A conveniência de (certas) arbitrariedades.
Mesmo em tempo de meias-férias, não deixo de ler as crónicas de Rui Tavares (Público).
Não concordo, frequentemente, com os seus pontos de vista. Não me revejo naquilo que julgo serem os pressupostos da sua cosmovisão de esquerda, de uma certa esquerda… diría (como os franceses), bon-chic-bon-genre. No entanto, aprecio a sua escrita, simultaneamente incisiva e agradável, a forma inteligente como argumenta e a pertinência das suas observações.
Na sua crónica de hoje (Arbitrariedades de conveniência), Rui Tavares diz, com toda a razão, que ” Um crime contra a propriedade não valida a morte de ninguém, incluindo uma criança filho de um criminoso”. E acrescenta algo de óbvio e inatacável, sob qualquer prisma de observação, tentando, no entanto, dar-nos a ilusão de que apenas a esquerda, a sua esquerda, sente e pensa dessa forma irrefutável:
“Um pouco de «esquerdismo»: se morreu desnecessariamente um miúdo pouco me importa se o pai dele era um foragido e conduzia um Mercedes”.
Claro, caro Rui Tavares, pouco importa a si e ao seu “esquerdismo”, como a mim e à generalidade das pessoas, sejam elas esquerdistas, direitistas, centristas ou tendo elas qualquer outra preferência geométrico-espacial!
Assim como também não é “politicamente correcto”, nem incorrecto, nem tem nada a ver com o caso, aquilo que diz a seguir:
“E um pouco de «politicamente correcto»: os ciganos também não gostam quando os filhos deles morrem”.
Já sabemos, todos nós o sabemos e sentimos, sejamos ciganos, ou não. Mas se quiser – agora sim, algo de politicamente correcto mesmo! – então, diríamos que, nesse ponto (de não gostarmos da morte dos nossos filhos) somos todos ciganos!
Agora, pequenos exercícios de demagogia à parte (serão, talvez, típicos do tal “esquerdismo” e do “politicamente correcto” que Rui Tavares invoca), há, contudo, uma incorrecção que me parece mais substantiva: a equivalência feita, na crónica, entre a morte daquela criança de 13 anos e o alegado “crime contra a propriedade”. Pelo que foi noticiado, julgo errónea tal equivalência. Não foi na tentativa de evitar ou responder ao dito crime de furto que a GNR disparou, mas sim na sequência de uma tentativa de atropelamento (de um GNR), seguida de fuga. Logo, não terá sido porque o seu pai tentou furtar umas barras de ferro que a morte estúpida e trágica daquela criança ocorreu, mas sim porque houve uma perseguição policial na sequência de uma retaliação perpretada através de uma tentativa de atropelamento, cometida pelo condutor do dito Mercedes (o pai) onde seguia a criança.
Não pretendo, agora, discutir se o Estado deve ou não usar, neste tipo de situações, a sua força, nem sequer se o uso de tal força só será legítimo se for proporcionado à violência do crime cometido. Essa discussão, a pretexto do caso concreto, transcende-me! Agora, mesmo para que seja feita, um pouco de rigor será sempre imprescindível!

“(…)Agora, mesmo para que seja feita, um pouco de rigor será sempre imprescindível!”
Óbvio.
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Isto na Europa ainda anda tudo atrelado à esquerda ou à direita.
Nos States, ou se é democrata ou republicano, mas o mais comum é estar-se nas tintas.
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Quanto mais o politicamente correcto se instala mais mortes há.Só incómodos para todo o povinho.Que vai acabar por meyter na gaveta, tal como fez Soares com o socialismo,estes ensinamentos avançados que só dão para quem goste de trazer o pacote da margarina sempre na mão para todo o mundo o usar, sem doer muito…e como a estatística só aponta o máximo de 10%… a esquerdalhada politicamente correcta vai apanhar uma banhada…
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“Um crime contra a propriedade não valida a morte de ninguém, incluindo uma criança filho de um criminoso.”
Eu diria mesmo mais: “passar um sinal vermelho não valida a morte de ninguém, incluindo os filhos de quem não cumpre sempre o Código da Estrada”.
A questão é que, como refere o PMF, os disparos não foram motivados apenas pelo “crime contra a propriedade” mas sim pela tentativa de homicídio e fuga. E quem os disparou nem sequer sabia que o “filho do criminoso” ia dentro da viatura.
A morte do jovem (com 13 anos não é nenhuma criança) foi um acidente – ninguém fez por que acontecesse, apenas se deixou que se criassem as condições para que acontecesse. Como todos os acidentes, essa morte não é “validada” por nada, apenas foi facilitada pelo seu primeiro e último responsável: quem o levou para a cena de um crime, tentou matar um agente da autoridade e fugiu.
Não sei se o Rui Tavares escreve bem. Mas em termos de desonestidade intelectual não deve nada a ninguém.
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Se me perguntarem se sou de esquerda ou de direita terei dificuldade em responder. Em muitos aspectos estarei à direita noutros à esquerda … Neste em particular devo estar à direita segundo o cronista porque não me revejo nada nesta crónica. Por aquilo que é conhecido o polícia fez exactamente o que tinha de fazer. Fê-lo arriscando a sua vida para nossa protecção. E não me parece que isto tenha a ver com o valor da vida até porque tratou-se de um acidente que ainda por cima foi mais do que justificado por tentativa de homicidio e de fuga. Desculpem-me mas se pensar assim é ser de direita … então que diabo sou de direita.
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Vi dezenas de jornalistas a chorarem a morte da criança/jovem.
Deviam ter mais respeito e chorarem em privado como o pai que não foi ao funeral.
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” Um crime contra a propriedade não valida a morte de ninguém, incluindo uma criança filho de um criminoso”. E acrescenta algo de óbvio e inatacável, sob qualquer prisma de observação”
Absolutamente em desacordo.
Sem possibilidade de usar a força para defender a propriedade não há defesa de propriedade possível e isso incluí o uso de armas. Se dez tipos sem armas invadem a sua propriedade você tem o direito moral de usar uma arma para os colocar fora ou para os impedir de roubar qualquer coisa por mais pequena que seja se for preciso a tiro.
