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O preço da independência energética

23 Julho, 2008

As energias alternativas custam 600 milhões a mais na factura energética do país. Ou seja, sairia mais barato comprar gás natural ao estrangeiro para produzir energia do que produzir energia através das ventoínhas que foram instaladas por esse país fora. Não se percebe muito bem quais são as vantagens da tão propalada “independência energética”. Aparentemente permite ao país pagar mais pela mesma energia. Mas pelo menos somos independentes. 40 anos depois de Salazar continuamos a viver e a pagar o sonho da autarcia económica. São pequenos pormenores como estes que fazem a diferença entre um país competitivo e um país não competitivo.

60 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Winston Smith permalink
    23 Julho, 2008 11:57

    Miranda,

    Cala-te lá com isso ou nunca mais despacho as EDP Renováveis…

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  2. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Julho, 2008 12:00

    Confesso que ando, há uns dias, muito empenhado em me informar sobre a viabilidade económica da construção de uma central. Digo “viabilidade económica” pois o resto é-me irrelevante: risco de acidente já sofremos nós, consumir já a consumimos nós (importada de Espanha).

    Pensava que, do ponto de vista económico, uma central nuclear fosse uma óptima ideia todavia comecei a ler um pouco sobre a energia eólica e fiquei com muitas dúvidas:

    “Um grupo de investidores portugueses, liderado pelo empresário Patrick Monteiro de Barros, pretende construir uma central nuclear em Portugal, que pode custar até três mil milhões de euros (…) A sua capacidade é de 1600 megawatts (…)”
    (Jornal Público de 19 de Julho de 2008: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1227027&idCanal=57)

    Li, num site (que aponta as desvantagens da energia eólica) o seguinte: “A energia eólica é barata? A construção de um parque eólico industrial custa cerca de um milhão de euros por MW de capacidade” (http://www2.inescporto.pt/use/noticias-eventos/nos-na-imprensa/energia-eolica-nao-e-competitiva.htm)

    Ora fazendo as contas, 1 MW de electricidade proveniente de uma central nuclear custará sensivelmente o dobro da electrecidade proveniente de um parque eólico (€1875000 por MW contra 1000000 por MW).

    Mas como não tenho formação em economia e podem-me estar a passar alguns pormenores ao lado, gostaria que me informassem melhor deste assunto.

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  3. Bruno Leal's avatar
    23 Julho, 2008 12:02

    Para que servem as energias alternativas? Não percebo como é que alguém pode questionar isso. Não percebi também se está a dar a entender que devemos abandonar o desenvolvimento destas mesmas energias ou se está a por a culpa no lobby do petróleo que não permite o desenvolvimento sustentado das energias renováveis. Parece-me óbvio que daqui para a frente só sobreviveremos se nos soubermos adaptar às mudanças do planeta em que nos foi permitido evoluir. O dinheiro que se gasta ou que custa é apenas virtual e insignificante comparando com este problema de sobrevivência ou não. Deixemo-nos de ignorarâncias…

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  4. Eduardo's avatar
    23 Julho, 2008 12:07

    Em média, cada português paga €60 pela independência energética (por ano?). Mais ou menos, dependendo da factura da EDP. É o princípio do independente-pagador. Quanto mais independe mais paga (e vice-versa). Será que os consumidores de electricidade pagariam voluntariamente esse valor para evitar que nos fechassem a torneira (neste caso, a corrente ou o fluxo de gás)? Referende-se.

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  5. CMO's avatar
    CMO permalink
    23 Julho, 2008 12:10

    Gostaria de ter acesso à fonte. Obrigado.

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  6. PMS's avatar
    23 Julho, 2008 12:13

    Pinto Diz:
    23 Julho, 2008 às 12:00 pm

    É preciso considerar também o custo de produção da energia (que é bastante superior nas eólicas) e o custo de encerramento (que é enorme na nuclear).

    Ao que parece, o nuclear é muito barato na produção de energia, mas caríssimo na construção e encerramento. Pelo que tudo somado, está longe de ser a pechincha que apregoam…

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  7. Desconhecida's avatar
    yoda permalink
    23 Julho, 2008 12:14

    E o JM acha que o petróleo e o gás natural vão ser baratos para sempre? Já para não falar da questão ambiental.

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  8. Animal's avatar
    23 Julho, 2008 12:15

    talvez quando o gás e o petróleo acabarem se encontre alguma vantagem nas tais ventoínhas.
    mas planificar e olhar para o futuro é tão soviético….

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  9. É bem's avatar
    É bem permalink
    23 Julho, 2008 12:25

    ponto 1. De onde e’ que vem o nu’mero 600 milhoes?

    ponto 2. Ha’ que considerar igualmente outros factores. Ha’ beneficios sim em produzir energia no territo’rio, visto haver investimento no pais. A questao mais delicada seria quanto desse investimento esta’ a ser feito no pais, e quanto e’ que esta’ a ser usado para comprar a tecnologia ou as estruturas no exterior.

