o que vai fazer, não o poderá fazer da melhor maneira. E se o fizer, a probabilidade de sair asneira é grande. Só acho estranho que se aceite que quem não está preparado se ponha na estrada e depois se confie na legislação para que esses não façam asneiras. Quando muitas vezes nem a conhecem e têm papeizinhos cor de rosa de valor ZERO emitidos na candonga, porque nem sequer no código conseguiram passar (o que é estranho, pois as aulas de código em grande parte são “no exame vão perguntar isto, responde-se assim).
Não esqueça, quem sai de carta na mão da escola de condução, tem algo que o habilita a circular com um veículo na estrada. Inclusivamente, certifica essa pessoa como bom decisor em todas as situações que, no código, são subjectivas e cujas decisões envolvem análise por parte do condutor, por vezes em poucos segundos, mesmo que não seja perito em Física. Ou seja, certifica o livre arbítrio do condutor nessas situações. Então o que serve para uns casos, não serve para outros?
Em vez de se por a duvidar do livre arbítrio dos outros, duvide antes do facilitismo que existe em ter a carta. Creio ser esse o problema fundamental. E invoque o limite de velocidade ao condutor que o violar, quando este estiver a segundos de chocar consigo, se isso o fizer sentir melhor (apesar de ele ter carta, fruto da legislação que supostamente protege). Se tiver tempo e conseguir cheirar-lhe o hálito, pode ainda ter algo mais a dizer nos microsegundos que lhe restem. No final, será irrelevante.
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Pinto Diz:
“E alguém disse que não foi o caso?”
Curiosa avaria que permite o retomar da marcha numa AE. E sem, no mínimo, ceder o direito de passagem a quem circula, o que antigamente também constava no CE para todo o tipo de vias e, obviamente, incluindo as AEs
“Que queria? Que a BT avisasse que havia um radar a 500 metros (como a palhaçada em Lisboa)?”
A justificação para tal proibição de paragem, tanto quanto me lembro, era a segurança. Das suas palavras depreendo que, agora, seja a conveniência.
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Caro Pinto,
SUBSECÇÃO VI
Paragem e estacionamento
Artigo 48.º
1 – Considera-se paragem a imobilização de um veículo pelo tempo estritamente
necessário para a entrada ou saída de passageiros ou para breves operações.
2 – Considera-se estacionamento a imobilização de um veículo que não constitua
paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação.
Artigo 49.º
Proibição de paragem ou estacionamento
1 – É proibido parar ou estacionar:
a) Nas pontes, túneis, passagens de nível, passagens inferiores ou
superiores e em todos os lugares de insuficiente visibilidade.
SUBSECÇÃO IV
Trânsito nas auto-estradas e vias equiparadas
Artigo 72.º
2 – Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando devidamente sinalizados, é
proibido:
b) Parar ou estacionar, ainda que fora das faixas de rodagem, salvo nos
locais especialmente destinados a esse fim.
Já procurei a excepção que permite a denegação destes artigos para a utilização de radares mas não a encontrei. Talvez me consiga ajudar a melhorar a minha, pelos vistos desactualizada, compreensão do código da estrada indicando-me onde ela estará. 🙂
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As alarvices, que se escrevem, sobre a velocidade, è um consolo, vê-las e que muitos dos mesmos, vão estar motyos, em breve, para não assassinar quem vai na via rápida e não tem que levar com eles! è assustador tanta alarvice……..
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“Artigo 82.º
Utilização de acessórios de segurança
1 – O condutor e passageiros transportados em automóveis são obrigados a usar os cintos e demais acessórios de segurança com que os veículos estejam equipados.
2 – Em regulamento são fixadas: (Port.ª n.º 849/94, de 22SET)
a) As condições excepcionais de isenção ou de dispensa da obrigação do uso dos acessórios referidos no n.º 1 ;
b) O modo de utilização e características técnicas dos mesmos acessórios.
3 – Os condutores e passageiros de ciclomotores, motociclos com ou sem carro lateral, triciclos e quadriciclos, devem proteger a cabeça usando capacete de modelo oficialmente aprovado, devidamente ajustado e apertado.
4 – Exceptuam-se do disposto no número anterior os condutores e passageiros de veículos providos de caixa rígida ou de veículos que possuam, simultaneamente, estrutura de protecção rígida e cintos de segurança.