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Esse texto tem algumas coisas correctas e, é um facto que o RT redige muito bem mas, fora isso é uma absoluta inutilidade num jornal.
Resume-se a conversa de blogger em queixinhas que fulano diz e a outra blogger ainda pior e mais não sei quantos, porque isto é tudo uma cabala contra a esquerda…
Não há pachorra. Não faço a menor ideia que interesse possa ter para um leitor inteirar-se das birras blogosféricas de supostos cronistas que depois assinam na qualidade de historiadores.
Histórias da carochinha, só se for. Porque mais valia que assinassem como bloggers de esquerda, ateus e republicanos, que é nessa qualidade que gastam papel.
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Quer-se dizer, que recebem papel…
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É que aquilo é uma birrinha do princípio ao fim contra os ódios de estimação conhecidos na blogo antes de ser levado a jornalista.
Tirando isso, só conseguiu, desta vez, um micro processo inquisitorial pelo facto de se ter dito que os ciganos eram ciganos.
Uma coisa tramada. Ter-se dito que os ciganos eram ciganos, devia dar direito a fogueira.
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Eu vou ser muito sincero nisto que vou escrever, na casa dos meus pais o Público entra diariamente desde a sua fundação, eu desde que saí do ninho compro-o quase todos os dias mas vou deixar de o fazer pois tem vindo a piorar, a edição de hoje é mesmo muito pouco volumosa e tirando a crónica do Sarsfield Cabral e do editorial, posso não estar a fazer justiça a alguém mas vai já 10 horas que o li, pouco se aproveita.
Este senhor o Rui Tavares que está a encher chouriços enquanto o Vasco Pulido Valente não vem dá-me náuseas matinais pois um tipo acorda bem-disposto vai a comprar o jornal e vê logo a cara do Rui Tavares, é impossível não entrar em depressão mas fiz um esforço e li-o embora me tenha custado o pequeno-almoço pois vomitei-o de seguida dado que é de uma demagogia e deturpação mental e dos factos digno de algum estado esquizofrénico.
Mas por acaso o GNR (deve ser um rapaz esforçado que não teve a hipótese de estudar na universidade mas arranjou um trabalho digno, não foi roubar) viu o menino a roubar e deu-lhe com uma bala de seguida? Quem lê assim o parece, desonestidade intelectual . Isso acontece sim na Palestina e no Líbano controlado pelo hezbolah onde por um pedaço de pão cortam a mão, zonas que tanto esta gente gosta e de onde faz apologia.
Estes ciganos já estavam fartos de lá ir roubar uns “ferritos”, vacas e assustar quem lá trabalha honestamente contribuindo com os impostos para o bem geral. A do Mercedes é mesmo para continuar a encher chouriços neste caso no texto.
Depois a falta de timing que vem com as noticias, pois dado que leva na cabeça na blogosfera vai arrotar depois a sua desonestidade para o jornal onde claro não é possível rebater, ficando gravado na pedra a sua bacorada.
Para já foi o último Público que comprei, a ver se melhora, bem precisa!
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O que a esquerdalhada quer é que todos andemos armados.Como no velho oeste.Olha se no tempo do Antoninho havia algo parecido a este paraíso socialista…em que as portas abertas nos aeroportos, portos e as estradas estão abertas de par em par a todos os que queiram vir viver por nossa conta…
O Sócrates diz que criou 133ooo empregos mas pá os do meu bairro social continuam encostados á parede a beber e na passa…
Portanto é portuga que vai dobrar a mola para alimentar a rapaziada importada pela esquerda internacionalista.E cada vez mais ricos…
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Fora isso, já se sabe que a HM se pôs a jeito com aquela treta blgosférica da sensibilização ao ladrão- se roubar não leve o filho, senhor ladrão, mas para isso existem estas caixinhas. Não se faz artigo para o público com tricas destas. Passadas aqui.
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Ele tinha feito carreira no Luta Popular. Lá isso tinha- é sempre o “fogo sobre o quartel general” – a famigerada direita, o que quer que isso seja, que é o único protagonista histórico, seja de assalto a ferro-velho, seja de guerra na Conchichina.
A esquerda, contra a direita e mais o racismo e a xenofobia e estes assaltos e crimes todos acontecem porque querem silenciar a esquerda.
Não há volta a dar. Nunca consegue sair desta palhaçada de “anti-facismo” requentado e em terceira mão.
Sempre umas vítimas. A esquerda são os ciganos, os pretos, os manetas, os loucos, os bandidos, são tudo o que for coisa que depois acham que dão tratamento igualitário- “os coitadinhos da terra”
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A justificação para os disparos não foi a fuga, mas a “tentativa de atropelamento”.
Provavelmente</i), a corporação considera uma tal “tentativa”, sempre que manda parar uma viatura e ela não pára.
Lá que é um desrespeito à Autoridade, é sim senhora.
Então se forem siganos*, é inadmissível.
*Para não ferir suscetibilidades.
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Caramba, PMF! muito obrigado por este post, mnaquilo em que concorda e não concorda comigo.
Começo por um detalhe: não é por acaso que “esquerdismo” e “politicamente correcto” está ali entre aspas (como está “demagogia”, também, um pouco antes no texto). Não é porque eu acho que só quem é de esquerda e politicamente correcto é que pode dizer o mesmo que eu escrevi, pelo contrário. Estão entre aspas porque me refiro a estes termos como acusação habitual e rotineira. Tal como você, acho que os princípios que ali vêm enunciados não têm nada de especificamente “de esquerda” ou “politicamente correctos”. Acho-os simplesmente humanistas, civilizados, liberais, decentes. Não “politicamente correctos” mas simplesmente correctos. Fico contente por ver que os partilho com gente de esquerda, centro, direita ou topograficamente agnóstica em política.