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  10. Tarzan's avatar
    23 Julho, 2008 12:29

    Animal,

    sabe que o petróleo e o gás nunca vão acabar, não sabe? O que vai acontecer é que vão ficar tão caros que as outras vão ser mais acessíveis. Ah! e esteja descansado que o petróleo não vai acabar a 5 de Março de 2021 às 17h03. Vai ser um processo muito mais gradual. Adaptar é mais racional é menos gerador de desperdício que planificar sobre um cenário de grande incerteza.

    Até não me chateava nada que o Estado incentivasse a construção de mais parques de energias alternativas. Mas parece-me que subsidiar por via do preço (que é o que acontece) é mais prejudicial que o apoio ao investimento. Com preço garantido (e bem altinho) não há incentivo à competitividade e a preços mais ajustados à realidade. com a escalada dos preços de combustíveis faz cada vez menos sentido apoiar negócios que passaram a ser viáveis sem a existência desses apoios.

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  11. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Julho, 2008 12:29

    ««Ha’ que considerar igualmente outros factores. Ha’ beneficios sim em produzir energia no territo’rio, visto haver investimento no pais.»»

    Estamos perante um caso em que o investimento precisa de um subsídio para ser rentável. Investir nesse tipo de coisa é fácil.

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  12. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Julho, 2008 12:32

    ««talvez quando o gás e o petróleo acabarem se encontre alguma vantagem nas tais ventoínhas.»»

    Não seria mais inteligente atrasar a construção de ventoínhas de forma a que:

    – se aproveite as melhorias continuas que elas estão a sofrer
    – elas só entrem em funcionamento quando forem realmente rentáveis.

    ?

    É só uma pergunta …

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  13. É bem's avatar
    É bem permalink
    23 Julho, 2008 12:35

    JM, são raros os investimentos que são rentáveis de início. Ou tem alguma proposta para o pais investir no campo energético que tenha rentabilidade imediata em relação à importação?

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  14. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    23 Julho, 2008 12:36

    O bacalhau à Zé do Pipo é uma boa fonte de energia.

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  15. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Julho, 2008 12:41

    PMS, a minha dúvida é precisamente essa. Nos 3 mil milhões de euros já estará incluido o preço do desmantelamento da central?
    Note-se que o site de onde retirei o custo da energia eólica focava precisamente as DESVANTAGENS e apontou o preço como uma delas.

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  16. Desconhecida's avatar
    Pois permalink
    23 Julho, 2008 12:50

    Nos Marretas: http://marretas.blogspot.com

    É PRECISO FAZER UM DESENHO
    O preço do petróleo está em queda há cerca de um mês, tendo já perdido cerca de 20 dólares. No entanto, o preço dos combustíveis tem-se mantido inalterado, facto que os revendedores estranham.
    Ainda não perceberam que o mercado só funciona nas subidas.
    WALDORF
    Etiquetas: a marota da mão invisível pá…

    posted by WALDORF at 12:31

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  17. Dói muito? Isso passa's avatar
    Dói muito? Isso passa permalink
    23 Julho, 2008 12:55

    Vivemos num estado medieval e a EDP e a GALP, por exemplo, são os senhores que nos cobram impostos em cima de impostos. O outro cobrador é o Estado, essa entidade que alimenta muitos vícios de gestores e funcionários…

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  18. guna's avatar
    23 Julho, 2008 12:58

    Custo típico da energia eólica:
    http://www.bwea.com/ref/econ.html

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  19. Range.o.Dente's avatar
    23 Julho, 2008 13:42

    Pinto:
    “Ora fazendo as contas, 1 MW de electricidade proveniente de uma central nuclear custará sensivelmente o dobro da electrecidade proveniente de um parque eólico (€1875000 por MW contra 1000000 por MW).”

    Multiplique o custo por 4.

    As eólicas não produzem em média mais que 25% da sua capacidade máxima por … não haver vento suficiente.

    .

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  20. Desconhecida's avatar
    the chimp who can comment permalink
    23 Julho, 2008 13:47

    ««O preço do petróleo está em queda há cerca de um mês»»

    Falso, passado dia 15, ou seja há 8 dias, o crude oil negociava no Nymex a 147$/b, perto do máximo histórico de 147.27$/b atingido no dia 11, ou seja há 12 dias.
    Há um ano o petróleo negociava-se a 75$/b.

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  21. Range.o.Dente's avatar
    23 Julho, 2008 13:47

    Há aqui um exemplo.

    http://range-o-dente.blogspot.com/2007/08/praga-das-elicas.html

    A REN tem o site nas couves, não se pode consultar, de momento, a informação de produção eólica em tempo real.

    .

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  22. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    23 Julho, 2008 13:53

    Uma boa feijoada à transmontana também é uma excelente fonte de energia.

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  23. luikki's avatar
    23 Julho, 2008 14:07

    uma forma dissimulada de dizer que quem financia a construção das “ventoínhas” são os consumidores para que os privados – também chamados de investidores – abocanhem mais uns milhões!

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  24. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Julho, 2008 14:13

    Range.O.Dente: “Multiplique o custo por 4.

