Não sei se repararam….
9 Agosto, 2008
Senhores jornalistas: informa-se que há uma guerra na Europa. Tem mortos, feridos, dois exércitos em batalha, tanques, cidades ocupadas, contra-ataques, aviões, bombardeamentos, refugiados. Não sei, uma coisa assim deste género costuma ser noticia.
70 comentários
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Enquanto isso o seu blogue continua a dar ênfase a um sucesso policial, tentando ofuscar esse sucesso.
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Tenho de concordar consigo Pinto.
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Primeiro o público tem de saber onde fica a Geórgia.
Depois o público tem de saber o que é uma república separatista.
A seguir, o público tem de saber o que está em causa e porque razão é que “aquela gente louca não se dá”.
Finalmente, o público tem de saber porque razão a Rússia continua a ser um país a temer quando se vive num pequeno território que faz fronteira com a Federação Russa.
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É uma guerra que poderá desencadear conflitos imprevisíveis, se a EU e a ONU não intervierem diplomaticamente quanto antes.
….E no centro da Europa, área com diversificados mercados e matérias-primas importantes para países limítrofes e também para o Ocidente.
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Caro Gabriel
Tem de ser mais compreensivo com os jornalistas.
Se nesta guerra, só remotamente é que os EUA podem ter qualquer tipo de responsabilidade, como é que se consegue abordar jornalisticamente um assunto, em que não possa dizer de imediato que a culpa é do Bush.
.
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Se o oleoduto Baku-Tbilissi-Ceyhan for danificado ou tiver o funcionamento suspenso, isso só por si já vai ser uma grande vitória para a Rússia.
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Não é preciso ter lido os «Bilhetes de Paris» para se saber que é mesmo assim: os pequenos acontecimentos próximos têm muito mais impacto do que os grandes, distantes.
Mas aqui fica o fim do texto de Eça «O pé da Luisinha» – é um pouco longo, mas vale a pena reler:
—
(…) No jornal que o criado trouxera e ela nos lia, abundavam as calamidades. Era uma dessas semanas também em que pela violência da Natureza e pela cólera dos homens se desencadeia o mal sobre a Terra.
Ela lia as catástrofes lentamente, com a serenidade que tão bem convinha ao seu sereno e puro perfil latino. «Na ilha de Java um terramoto destruíra vinte aldeias, matara duas mil pessoas…» As agulhas atentas picavam os estofos ligeiros; o fumo dos cigarros rolava docemente na aragem mansa – e ninguém comentou, sequer se interessou pela imensa desventura de Java. Java é tão remota, tão vaga no mapa! Depois, mais perto, na Hungria, «um rio trasbordara, destruindo vilas, searas, os homens e os gados…». Alguém murmurou, através de um lânguido bocejo: «Que desgraça!» A delicada senhora continuava, sem curiosidade, muito calma, aureolada de ouro pela luz. Na Bélgica, numa greve desesperada de operários que as tropas tinham atacado, houvera entre os mortos quatro mulheres, duas criancinhas… Então, aqui e além, na aconchegada sala, vozes já mais interessadas exclamaram brandamente: «Que horror!… Estas greves!… Pobre gente!…» De novo o bafo suave, vindo de entre as rosas, nos envolveu, enquanto a nossa loura amiga percorria o jornal atulhado de males. E ela mesma então teve um «oh!» de dolorida surpresa. No Sul da França, «junto à fronteira, um trem descarrilando causara três mortes, onze ferimentos…» Uma curta emoção, já sincera, passou através de nós com aquela desgraça quase próxima, na fronteira da nossa península, num comboio que desce a Portugal, onde viajam portugueses… Todos lamentaríamos, com expressões já vivas, estendidos nas poltronas, gozando a nossa segurança.