Quanto à questão do tiroteio. Eu não digo que o rapaz foi morto “porque” estava a assaltar a vacaria. Mas reservo o juízo sobre a alegada tentativa de atropelamento e fuga e devo dizer que ela em si não esclarece o que se passou. Há-de concordar comigo nisto: há uma legitimidade completamente diferente em abrir fogo quando um carro vem na nossa direcção com intenção manifesta de nos atingir (é legítimo) e abrir fogo quando o carro já passou, disparar sete tiros até que ele se detenha umas centenas de metros adiante, sem que naquele momento esteja a colocar em risco a nossa vida ou a de terceiros (não posso dizer, sem mais dados, que seja inteiramente ilegítimo, mas posso dizer que é bastante discutível). De acordo com todos os relatos, incluindo da polícia, o carro não foi alvejado quando se dirigia contra os polícias mas quando estava em fuga. São coisas diferentes.
Um abraço,
RT
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E sim, o outro, o pico d’oro, o clone do papagaio da minha vizinha, do hohohoho e ahahhaha é um idiota, toda a gente sabe, mas não é preciso escreverem-se artigos no jornal. Bastava umas pichagens nas paredes do DN, que diabo
“:O))))
Agora o moralismo sempre beato, ora em choradinho, ora inquisitorial é que é mesmo um fenómeno que há-de ter explicação científica.
A parte mais disparata deste eterno discurso esquerdalho consiste precisamente em fazer o oposto do que depois diz que deseja.
Enfia no saco dos coitadinhos, ao molho, todo o bicho careta, a par dos pobrezinhos, é tudo minoria de esquerda, porque existe uma qualquer ordem, chamada Vida, que não fez deles os eleitos.
E, a sonsice e cretinice é que é com este discurso moralista que eles próprios criam “grupos”, as novas lutas de classes possíveis, quando se queixam que a vida e a socieade (sempre algo abstracto fora do lugar celeste onde se encontram) de os tratarem como grupos e não de forma igualitária
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Rui Tavares é, habitualmente, intragável.
No entanto, uma vez por outra, consegue dizer umas coisas com tino: é quando, sem dar por isso (cruzes, canhoto!), adopta posições de direita.
Devia limitar-se à investigação histórica e deixar de lado as croniquetas, em que quase toda a gente é melhor que ele.
(Outro conselho que lhe dou é que evite a televisão: sai-se sempre pessimamente).
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Rui Tavares (17): Eu não quero acreditar, mas não quero acreditar MESMO que é vc. E que sendo, se deu ao trabalho de vir responder a esta gente. É tanga, não é?
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Caro Rui Tavares,
Não tem nada que agradecer!
Claro que sei e percebo que tenha utilizado as ditas expressões (malditas, talvez?) em sentido irónico e, na sua perspectiva, “pedagógico”, quer dizer, pedagógico para quem apelida preconceituosamente de “esquerdismos” certas posições …como direi…óbvias, naturais, solidárias, humanistas e liberais (gostei de o ver utilizar o termo).
Agora, há-de concordar, que é um pouco o que transparece objectivamente da sua crónica de hoje, lá isso (julgo) que é! Mas, voltando um pouco atrás, a questão, para mim (posso estar enganado, tenho estado fora do Porto e desatento), é que, de facto, não julgo que ninguém tenha achado que seria efectivamente de “esquerda” (ou de outra coisa qualquer) defender que a morte do miúdo é lamentável! Não julgo que tenha agitado uma questão que seja muito efectiva…
O que me preocupa mais nesta história toda (e nas outras que se têm sucedido) é que, caro Rui Tavares, como diz um amigo meu, duas balas da GNR poderão dar uma vitória eleitoral a Sócrates!
Dito de outro modo, pode-se correr o risco de abrir uma deriva populista e securitária, face aquilo que tem sucedido.
Um abraço
PMF
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Rui Tavares consegue tirar do sério os mais caceteiros da direita portuguesa!
se ainda existe opinião respeitável no jornal Público – cada vez direitista, pela mão de JMFernandes – Rui Tavares tem contribuido para isso.
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O problema e o motivo pelo qual esta crónica do RT até tem um niquinho de verdade é o oposto.
É que, de facto, houve um clima e há um clima, cada vez maior que leva se legitime um qualquer tiro sobre um qualquer ladrão, e o resto, é mesmo tratado como danos colaterais.
E isso pode dever-se à impunidade da criminalidade em geral, que torna depois as pessoas insensíveis ou incapazes de distinguirem uma treta de um roubo no valor de 50 euros, de uma série de rajadas a matar não sei quantos.
E, quanto a mim, tudo isto foi agravado porque veio no seguimento mediático da Quinta da Fonte e depois, dessa vergonha desse directo televisivo com abate à sobre-mesa.
Quando se vende aquele abate por um mero assalto a um banco, onde não havia sequestre algum, a não ser o que veio a acontecer, provocado pela pela polícia, quaisquer outros tiros são recebidos assim- como justiça merecida.
E só foi pena o João Miranda ter desperdiçado a tribuna no jornal com um artigo fraquíssimo, cheio de incorrecções, quando escreveu por aqui posts bem mais conseguidos.
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“sobremesa”.
Mas faltou coragem ou mesmo capacidade de leitura ao RT para fazer esta associação.
Porque, se a fizesse, ia ver que não são barreiras ideológicas que colocam as pessoas em barricadas estanques. A dita esquerda ululou tanto e regozijou-se tanto com o directo televisivo do abate justiceiro como os rambos que se lhes opõem.
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Agora usar crónicas para tricas de bloggers, com historietas de despedimentos contadas pelo pico d’oro são gozar com a cara do público.
Porque nem HMs ou “picos d’oro” são manifestações populares dos ditos sintomas, nem factos públicos ou teorias que os expliquem.
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Se é para se fazer balanços de sintomas é simples- um inquérito, uns depoiamentos. Se é para encontrar responsabilidades também é simples- o poder.
Ora o RT não faz inquéritos porque é blogger, não é jornalista de rua e não toca no poder porque para aí trabalha ele, por clube, para eleição.
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Esta senhora, salvo seja, é intragável.
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O que Rui T diz é pacífico,não vale uma morte.Mas o que deixou ímplícito é que não vale um tiro.E aí a culpa é de quem atirou.Ora o destino da criança foi traçado por quem o levou para um local perigoso!