    As eólicas não produzem em média mais que 25% da sua capacidade máxima por … não haver vento suficiente.”

    1º – Será que o responsável pelo estudo publicado no site que indiquei (site que aponta as DESVANTAGENS), não teria feito já essas contas?

    2º – Será que as empresas (privadas) que andam a apostar afincadamente na eólica são uns tótós que andam a perder dinheiro quando podiam apostar na energia solar (segundo técnicos especialíssimos de última hora) muito mais barata.

    3º – será que o Governo faz de propósito (porque gosta de apresentar maus resultados) em apostar mais nesta energia em detrimento da solar?

    4º – Será que os espanhóis são uns burrinhos? Andam a cobiçar fortemente os montes do distrito de Bragança para implementarem torres eólicas.

    5º – Será que os alemães serão uns parolos? Chegam a andar em tribunal por causa da colocação das torres?

    6º – Porque é que a própria “Quercus” aponta maior viabilidade às eólicas que à energia solar (apontando esta última como mais cara que a nuclear)?

    7º – Será que quem está por dentro do negócio percebe menos que os técnicos amadores da net? Ou será tudo uma conspiração para beneficiar estes produtores? Se acha que sim, porque é que essa conspiração não foi feita pelas construtoras de painéis (logo num momento em que já havia muitas indústrias a produzi-los para habitações) e foi feita pelas empresas das torres eólicas?

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  25. CMO's avatar
    CMO permalink
    23 Julho, 2008 14:51

    Será que se pode saber a fonte?

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  26. Zé Bonito's avatar
    23 Julho, 2008 15:05

    Todas as energias alternativas têm que passar por uma fase de investigação que não tem retorno imediato. Ou participamos nessa fase, ou não (com as necessárias consequências). A dúvida do João Miranda só está certa se concluirmos que nada está a ser feito para que participemos. Saber isso é tanto mais importante, quanto os estragos associados às eólicas ameaçam ser grandes.

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  27. Augusto Emilio's avatar
    23 Julho, 2008 15:11

    Caro Pinto25:

    “1º – Será que o responsável pelo estudo publicado no site que indiquei (site que aponta as DESVANTAGENS), não teria feito já essas contas?”

    Possivelmente não é isento, ou faz as suas contas a contar com súbsidios do estado pois só assim estas maravilhas da técnica são viáveis.

    “2º – Será que as empresas (privadas) que andam a apostar afincadamente na eólica são uns tótós que andam a perder dinheiro quando podiam apostar na energia solar (segundo técnicos especialíssimos de última hora) muito mais barata.”

    Não são tótós nenhuns. Com o súbsidio que pagamos para rentabilizar o negócio destes senhores é um mercado mais que apetecivel. E caso não tenha reparado bom investimento seria aplicar recursos e desenvolver formas energéticas realmente viáveis ao invés de aumentar o PIB de países terceiros para obter tecnologia obsoleta daqui a poucos anos.

    “3º – será que o Governo faz de propósito (porque gosta de apresentar maus resultados) em apostar mais nesta energia em detrimento da solar?”

    Não. O governo vem desenvolvendo esta teoria da “sustentabilidade energética” patrocinado a quimera com o nosso dinheiro, para satisfazer o lobi liderado pelo senhor engenheiro desde os tempos do ámbiente.

    “4º – Será que os espanhóis são uns burrinhos? Andam a cobiçar fortemente os montes do distrito de Bragança para implementarem torres eólicas.”

    Óbviamente são é muito espertos. Apesar dos biocombustiveis não serem rentáveis por si só. Se eu tivesse dinheiro investia no Brasil que tanto apoia esta actividade tornando-a um negócio lucrativo. O mesmo se pode dizer dos espanhois relativamente às ventoinhas.

    “5º – Será que os alemães serão uns parolos? Chegam a andar em tribunal por causa da colocação das torres?”

    Com o Estado português que não tem mão em meia duzia de pescadores, camionistas ou ciganos? Que lehs deve uma dinheirama? Comédia recambolesca.

    “6º – Porque é que a própria “Quercus” aponta maior viabilidade às eólicas que à energia solar (apontando esta última como mais cara que a nuclear)?”

    A “Quercus” precisa de atenção e gosta de disparatar.

    “7º – Será que quem está por dentro do negócio percebe menos que os técnicos amadores da net? Ou será tudo uma conspiração para beneficiar estes produtores? Se acha que sim, porque é que essa conspiração não foi feita pelas construtoras de painéis (logo num momento em que já havia muitas indústrias a produzi-los para habitações) e foi feita pelas empresas das torres eólicas?”

    Não sou técnico mas já vi um estudo energético encomendado e bem pago, que ficou na gaveta. As torres eólicas “desviam” mais dinheiro que os paineis em menos tempo.

    Se o investimento fosse todo privado, e não andasse a subsidio, esta discussão seria desnecessária. Podiam brincar às experiências como lhes parecesse bem. Mas assim é mais lucrativo.

    Bem-haja!

