Saltar para o conteúdo

Bias, fact checking and transparency

23 Agosto, 2008

Did McCain lift his cross-in-the-sand anecdote from Solzhenitsyn’s “Gulag Archipelago”?

The forgotten scandal of the Soviet ape-man

Scientific Evidence, Legal Evidence, Rational Evidence

Do We Believe Everything We’re Told?

Dark Police

The Transparent Society: Will Technology Force us to Choose Between Privacy and Freedom?

34 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 11:49

    “Em política, o que parece, é”.

    Isto não vem na literatura científica, mas é de uma profunda ciência, a meu ver.

    E correcta.

    Gostar

  2. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 11:56

    A criminalidade parece estar a aumentar.
    A criminalidade além do mais, é um problema político, porque os políticos ( o Governo do momento) devem lidar com esse aspecto essencial do Estado que é a Segurança de pessoas e bens.

    Logo, o Governo está a falhar nesse papel.

    Logo, o ministro deve sair.

    Gostar

  3. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:11

    Vir dizer que não há prova científica ( estatística que também pode ser uma treta) de que a criminalidade esteja a aumentar, é revelar um desprezo pelas mais básicas concepções da política corrente.

    E houve para aí um comentador que o apresentou como uma nova esperança na política…

    Gostar

  4. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:12

    Essa asneira nem o ministro a comete, porque é tao básica que o pobre do Rui Pereira, não tem saída.

    Gostar

  5. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 12:14

    ««Vir dizer que não há prova científica ( estatística que também pode ser uma treta) de que a criminalidade esteja a aumentar, é revelar um desprezo pelas mais básicas concepções da política corrente.»»

    José,

    Eu percebo que se pode fazer política com percepções erradas. Não me parece é que isso contribua para melhorar os problemas de criminalidade. A demagogia baseia-se sempre no aproveitamento dos erros de percepção do eleitorado. Mas a demagogia não deixa de ser demagogia só porque faz parte das mais básicas concepções da política corrente.

    Gostar

  6. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 12:18

    O Rui Pereira faz o seu papel no meio da demagogia reinante. Resolve o seu problema político ultrapassando o PSD e o CDS pela direita. Já prometeu mais armas para a polícia (umas 40 mil), mais treino, mais polícias, mais snipers, mais tiros, mais repressão policial etc. Ainda por cima tem a vantagem de poder fazer demonstrações de força que agradam sempre a uma grande parte do eleitorado.

    Gostar

  7. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:20

    O problema não é das percepções erradas. As percepções podem estar certas. É essa a questão, porque as estatísticas não resolvem problemas sociais e humanos com variáveis que as transcendem.
    É como a Economia. A percepção da realidade para certas pessoas, não coincide com a de outras. Porque estamos a lidar com fenómenos de comportamento social e não com máquinas ou com organismos simples e unicelulares ( mesmo estes, atrevo-me a dizer, estudam-se por algum motivo…)

    Gostar

  8. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:23

    Ver mais além e comprovar que afinal as estatísticas do crime, demonstram uma estabilidade na banditagem, é afiançar que tudo vai bem no melhor deste mundo que é o nosso.

    Se tomarmos, por exemplo, o caso dos acidentes de viação e pelo número de mortos, pretendermos demonstrar que a política de segurança rodoviária, está adequado, quando esse número baixa, isso sim é que me parece demagogia.

    Gostar

  9. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:27

    A percepção da opinião pública, é um fenómeno muito mais interessante do que a análise estatística ou a investigação biológica ( a meu ver, e só para reinar consigo).

    Saber porque determinados fenómenos assumem relevância numa determinada época e noutra não; ou até porque assumem de todo, quando não o seria de espera, é um assunto interessante.

    Trendings sociais. Estou convencido que até há doutoramentos sobre o assunto. O Rui Pereira até os deve conhecer.

    Mas quando o problema lhe bate à porta, não sabe o que fazer e vai na onda.