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Pois é, ó Sá. Mas aqui não me podes tu censurar. É lixado. Nos blogues de esquerda não me deixavam passar estes comentários. A esquerda não perdoa, é a mestre no lápis azul.
Por isso v.s têm de assentar parada nos famigerados “blogues de direita” a tentar boicotar o que os outros escrevem.
Já sabemos, nada de novo debaixo do sol. O problema é que nem arranjam vigilantes com a mínima capacidade de argumento.
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Rui Tavares: “(…) há uma legitimidade completamente diferente em abrir fogo quando um carro vem na nossa direcção com intenção manifesta de nos atingir (é legítimo) e abrir fogo quando o carro já passou, disparar sete tiros até que ele se detenha umas centenas de metros adiante, sem que naquele momento esteja a colocar em risco a nossa vida ou a de terceiros (não posso dizer, sem mais dados, que seja inteiramente ilegítimo, mas posso dizer que é bastante discutível)(…)”
Claro que há uma legitimidade completamente diferente: no primeiro caso é legítimo o uso de arma de fogo CONTRA PESSOAS. No segundo é permitido o uso de arma de fogo mas não contra pessoas (para os penus, por exemplo, é legítimo).
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E se a pessoa não tiver pneus ?
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No essencial concordo com RTavares.
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” Piscoiso Diz:
18 Agosto, 2008 às 8:57 pm
E se a pessoa não tiver pneus ?”
Ó piscoiso, leia os ns. 1 e 2 do art. 3.º do Dec-Lei 457/99 e logo logo compreenderá quando se pode usar armas de fogo. Há dois tipos de uso: contra pessoas e sem ser contra pessoas.
Leia. Depois já percebe.
Vá, eu dou uma ajuda.
Artigo 3.º
Recurso a arma de fogo
1 – No respeito dos princípios constantes do artigo anterior e sem prejuízo do disposto no n.º 2 do presente artigo, é permitido o recurso a arma de fogo:
a) Para repelir agressão actual e ilícita dirigida contra o próprio agente da autoridade ou contra terceiros;
b) Para efectuar a captura ou impedir a fuga de pessoa suspeita de haver cometido crime punível com pena de prisão superior a três anos ou que faça uso ou disponha de armas de fogo, armas brancas ou engenhos ou substâncias explosivas, radioactivas ou próprias para a fabricação de gases tóxicos ou asfixiantes;
c) Para efectuar a prisão de pessoa evadida ou objecto de mandado de detenção ou para impedir a fuga de pessoa regularmente presa ou detida;
d) Para libertar reféns ou pessoas raptadas ou sequestradas;
e) Para suster ou impedir grave atentado contra instalações do Estado ou de utilidade pública ou social ou contra aeronave, navio, comboio, veículo de transporte colectivo de passageiros ou veículo de transporte de bens perigosos;
f) Para vencer a resistência violenta à execução de um serviço no exercício das suas funções e manter a autoridade depois de ter feito aos resistentes intimação inequívoca de obediência e após esgotados todos os outros meios possíveis para o conseguir;
g) Para abate de animais que façam perigar pessoas ou bens ou que, gravemente feridos, não possam com êxito ser imediatamente assistidos;
h) Como meio de alarme ou pedido de socorro, numa situação de emergência, quando outros meios não possam ser utilizados com a mesma finalidade;
i) Quando a manutenção da ordem pública assim o exija ou os superiores do agente, com a mesma finalidade, assim o determinem.
2 – O recurso a arma de fogo contra pessoas só é permitido desde que, cumulativamente, a respectiva finalidade não possa ser alcançada através do recurso a arma de fogo, nos termos do n.º 1 do presente artigo, e se verifique uma das circunstâncias a seguir taxativamente enumeradas:
a) Para repelir a agressão actual ilícita dirigida contra o agente ou terceiros, se houver perigo iminente de morte ou ofensa grave à integridade física;
b) Para prevenir a prática de crime particularmente grave que ameace vidas humanas;
c) Para proceder à detenção de pessoa que represente essa ameaça e que resista à autoridade ou impedir a sua fuga.
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“também não gostam quando os filhos deles morrem”.”
Eu também não.
E pelo menos faço os possíveis para os resguardar de riscos.
E nem os levo comigo para os assaltos.
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Sendo o generê um “jovem” a quem lhe fugiram as “novas oportunidades” e por isso teve de ingressar numa carreira de “autoridade do estado”, mal paga, mal treinada, “braço armado” desse estado capitalista e explorador,não conseguem entender as razoes sociologicas e até psico-motoras que o levaram a abater o filho de tio que afinal era pai, que apenas estava a carregar uns ferrozitos no sentido da melhor distribuiçao de riqueza nesta sociedade?
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se ainda existe opinião respeitável no jornal Público – cada vez direitista, pela mão de JMFernandes
Considero isso um insulto dos maiores que se podem fazer aos vários e muitos comentadores de eesquerda que há lá no jornal.
Olhe um, e não é dos maiores, deu mesmo origem a este post.
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OK Pinto, agradecido pela informação.
Já reparei que pode disparar à vontade (sobre o lúmpen), que tem sempre safa.
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Fado, vou repetir:
se ainda existe opinião respeitável no jornal Público – cada vez direitista, pela mão de JMFernandes – Rui Tavares tem contribuido para isso.
não é preciso chamar nenhum prof de português, pois não?
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Sete tiros, dentro de uma povoação, no adro da igreja?
Estamos parvinhos ou quê?
claro que foi falta de pontaria, está-se mesmo a ver. Para se deter uns ladrões não há mesmo nada de mais aconselhável que disparar assim, sete tiros, dentro de uma povoação.
E também é um argumento altamente inteligente e legalista, essa de se dizer que foi porque primeiro eles até tentaram atropelar os GNR.
Tratou-se de uma rixa de bandos rivais.
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O resto é puro aproveitamento da morte do miúdo para branquear esta vergonha. Estes sete tiros de retaliação por parte das forças da ordem.
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Só estranho é como é que não aparece o bando de conformistas a dizer que foi tudo para defesa dos inocentes- da população que nada tinha a ver com aquela macacada e que podia ter apanhado com um tiro.