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  28. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Julho, 2008 15:14

    Zé Bonito,

    A implantação de parques eólicos em grandes quantidades numa fase precoce do processo de desenvolvimento nada tem a ver com Investigação e Desenvolvimento.

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  29. Augusto Emilio's avatar
    23 Julho, 2008 15:17

    É tão inteligente como comprar uma nova tecnologia no dia em que sai. Como a pen de 1 giga que saiu a 500 euros e alguns meses depois estava a 30.

    Bem-haja!

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  30. CMO's avatar
    CMO permalink
    23 Julho, 2008 15:24

    Este número (os 600 milhões de euros) é fundamentado em quê?

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  31. Desconhecida's avatar
    the chimp who can comment permalink
    23 Julho, 2008 15:32

    O JM tem razão, as energias “renováveis” (os painéis solares e os geradores eólicos não se renovam naturalmente) são mais caros que as energias convencionais que portugal não possui.

    O problema é que as formas de energia convencional são finitas e perante o aumento da população e consumo energético mundial serão progressivamente mais caras e mais escassas, o break-even point das renováveis é desconhecido tal como qual a percentagem de população que terá a capacidade de adquirir a energia que necessita para manter a economia oleada.

    Um ponto interessante é que toda a infraestrutura da nossa sociedade (estradas, rede de distribuição eléctrica, agricultura…) foi “subsidiada” pela energia barata e abundante do séc. passado, agora vamos ter que fazer a manutenção e possivelmente construir novas infraestruturas que se adaptem às renováveis num ambiente de preços energéticos crescentes.
    Como vamos manter a rede viária com energia solar? Será possível agricultura industrial sem petróleo?
    No cenário actual independência energética é uma quimera. Para sermos independentes necessitávamos primeiro de consumir menos energia, sermos mais eficientes e produtivos, termos um sistema de transporte maioritariamente electrificado, ou então, simplesmente, sermos mais pobres.

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  32. Beirão's avatar
    Beirão permalink
    23 Julho, 2008 17:26

    No tempo da nossa máxima personalidade do século o Prof Dr Oliveira Salazar havia de facto independência contra tudo e contra todos.
    Havia um império,lá fora, tal como agora, mas cá dentro e que é só para nós pagarmos e ter despesa…
    Agora temos o bantustão da Kova da Moura, da Quinta da Fonte, do Amilcar Cabral em Sines e por outros milhentos que nem interessa nomear, que á média de 90% por nossa conta dá?????

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  33. Beirão's avatar
    Beirão permalink
    23 Julho, 2008 17:30

    O Sócrates para os capitalistas é um gajo porreiro.É só facilidades.Um esbanjador mesmo.Nunca desconfiaram da velocidade das “alternativas”?Olha se o pessoal não sabe aproveitar o bem bom… uma espécie de Nereidas a sacar o seu Ronaldo…

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  34. guna's avatar
    23 Julho, 2008 17:33

    “A British Wind Energy Association report gives an average generation cost of onshore wind power of around 3.2 pence per kilowatt hour (2005). Cost per unit of energy produced was estimated in 2006 to be comparable to the cost of new generating capacity in the United States for coal and natural gas: wind cost was estimated at $55.80 per MWh, coal at $53.10/MWh and natural gas at $52.50.”

    in
    http://en.wikipedia.org/wiki/Wind_power

    Os custo acima não incluem os custo da poluição gerada pelos métods tradicionais. Para quem gosta da energia nuclear, eu sugiro construir uma central na Portela, já que vai haver lá muito espaço em breve!

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  35. CMO's avatar
    CMO permalink
    23 Julho, 2008 17:55

    Telefonou-me agora um amigo que está por dentro destes assuntos e disse-me que o verdadeiro valor dessa factura é de 3.500 milhões de euros (três mil e quinhentos milhões).

    Acreditem.

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  36. Zé Bonito's avatar
    23 Julho, 2008 17:58

    Vale a pena chamar a atenção para o comentário 32. os problemas que coloca, são- parece-me- o que interessa discutir.

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  37. Uribe's avatar
    Uribe permalink
    23 Julho, 2008 17:59

    Podemos então corrigir o post para:

    “As energias alternativas custam 3500 milhões a mais na factura energética do país. Ou seja, sairia mais barato comprar gás natural ao estrangeiro ou até salsichas frescas alemãs para produzir energia do que produzir energia através das ventoínhas que foram instaladas por esse país fora. Não se percebe muito bem quais são as vantagens da tão propalada “independência energética”. Aparentemente permite ao país pagar mais pela mesma energia. Mas pelo menos somos independentes. 230 anos depois de Salazar continuamos a viver e a pagar o sonho da autarcia económica. São pequenos pormenores como estes que fazem a diferença entre um país competitivo e um país não competitivo.”

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  38. Uribe's avatar
    Uribe permalink
    23 Julho, 2008 18:09

    O comentário 32 levanta questões pertinentes.

    Aliás todos esses conceitos e estruturas são dinâmicos e evoluem com o tempo.

    A espécie humana não parou a sua evolução biológica, que poderá ser acelarada por mutagénese dirigida, sendo possivel até atingirmos o combustível único que poderá ser um hidrocarboneto (comermos e bebermos petróleo). A biotecnologia terá um papel a dizer.