A leitora, tão cheia de graça, virou a página do jornal doloroso, e procurava noutra coluna, com um sorriso que lhe voltara, claro e sereno…. E, de repente, solta um grito, leva as mãos à cabeça: – Santo Deus!…
Todos nos erguemos num sobressalto. E ela, no seu espanto e terror, balbuciando:
– Foi a Luísa Carneiro, da Bela Vista… Esta manhã! Desmanchou um pé! Então a sala inteira se alvorotou num tumulto de surpresa e desgosto.
As senhoras arremessaram a costura; os homens esqueceram charutos e poltrona; e todos se debruçaram, reliam a notícia no jornal amargo, se repastavam da dor que ela exalava!… A Luisinha Carneiro! Desmanchara um pé! Já um criado correra, furiosamente, para a Bela Vista, buscar notícias por que ansiávamos. Sobre a mesa, aberto, batido da larga luz, o jornal parecia todo negro, com aquela notícia que o enchia todo, o enegrecia.
Dois mil javaneses sepultados no terramoto, a Hungria inundada, soldados matando crianças, um comboio esmigalhado numa ponte, fomes, pestes e guerras, tudo desaparecera – era sombra ligeira e remota. Mas o pé desmanchado da Luísa Carneiro esmagava os nossos corações… Pudera! Todos nós conhecíamos a Luisinha – e ela morava adiante, no começo da Bela Vista, naquela casa onde a grande mimosa se debruçava do muro, dando à rua sombra e perfume.
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Uma guerra, sem dúvida. Na europa, dificilmente. A Geórgia fica no Cáucaso, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, logo um bocado a Oriente da Turquia…
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Para começar a Russia e a Georgia deviam ser expulsas dos jogos.
Nao há direito o que eles fizeram.
E a UE e as NU deviam exigir paragem imediata das hostilidades. Entao o raio da Russia invade outro país sem consentimento da ONU e estes nao censuram? Ai ai que brincam.
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A rtp hoje de manha fartou-se de falar do assunto com o Milhazes que anda pelas russias.
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Não é na Europa (entre Londres e o Danúbio) é no Cáucaso. Ninguém sabe onde fica!…
Talvez se soubessem que é um dos sítios que mais línguas faladas tem por m2, percebessem!
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Xico,
É, quase no centro da Europa.
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Esta guerra não interessa nada. Não mete americanos nem judeus, logo, quanto mais debaixo do tapete estiver melhor.
Há um Pinto aí para cima verdadeiramente entusiasmado com o “brilho” da recente operação policial.Coitado, pensa que está no cinema.Que nunca um filho seu fique na mira de um sniper comandado por alguém cuja coragem e respeito pela vida, não cheguem para afastar o temor da crítica.
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Voces não sabem nada disto…
Só no Iraque é que há interesses do pitroil…
pros américas claro.
No sudão tb nao se passa nada.
Desde que nao estejam os americas ou os judeus envolvidos os silencios são ensurdecedores.
E quando falam lá vem eles com as explicaçoes etnico/culturais, histórico/politicas
Porque é que uma “porcaria” de um oleoduto a ser acordado pelos paises da regiao (em concorrencia directa com a exclusividdade russa á europa) faria diferença?
Essas coisas só se analisam quando diz respeito ao grande satã.
Questoes etnicas/demograficas só se discutem por falta de respeito do ocidente colonizador ora bolas.
No darfur, na ossétia, em cabinda, banda ache, caxemira,tchétchénia, tibete…. não existe nada disso.
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Mentat,
O EUA tem as maiores responsabilidades neste conflito. Pelo apoio ao golpista que usurpa o poder, pelos interesses estratégicos em bases e oleodutos, por permitir mais uma limpeza étnica na zona.
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“Para começar a Russia e a Georgia deviam ser expulsas dos jogos”
E a China merece uma medalha especial pelo bem que faz aos Tibetanos?
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“Se o oleoduto Baku-Tbilissi-Ceyhan for danificado ou tiver o funcionamento suspenso, isso só por si já vai ser uma grande vitória para a Rússia.”
