150 mil revisionismos
23 Agosto, 2008
Será que Vital Moreira foi o único que ainda não percebeu que Sócrates prometeu (ou terá sido um mero objectivo?) a recuperação de 150 mil postos de trabalho e não a mera criação de 150 mil postos de trabalho? A palavra chave ali do cartaz é “recuperar“. Significa criar emprego de forma a absorver o aumento da população activa e ainda recuperar para o emprego 150 mil pessoas que tinham ficado no desemprego durante os governos do PSD. Foi essa a ideia que que foi passada na campanha e é isso que o cartaz objectivamente diz.


“quem se baixa ao opressor mostra a bunda aos oprimidos”
millor fernandes
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É de morrer a rir as voltas que dá esse cartaz.
Fixaram-se no número e nao deslargam. Já é obcessao.. lol
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««Fixaram-se no número e nao deslargam. Já é obcessao.. lol»»
Creio que quem fixou o número foi o Sócrates. Será que ele estava à espera que esse número não seria relembrado nos quatro anos subsequentes à eleição?
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Eu penso que há uma certa desonestidade semântica nas repetidas tentativas de alterar o que fora expresso na campanha eleitoral. A mentira apoderou-se da política e é uma das principais causas do seu descrédito.
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pois e com empregos assim é muito facil criar emprego em Portugal
“INE
Há 100 mil ‘falsos’ empregados
Por Mariana Adam e Marta Moitinho Oliveira
O número de ‘falsos empregados’ pode ser superior a 100 mil. Este é o universo de pessoas em formação profissional remunerada e que, por isso, não são consideradas desempregadas à luz dos critérios usados pelo Instituto Nacional de Estatística”
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=106379
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Ali no cartaz também leio “objectivo” e chama-lhe mentiroso e dizem que prometeu. Enfim. E entretanto discute-se tretas.
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««Ali no cartaz também leio “objectivo” e chama-lhe mentiroso e dizem que prometeu. Enfim. E entretanto discute-se tretas.»»
Conseguimos andar 4 anos nisto. Porque é que haveriam os políticos de deixar de ser aldrabões se há sempre crédulos que fingem não perceber que o uso da palavra “objectivo” em campanha eleitoral funciona como uma promessa?
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Atenção à nuance:
Quando ficou claro que os 150.000 empregos haviam sido apenas uma promessa (brandida, como tantas outras, para chegar ao poder), Sócrates saiu-se com esta – brilhante:
«Não se tratava de uma PROMESSA, mas sim de um OBJECTIVO».
Uma questão semântica, portanto.
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E acham por acaso que por causa de alguém prometer 150000 empregos, imaginem alguém ia votar por causa disso nele? Quem, os desempregados?
Nao foi por casua desse cartaz que ele ganhou ou deixou de ganhar as eleiçoes. Nem vai ser por causa de cumprir esse objectivo ou nao que vai ganhar ou perder as próximas.
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Até acho que esse cartaz e essa coisa dos 150000 só se tornou relevante depois das eleiçoes, a maioria nem lhe tinha ligado nenhuma antes das eleiçoes. E estao tao fixados no número que até se pudessem iam todos para od esmeprego só para que o número nao fosse atingido, tal é a fixaçao… lol
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Anónimo Diz:
“Nao foi por casua desse cartaz que ele ganhou ou deixou de ganhar as eleiçoes.”
Pois não. Se não lhe tem acrescentado a GARANTIA de não aumentar impostos não tinha papado a maioria absoluta.
07/01/2005
“Vamos convidar o governador do Banco de Portugal para apurar a verdade sobre o défice orçamental”, revelou José Sócrates, defendendo ainda que o défice português está acima dos cinco por cento.”
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?idCanal=0&id=145481
ANTES das eleições já mostrava duvidas acerca dos SEUS pressupostos. Portanto a tal “SURPRESA” nunca existiu.
18/03/2005
“Parece que há muita gente preocupada em dar conselhos ao Governo. Eu recomendo que leiam o meu programa: não está no programa nenhum aumento de impostos”, sublinhou José Sócrates.”
http://dn.sapo.pt/2005/03/18/ultimas/impostos_n_o_aumentam.html
22/03/2005
“Sócrates diz que o aumento dos impostos “vai ser evitável””
“O primeiro-ministro afirmou ontem, no debate do programa do Governo, que será possível evitar o aumento de impostos durante os próximos quarto anos, pois o Executivo irá trabalhar para a consolidação das contas públicas pela via da contenção da despesa do Estado e do aumento da receita fiscal combatendo a fraude e fuga ao fisco.”
http://dn.sapo.pt/2005/03/22/tema/socrates_que_o_aumento_impostos_vai_.html
O que o não impediu de continuar a contar historias de embalar. Sem semântica. 😉
16/06/2005
O Parlamento aprovou hoje o aumento da taxa normal do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) de 19 para 21 por cento, com os votos favoráveis dos deputados PS e contra dos partidos da oposição. A nova taxa entrará em vigor a 1 de Julho.”