    Mas também a engenharia fisica deve ser ouvida pois, como se sabe o sol não é de duração infinita e dentro de não mais de 4.500.000 de anos extinguir-se-á e é essencial debatermos que passo dar a seguir, usando que combustíveis.

    Até lá gostaria de saber donde é que veio o tal valor dos 600 milhões de euros que nos custam as renováveis.

    Não que pense que os factos sejam demasiado importantes. É mais curiosidade minha.

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  39. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Julho, 2008 18:16

    (…) bom investimento seria aplicar recursos e desenvolver formas energéticas realmente viáveis (…)” QUAIS? AS QUE ESTÃO POR INVENTAR?

    Até ontem as energias renováveis eram a melhor coisa. A partir do momento que o CM noticiou que cada português iria pagar €35 ao final do ano para implemento das renováveis começou logo a choramingueira do costume.

    Vou ter um discurso um pouco ríspido e áspero porque já não tenho paciência para tanta mesquinhez:
    Eu ganho €700 mensais. A minha esposa nem tanto recebe. Pagamos €400 de prestação da habitação. Ambos estudámos e pagámos propinas anuais. Temos 2 filhos. TERIA NOJO DE CHORAMINGAR A MERDA DE €35 ANUAIS PARA IMPLEMENTAR ESTAS ENERGIAS.

    Quem aqui escreve ou tem Internet em casa ou tem dinheiro para ir para cafés gastar €1 por meia hora de ligação. Quem disser que escreve da casa de amigos é mentiroso. Ninguém vai para casa de um amigo escrever em Blogues, NINGUÉM.

    Desta forma faço um apelo: Sr. Primeiro Ministro, continue a apostar na energia eólica com fartura. Quem não tiver €35 para dar que vá viver para a Quinta da Fonte que ao que parece vão lá ficar casas vagas. Ou então que corte a net, que corte nas jantaradas fora (afinal de contas somos o país da UE que mais come fora), que vá menos a ginásios afinar as peneiras, que vá menos às praias exibir o bronze, que vá menos às discotecas ostentar os dotes de “Joaquim Cortez”, que emigre; que faça o que quiser … já estou farto de gente mesquinha a zoar ao ouvido.

    Quem não quiser viver num país com renováveis que vá viver para África, logo encontra inúmeros países que não apostam, um cêntimo que seja, em renováveis.

    Se se discutir a construção de uma central nuclear, acho uma conversa interessante (analisar a viabilidade económica, etc.). Agora cessar o investimento nas renováveis é, pura e simplesmente, reles conversa de tasca.

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  40. Manuel's avatar
    Manuel permalink
    23 Julho, 2008 18:20

    Julgo que os comentários 5, 26 e 31 são ao lado do verdadeiro debate. É evidente que 600 milhões refere-se a 600 maçarocas de milho muito grandes (milhões).

    Saber qual é a fonte é irrelevante pois estamos a falar de milho e não de nada de especial.

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  41. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    23 Julho, 2008 19:00

    E continuamos, a ter o condicionamento, industrial, comercial
    tecnologico e todos os condecionamentos, que a incompetencia, mantem…….

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  42. Desconhecida's avatar
    curioso permalink
    23 Julho, 2008 19:12

    De onde vem os 600 milhoes?

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  43. dazulpintado's avatar
    dazulpintado permalink
    23 Julho, 2008 20:17

    O Pinto está todo abespinhado,não contrariem o homem!
    Fica Pintinho, com o teu brinquedo novo, e já agora que não te custa nada , paga também os meus 35 aérios e não te amofines, vais ver que logo logo terás um País andar ás voltas com e com as ventionhas paradas.

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  44. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Julho, 2008 20:55

    O JM, apesar de o admirar em muitas coisas que escreve, não resiste em cair em simplismos.
    Ignora que mesmo custando mais ao país, há políticas de inde4pendência e diversificação que se tem que aceitar.

    Vou dar-lhe um exemplo. O mercado automóvel europeu é um mercado de viaturas económicas, que gastam 5/6/7 L aos 100 de gasolina.

    Os EUA o mercado automovel é constituido por viaturas gastadoras que consomem o dobro dos carros dos europeus. Os americanos não tem comboios como existe na Europa, o americano médio geralmente tem que ir de carro para comprar um jornal ou fazer largas dezenas de km’s para ir às compras. Não sabem andar sem ser de carro (à excepção de meia duzia de cidades).

    Qual é a explicação para as diferenças ? A política fiscal, os europeus sempre tiveram uma grande carga fiscal sobre os combustiveis. Fosse por razões puramente financeiras para arrecadar verbas para o Estado, ou fosse para controlar o défice externo com um consumo de algo que não se produz, o facto é que neste assunto, americanos e europeus estão numa situação bastante diferente para enfrentar crises petrolíferas.