Aí está a grande jogada dos EUA. Querem o controlo absoluto da zona do oleoduto. A Rússia defende os seus interesses, nada mais.
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Gabriel,
Soube desta guerra como? Ligaram-lhe de Tiblissi, foi?
JPH
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MJRB
Eu sei!
Estava a ironizar (referia-me ao umbigo dos jornalistas que pensam que a Europa começa em Paris e acaba em Berlim. Londres já é américa e Moscovo julgam ser um nome de pudim) Portugal e Espanha é claro, todos sabem que fica em África!
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“Esta guerra não interessa nada. Não mete americanos nem judeus”
Mete oleodutos,gas natural e petroleo.
Por isso os filho do Putin estao la metidos.
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MJRB
Mas convenhamos que a fronteira entre a Europa e a Ásia (mesmo sendo a Ásia menor) ficar no centro da Europa é um pouco exagerado!?
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” Zenóbio Diz:
9 Agosto, 2008 às 5:14 pm
Mentat,
O EUA tem as maiores responsabilidades neste conflito. Pelo apoio ao golpista que usurpa o poder, pelos interesses estratégicos em bases e oleodutos, por permitir mais uma limpeza étnica na zona.”
Eu até me admirava que assim não fosse…
Claro que a culpa é do Bush!
.
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“Por isso os filho do Putin estao la metidos”
Os russos vivem lá. Quem se meteu foi a NATO e os EUA, ao apoiarem o golpe de estado contra o presidente eleito(que não era um poodle dos americanos) – Eduard Shevardnaze
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Zenóbio
A tradiçao dos jogos olímpicos é que os países que neles participam nao há guerra. Pelo menos durante os jogos existe trégua. Assim nao há como os russos e os georgianos ficarem. Se estao em guerra saem, ou nao há mais jogos.
Pelo menos a chama olímpica apaga-se. Pelo menos o seu significado.
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“Eu até me admirava que assim não fosse…
Claro que a culpa é do Bush!”
Factos são factos.
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“A tradiçao dos jogos olímpicos é que os países que neles participam nao há guerra”
Bolas, lá ficarão os Americanos, Iraquianos e Afegãos sem representação Olímpica.
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Quase que apostava que os da Georgia atacaram porque pensaram que a Russia nao ia responder por causa dos jogos. Mas respondeu e invadiu e mais bombardeou. Nao foi só defesa da populaçao da Ossetia. Foi ataque.
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Os americanos nao estao em guerra com o Iraque, nem nós estamos em guerra com o Afeganistao. Sao aliados. Nem com o Irao estao em guerra. Estao zangados mas nao em guerra.
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Para quem se interessa por conhecer os factos:
“How the frozen conflict turned into a flash fire”http://www.guardian.co.uk/world/2008/aug/09/georgia.russia
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“Os americanos nao estao em guerra com o Iraque, nem nós estamos em guerra com o Afeganistao”
Claro! Onde tinha eu a cabeça quando escrevi tamanha barbaridade? Os EUA foram convidados, não invadiram, não senhor…
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Invadiram. Isso é passado. Actualmente estao de bem com o governo do Iraque. Ora isso é que conta,é durante o tempo que decorrem os jogos, os países participantes nao estao em guerra activa uns com os outros. É tréguas.
E nem pense a Europa ir defender a Georgia. Se a Ossetia quer ser independente, que seja. É mais um.
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O que se está a passar agora é exactamente o que se passou na terra daquele senhor que foi preso há dias. Andava o senhor Guterres em falatórios com os amigos da europa a quem trata por tu. Eles falaram. Depois, vieram cá os americanos, fazer o que nós não fizemos.
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Invadimos um país soberano, matamos ou prendemos os principais dirigentes, arruinamos a economia, colocamos homens de mão num governo de títeres, e estes, amavelmente convidam-nos a ficar per seculum seculorum. É fácil e alivia muitas consciências.