5 – Os condutores e passageiros de velocípedes com motor e os condutores de trotinetas com motor, devem proteger a cabeça usando capacete devidamente ajustado e apertado.
6 – Quem não utilizar ou utilizar incorrectamente os acessórios de segurança previstos no presente artigo é sancionado com coima de 120 € a 600 €, salvo se se tratar dos referidos no n.º 5, caso em que a coima é de 60 € a 300 €.”
OLHA OLHA, NÃO DIZ NADA QUE OS POLÍCIAS PODEM ANDAR SEM CINTOS. SERÁ QUE TÊM ESSA OBRIGAÇÃO? AI OS MALANDROS…………MAS ESPEREM
PORTARIA N.º 311-A/2005
de 24 de Março
O Código da Estrada, designadamente no seu artigo 82º, impõe o uso de equipamentos e acessórios de segurança e prevê a necessidade de, por portaria da Administração Interna, estabelecer o modo de utilização, as características técnicas e as condições excepcionais de isenção ou de dispensa da obrigação do uso dos referidos acessórios.
Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e da Administração Interna, nos termos conjugados da alínea b) do nº 2 do artigo 4º. Do Decreto-Lei nº 44/2005, de 23 de Fevereiro, e do nº 2 do artigo 82º, do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto- Lei nº 114/94, de 3 de Maio, na última redacção que lhe foi conferida, o seguinte:
1º É aprovado o Regulamento de Utilização de Acessórios de Segurança, previsto no artigo 82º do Código da Estrada, anexo à presente portaria e que dela faz parte integrante.
2º É revogada a Portaria nº 849/94, de 22 de Setembro.
3º A presente portaria entra em vigor 90 dias após a sua publicação.
E AINDA
anexo:
REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DE ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA
(…)
Artigo 5.º – Isenção do uso de cinto de segurança
1 – Estão isentas da obrigação do uso do cinto de segurança, prevista no n.º 1 do artigo 82.º do Código da Estrada, as pessoas que possuam um atestado médico de isenção por graves razões de saúde, passado pela autoridade de saúde da área da sua residência.
2 – O atestado médico previsto no número anterior é de modelo aprovado pelo Ministro da Saúde, devendo mencionar o prazo de validade e conter o símbolo do gráfico I anexo ao presente Regulamento.
3 – O titular do atestado médico referido no número anterior deve exibi-lo sempre que solicitado pelas entidades fiscalizadoras.
4 – Os atestados médicos passados pelas autoridades competentes de um Estado membro da União Europeia são igualmente válidos em Portugal.
Artigo 6.º – Dispensa do uso de cinto de segurança
1 – Quando o uso de cinto de segurança se revele inconveniente para o exercício eficaz de determinadas actividades profissionais, o director-geral de Viação pode dispensar o uso daquele acessório, a requerimento do interessado que comprove devidamente a inconveniência do uso do mesmo.
2 – Para os efeitos previstos no número anterior, são emitidos certificados de dispensa do uso do cinto de segurança, de acordo com o modelo e as regras técnicas aprovados por despacho do director-geral de Viação.
3 – Independentemente do despacho referido no n.º1 do presente artigo, ficam dispensados do uso obrigatório do cinto de segurança dentro das localidades:
a) Os condutores de veículos de polícia e de bombeiros, bem como os agentes de autoridade e bombeiros quando transportados nesses veículos;
b) Os condutores de automóveis ligeiros de aluguer, letra A, letra T ou taxímetro.
É O QUE FAZ LIMITARMO-NOS A LER UMA LEI COMO SE OUTRAS NÃO EXISTISSEM. CONFESSO QUE PARA O CASO VISADO NÃO SEI A PORTARIA (TÃO POUCO VOU ANDAR À PROCURA). SE UM DIA ME FIZESSE FALTA PROCURÁ-LA-IA.
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Depois ainda se podem invocar causas de exclusão da ilicitude. Vejamos este acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa para exemplificar:
“I – Em caso de perseguição policial, por agente da PSP condutor de motociclo, ao condutor de veículo sinalizado como furtado, e que desobedecera à ordem de paragem, verifica-se conflito entre o dever consagrado em norma de direito estradal – infringida pelo agente da PSP – a cuja violação corresponde uma mera contra-ordenação, e o dever cometido aos agentes policiais de, perante situação de flagrante delito, actuarem em ordem à identificação e detenção dos suspeitos e à recuperação dos bens subtraídos da esfera do cidadão lesado.