Não lhes venderam o directo de sequestro, não pensam. Não há risco para vítimas e para inocentes.
Esta historieta, na cabeça destes telemanipulados, passou-se numa aldeia fantasma. Num local inexistente, onde só existiam os bons e os maus em 2 veículos e uma criança a fazer de vítima num deles.
É quanto lhes basta para arrumarem a questão.
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O que me vale é que não preciso de fazer declaração de interesses, caso contrário o RT ainda era obrigado a tratar-me por kamarada.
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Zazie, estou consigo.
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O que só prova que o RT não acerta, quando se agarra às dicotomias maniqueístas da ideologia
eheh
“;O)
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É a realidade à matrix com pitada de novela. Não distinguem; não sentem; não pensam.
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se ainda existe opinião respeitável no jornal Público – cada vez direitista, pela mão de JMFernandes – Rui Tavares tem contribuido para isso.
Realmente baralhei-me.
É que sabe, eu quando leio opinião respeitável, Rui Tavares e esquerda tudo na mesma frase fico confuso e se depois ainda chamam ao avençado da SIC direitista, então é que fico com os olhos em bico.
Queira desculpar.
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http://bolonhado.blogspot.com/2008/08/tenho-que-me-deixar-disto.html
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Sabem como se chama o pai do falecido? Seria Manuel? Seria Sandro?Afinal roubava velhotas em sítios isolados ou não, estava ou não evadido?Levava uma arma na carrinha para quê?A PJ não estava atenta aos menores por causa dos casamentos?Na comunidade cigana,treze anos, quanto representa em termos de maturidade?Todas estas qualificações fazem um bom pai de um esquerdalha qualquer.
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há os palermas e os … palermas…
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Ó Zazie, finge que vais cagar e baza…
Já não há pachorra para tanto recalcamento, irra!
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O artigo do Rui Tavares vem na senda dos últimos anos, mais de uma década, mostrar que uma certa esquerda se apropriou da ponderação ou da salvaguarda liberal, quando nunca existiu tradição liberal na esquerda à esquerda da direita do PS!(Isto é evidente nos cismas clássicos direita esquerda…Carta da ONU, Constituição Francesa, Actas da Constituinte Portuguesa etc..)
De facto a tradição Jacobina, interpretada actualmente pelo BE e menos pelo PCP, apenas se revelava estridente quanto à salvaguarda dos Direitos e Liberdades quando esse exercício fosse manifesto antagonismo para com o aparelho coercívo Estadual ou seja como instrumento de má-fé!(Reminiscencias Anarquistas)
O mais interessante nisto tudo é que de facto a direita deixou este espaço à esquerda e a esquerda absorveu este papel quase com se, geneticamente, fosse seu!
Ao ponto de se poder confundir a origem dos Direito Liberdades e Garantias com alguma esquerda e não com o mundo liberal!
Estou em crer que isto se deveu à falta de tradição liberal no conservadorismo Nacional…a direita nunca se encontrou no campo liberal mas tentou sempre partir do conservadorismo e ortodoxia económica para uma espécie de albergue Espanhol que aglutina o socialismo democrático e o liberalismo económico.
Tudo isto já foi mais que repetido!!
O maior problema reside no simples facto de que não se pode admitir que caiba uma certa esquerda a custódia “política” da salvaguarda liberal uma vez que tal fragiliza “politicamente” a garantia liberal do nosso Estado de direito liberal e social.
Esta contradição produz o facto curioso de que, e tendo em vista os recentes acontecimentos de drama social, empurra a direita mais incauta para o conservadorismo autoritário e a esquerda menos ortodoxa para a defesa intra-sistemática do liberalismo.
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Temos pena, isto aqui não é o 5 dias. Lá bem podem mandar um mail e apagam o que v.s querem. Aqui não. Têm de mandar os encapuçados vigilantes com insultos de merda a ver se chateiam as pessoas e elas deixam de dizer o que não vos agrada.
Percebestem ó mongo?
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[Era para este post e não para o outro]
É que esta vergonha nos jornais, de colocarem por lá “comentaristas” apenas por filiação partidária ou ideológica, o resultado que gera é termos o jornalismo mais pobrezinho que devia envergonhar qualquer pessoa.
O VPV- que Deus o guarde por muitos anos- não tem descendência- não conseguiram dar lugar a uma única pessoa capaz de fazer crónicas perspicazes, inteligentes e independentes, como importa.
E isto não é porque em Portugal não exista mais ninguém com essa capacidade. É pura e simplesmente porque o sistema da cunha e da cor política é que dita tudo. A tal ponto que hoje em dia temos os jornais com secção de “Opinião” que não passam de posts de blogosfera, com as suas tricazinhas e recados privados para os pares.
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Mais!
Há uma certa esquerda que descobriu o discurso legitimador do mundo liberal, algo que nunca foi muito cuidado no Socialismo Revolucionário e talvez uma das principais razões para o seu decaimento, reduzia-se à legitimidade revolucionária do sentido de justiça.
As necessidades de legitimição aferecem hoje a uma certa esquerda possibilidades que não eram no passado sequer cogitadas…não era esse o caminho; Abandonaram a roptura sistemática e assimilaram instrumentalmente a legitimação liberal para criar aporias à sociedade burguesa e liberal.
Abandonaram um certo “colectivismo” porque viram no individualismo liberal a possibilidade de contrapor valor à “propriedade” o tradicional e mais íntimo inimigo da esquerda!
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Isso é absolutamente verdade, Justiniano.
Mas, o que se torna caricato é ter de se falar disso quando a questão devia ser o jornalismo.
É que este- o dito jornalismo- está de tal modo degradado, que se pode falar de culinária numa secção de economia, ou de “ideologias” e bocas de fulano ou sicrano, numa suposta análise de problemas de insegurança.
Não foi precisa uma única palavra acerca da lei, uma única palavra acerca das políticas negligentes que alimentaram no passado e continuam a alimentar, cada vez mais, estes acontecimentos.