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E vamos ver se não vem aí outra Guerra….
Uma significativa frota de porta-aviões e navios de guerra norte americanos estão a ir para o Golfo Pérsico.
http://europebusines.blogspot.com/2008/08/massive-us-naval-armada-heads-for-iran.html
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Eu sou caucasiano!
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Sabia-se que o precedente do Kosovo iria abrir a porta a muitas situações complicadas no futuro. Não há bons nem maus, há interesses e lutas de poder. Cada um cuida dos seus. Comparar a intervenção da Rússia, às portas do seu território, com a intervenção americana no Iraque poderá ser um pouco forçado neste momento.
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Mr. Xico,
OK ! Não entendi no momento, a ironia.
Talvez não seja muito exagerado…faça favor de ver no mapa os países limítrofes Ocidentais…. É também neste aspecto que chamei a atenção. Falo de interesses, diversificados interesses, muitos em vigor por acordos, como sabe.
E em termos bélicos, aquela área está rodeada por problemas graves e não resolvidos…
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Saber o que se passa nesta zona, é mesmo complicado.
O milhazes não me convence. Ir lá, não posso porque tenho de dar comida a um periquito.
Estou a estudar a história deste local, o que leva tempo, tal a balbúrdia que há e houve por ali.
Mas é sempre bom ler gente “informada” nesta caixa.
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Incrível como mesmo numa situação desta, consegue sempre haver quem trace a linha directamente até Washington – afinal, tudo o que existe no Mundo é responsabilidade dos EUA, não é verdade?
Infelizmente, esta situação em particular é da responsabilidade histórica da organização soviética e como ao longo das décadas, ela deslocou povos e criou entidades artificiais de forma a conseguir um domínio mais eficaz sobre populações de diferentes origens.
Quem coloca a culpa na Geórgia parece esquecer-se que a Ossétia do Sul e a Abecázia fazem parte do território da Geórgia – declararam a independência unilateralmente, mas nunca foram reconhecidas, como tal, fazem parte da Geórgia, apesar de o estado georgiano não ter autoridade sobre as duas regiões.
A Federação Russa apoiou activamente o separatismo das duas regiões, o que levou a uma guerra civil na Geórgia entre 1991 e 1994. O cessar-fogo e a cristalização do conflito levaram a que a situação nunca se resolvesse a a presença de tropas de “manutenção da paz” [todas elas russas] dissaudisse os georgianos de retomarem o controlo sobre o seu território, ainda que existissem milhares de pessoas expulsas desses territórios por serem georgianos.
Recentemente, a Rússia foi ao ponto de conceder cidadania russa aos habitantes das duas regiões – o passo mais próximo possível da sua integração na Rússia.
Agora, quem diz que a Rússia está “apenas” a cumprir os seus interesses e que os EUA devem manter-se afastados, pode também chegar a isto: o interesse da Rússia é determinar qual a orientação dos países nas suas fronteiras, ou seja, impedir que sejam estados totalmente soberanos. Já vimos como o fizeram com a Ucrânia, não o puderam fazer nos Bálticos, mas com a Geórgia estão determinados em não a deixar ‘cair’ para a NATO. Por outras palavras, a Rússia não quer que os países do “estrangeiro próximo” tenham políticas independentes – assim sendo, esta orientação russa ´tão condenável como as tentativas dos EUA em determinar a orientação de vários países.
Porque motivo se devem tratar, então, os russos de forma diferente que os americanos? Porque Bush é mais fácil de parodiar do que Putin? Ou porque os russos têm capacidade de manter a Europa refém do seu gás natural? Ok, são apenas os interesses russos, mas se fossem os interesses dos EUA, não faltariam vagas de condenação mundial e manifestações gigantescas, acompanhadas da queima da bandeira do país.