II- Não sendo de grau superior o dever consagrado na norma estradal, resulta lícita, na circunstância, a conduta do agente da PSP.”
(http://www.dgsi.pt/jtrl.nsf/33182fc732316039802565fa00497eec/536aa5550615fb4f8025747f00492fc1?OpenDocument&Highlight=0,persegui%C3%A7%C3%A3o)
O Juíz fala no caso de desobediência porque versa a matéria recorrida. Mas aplica-se a todos os crimes.
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Pode ser que tudo fique mais claro no dia em que um desses carros estacionados onde “só eles podem” seja o causador, ou vitima, de um acidente grave.
Talvez só nessa altura consigamos todos claramente perceber toda a abrangência oculta/mística dos CódigoS da Estrada. 🙂
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Chega o outro e declara: é tudo alarve e devia estar tudo morto… Sem dúvida, a melhor contribuição para a conversa.
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“Doe, J Diz:
24 Julho, 2008 às 6:42 pm
Pode ser que tudo fique mais claro no dia em que um desses carros estacionados onde “só eles podem” seja o causador, ou vitima, de um acidente grave.
Talvez só nessa altura consigamos todos claramente perceber toda a abrangência oculta/mística dos CódigoS da Estrada. :)”
OCULTA? Todas as leis são publicadas no Diário da República!
E nos EUA, ainda há uns tempos um polícia foi vítima de acidente quando havia mandado parar uma viatura (foi filmado): ossos da profissão.
Da minha parte, confesso, nunca me fez qualquer espécie nem nunca andei a reparar afincadamente onde a BT pára ou deixa de parar. E já fui multado por excesso de velocidade: paciência, infringi, tive que pagar.
Ai este estigma anti-polícia que assola algumas cabeças.
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Pinto Diz:
“OCULTA? Todas as leis são publicadas no Diário da República!”
O que as não torna, por si só, menos ocultas. A não ser que recomende um curso de jurista e um serviço de clipping como parte da cidadania portuguesa.
“Da minha parte, confesso, nunca me fez qualquer espécie nem nunca andei a reparar afincadamente onde a BT pára ou deixa de parar. E já fui multado por excesso de velocidade: paciência, infringi, tive que pagar.”
Não é preciso levar lupa para ver carros solitariamente estacionados. Saltam à vista a qualquer condutor que use da atenção mínima recomendada pelo código da estrada.
“Ai este estigma anti-polícia que assola algumas cabeças.”
Contra a função essencial da policia não vejo qualquer estigma, pelo menos da minha parte. Contra mais um serviço de cobranças do Estado, que descarta para 2º e 3º planos todas as suas outras exclusivas atribuições, já falta a paciência de tantos que eles são.
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DOE: “O que as não torna, por si só, menos ocultas. A não ser que recomende um curso de jurista e um serviço de clipping como parte da cidadania portuguesa.”
Eu diria diferente: é o que faz pronunciar-se sobre temas que não domina. Se, eventualmente, eu me pusesse a dar palpites de medicina, corria sérios riscos de dizer asneira.
Uma sugestão: e se, em vez de colocar em causa a boa fé dos agentes, quando estes andam sem cinto ou colocam radares, confiasse mais um pouco? Eu sei que poderão ser desagradáveis, mas a fiscalização faz parte de uma sociedade salutar.
Quando vou a um consultório médico não digo: “Sr Doutor você pode mesmo utilizar esse aparelho? Hum, mostre-me os regulamentos. Sr Doutor, você acha que fez bem em receitar este medicamento? Não seria melhor o outro?” O mais certo era o médico ser desagradável e virar costas. Contudo, no trabalho das polícias e dos tribunais toda a gente gosta de dar o seu palpite (o síndrome de treinador de bancada).
” (…) Saltam à vista a qualquer condutor que use da atenção mínima recomendada pelo código da estrada.”
Faço muitas vezes a A1 (Lisboa – Coimbra Norte) e juro que nunca vi um radar fixo na berma. Se sou atento à estrada? Não sei. Até ver não tive qualquer acidente.
“Contra a função essencial da policia não vejo qualquer estigma, pelo menos da minha parte. Contra mais um serviço de cobranças do Estado, que descarta para 2º e 3º planos todas as suas outras exclusivas atribuições, já falta a paciência de tantos que eles são.”