    Gostar

  10. jorge a.'s avatar
    23 Agosto, 2008 12:27

    John McCain é um tipo com grande apetência para a narrativa fantasiosa:
    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/right-the-first.html

    “On the still-functioning McCain 2000 website in 2004, the text read: During one of those missions, on a visit to Mother Teresa’s Orphanage Cindy agreed to bring two babies in need of medical attention back to the United States.

    By 2008, it had been changed as follows: On one of those missions, Mother Teresa convinced Cindy to take two babies in need of medical attention to the United States.”

    Gostar

  11. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:29

    Porque é que o problema da licenciatura do Sòcrates surgiu como surgiu, depois de meses de exposição num blog? Foi só por causa do Público o mencionar do modo como fez? Não foi só isso.

    Aliás, o Armando Vara que aparentemente tem um problema semelhante, na altura, pôs logo as barbas de molho e falou dos seus esforços denodados para se licenciar e mestrar…ahahahahahah!

    Gostar

  12. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:34

    Há quem se julgue apto a manipular a opinião pública, por causa disso.

    Julgam-se…o que não significa que o consigam. Vejam-se os esforços de propaganda do Governo para influenciar os trendings positivos.

    Na verdade, até conseguem alguma coisa. A questão, porém é esta, já enunciada por um inglês:

    É possível enganar muitos durante algum temppo; poucos, durante muito tempo ( os apaniguados); e ninguém o tempo todo( mesmo os apaniguados, não imbecis, acabam por entender a realidade).

    Gostar

  13. Piscoiso's avatar
    23 Agosto, 2008 18:02

    Pois é.
    Às vezes funciona ao contrário.
    Os que se dizem enganados, são os enganadores.
    Apaniguados e falsificadores.

    Gostar

  14. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    23 Agosto, 2008 20:51

    jorge a. Diz:
    23 Agosto, 2008 às 12:27 pm

    Você deu-se sequer ao trabalho de ler o fact-checking linkado? É que eles concluem que o fantasioso (ou melhor, mentiroso) é o Andrew Sullivan:

    “Solzhenitsyn’s “Archipelago” was originally published in 1973 — the same year McCain returned from Vietnam. But “The Gulag Archipelago” contains no such story. We searched all three volumes of the work through an online version for several key words, and we found nothing remotely similar. It’s just not there.(…) we see no evidence that McCain pilfered the quote.”

    E que têm de fantasioso os textos que cita?

    Gostar

  15. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Agosto, 2008 21:11

    Bias, fact checking and transparency:

    Psychologists determine what it means to think ‘green’
    http://www.usatoday.com/news/nation/environment/2008-08-13-green-psychology_N.htm

    (…)
    News stories that provided a balanced view of climate change reduced people’s beliefs that humans are at fault and also reduced the number of people who thought climate change would be bad, according to research by Stanford social psychologist Jon Krosnick.

    His presentation will detail a decade of American attitudes about climate change. His new experiment, conducted in May, illustrates what he says is a public misperception about global warming. He says there is scientific consensus among experts that climate change is occurring, but the nationwide online poll of 2,600 adults asked whether they believe scientists agree or disagree about it.

    By editing CNN and PBS news stories so that some saw a skeptic included in the report, others saw a story in which the skeptic was edited out and another group saw no video, Krosnick found that adding 45 seconds of a skeptic to one news story caused 11% of Americans to shift their opinions about the scientific consensus. Rather than 58% believing a perceived scientific agreement, inclusion of the skeptic caused the perceived amount of agreement to drop to 47%.

    American Psychological Association leaders say they want to launch a national initiative specifically targeting behavior changes, including developing media messages that will help people reduce their carbon footprint and pay more attention to ways they can conserve.