Se os EUA souberem respeitar os seus princípios, vão colocar-se ao lado da Geórgia, não do ponto de vista bélico mas para evitar ao máximo que a situação piore ainda mais. Se uma acção diplomática dos EUA evitar que a Rússia destrua a Geórgia e a deixe à sua mercê, terão honrado os seus compromissos de aliado.
Por outro lado…como a Geórgia é aliada dos EUA, já estou a imaginar que para muita gente, seria “bem feito” para os georgianos verem o seu país destruído [como já têm um país próspero…] por se terem aliado aos EUA, afinal os EUA são demónios imperialistas e isso tudo…
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Numas dezenas de anos, algumas daquelas repúblicas acabarão reabsorvidas pela Rússia. Pela força.
Os Putin’s e Medvedev’s deixarão descendentes políticos para que tal aconteça.
Valores outros que não só territoriais ou geo-estratégicos, assim determinam (já) o destino daqueles países emergentes da Perestroika.
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As provocações contra a Georgia começaram no inico do mês com morteiros e artilharia contra vilas na fronteira.
Depois como habitualmente os joranlistas só notam quando há reacção.
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Eu sou de raça caucasiana. Raça!
Vejam lá se entendem…
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Aos nobios desta vida que fazem afirmações que os “russos já lá estavam” a leitura complementar do João bem lhes deveria servir.
Para informaçao dos mesmos os presidente da Georgia foi eleito tanto como a Chavez amigo podle do Fidel.
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Se atentarmos nos modelos geopolíticos dos antagonistas que se constituem como tal neste Ocidente dissimulado, deveriamos saber que a fronteira de interesses da potência marítima (USA, UK e aliados) versus Europa terrestre, passa exactamente por ali, naquela região entre o mar negro e Cáspio.
Sempre assim foi desde há pelo menos dois séculos…que se saiba….já o Ratzel falava disso…dessa área do mundo. Se olharmos a história, aquela região é um dos ninhos da humanidade.
O motivo fundamentail da II Guerra (39/45) era a cobiça sobre essa terra das duas potências que ainda hoje se digladiam hipocritamente declaradas unidas num Ocidente. Mas na realidade existem dois Ocidentes que escondem a sua dualidade na propaganda sobre sobre os islamitas e ficcionadas Al Quaedas e Bin Laden’s romanticamente, fotografado de venerandas barbas brancas e Kalash a tiracolo.
Somos todos alienados pela propaganda….a realidade, quando surgir, talvez seja tarde para apanharmos os responsáveis que se defendem atrás de tribunais penais internacionais, para dissuadir quem se levante a acusá-los dos imensos crimes sociais que vão fazendo na nossa sociedade alienada.
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Perigosíssima esta situação… verdadeiramente explosiva, com tanto combustível à sua volta… e, numa altura em que ele “tanto escasseia” – é o que parece pelo tremendo aumento do seu preço.
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OLP
Tanto como relatam os factos, o actual presidente – Mikheil Saakashvil, foi promovido pelo Departamento de Estado norte-americano a figura principal naquilo que viria eufemísticamente ser chamada a revolução das rosas. De romântico não teve nada, tratou-se de um golpe de estado para colocar no poder uma figura simpática aos olhos dos patronos. Agora, se quer continuar a chamar presidente eleito, faça a fineza. Resta saber como, com que financiamentos e objectivos.
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OLP
Quando disse que “os russos já lá estavam” queria dizer evidentemente, que a população da Ossetia do Sul é Russa, mas mais importante que isso, está o facto que a Georgia invadiu o território da Ossetia. Não foram os russos (exército russo) a invadir a Georgia.
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Há uns anos atrás os Ossetas do Sul não tinham direito a nacionalidade russa, no presente já têm nacionalidade russa, curioso. Deixou de ser algo Ossetas Vs Resto da Georgia para ser Russos Vs Georgia.