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1226022&idCanal=57
Durou 6 meses.
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O psd também garantiu que nao ia aumentar impostos e olha, nao levou com os votos. Também nao foi por isso que o ps ganhou as eleiçoes. E até ele nem garantiu só disse que nao pensava aumentar. Bolas se um partido disser que pensa aumentar, devem fugir todos… lol
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Mas antes o psd tinha dito que ia fazer um choque fiscal, que ainda é pior que dizer que nao vai aumentar. Há uns que prometeram baixar…lol e ganharam as eleiçoes.
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Anónimo Diz:
“Mas antes o psd tinha dito que ia fazer um choque fiscal, que ainda é pior que dizer que nao vai aumentar.”
Portanto, como por lá já passou um vigarista, todos os que lhe sucederem terão sempre o precedente que os absolve. Está bem visto.
Proponho então que se acabe com a maçada e o gasto nas campanhas e programas eleitorais. Se para nada servem para quê insistir? E com o que se poupa pode-se sempre contratar mais uns boys. Só vantagens 🙂
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“Proponho então que se acabe com a maçada e o gasto nas campanhas e programas eleitorais.”
Absolutamente de acordo. Acho um roubo ser o esatdo a pagar semelhante coisa. As campanhas eleitorais nao deviam ser financiadas pelo estado. Ainda temos de pagar essa coisa. É um compelto abuso.
O unico modo de contornar isto é ir almoçar e jantar sempre que se possa nas campanhas de todos os partidos para o cidadao comum nao perdre tudo. Sugiro que nas proximas eleiçoes vao a todos.
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Sócrates falhou rotundamente!Uma hipótese é despedir pessoal e admiti-lo a seguir!
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Anónimo Diz:
“Acho um roubo ser o esatdo a pagar semelhante coisa.”
Se forem os Partidos a pagar já se pode fazer fé no que é dito nessas campanhas? Ou fica tudo na mesma só mudando o circuito por onde o dinheiro circula?
Enquanto os programas eleitorais, e respectivas campanhas, não tiverem força contratual só servem para fazer perder tempo e paciência.
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Se forem os partidos a pagar, cada um paga aquilo que quer ouvir. Cada um investe no partido em que acredita. O J Doe também contribui para a campanha do ps e do pcp. Assim só contribuia para aquele em que acredita e se quisesse.
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“não tiverem força contratual”
Entao nao possuem? Se sentiu enganado naquilo em que votou, nao vote na proxima. Já foi enganado pelo psd e parece que acha que foi pelo ps. Entao mude. Escolha outro.
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“Entao nao possuem? Se sentiu enganado naquilo em que votou, nao vote na proxima.”
Foi ao restaurante comer coelho e calhou-lhe gato? Então não chame a ASAE ou peça o livro de reclamações. Para a próxima não entre lá.
Fez uma aplicação a prazo porque no folheto estava 12% e só depois descobriu que esse era um valor só para o 1º mês? Para a próxima mude de banco. E nem pense em levantar no final do 1º mês porque as penalizações não cobrem os ganhos já auferidos.
Prometeram-lhe “luta contra a corrupção” e depois emigraram para Londres? Para a próxima não vote nele. Aí já não pode votar nele porque não se apresentou a eleições depois de se ter abifado a um cargo de nomeação politica bem melhor remunerado e com menor exposição publica? Para a próxima mude de país e/ou de nacionalidade.
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No fundo do cartaz: “voltar a acreditar”. É uma religião, nada mais.
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Eu, que ando à pouco tempo a ler sobre liberalismo e até vou concordando com umas coisas, pergunto uma coisa. Como é que três anos e tal depois se anda aqui a debater algo que não tem razão de ser debatido?
Isso é mentira, mas nenhum partido o disse porque ninguém sabe quando é que lhe vai ser útil utilizar o mesmo estratagema!
A única maneira de um governo criar 150.000 empregos é abrir 150.000 vagas para a função pública… o que não é o caso! O estado não pode obrigar a sociedade – essa sim é quem cria os empregos – a criar 150.000 postos de trabalho dos quais não tem ou deixou de ter necessidade ou capacidade de sustentar…
O que o nosso 1.º ministro, então candidato, devia ter colocado como objectivo quanto muito seria o apoio à ‘recuperação’ desses postos de trabalho (não sei é se por estas bandas iam gostar de o ouvir anunciar subsídios e jeitinhos e tal para esse fim, mas isso fica mal num cartaz e não entra bem no ouvido!
um abraço
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Se fosse esta a única mentira…
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Não compreendo por que motivo o João Miranda e outros leitores estão a dar tanta atenção a um comentador anónimo que só diz tolices e nem sequer sabe escrever. A menos que estejam a ver neste comentador a personificação da alma socratista: mentiroso, ignorante, mas persistentemente argumentativo.