A polícia não tem 1ª função e 2ª função. Todas as funções são essenciais e estão previstas no Art. 272.º da Constituição da República Portuguesa e na Lei de Segurança Interna.
Mas deixe-me fazer só uma nota: enquanto a nível criminal temos, a par de Helsínquia, a capital mais segura da UE (segundo estudo inglês da especialidade), a nível de sinistralidade rodoviária estamos exactamente na outra ponta (na de baixo). Contudo, todas as áreas devem merecer grande importancia.
(Nasci na Alemanha e vivi lá vários anos. A minha mãe foi autuada por circular a 38 Km/h quando só poderia circular a 30 Km/h. Se fosse cá chamavam logo a SIC que aquilo era um escandâlo.)
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Quando vou a um consultório médico não digo: (…)
Eu, por enquanto, ainda posso escolher o medico onde vou. Já não posso escolher o policia que resolve finalizar logo ali a sua quota nas receitas para a corporação.
“Faço muitas vezes a A1 (Lisboa – Coimbra Norte) e juro que nunca vi um radar fixo na berma. Se sou atento à estrada? Não sei. Até ver não tive qualquer acidente.”
Também nunca vi nenhum na A1. O carro sobre o viaduto vi-o na A2 antes dos marcos de tickets nas portagens Norte-Sul. O carro na berma vi-o na A8 antes da praça da portagem ao final da AE. E não faço aquelas AEs assim tantas vezes
“A polícia não tem 1ª função e 2ª função. Todas as funções são essenciais e estão previstas no Art. 272.º da Constituição da República Portuguesa e na Lei de Segurança Interna.”
Ainda bem que estão previstas. Já fico mais descansado por saber que não são inventadas no momento.
“Mas deixe-me fazer só uma nota: enquanto a nível criminal temos, a par de Helsínquia, a capital mais segura da UE (segundo estudo inglês da especialidade), a nível de sinistralidade rodoviária estamos exactamente na outra ponta (na de baixo). Contudo, todas as áreas devem merecer grande importancia.”
Não se preocupe com isso que também estamos a evoluir nesse campo no sentido de apanhar os locais “mais evoluídos”.
“(Nasci na Alemanha e vivi lá vários anos. A minha mãe foi autuada por circular a 38 Km/h quando só poderia circular a 30 Km/h. Se fosse cá chamavam logo a SIC que aquilo era um escandâlo.)”
Ainda bem para si. Eu vivi no Canada e fui multado a 90 onde só podia circular a 80. (Pena que lá não houvesse SIC. :))
Só que ao contrario de cá, lá a autoridade dá a todos os casos a mesma prioridade, seja ela uma simples (que raramente é simples pois muita gente anda armada) rixa de bêbados na rua, um caso de violência domestica, um assalto com armas de fogo ou um “simples” abrandamento de velocidade num STOP quando a lei obriga a parar francamente.
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“Eu, por enquanto, ainda posso escolher o medico onde vou. Já não posso escolher o policia que resolve finalizar logo ali a sua quota nas receitas para a corporação.”
Então quando entrar de urgência num hospital (oxalá que não) escolha o médico. Pode escolher se for rico e for aos privados. Mas nem estes o autorizam a dar palpites sobre o seu trabalho.
Se quiser um polícia à porta pode ter. Paga em gratificado. Mas deve-se abstrair, igualmente, de se envolver na sua actividade.
Os polícias que encontra, por vezes, no Pingo Doce e afins são pagos pelos supermercados. Os polícias estão lá em serviço extraordinário. Mas não é por isso que a gerência do supermercado lhes pode dar ordens: a partir do momento que o polícia lá está, ele próprio é que determina a sua actividade (se não mais faltaria).
Raramente viajo nessas auto estradas. Mas não me preocupa a presença. Se, porventura, for apanhado em excesso de velocidade (como já fui) pago a multa: afinal de contas fui eu que infrigi e não a polícia. Ensino aos meus filhos a seerem verticais e a assumirem eventuais erros (erros todos cometemos). É assim que lhes ensino porque, graças a Deus, foi assim que o meu pai me ensinou. Não vou ter comportamentos diferentes daqueles que lhes ensino.
“Ainda bem que estão previstas. Já fico mais descansado por saber que não são inventadas no momento.”
