O futebol olímpico é uma fraude
10 Agosto, 2008
Nos JO estão presentes e competem os melhores atletas em todas as modalidades. Em todas? Não. No futebol fixaram-se limitações de idade que na prática significam a ausência dos melhores, destituindo de qualquer significado o torneio. O facto de Nigéria, Camarões, Chile, Gana, Polónia ou Paraguai figurarem entre os medalhados dos últimos 4 JO é sinal disso mesmo.
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23 comentários
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BLASFÉMIAS 
O aspecto que refere reforça a minha convicção de que a evolução do futebol (enquanto espectáculo e indústria) vai arrastar o futebol (e a sua prática ao mais alto nível) para uma esfera diferente daquela em que hoje se insere: o desporto.
🙂
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Futebol ainda é desporto?
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Mr. Gabriel Silva,
A génese desse “problema” por si bem colocado tem três rostos: campeonatos de países europeus, onde jogam os melhores, e que estão neste Agosto, a começar;
FIFA e UEFA, que assim regulamentaram desde sempre, porque coniventes com os principais clubes e federações;
Mega-empresários (uma boa dezena) de jogadores, conluiados com FIFA, UEFA, clubes e federações.
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Ah! Esqueci-me: mercados de jogadores neste período do ano no seu esplendor !
Mas há mais, muito mais causas para essa “fraude”.
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O COI e a FIFA têm diferentes filosofias e interesses.
A FIFA não joga a feijões.
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MJRB
mas qual o problema de a FIFA atender aos interesses dos seus principais associados? Acho perfeitamente normal para quem gere o negócio. De igual forma o fazem as demais federações internacionais das outras modaldiades. Afinal é para isso que existem e mal seria se descuidassem dos seus interesses.
O que me parece ridiculo (e mesmo despritigiante) é o COI aceitar a presença de uma modalidade que, ao contrário de todas as outras, não conta com o seus melhores representantes. É só isso. Aquele torneio não tem qualquer validade.
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….O que eu sei, é que esta manhã, ao entrar no café, um meu consócio, exuberante, “revelou-me”: “Ontem, lá eliminámos os holandeses, grande jogo, vamos à Liga dos Campeões ! Agora venha quem vier, aqui, cai”.
Esclareci-o que fora um jogo de apresentação do plantel.
Mas não: “O senhor vai ver que a direcção não dorme, vamos entrar na Liga dos Campeões”.
Nada a fazer.
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Mr. Gabriel Silva,
Mercados, meu caro. Sobretudo mega-mercados, e não estou a referir-me só a jogadores/clubes/federações/empresários.
E o Comité Olímpico faz, cada vez mais, parte do mercado…
Eu compreendo-o, mas nada a fazer. O “espírito olímpico”, neste e noutros casos, foi-se !
Note o que se passa com o basquetebol norte-americano nas olimpíadas.
E em poucas mas escolhidas modalidades/atletas, no PRÉ-período olímpico, QUEM MANDA, são as grandes marcas de produtos desportivos.
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Mr. Gabriel Silva,
A FIFA e a UEFA, não são, desde há uns 10-15 anos (isso mesmo, com Havelange ainda como presidente…), instituições ingénuas, virgens, impolutas, inatacáveis, nos diversificados e nem sempre visíveis mercados…
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Caro MJRB
devo dizer que deprecio por completo o dito «espirito olimpico».
Os JO são uma competição entre os melhores atletas. É isso que tem interesse. Mais nada.
E no caso de futebol não se passa isso porque o COI aceita tal limitação, ao contrario das outras modalidades, como, por exemplo referiu o basquetebol.
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Mr. e caro Gabriel Silva,
Exacatmente, concordantes, e como referi sobre o COI: Mega-mercados…Poderosíssimo e crescente lobby do qual faz parte, ou se quiser, dele já não se pode retirar…
No âmbito do futebol “olímpico”, há “pormenores” reveladores de mais interesses, pessoais e outros, como os das “marcas”: alguns jogadores de topo, curiosamente na maioria latino-americanos, têm conseguido exibir-se nas olimpíadas, embora com o desacordo dos clubes. Este ano temos os casos de Diego, Messi, Ronaldinho….
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Errata:
“pode retirar-se”.
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Claro que o ideal olímpico está extinto. O espírito “amador” inicial que se pretendia proteger há muito que deixou de existir.
De alguma maneira, quando os “profissionais” se aperceberam do prestígio ganho por uma competição reservada a inicialmente a “amadores”, trataram logo de conquistar a praça.