Basta dizer que a não sei quantos escreveu num blogue e que o não sei quantos contou outra historieta e que são de direita e está delimitado o “tema”- o tema nunca é a socieade, nem a política, nem as responsabilidades, nem sequer qualquer conhecimento específico para os perspectivar- é sempre e sempre, ad nauseam, a ideologia.
Como se o mundo e os seus problemas tivessem por protagonistas “ideologias” no lugar de factos, de políticas, de questões sociais, de poder e do seu uso.
Nem há povo- há “minorias” contra representantes das ideologias- os bons e os maus. Mais nada. Nunca se toca no Poder se esse poder até é do clube. Disfarça-se com palermices de exemplos totalmente desconhecidos dos leitores- que fulano deu umas gargalhadas e gozou não sei com quê (questão que não foi facto nacional, mas historieta meramente privada) e que a outra que é blogger escreveu não sei quê, e o que outro que é jornalista, disse não sei quantos.
E é com isto que se traçam sintomas e se encontram responsabilidades.
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E o problema não se restringe ao RT ou ao “clube” da esquerda. É geral. Tem simplesmente a ver com inexistência de critérios jornalísticos.
Transformaram tudo em opinadores, ninguém investiga nada. Tudo opina com critério de agit prop e agende de poleiro.
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E, quando até existe investigação, esses desgraçados quase que arriscam a carreira e são logo silenciados pelos opinadores que trabalham para as máfias partidárias.
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Essa lógica partidária transforma tudo em cinismo e avalia tudo pelas consequências que pode ter na alternância do poder.
Até este post empenhou a dita questão da criminalidade, seu combate e populismo da lei da bala na perspectiva do benefício do voto.
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“o problema é que assim ainda acaba a eleger de novo o Sócrates”
Ao que o outro, com o mesmo cinismo, podia responder baixinho:
“temos pena, é por isso que a cortina de fumo ideológica e as manobras sentimentais são precisas”.
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Este Rui Tavares, não è de esquerda, nem de direita è um imbecil!
O tipo escreveu algo parecido, quando uma criança è morta numa passagem de transito, por um facinora de um condutor?
O taxista do Porto atropelou 3 crianças e nem a carta lhe foi retirada (como está esse assunto que desapareceu dos jornais?
algum sr. juiz culpou as crianças a pagarem uma indemenização
ao taxista? e a companhia de seguros quer outra?
Esta è a realidade do que se passa em Portugal, agora matar um cigano isso è cmezinho, porque eles o fazem entre eles e ninguem se preocupa……
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A Zazie tem razão. Não há edição jornalistico nas crónicas do RT, se quer fazer politica que vá para a assembleia república ou autarquias, eu até acho que os jornais podem ter vertentes políticas mas tem que ser uma coisa bem feita não estes arrotos de demagogia barata e populismo.
Já agora ó Rui Tavares o grande escândalo do Verão passado foi a selvajaria dos verde-eufémias e a falta de segurança dos cidadãos vítimas dessas hordas de bárbaros.
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Por isso é que eu até acho que é bem mais demagógico e sonso que o Daniel Oliveira. O DO faz política, é militante, usa os media para isso e, apesar disso, às vezes até chega a conseguir fazer jornalismo com menos truques e tangas que o RT.
Pelo menos ainda consegue falar de uma questão social dando o nome aos bois e chamando responsabilidades de poder ao que é poder ou factos ao que são factos.
Agora estas palermices, onde tudo se resume a “lutas de ideologias” onde os maus são fulano e beltrano porque até fez hohohoh ahahah com um treta qualquer em privado, é que nunca vi.
E estes maus é que são a história. Porque os bons são eles- a eterna e abstracta esquerda e as eternas e beatificadas minorias.
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quer dizer, RTavares, por ser da “esquerda caviar”, não pode fazer política quando escreve!
já o pessoal da “direita do chicarro” pode escrever tudo porque são apolíticos, neutros, anti-ideológicos, puros, e a política deles … é o trabalho!
Tão cordeirinhos, estes lobos…
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O Rui Tavares não passa de um wannabe do DO, mas tem que comer muito arroz de cabidela ( com as galinhas que o Salazar criava) para chegar aos calcanhares do DO. Este (DO) sempre tenta passar a mensagem sub-repticiamente, é verdade que queima-se nos comentários dos post e ai entendemos o que já sabiamos mas faz bem e com estilo. O Rui Tavares é muito fraquinho, faz lembrar uns programas que o Miguel Portas fez sobre os portugueses e as colónias em que começava relativamente bem, com aquela dicção havia partes que não percebia, mas lá para o meio lá tinham que vir umas alfinetadas de vodoo demagógico e no fim era á descarado, souberam dar cabo de um programa embora tenha servido interesses politicos financiados por todos nós.
O melhor negócio do mundo é comprar o RT pelo que ele vale e vende-lo pelo que ele pensa que vale.
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Este portela saiu na paragem errada. Por mim até disse que isto é igual com todos porque o problema é estritamente de falta de critério jornalístico e de agenciamento por apadrinhamentos.
E bem que se pode fazer jornalismo, ou análise e desmontagem social como a faz o VPV. O problema é não ter descendência porque tudo degenerou- a começar pelos jornais.
Agora considerar as ideologias e mais os amigos e os outros menos amigos os protagonistas sociais de Portugal ou do Mundo, só mesmo o RT. Nem aquelas cretinices à JPC se ficam por um quintal teórico tão palerma.
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Ele até conseguiu dizer (em comentários) que a única pessoa que não concordou com o abate no BES foi o João Miranda. E era capaz de escrever isto no jornal, porque o universo dele é mesmo este- os conhecidos da blogo, os conhecidos dos jornais e nesse esquema divide o mau povo de direita na cabala contra o bom povo de esquerda. Não existem instintuições, nem cidadania e poder só se for do inimigo, porque é logo transformado em manifestação da tal força ideológica responsável por toda a maldade do mundo.
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zazie, não saí em paragem nenhuma…só estava a tentar ajudá-lo a não estar sempre a falar sózinho…
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…por exemplo:
o DN tem um opinador semanal, de seu nome Alberto Gonçalves (citado no artigo de RT).
