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Enquanto isso….(2)

9 Agosto, 2008

«Fighting resumed in South Ossetia»

«Fighting with Russia spreads to cities across Georgia»

6 comentários leave one →
  1. o satiro's avatar
    9 Agosto, 2008 02:13

    tal como no Tibete, os “defensores” da soberania e da independência das nações, do direito internacional, blá,blá abespinhados com o Iraque, vão ficar corajosamente calados. Adivinhar a cobardia e hipocrisia desta malta é a aposta mais fácil neste país

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  2. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    9 Agosto, 2008 04:02

    Quem fica calado é também quem defende o direito à indepndencia do Cosovo e nao condena a Georgia por tentar resolver à bomba os problemas com a Ossetia do Sul que quer a independencia e nao aceita ser da Georgia há anos. É de condenar a Russia no papel de instigador se é que existe, mas a Georgia nao devia ter resolvido o problema a matar.
    Desconfio que era isto mesmo que os nossos queridos amigos americanos queriam.

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  3. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    9 Agosto, 2008 06:18

    a ditadura russa tem novo rosto. o “roberto” vai bombardear os anões georgianos com o beneplácito dos europeus

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  4. mdsol's avatar
    9 Agosto, 2008 10:27

    Faz bem em lembrar. E, estas condições mais uma vez nos escancaram as fragilidades da “nossa humanidade”. Por um lado o ser humano faz coisas sublimes e…ao mesmo tempo, faz disparates incompreensíveis. Raio de impulso “bipolar” este! Raio de esquizofrenia existencial.
    🙂

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  5. OLP's avatar
    OLP permalink
    9 Agosto, 2008 11:49

    Por a Georgia tentar resolver os problemas á bomba?
    Assim….. tipo …. hummmm…….sniper da psp?

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  6. João's avatar
    9 Agosto, 2008 14:56

    O conhecimento sobre o Cáucaso [e sobre toda a ex-URSS] em Portugal é próximo do zero – quer entre os media, quer entre as pessoas.

    A Ossétia do Sul é uma pequena região localizada no norte da Geórgia [um país mais pequeno que Portugal] que, ainda antes do fim da URSS, proclamou unilateralmente a sua saída da RSS Geórgia [notem, ANTES da Geórgia ser um estado soberano]. Quando a URSS se desagregou formalmente no final de 1991, a Geórgia obteve a soberania sobre o seu território com duas regiões nada interessadas em fazerem parte do novo estado – a Abecázia [habitada maioritariamente por abecazes, largamente pró-russos] e a Ossétia do Sul [habitada por ossetes, povo de origem irânica e seguidor da igreja ortodoxa russa].

    Em 1991, as duas regiões proclamaram a independência; seguiu-se um conflito entre a Geórgia e os movimentos separatistas que receberam apoio da Rússia – uma vez que os dirigentes separatistas e a população mostravam vontade de integrar a Federação Russa.

    Depois de assinado um cessar-fogo, a situação ficou cristalizada – a Rússia ganhou o direito de manter soldados nas duas regiões [ou como eufemisticamente lhe chamam, “tropas de manutenção da paz”] e continuou a apoiar, sem qualquer pudor, os separatistas das duas entidades; chegou ao ponto de conceder cidadania russa aos seus habitantes [cerca de 90% dos habitantes da Ossétia do Sul têm passaporte russo].

    Infelizmente, todas as tentativas de tentar reintegrar as duas entidades na Geórgia fracassaram – os separatistas recusam fazer parte da Geórgia e preferem ser aceites na Federação Russa.

    Embora a Geórgia sob Shevernadze não fosse propriamente amiga de Moscovo [aliás, ninguém na Geórgia é ‘amigo’ de Moscovo], foi com Saakashvili [a partir do final de 2003] que o país caminhou a passos largos para a esfera ocidental – e a Rússia não gostou nada disto, sobretudo quando Tbilissi solicitou, com o incentivo da Ucrânia, a adesão à NATO.

    Os EUA são sempre criticados por imporem a sua orientação a outros países [para gaúdio da opinião pública para quem nada do que vem dos EUA pode ser bom], mas a Rússia não é diferente e considera a cintura de ex-repúblicas soviéticas à sua volta como o “estrangeiro próximo”, ou seja, não fazem parte integrante da Rússia mas não são totalmente estrangeiros. A entrada dos estados bálticos na NATO foi um duro golpe para Moscovo, a aproximação da Geórgia e da Ucrânia ao ocidente despoletou a fúria de muita gente – e a Rússia já mostrou que não tem problemas nenhuns em apertar a corda em torno da garganta dos seus vizinhos, como aconteceu com a Ucrânia quando a Rússia lhe suspendeu os fornecimentos de gás. Convém também não esquecer que a frota russa do Mar Negro está ancorada na Crimeia [apesar de esta fazer parte da Ucrânia] e de Sevastopol até à Geórgia é rápido – o porto georgiano de Poti foi hoje destruído.

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