Mas é curiosos que durante anos e anos houve uma grande resistência – só há poucos anos vencida – há entrada do futebol profissional.
Porque não pensar em organizar um grande campeonato mundial das principais modalidades desportivas reservado a profissionais e devolver os JO ao espírito amador?
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Mr. Carlos III:
O ideal olímpico ainda não está extinto, mas sim inquinado. Seria muito interessante saber QUEM compõe e acciona os comités olímpicos, incluindo o português — não estou, garanto, a insinuar nada sobre V.Moura.
Exactamente, como V. particularizou: o caso do futebol profissional ter “entrado” há poucos anos na “agenda” olímpica…
Sobre o seu último parágrafo: O COI proibiria. O COI faz parte do mega-mercado. E algumas modalidades “amadoras” já não o são, porque o mercado, as marcas de produtos desportivos, o COI…
(Também a FIFA e a UEFA têm avançado e sobretudo recuado sobre um pujante e irreversível campeonato mundial de clubes…).
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Gabriel Silva, o modo como cada modalidade é disputada depende não só do COI como das respectivas federações. Nesse aspecto, é tão natural que a FIFA não queira fazer sombra aos mundiais de futebol masculinos, único evento mundial de dimensão comparável ás olimpíadas, como que o COI não deseje um torneio de futebol galáctico que vá roubar tempo de antena a modalidades que despertam menos interesse ao público em geral.
Já no torneio olímpico feminino tais restrições não existem e esse torneio acaba por ser tão reputado quanto o próprio mundial feminino, evento com relativamente pouca projecção.
Porém, acho que isto é mais uma distorção do que uma fraude: a bem de um certo equilíbrio (visando a promoção dos valores que os Jogos visam representar) os critério de qualificação/participação não se baseiam unicamente no mérito numa variedade de modalidades onde tem lugar a atribuição de lugares ás federações, e não a atletas que obtenham valores mínimos ou resultados desportivos meritórios. Por exemplo, o ciclismo de estrada.
Mas, enfim, os jogos sempre vão entretendo naquelas horas mortas à hora de almoço e o torneio de futebol não tem piores jogos por causa desta distorção (ou fraude, o que fôr).
Cmpts
(PS: alguém avise por favor a redacção da RTP que é exigido aos comentadores de futebol um conhecimento mínimo de qualquer outro desporto que lhes peçam para comentar. Só desse modo será possível evitar que um comentador desta estação venha dizer que, no final do combate de judo de Telma Monteiro, terá lugar um tempo de compensação porque esse combate foi temporariamente parado pelo árbitro. Dah.)
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Mr. Nuno Fernandes,
Vc. colocou muito bem as questões sobre outras modalidades. Eu evitei fazê-lo porque o post é exclusivamente sobre futebol.
Claro que a FIFA e o COI não querem “eclipsar-se”.
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Telma Monteiro, em quem eu acreditei como conquistadora duma medalha, regressará mais cedo do que desejávamos.
Resta-nos Naide, Évora e Vanessa, potenciais vencedores de algo.
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Citius Altius Fortius
Com três palavrinhas apenas se escreve o “espírito” Olímpico. O “corpo” é feito por “gente” e, como tal… padece das fragilidades da humanidade. Ou queriam uma ilha?
(que-me parecer que era tempo de se averiguar bem o que foi o olimpismo ao longo da história…é que, o espírito olímpico, mesmo o de antanho, não foi uma coisa inventada e praticada por anjos, num paraíso terreal qualquer)
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Convêm dizer que o seu post refere-se apenas ao futebol masculino, porque no feminino estão em Pequim as melhores do mundo.
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-Será o futebol a única fraude olimpica? Desde logo o Boxe… Nem falando nas modalidades que não são olimpicas…
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Concordo…
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O que melhor confirma as suspeitas de GS em torno deste fraude percebese com a pergunta:
Porque as limitaçoes que servem para o futebol nao serve para o basketball?
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Se acham que o futebol é uma fraude, deveriam analisar bem melhor o Banco Santander Totta e aí sim veriam o que é uma fraude, um banco corrupto e muito perigoso.
Consultem, por favor, o Blog “santandertotta.wordpress.com” e irão ver algumas situações passadas e criadas por esse banco.
Solicito e agradeço que comentem e divulguem estas situações que põem em risco a situação financeira dos vários clientes desse banco.
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