Pois gostaria de ler opiniões de quem lê AG…só para tirar algumas conclusões acerca dos estereotipos, à esquerda e à direita.
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Zazie, com “e” no fim- género feminino.
Tem aí atrás o que eu acho do dito cujo. Até lhe chamei o “pico d’oro”.
Leia o que eu escrevi primeiro.
Quer pegar neste exemplo, desta crónica? leu-a?
É que se desmonta em 3 tempos. E o mesmo para qualquer do pico d’oro ou do JPC. Já o FF é jornalista e dos bons.
A crónica trata de quê? aquele título refere-se a quê? qual foi o facto.
Eu até consigo ter uma leitura dos factos que, de acordo com as etiquestas cabalísticas do RT, o ultrapassavam pela esquerda. E não sou de esquerda. Porque a questão não é essa. Tem a ver com a inexistência de lei, com as impunidades e depois com as respostas à Texas. E não há desculpa para aquele tiroteio, como não há para o abate.
As “xenofobias”, os “racismos” e palhaçadas de demagogias de choradinhos é que não têm nada a ver com isto- são pura maquilhagem. Não é “o racismo” (o que quer que isso seja) que faz o ladrão ser cigano-. Se lhe chamasse alentejano é que era anormal, ou minhoto, ou beirão. Porque foram ciganos. O mesmo para os brasileiros, se dissesse que eram algarvios estava a mentir, não estava a evitar “um preconceito” – o que quer que isso seja- já que preconceitos têm até os que os adivinham nos outros por pura paranóia ou por acharem que a imigração descabelada é sempre uma coisa boa e que não existem problemas dela derivados.
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Se tem dúvidas quanto ao que acho desses exemplos consulte os arquivos do Cocanha. Porque eu até já fiz post onde brinquei com o facto do RT e a HM serem o duplo um do outro- positivo e negativo no mesmo formato- geminalidades.
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vou refazer o género:
“zazie, não saí em paragem nenhuma…só estava a tentar ajudá-la a não estar sempre a falar sózinha”
quanto aos seus comentários tenho dificuldade em percebê-LA…são muitas palavras para dizer coisa nenhuma.
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O RT como todos os extremistas de esquerda só tem pena de não ter poder de facto.Se tivesse o zé povinho era educado no Campo Pequeno…
Já agora como os seus povos eleitos são os pretos e os ciganos imprindindíveis para a nossa animação, o que de facto se tem concretizado,vivem esmagadoramente dos impostos dos verdadeiros Portugueses.Sim porque o terem um papel não quer dizer que se seja…como qualquer indígena, mesmo com falta de consulta por haver lista de espera na oftalmologia ve logo, menos ele, ostratadores dos ditos e o politicamente correcto.
Andam a dar o que não é deles… o que ainda vai dar mau resultado.Metade do país tratado como pretos para ter pretos tratados como brancos…
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Pois, eu também não o chamei para interlocutor. O Minhoto percebeu, duvido é que v. consiga alinhavar duas linhas para explicar ou defender o que quer que seja. Mas esteja à vontade.
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está enganado(a);
se alguém chamou alguém para interlocutor foi seu comentário 64, aliás, com a “diplomacia” que lhe é por aqui reconhecida.
quanto a alinhavar 2 linhas…prefiro ser sucinto e claro (62) a gastar palavras para dizer coisa nenhuma (68) ou, o que é mais grave, proporcionar comentários eloquentes(71).
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Pois, nota-se. Não disse nada que tenha a ver com jornalismo. E era apenas disso que se tratava o post.
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Se o problema fosse esse, pelas suas vistas curtas, então digo-lhe mais- até considero que o Ruben de Carvalho é bem capaz de fazer crónicas melhores que todos estes exemplos aqui dados. E é comuna ferrenho.
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Até o mais fanático comuna sabe distinguir os factos das abstracções e nunca transformaria estas últimas no protagonista social.
Se o DO ainda é, por vezes, capaz de se aproximar do jornalismo (caso dos relatos de viagem pelo Próximo Orirente)é bem provável que tal se deva ao facto de ainda ter tido aquela formação comuna, neo-realista, mas que requeria trabalho de campo e bons retratos realistas, da sociedade.
O problema desta esquerda perfumada é que já nem essa tarimba social tem. E nem sequer toma o povo como protagonista das suas lutas. Trocou-o por fabricações aparvalhadas, de importação americanada, a que chamam causas fracturantes e politicamente correcto.
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O comentário 71 é apenas produto da grunhice do próprio. E, no máximo, será alimentado por irresponsabilidades de políticas que o RT defende.
Por isso mesmo é que, quando todos ululam e pedem sangue, se separam as águas.
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bem me parecia que havia por aí algum trauma do prec!
mal por mal, um levantamento nacional é preferível a uma revoluçãozinha!
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Trauma? v. bem pode cuscar por falta de capacidade teórica. Mas nem eu sou tema de debate nem v. me conhece de parte alguma.
Trauma hão-de ter tido os paizinhos destes malucos todos. Lá isso hão-de. Para passados 34 anos ainda andarem em lutas contra o facismo, quando nem sabem o que isso foi, só com muita doutrina e muito trauma desde o biberão.
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Mas a sua falta de lógica é confrangedora. Depois de me ter tentado testar com aquele marrano anormal que se auto-intitula jornalista, chegou à conclusão que eu tenho trauma do PREC por ter dito uma verdade evidente- que o Ruben de Carvalho enfia esta maltosa toda num chinelo.
Se isso é trauma, uma mera confirmação de um abismo entre jornalismo e “bloguismo opinativo a fingir crónica”, os apoiantes do Ruben, apenas por ideologia e pancada utópica, não sei o que serão…
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Se calhar, pela sua lógica, deviam estar internados num manicómio. O que tem a sua sequência- sempre foi assim que os comunas resolveram as discordâncias políticas. Gulag com eles, com diagnóstico de louco.
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claro, a respeito de conhecer…estamos quites.
sobre capacidades teóricas, se não me ajudar, vou levar ainda algum tempo a perceber o que lhe fizeram no Prec!