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João,
Não seja tão maniqueísta. Acha que se pode governar e submeter um povo que não quer ter uma nacionalidade, língua, e cultura impostas? Veja o que aconteceu na democrática Estónia, onde os russos (26% da população) foram pura e simplesmente anulados em termos de identidade cultural autónoma.
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Não há maniqueísmo no que eu disse – a Ossétia do Sul e a Abecázia fazem parte da Geórgia, uma vez que se tivermos em conta as sub-divisões da URSS aquando da sua dissolução, o território da RSS da Geórgia compreendia aquelas duas regiões.
Maniqueísmo é olhar para este problema apenas como ‘Rússia só quer cumprir os seus interesses, EUA querem estender a sua influência’.
Se há legitimidade moral para uma independência, terá sido perdida quando começou a guerra civil em 1991-92, sobretudo quando a Rússia, em vez de intervir de uma forma construtiva, apoiu activamente os separatistas e favoreceu durante anos o status quo de um pequeno país com duas repúblicas separatistas, sem quaisquer possibilidade de reintegração, uma vez que todas as tentativas de o fazer, fracassaram. Desde o cessar-fogo de 1994, nenhuma das lideranças separatistas mostrou vontade de negociar a reinegração com a Geórgia, quer com Shevernadze [ele próprio muito pouco amigo de Moscovo], quer com Saakashvilli, uma vez que a Rússia não tinha, nem tem, interesse nisso.
Isto não pode ser visto como uma espiral de retaliações em que o lado A comete este acto porque no passado o lado B cometeu aquele, alegando que o lado A já havia cometido algo semelhante anteriormente. Infelizmente, é assim que está a ser tratado – talvez porque na Rússia e na ex-URSS, não foram apenas os 73 anos de bolchevismo-estalinismo-autoritarismo que afastaram a população do caminho da democracia e do estado de direito que acabou por se desenvolver na Europa ocidental; foram séculos de despotismo, tirania e isolacionismo que fizeram daquela região algo muito diferente do que é hoje a Europa, e isso é óbvio na mentalidade das populações e na atitude dos líderes.
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Tem alguma razão Gabriel. No entanto, a comunicação social ocidental só descobriu este conflito quando a Rússia começou a ripostar.
Enquanto andou aquele meio-maluco do Mijail Saakashvili a bombardear a Ossétia do Sul, ninguém soube de nada. Agora até discursa em inglês no seu País e com a bandeira da CEE em fundo. Surrealista.
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“Não sei, uma coisa assim deste género costuma ser noticia.”
Claro que não é notícia importante quando há um tal Cardozo com z dum clube qualquer de que não me lembro o nome que marca um golo num desafio com outro clube qualquer; isto sim, é notícia para abrir os telejornais e é o que a populaça, perdão, os excelentíssimos telespectadores querem ouvir. A guerra, principalmente se for na Europa, é uma coisa desagradável e se há que falar em tal tem de ser com uma breve referência e mal contada, baralhando tudo e explicando nada, depois das notícias realmente importantes como o golo do dia.
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João,
Vai desculpar, mas eu não entendo o seu ponto de vista. Que mal há no facto do povo de duas regiões que gozavam de muita autonomia no tempo da URSS, não quererem ser assimiladas à força por causa dum acidente geográfico e da conjuntura geopolítica? Podem ou não podem os povos da Ossétia e da Abcásia escolher o seu futuro? Sabe, o procedente do Kosovo tem aplicação prática nestes casos, e por isso, parece-me natural que um país ajude aqueles que lhes são muito próximos em cultura, língua e história. Em boa verdade, e mais importante que a Ossétia, é aquilo que está a ser desenhado na zona, um conflito de escalar superior: a Crimeia. Aí sim, temos todos os condimentos para uma séria crise. Os erros do Tio Stalin a apresentarem a factura 70 anos depois.