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“Missão cumprida. Espera-te um pais reconhecido!”
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Num país “do outro mundo”… nada mais de melhor há que esperar. Este povo, indisciplinado e de “xico-espertos”, mais que merece os “pastores” que tem.
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Já agora não sendo totalmente offtopic (afinal o topico é sobre a propaganda socialista) quem tiver curiosidade em conhecer o futuro PC “português” ,Magalhães, perdão, Classmate, está aqui a primera review feita ao novo novo modelo da Intel:
3rd Gen Classmate PC – First Look
http://www.trustedreviews.com/notebooks/review/2008/08/22/3rd-Gen-Classmate-PC—First-Look/p1
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Vital Moreira finge tentar esclarecer o assunto mas apenas o desvia ainda mais do importante. O jornalista escreveu que “na lista de respostas não está a que possa dizer quantos se perderam no mesmo período”. A verdade é que não está e nós podemos muito bem querer saber quantos se perderam, mesmo que o saldo final seja 150.000.
Ou seja, é muito diferente dizer “criámos 150.000 empregos e ninguém perdeu emprego” do que dizer “100.000 pessoas perderam o seu emprego mas criámos 250.000 novos postos de trabalho”, o que daria o tal saldo de 150.000.
A questão é que, com tudo isto, consegue-se desviar o assunto do essencial: que postos de trabalho são esses?
É bom “criar” 150.000 postos de trabalho precários, em regime de “outsorcing” ou “trabalho temporário”? É bom se 100.000 pessoas perderam o seu emprego com contrato (que permite fazer crédito à habitação, pensar em casar ou ter um filho) e 250.000 conseguiram um emprego indiferenciado (temporário) numa fábrica ou num armazém?
Quando, ou se, um dia vos acontecer a vocês depois dizem-me se é bom. Olhem eu tenho um colega que é fiel de armazém (ganha 550 euros) e tem cédula de advogado. Ele não pode comprar casa nem pensar em ter filhos, pois o Banco não lhe dá crédito para a casa nem ele tem condições (económicas e contratuais) para poder pensar sequer em comprar casa ou ter um filho. E pelo andar da carruagem nem vai ter tão cedo…
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Em Moçambique e Angola são precisos advogados às dúzias…
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Isso é solução?
Pensar assim é terrível.
Deslocalizar pessoas, como se fossem mercadoria, é das piores perversões dos países que abraçam a globalização, seja em que sentido for.
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Andam a doutrinar o povo. O homem prometeu novos empregos.
Olhe só o que está na página do site do PS que é 19 de Agosto:
“O primeiro-ministro, José Sócrates, acredita que o actual Governo vai conseguir concluir a promessa de criar 150 mil novos postos de trabalho até ao final do mandato, tendo em conta que desde Março de 2005 até agora houve criação líquida de 133 mil empregos.
Para Sócrates, os dados conhecidos tornam possível antever que irá conseguir cumprir a promessa de criar 150 mil novos empregos até feita quando o Executivo tomou posse, em Março de 2005. Disse também que a criação de novos postos de trabalho prosseguirá como um dos principais objectivos da sua política económica do actual Governo. ”
http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=708&Itemid=27
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A cegueira é contagiosa, parece ser a esperança dos que pretendem convencer que esta promessa eleitoral está prestes a ser cumprida. A partir de que momento se torna verdade uma repetida mentira?
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Da arte das nuances:
The Five Commandments of Animalism:
1. No animal shall sleep in a bed.
2. No animal shall drink alcohol.
3. Four legs good, two legs bad.
4. No animal shall kill another animal.
5. All animals are equal.
Edited Five Commandments of Animalism:
1. No animal shall sleep in a bed with sheets.
2. No animal shall drink alcohol to excess.
3. Four legs good, two legs better!
4. No animal shall kill another animal without cause.
5. All animals are equal, but some animals are more equal than others.
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O Socrates vai abrir call centers e resolve o assunto………
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Jurava que o Doe é funcionário da Somague. Do topo.
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José Sócrates é o maior energúmeno da política portuguesa dos últimos 33 anos: um incompetente de primeira!
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Interessante resenha a de Doe (11). Mas creio que será mais elucidativa do despudor que reina entre os políticos do que da razão do PS ter conseguido a maioria absoluta. Sobre esta, diria que os factores chave foram dois pontos fulcrais:
a) a fuga de Durão Barroso, com a consequente machadada na imagem do PSD e
b) a eficaz campanha mediática montada em torno da dualidade PSL gigolo e incompetente / Sócrates determinado a reestruturar o país (entram aqui as promessas eleitorais na parte do “como”).
Se Cavaco teve as suas maiorias absolutas à conta dos subsídios da CEE/UE, Sócrates consegui-a à conta da técnica “venda do detergente”, como uma vez terá dito Rangel sobre a forma de vender um Presidente da República.
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