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…mas esta afirmação pode ajudar
zazie Diz:
8 Agosto, 2008 às 10:09 pm
Para quem viveu o PREC nada disto causa admiração. A esquerda é mil vezes mais perigosa.
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No Prec fizeram-me um bebé.
Foi o trauma que nasceu do PREC. Uma bruta aventura a 2.
“:O))))
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O Portela Menos Um quando não consegue rebater argumentos lá vai buscar a cassete do PREC, daqui a pouco é os “fassistas” e o Salazar, tudo nessas cabeças gira em torno do mesmo, realmente não há pachorra! O tempo realmente é relativo, 40 anos de ditadura devem ser o dobro de 34 de democracia, pois estes últimos passaram a deitar as culpas aos outros. 40 anos de ditadura fizeram mal ao país é certo mas os 34 arruinaram o que havia de bom e isso não foi culpa dos “fassistas”.
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Isto tem piada porque é mesmo uma k7 em reload. Às vezes juntamo-nos para ler estas coisas na blogo (ao vivo é mais difícil apanhá-los) e matamo-nos a rir. Até conseguimos adivinhar o bordão que vem a seguir. Porque é cópia chapada do que diziam os pais deles. E possivelmente hão-de ter dito os avós e bisavós, desde a Revolução de Outubro.
Vale como entendimento de que a palavra tem um poder enorme e é capaz de fabricar a realidade.
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Mas, é claro que, quanto mais afastados da matriz, mais postiços.
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Agora que foi transmitido por herança parental foi. Basta ver fotos deles em bebés e de punho erguido ou ao lados dos pais, em manifs, para se perceber que nem é de autoria própria a ideologia. Nem isso foi livre- foi doutrinado, lavagem ao cérebro desde o berço.
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Por isso é que esta esquerda é tão facilmente situacionista e consegue inventar causas tão revolucionárias como branquear palhaços do poder ou exigir casamento para maricas.
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“zazie Diz:
8 Agosto, 2008 às 10:09 pm
Para quem viveu o PREC nada disto causa admiração. A esquerda é mil vezes mais perigosa.”
Mais um tique estalinista dificil de perder! Para além de censuradora a esquerda blogueira é bufa, vai buscar frases fora do contexto, para tentar provar algo no tribunal do povo.
É por isso e outras que festejo o 25 de Novembro com fervor!
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rebater argumentos, mas que argumentos? que a “esquerdalhada”, como lhes chama zazie, vos tira do sério por escrever coisas como esta …
(…) Se o estado se mete na higiene alimentar ou nos salários dos administradores, é totalitarismo. Se um agente do estado mata uma criança numa ocorrência trivial, a pergunta é “que estava ali a fazer a criança”. Se um patrão despede um empregado por este dizer em público que não é aumentado, é uma divertidíssima chalaça. O pessoal consegue ver o nazismo na lei do tabaco mas andar alegremente a demonizar uma minoria étnica — isso estranhamente não lhes lembra nada. Entretanto, a esquerda é demagógica, politicamente correcta e — o pior de todos os crimes, vejam lá — a esquerda é de esquerda. Eis tudo o que precisa de saber para botar opinião neste país (…)
… e que entretanto a “direita civilizada” berra contra políticas justas de imigração e vê ameaças à “civilização ocidental” em cada preto?
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comentários(2) de 20 Agosto, 2008 às 1:04 am :
vcs são capazes de bem melhor…
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Pois são, Minhoto. Mas eu já ultrapassei essa fase de National Geographic e agora ando mais numa de morder características nas pessoas que as levam a agarrar ideologias.
Porque não acredito que as ideologias são meras opções políticas que se escolhem, como se podiam ter escolhido outras. Há os tais factores de “desorbitação” que tanto levam à necessidade de utopias de mundos às avessas, como são características pessoas de pessoas com essa tendência para a desorbitação.
Por isso é que eu penso que os esquerdistas (ou o oposto- fascistas, extremos- fora do status quo) dão bons artistas. Desde que não sigam cartilhas, não se domestiquem, têm essa tendência para sair da norma que, em termos artísticos é muito mais criativa que o “excesso de Norte”- o bem centrado, e bem ordenado.
Mas, fora do campo artístico são um perigo quando viram para o Poder e querem ser ordem .Porque então acontece o oposto- à falta natural de “calibragem”, segue-se a prepotência e a tirania. Não sabem mandar.- ou se comportam mal e espatifam tudo, ou são tiranos e espatifam os outros.
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Eu nem falei em Direita, ó Portela. Não acertas nem percebes. Neste facto, até disse o que nem v.s conseguem dizer- que foi bárbaro o abate e bárbaro o tiroteio. Não desculpei nenhum dos dois nem precisei de me agarrar aos mortos para fazer passar alguma coisa por portas travessas.
Até porque eu nem tenho tribo e não me considero de direita, sendo que tenho a certeza que não sou de esquerda.
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Mas não sou porque cada um é para o que nasce. Não sou porque, se calhar não tenho características de qualquer ordem para o ser. Tirando a anarquia natural, não consigo ter qualquer afinidade com “superioridades morais” e processos inquisitórios, ou mania de “salvar” os outros à força.
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percebido…do centro, neutro, acima de ideologias, independente, política do trabalho, enfim, bloco central (seja lá o que isso for) no seu melhor!
já quem não vos acompanha nas ideias o termo mais meigo é estalinista; só faltou mesmo o habitual … cubano, chavista, norte-coreano!
ps:
continuo a comprar o Público, apesar de José Manuel Fernandes, em grande parte devido a gente como Rui Tavares.
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?
v. nem para arquivador tem jeito. Não acertou em nada. E também não compreende muito porque isso aí dentro deve estar blindado desde que começou a papar Cérelac.
Acredito que goste de ler outros arquivadores, são como os pinguins, também costumam andar sempre em fila.
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Mas não, o termo mais adequeado para o seu caso não é estalinista- é simplesmente burro.
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fxd, está visto que foi mesmo na mouge!
e só faltava o insulto habitual…sem surpresas.
eu, por mim, acho-os com grandiosa “capacidade teórica”!
o que seria se fossem bestas quadradas!?
hehehehe!
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