    (…)

    Gostar

  16. jorge a.'s avatar
    23 Agosto, 2008 21:37

    Caro Paulo Cunha,

    “Você deu-se sequer ao trabalho de ler o fact-checking linkado? É que eles concluem que o fantasioso (ou melhor, mentiroso) é o Andrew Sullivan”

    Caro amigo, antes de acusar os outros, dê-se ao trabalho de pesquisar sobre o assunto. O facto de Solzhenitsyn não ter escrito a história em nada retira a pertinência das questões levantadas por Andrew Sullivan (mesmo porque Sullivan já tinha chegado a essa conclusão).

    Agora se quiser informar-se, dê uma vista de olhos pelos seguintes links:

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/mccains-cross-i.html
    “I have one simple question: when was the first time that McCain told this story?”

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/the-cross-in–1.html
    “why did you not mention this transcendent story in 1973? Why, in discussing three Christmases in captivity in Vietnam, was this story – far more powerful than any of the other anecdotes – omitted? How was it possible for the gun guard of May 1969 to be present at Christmas that year when McCain had been transferred to another camp? Is it possible that McCain’s memory has faded with time and that he has simply fused his own memories with other stories – as Clinton did with Bosnia sniper fire and as Kerry did in remembering another Christmas he could not have actually witnessed where he said he did?”

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/the-dirt-in-the.html
    “Then this: I’ve also been unable to locate the actual alleged passage in the Gulag Archipelago that is referred to in Luke Veronis’ “The Sign Of The Cross.” (If anyone does, please let me know.) But a reader notes that the story of Solzhenitsen and the cross in the dirt was popularized by evangelical leader and former Watergate crook, Chuck Colson. The anecdote appears in Colson’s 1983 book, “Loving God.””

    “But when a candidate tells a story that doesn’t really add up with his previous accounts, and when he runs a campaign ad based on that story whose imagery is closer to someone else’s account than his own, when a life changing moment is forgotten for a quarter of a century until a critical campaign when an appeal to conservative Christians was vital, the question is worth fleshing out – and I will gladly air any evidence that emerges in McCain’s defense.”

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/mccain-responds.html
    “Ben Smith notes: “The easiest way to knock this down would be with an instance of McCain mentioning it between his captivity and 1999.” Somehow I doubt that will happen, don’t you?”

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/solzhenitsyn-ne.html
    “Our collective failure to find any reference in the Gulag Archipelago similar to the cross-in-the-dirt story is now confirmed. Chuck Colson’s version of the story is based on a myth. But a very effective one.”

    http://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/cross-in-the-di.html
    “It’s also worth pointing out, however, that Christians throughout the ages have used similar drawings in the sand to identify one another, although almost all these stories involve the drawing of a fish, an early Christian symbol. But here’s an anecdote from Sudan in 2002, which also contains a drawing of a cross in the sand”

    Gostar

  17. jorge a.'s avatar
    23 Agosto, 2008 21:43

    Caro Paulo Cunha,

    já lhe dei resposta em relação ao primeiro comentário, mas como ia carregadinho de links deve ter ficado bloqueado na prevenção anti-spam. De qualquer forma tente ler todos estes textos do Andrew Sullivan e explique-me onde é que o factcheck conclui que o Sullivan é fantasioso (aliás, o próprio Sullivan já tinha chegado à conclusão que a história atribuida a Solzhenitsyn era falsa e propagada num livro de um evangélico de 1983. McCain que esteve em cativeiro na década de 70 só fez referência à mesma história em 1999).

    Leia (basta substituir os “xx” do endereço por “tt”):
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/mccains-cross-i.html
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/the-cross-in–1.html
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/the-dirt-in-the.html
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/mccain-responds.html
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/solzhenitsyn-ne.html
    hxxp://andrewsullivan.theatlantic.com/the_daily_dish/2008/08/cross-in-the-di.html

    “E que têm de fantasioso os textos que cita?”

    Nada, a não ser o facto de introduzirem a acção directa da Madre Teresa de Calcutá no processo. Mas eu já percebi que inglês não deve ser o seu forte.