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O precedente do Kosovo tem influência porque assim o convém à Rússia – e se a autodeterminação dos povos é um conceito louvável, o recurso à violência e a ingerência nos assuntos internos de outros estados são condenáveis e é a isto que a Rússia recorre desde 1991 em pelo menos dois países da ex-URSS; noutros países recorre a meios de ingerência mais subtis.
Não se trata de proximidade cultural entre os ossetes e os russos – os ossetes são um povo de origem iraniana enquanto que os russos são de origem eslava; este apoio da Rússia à população da Ossétia do Sul tem funcionado como uma forma de manter a Geórgia refém da esfera de influência de Moscovo – é um método muito utilizado na política externa russa para o “estrangeiro próximo”, a Rússia vê os ex-países da URSS como se de extensões do seu país se tratassem, como tal, acha-se com legitimidade moral para interferir nos seus assuntos; se algum político achar que se deve aproximar mais do ocidente, como forma de refuzir a influência russa, está a abrir caminho a sérias dificuldades [Viktor Yushchenko que o diga, até ficou com a cara coberta de marcas].
As tentativas de “russificação” de populações também não são novas. Recentemente, a Rússia concedeu cidadania russa às populações da Ossétia do Sul e da Abecázia – uma forma de estender a sua protecção sobre eles e de se assegurar que a Geórgia se mantinha afastada. Foi feito algo de muito mais brutal no Báltico, quando Königsberg foi destruída, a população alemã que não morreu, foi expulsa e a cidade foi reconstruída com uma população russa e o nome mudado para Kaliningrado – assim se podem forjar novas localidades que nos interessam.
Quanto à possibilidade de os povos da Abecázia e da Ossétia do Sul escolherem o seu futuro, duvido que seja possível conceder soberania a territórios tão pequenos e com economias tão débeis. Mais uma vez, digo que a legitimidade seria muito maior se não tivesse havido interferência russa na Geórgia – e recordo que a Rússia tem interesse em manter a situação num limbo, entre a paz e a guerra – e se de facto, tivessem existido persiguições violentas de carácter genocida por parte da Geórgia às populações da Ossétia do Sul e da Abecázia.
Já agora, não se esqueçam da Ajária, que em Abril/Maio de 2004 tentou proclamar a independência, ou melhor o pseudo-ditador local tentou fazê-lo como forma de mostrar ao Saakashvilli que ali mandava ele, mas a população da província não aceitou, fizeram-se protestos em grande escala e o indivíduo lá se demitiu – acabou exilado…na Rússia, claro.
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João,
Se mudar os nomes aos locais e aos personagens, vai ver que os seus pressupostos e a tão manifesta “azia”, “encaixam” na perfeição noutro conflitos.
Sabe, os países grandes têm a tendência para mandar nos quintais próprios.
“Nós temos sido tão obcecados com o Iraque e com o Oriente Médio, que temos negligenciado a América Latina, no nosso próprio quintal”
B. Obama
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Andam mais entretidos em tentar descobrir quem é a nova namorada de Cristiano Ronaldo…
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Se fossem Americanos, Israelitas, Ingleses ou Australianos, era já aí um sururu desgraçado. “Capitalistas, neo-isto-e-aquilo, colonizadores, exploradores das riquezas alheias, etc, etc..”. Enfim, a palhaçada do costume. Como é um país governado por KGB’s, nada se diz, é de mau tom criticar o que fazem os Putins na Georgia e na Chechenia, os Mugabes no zimbabwe, os chavez na co´lombia, os eduardos dos santos em angola, etc. O que interessa é Guantanamo (tomara os presos políticos do sr. fidel, terem as mesmas condições de detenção dos de guantanamo), o que interessa é Israel e o mal que fazem aos coitados dos “activistas” do Hamas (coitadinhos)! É a palhaçada do costume. Os culpados de todos os males do mundo são de facto sempre os mesmos (Israel e EUA á cabeça seguidos da inglaterra), a fazer fé na comunicação social europeia. continuemos por este caminho e vamos ter um lindo enterro.