    Quem é que acha que etá pior perante a escalada pior ? O português no seu Megane a gastar 4,5L aos 100 ou o americano com o seu SUB a beber mais de 10/15 L e fazia todos os dias 100m para ir para o emprego, e não tem por exemplo comboio para se deslocar ?

    O JM não acredita em políticas do Estado. É compreensível. Mas eu também não acredito que o mercado faça tudo sozinho. Um liberal distraído julga que é urgente livrarmo-nos de um Estado que tudo controla e regula, mas esquece-se de referir que muitas vezes é preciso haver políticas que permitam independência (neste caso energética) para não se cair num armadilha tão má ou pior que os maus estados, que é ficar na mão de meia dúzia de corporações que chamam um figo aos que ficam sem alternativa e dependentes deles.

    Além do mais você, JM, esquece-se que todo o sector energético, precisamente devido à importância que tem para qualquer sociedade (só mesmo você para achar que isso não é importante mesmo que saia caro), você esquece-se que todas as formas de energia foram imensamente subsidiadas, inclusive a industria do petróleo.

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  45. Range-o-Dente's avatar
    23 Julho, 2008 21:35

    Pinto:

    A resposta é sim a todas as suas suposições.

    Ou que explicação encontra você para o custo exorbitante da energia eólica?

    http://ecotretas.blogspot.com/2008/07/custos-de-electricidade.html

    .

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  46. A. R's avatar
    A. R permalink
    23 Julho, 2008 22:08

    Eu fiz um estudo do Fotovoltaico e .. bolas é aterrador. Não me metia no negócio de forma alguma. Um investimento de 22000Euros (sem empréstimo), excluindo obras de alvernaria e mais que prováveis de manutenção, ao fim de 15 anos dá um rendimento médio de 5.3% (se depositar as sucessivas receitas no banco a render a 3.5%) com todas as mordomias do preço preferencial.
    Se vender ao preço de compra à EDP apenas ao fim de 30anos faz o mesmo dinheiro que investiu (ou seja já O parque está inoperacional).
    A energia necessária para produzir um painel fotovoltaico é energia que ele produz em 4 a 5 anos.
    O FOTOVOLTAICO NO ESTADO ACTUAL DA TECNOLOGIA É INVIÁVEL. POBRES DOS QUE INVESTIRAM NA ILUSÃO DE FAZER DINHEIRO.

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  47. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Julho, 2008 22:15

    Range-o-Dente Diz:
    23 Julho, 2008 às 9:35 pm
    Pinto:
    A resposta é sim a todas as suas suposições.
    Ou que explicação encontra você para o custo exorbitante da energia eólica?
    http://ecotretas.blogspot.com/2008/07/custos-de-electricidade.html

    É curioso que nessa lista os países que tem energia mais barata que portugal são paises com:

    a) energia nuclear (frança e espanha)
    b) com petroleo e/ou carvão (EUA, canadá, etc)

    So, what’s the point ? Até fiquei surpreendido pela nossa posição nessa lista….

    PS: O JM tb é um feroz opositor do nuclear… para variar…

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  48. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Julho, 2008 22:18

    Ou que explicação encontra você para o custo exorbitante da energia eólica?

    http://ecotretas.blogspot.com/2008/07/custos-de-electricidade.html
    —————–

    Porque é que a Irlanda ou a Itália tem a energia mais cara do que nós se tem impostos mais baixos, também não têm petróleo ou gas natural e não tem tantas enerhgias alternativas como nós ?
    Sabe responder a essa pergunta ?

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  49. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Julho, 2008 22:21

    DAZULPINTADO: “O Pinto está todo abespinhado,não contrariem o homem!
    Fica Pintinho, com o teu brinquedo novo, e já agora que não te custa nada , paga também os meus 35 aérios e não te amofines, vais ver que logo logo terás um País andar ás voltas com e com as ventionhas paradas.2

    Não. Hás-de pagá-los TU. Já tenho 2 em casa. És muito grande para meu filho. Faz-te à vida malandro. Para sorte minha, o Governo alinha nesta minha ideia. E parece que o PSD também. Portanto reza para que outro partido ganhe em 2009 ou emigra porque não tens outra solução.

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  50. guna's avatar
    23 Julho, 2008 23:13

    Do mesmo relatório citado no ecotretas:
    Custo da electricidade(kWh)
    Industria Domestico
    Denmark 0.0759 0.3237
    France 0.0533 0.1515
    Portugal 0.1229 0.2041
    Spain 0.0913 0.1647

    Não nos vamos esquecer do custo e nivél de vida na Dinamarca!

    O custo da electricidade fornecido por centrais nucleares normalmente não inclui estes custos:

    “In France, decommissioning of Brennilis Nuclear Power Plant, a fairly small 70 MW power plant, already cost 480 millions euros (20x the estimate costs) and is still pending after 20 years. Despite the huge investments in securing the dismantlement, radioactive elements such as Plutonium, Cesium-137 and Cobalt-60 leaked out into the surrounding lake.[1] [2]

    In the UK, decommissioning of Windscale Advanced Cooled Reactor (WAGR), a 32 MW power plant, cost 117 millions euros.