Porquê? Costuma inventar as suas funções laborais no momento?
“Não se preocupe com isso que também estamos a evoluir nesse campo no sentido de apanhar os locais “mais evoluídos”.”
Se assim for: ainda mal.
“Só que ao contrario de cá, lá a autoridade dá a todos os casos a mesma prioridade, seja ela uma simples (que raramente é simples pois muita gente anda armada) rixa de bêbados na rua, um caso de violência domestica, um assalto com armas de fogo ou um “simples” abrandamento de velocidade num STOP quando a lei obriga a parar francamente.”
Não tenho, por norma, o hábito de verificar se a polícia anda a fiscalizar muito ou pouco. Se fiscalizar muito, ainda bem: é sinal que estão a trabalhar.
Há gente que tem milhares de azares com as polícias. Pois eu sou um sortudo: nunca tive. Nunca me bateram (há gente que se queixa disso diariamente), nunca foram mal educados e a única vez que solicitei a sua presença em casa, não só foram rápidos como bem educados. Mas há gente mesmo muito azarada.
Evidentemente que, por vezes poderão demorar mais tempo, afinal de contas, não sou o único que vivo nesta cidade e que pode solicitar a presença deles. Assim como tenho que esperar quando vou às urgências, também poderei ter que esperar pela polícia.
Só mais um ponto: se a polícia só anda à “caça à multa” ( (: – gosto deste termo, acho-lhe piada), quem é que foi que encheu as cadeias? É que já estão a construir mais uma ou duas e não me consta que os presos lá tivessem ido bater à porta!
Por mim: Srs. agentes, façam o vosso trabalho onde entenderem. Se de mim suspeitarem, a porta estará sempre aberta.
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“Paga em gratificado. Mas deve-se abstrair, igualmente, de se envolver na sua actividade.”
Devido a funções que desempenhei em tempos contratei e paguei incontáveis gratificados tanto a PSP como GNR incluindo aqui a própria BT. E vi de quase tudo. Desde agentes que não apareciam para o turno marcado deixando os seus colegas a fazer turnos seguidos, a agentes que apareceram a cair de completamente embriagados, a agentes que largavam as funções para as quais foram contratados para ir passar mais uns “bilhetes” ali ao lado deixando tudo o resto à espera, ou mesmo a um ou outro que pediram dinheiro “por fora” para prolongar o turno e ate, imagine-se, quem deixou desaparecer material à sua guarda porque estava na tasca mais próxima a beber umas mini com o colega que o acompanhava no turno.
E também conheci nessas mesmas funções agentes, independentemente da sua graduação, que se mostraram não só grandes profissionais como pessoas fantásticas.
Mas a fé é importante. E é bom tê-la. E até há pessoas que conseguem passar uma vida inteira sem nunca a perder ou dela sequer duvidar. E ainda bem para eles. E para si se é o seu caso.
Cumprimentos.
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Tenho um Pingo Doce à porta com um agente diariamente. NUNCA POR NUNCA vi o polícia com indícios de estar embriagado. NUNCA POR NUNCA vi o polícia sair dali para multar seja quem for. NUNCA POR NUNCA os vi sair para beber numa tasca.
Mas é assim: uns vêem tudo e outros não vêem nada. Provavelmente sou eu que sou muito ceguinho.
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Pinto Diz:
“Mas é assim: uns vêem tudo e outros não vêem nada.”
Nada de novo.
Se mais gente visse alguma coisa talvez o País não tivesse chegado ao triste estado em que está. 🙂
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Eu NUNCA POR NUNCA vi o Presidente da Republica. Mas há quem jure que ele existe. E até anda por aí gente que jura já o ter visto ao vivo! Em carne e osso, imagine-se lá! 🙂
É a vida! 😉
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Há mulheres na minha aldeia que, ao final da missa, contam que viram coisas que mais ninguém viu. E juram a pé junto. Principalmente coisas feitas por pessoas que elas detestam.
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Então ainda bem que não vou à missa, não sou mulher e nem da sua aldeia. E que, por trabalhar em equipa, tinha que comunicar as situações de maneira a se encontrar a melhor maneira de resolver a questão. E que estas situações apesar de complicadas quando aconteciam eram ainda assim a excepção e não a regra e, na pior das hipóteses, 4 horas depois rodava o turno. 🙂
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