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Onde anda o CAA? Será que anda a pregar o regionalismo na Geórgia?
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obcecados com o anti-judaísmo como sucessores dos nazis, e a defesa das maravilhas do islamismo-poligamia, tribalismo,crimes d honra, racismo d género- os donos das redacções só vêem Palestina e Irak. Parecem aqueles animais a kem se põem umas talas…
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E tudo é culpa,
ao fim, de judeus,
como dos americanos,
quer se passe perto,
já ali mesmo,quer
muito longe, tal
esse Cáucaso de raiva e mil línguas.
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Ja, pois os russo sao culpados. Mas a Georgia bombardeou aqueles que diz serem do mesmo país. Creio que foi por isso que Sadam foi enforcado. Que se lixem. Isso nao se faz. Ea Russia a seguir bombardeia também, e que se lixa é sempre o mexilhao. Malditos governos.
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Verdade sim que os donos do quintal não conseguiram envenenar o presidente da Geogia como fizeram ao da Ucrania alem de os tererem colonizado nas décadas precedentes, nomeadamente nesses territórios.
Porque é que o Kosovo abre um precedente? Não abriu Timor um precedente e nem “acidente geografico” havia?
Aquando da colonização portuga em África as fronteiras eram “desenhadas a regua e esquadro” nomeadamente Cabinda.Querem uma aposta que apesar do “acidente geográfico” depois da colonização angolana eles só querem ser angolanos?
Porque é que repetitivamente se enrola a questão á volta de outras quando o que está em causa principalmente é apenas a exclusividade que a Russia ( os senhores dignitários do KGB) quer ter sobre o fornecimento de gás e petroleo sobre a o resto da europa?
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Engraçada a fineza.
Se vc quer chamar á colonização russa das respectivas regioes actos de benemerencia faça o favor.
Se os seus financiamentos ao separatismo são benemerências, esteja á vontade.
Há finezas e finezas.
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“Minhoto Diz:
10 Agosto, 2008 às 2:50 am
Onde anda o CAA? Será que anda a pregar o regionalismo na Geórgia?”
O CAA está em Pequim a assistir aos Jogos, uma vez que detesta vê-los pela televisão.
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Isto acontece quando um atrasado mental chega ao poder. O presidente da Geórgia deveria ser fuzilado. Levar o país para a guerra por causa de uma região que já está independente há vários anos. Era como se agora o Cavaco resolvesse ocupar Olivença, ou os espanhóis Gibraltar. A Ossétia do Sul tem tanto direito a juntar-se à do Norte, assim como os Georgianos tiveram em declarar a independência. Agora a definirem qual é o seu território é que não. Só espero que a NATO se deixe de merdas e não autorize a entrada daqueles anormais no seu seio.
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Claro que tem aldinita.
Aposto que se a Espanha desse um passaporte a cada madeirence o Alberto João até se demitia e ia gozar a sua reforma.
E direitos são direitos.
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A única vantagem desta guerra é que quando terminar a Georgia vai gastar menos com os reformado.
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Muito bem dito. Os nossos jornalistas vão fazer notícia disto apenas quando inventarem uma forma de culpar Bush e, possivelmente, indicar Obama como a solução do problema…
MJRB Diz:
9 Agosto, 2008 às 3:13 pm
É uma guerra que poderá desencadear conflitos imprevisíveis, se a EU e a ONU não intervierem diplomaticamente quanto antes.
….E no centro da Europa, área com diversificados mercados e matérias-primas importantes para países limítrofes e também para o Ocidente.
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Como portugal tem um problema amior com os reformados melhor mesmo por começar a matar os apologistas do exterminio georgiano.
Podemos começar por onde aqui?
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Em breve teremos a nossa Ossétia do Sul e a nossa Geórgia, quando voltar a doer que nos desossem de Fisco sem piedade.
PALAVROSSAVRVS REX
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