    In Germany, decommissioning of Niederaichbach nuclear power plant, a 100MW power plant, cost about 90 millions euros.”
    http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_decommissioning#cite_note-2

    Será que estes valores entraram nas contas do “ecotretas”?!

    Depois existem sempre estes rumores:

    “The cancer rate in north central Texas has increased alarmingly since the Comanche Peak nuclear power plant started up in 1990, the keynote speaker at a University of North Texas conference said Monday.”

    http://www.state.nv.us/nucwaste/news2001/nn11105.htm

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  51. Desconhecida's avatar
    Miguel permalink
    23 Julho, 2008 23:24

    Curioso, curioso é que estes valores (€35 ou €65 por cabecinha..depnde da noticia) fez sucesso durante todo o dia e ninguem sabe de onde vem.

    ahhh… vem de uma noticia no correio da manhã esse conhecissimo jornal de elevado gabarito e reputação.

    Eu andei á procura e encontrei valores semelhantes no documento da ERSE, numa secção que tem um total de €1.225m/ano e que tem tudo mais um par de botas incluindo custo de camapanhas para a eficiência energética.

    O que não encontrei foi uma explicação clara do valor. O que é, como é calculado, como é pago, quem recebe, para quê.

    Não vos parce que antesw de fazer 50 comentários num post..deviam tentar saber isto?

    Se alguem tiver mais informação (de fonte credivel…o que tb exclui o Jornal Público…) que coloque aqui.

    Miguel

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  52. Paulo Querido's avatar
    24 Julho, 2008 02:10

    Miguel, e estragar tudo? Ná.

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  53. Desconhecida's avatar
    24 Julho, 2008 03:20

    As renováveis só existem enquanto estiver aberta a torneira dos subsídios. Se elas fossem rentáveis, há muito que os privados se tinham atirado a elas.
    Por exemplo, nos Estados Unidos, o estado subsidia assim (em dólares) cada megawatt de energia eléctrica:
    Carvão limpo – 29,81;
    Solar – 24,84;
    Eólica – 23,37;
    Nuclear – 1,59;
    Hidroeléctrica – 0,67;
    Carvão – 0,44;
    Gás natural – 0,25.
    As fontes, eólica e solar são responsáveis por menos de 1% da energia eléctrica produzida nos Estados Unidos (felizmente, dirão os contribuintes!)

    Fonte: http://online.wsj.com/article/SB121055427930584069.html

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  54. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Julho, 2008 09:59

    GUNA: “Do mesmo relatório citado no ecotretas:
    Custo da electricidade(kWh)
    Industria Domestico
    Denmark 0.0759 0.3237
    France 0.0533 0.1515
    Portugal 0.1229 0.2041
    Spain 0.0913 0.1647

    Não nos vamos esquecer do custo e nivél de vida na Dinamarca!”

    O custo da electricidade, assim como dos combustíveis não se pode coadunar linearmente àquilo que nós recebemos (venccimento médio). Os ordenados em Portugal reflectem aquilo que nós produzimos (PIB per capita), que por sinal é substancialmente inferior à Dinamarca.

    Se seguissemos essa ordem de ideias, um país que não produzisse nada teria a electricidade e os combustíveis à borla.

    Anónimo Diz:
    23 Julho, 2008 às 10:15 pm

    “O JM tb é um feroz opositor do nuclear… para variar…”

    O JM é o típico português que vive, PERMANENTEMENTE, com receios. Não quer o nuclear porque é muito perigoso; não quer a eólica porque é muito cara: e diz algo mito interessante, que revela um espírito empreendedor fantástico “deixem os OUTROS desenvolver primeiro esta energia” (só me apetece perguntar: quais outros? E se os OUTROS pensarem o mesmo? Ainda hoje andariamos a cavalo e à luz da vela!!); não quer, em suma, que se faça nada. Temos duas cetrais térmicas de ciclo combinado (Carregado e Broalhos) e chega. Vamos ficar no nosso cantinho, quietinhos, a importar cada vez mais electricidade (hoje importamos 15% da electricidade a Espanha e se os carros eléctricos vingarem, mais teremos que importar). Quando os outros (lá os gajos do outro lado) desenvolverem uma coisa bem rentável, então damos um passinho. Mas o problema é que o desenvolvimento tecnológico não chega a um ponto e pára; irão sempre surgir novas tecnologias. Então devemos esperar eternamente.

    Faz-me lembrar o meu pai. Diz que não compra um computador porque está à espera que saia o último modelo; enquanto isso não acontecer, não compra: desvalorizam muito rápido.

    Será que foi por mentalidades iguais a esta que não temos uma única marca de automóveis (de renome) em Portugal? Eventualmente, os empresários dos anos 30 não queriam apostar numa fábrica de automóveis porque estes ainda não estavam bem desenvolvidos. Esperaram que ficassem mais rentáveis (gastassem menos, custassem menos a produzir, etc.). O problema é que, ainda hoje, o mercado automóvel evolui diariamente.

    Este post do JM foi a coisa mais fraquinha que li nos últimos tempos.

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  55. Augusto Emilio's avatar
    24 Julho, 2008 10:04

    “QUAIS? AS QUE ESTÃO POR INVENTAR?”

    Caro Pinto,

    Tem que ter muito mais calma, senão ainda nos vai ao bolso através do SNS, e aí tinhamos mais um problema.
    Vamos ver se me faço entender. Ao investir supõe-se que vai ter um retorno maior daquele que disponibilizou. No caso dos bens, pode investir em investigação tecnológica e produzir um bem que se venda (independentemente de quem compra estar a fazer um bom negócio), pode investir num bem que vende depois por um preço maior, pode investir num bem que no longo prazo lhe dar retorno porque poupa ou em algo que lhe permita produzir para vender. Em relação às energias renováveis, os países que investiram na sua investigação (na altura tecnologias que ainda não estavam inventadas), fizeram um bom investimento, dado o pânico do fim das energias convencionais ter levado os governos papalvos a comprá-las desenfreadamente. Apesar de não serem viáveis estão a dar-lhes um bom lucro.
    Quem compra uma tecnologia em fase de experimentação, ou é abastado ou é estúpido. Mesmo acreditando que o fim do mundo energético venha aí, seria uma melhor política comprar enquanto há, e quando a explosão das renováveis se der com a procura, e a tecnologia estiver consolidada, a economia de escal tratará de fazer os preços descer (caso não saiba o que é, está na internet), conceitos que ao não concordar não temos dialogo possivel.

    Bem-haja!

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  56. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Julho, 2008 10:54

    Se calhar, por alguma razão a Espanha e a Alemanha já pensam em desmantelar, gradualmente, as suas centrais nucleares. Nasci na Alemanha e não tenho os alemães por papalvos. Será que foi por estarem sempre na vanguarda das tecnologias que são hoje um dos maiores construtores mundiais de automóveis (e não só)?

    A França (país com mais centrais nucleares do mundo) anda com um problema em mãos: a Rússia ameaça, constantemente, deixar de receber o urânio empobrecido das suas centrais nucleares. se proibirem para onde é que os franceses enviam aquelas tonelasdas de resíduos?

    Mas, se me explicarem outras razões viáveis ao nuclear, não me oponho. Serei um acérrimo defensor dessa energia se ela for economicamente viável. Contudo, não podemos parar de apostar nas renováveis.

    Lembro-me de um comentário de um apologista das renováveis aqui há uns 4 anos atrás. Dizia ele na altura que a energia eólica não era viável. Só seria, dizia ele, numa conjuntura com o preço do petróleo nos 100 dólares (que na altura se achava inverosímil). Hoje o preço já ultrapassou esse valor. será que esta energia não é rentável?

    Hoje a maior parte da electricidade produzida em Portugal provém do gás natural. E se daqui a 1 ano o gás estiver ao dobro do preço? Não me espantaria nada, tendo em conta o rebuliço que na Argélia por causa do gás.

    “comprar enquanto há”

    Comprar enquanto há o que? O petróleo? Esse vai continuar-se a comprar por muitos e bons anos. Produzir electricidade a partir dele já dexou d ser rentável há muito.

    Por último, na internet há de tudo, para todos os gostos e feitios. Por isso é que mesmo com aqueles sites que publiquei não descuro a hipótese da viabilidade de uma central nuclear.

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  57. Ellcaseiimunitates's avatar
    Ellcaseiimunitates permalink
    24 Julho, 2008 11:55

    Eu cá por mim ando á procura daqueles maléficos especuladores que ainda há uma semana eram a causa e o efeito de tudo o que de mau existia no mercado do pitroil e que se evapraram.
    Incompetentes….mas não me escapam……

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  58. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    24 Julho, 2008 11:59

    ««O JM é o típico português que vive, PERMANENTEMENTE, com receios. Não quer o nuclear porque é muito perigoso;»»

    Ainda bem que me informa sobre a minha posição sobre o nuclear. Se não o tivesse feito não saberia o que pensar.

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  59. Manuel's avatar
    Manuel permalink
    24 Julho, 2008 12:25

    Pinto diz: “Este post do JM foi a coisa mais fraquinha que li nos últimos tempos.”

    Está a ser injusto. O JM tem oferecido aos seus leitores artigos soberbos. Mesmo quando comete um erro (por exemplo usa um número pouco fiável e decide fugir a citar a fonte enquanto pode)isso tem de ser matizado com a velocidade da net. Não há obviamente tempo para maturar artigos em blogs para que se possa garantir que são todos eles sólidos (mesmo quando há talento).

    Contudo, pelo número de comentários vê-se bem que que o JM pode não ter dado com a solução, pode ter cometido inconsistencias e falhas mas deu com um problema.

    Esse faro – dar com problema – e essa imaginação – oferecer um angulo de opinião distinto do mainstream são infrequentes e merecem laudo.

    Laudo ao autor e crítica racionalaos argumentos quando eles merecem.

    Parabéns ao Bom Miranda e parabéns a alguns dos seus críticos (e parabéns às maçarocas grandes – os tais milhões).

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