    Gostar

  18. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    24 Agosto, 2008 14:32

    bem o joaomiranda lê bué

    Gostar

  19. Desconhecida's avatar
    24 Agosto, 2008 14:32

    bem o joaomiranda lê bué

    Gostar

  20. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    24 Agosto, 2008 16:16

    jorge a.,

    “Mas eu já percebi que inglês não deve ser o seu forte.”

    Provavelmente andará a ler demasiado o Andrew Sullivan. Não estou habituado a discutir com argumentos ad hominem mal-educados. Isso pode ser aceitável para o Andrew Sullivan, mas não para mim.

    “O facto de Solzhenitsyn não ter escrito a história em nada retira a pertinência das questões levantadas por Andrew Sullivan (mesmo porque Sullivan já tinha chegado a essa conclusão).”

    Continuo sem perceber, e o jorge a. sem explicar, porque raio das questões do Andrew Sullivan se deduz que o McCain é dado à “narrativa fantasiosa”. Por um episódio de meia década de cativeiro e tortura ter sido relatado na primeira auto-biografia trata-se de uma fantasia?

    “Nada, a não ser o facto de introduzirem a acção directa da Madre Teresa de Calcutá no processo”

    Se não tem nada de fantasioso, porque razão fez referência ao link no seu primeiro comentário? Relembro que começava pela frase “John McCain é um tipo com grande apetência para a narrativa fantasiosa” seguida de dois pontos e o link. Há evidências fotográficas do encontro da Cindy McCain com a Madre Teresa. Qual é exactamente a sua tese? A de que quaisquer episódios biográficos têm de ser sempre relatados exactamente da mesma forma? É que desconfio que, nesse caso, seremos todos dados à “narrativa fantasiosa”.

    Gostar

  21. jorge a.'s avatar
    24 Agosto, 2008 18:31

    Caro Paulo,

    “Não estou habituado a discutir com argumentos ad hominem mal-educados. Isso pode ser aceitável para o Andrew Sullivan, mas não para mim.”

    Peço desculpa então, tenho a certeza que nesta sua frase não há nada de ad hominem:

    “Você deu-se sequer ao trabalho de ler o fact-checking linkado? É que eles concluem que o fantasioso (ou melhor, mentiroso) é o Andrew Sullivan”

    E continua sem explicar-me onde é que o factcheck conclui que o Andrew Sullivan disse o que quer que seja de errado.

    “Por um episódio de meia década de cativeiro e tortura ter sido relatado na primeira auto-biografia trata-se de uma fantasia?”

    Não necessariamente, mas também não é por esse mesmo episódio ser retratado que trata-se da realidade, pois não? O Sullivan questiona isso e você chama-o mentiroso, depois acusa-me a mim de ataques ad hominem… há qualquer coisa de Karl Rove no seu estilo argumentativo.

    “porque raio das questões do Andrew Sullivan se deduz que o McCain é dado à “narrativa fantasiosa”.”

    Cada um deduz o que quiser. O caro Paulo acredita que são verdadeiras, eu acredito que são falsas. Da mesma forma que não consigo garantir a 100% que a razão está do meu lado, também você não consegue (imagine você que não existiam câmaras de video quando Hillary Clinton se deslocou à Bósnia) – mas pode tentar-me explicar porquê que McCain esperou mais de 25 anos para revelar essa história quando teve várias oportunidades antes para o fazer. E é, no minimo, curioso que a história de McCain seja tão semelhante a uma outra atribuida a Solzhenitsyn que afinal nunca chegou a verificar-se.

    “Se não tem nada de fantasioso, porque razão fez referência ao link no seu primeiro comentário?”

    Pelos vistos também não pescou a minha ironia.

    “Há evidências fotográficas do encontro da Cindy McCain com a Madre Teresa.”

    O que não há é evidência de que foi Madre Teresa quem convenceu pessoalmente Cindy McCain a adoptar os miúdos e, curiosamente ou nem por isso, a narrativa entretanto mudou.

    Repare, em 2000, numa entrevista com o infelizmente já falecido Tim Russert, Cindy McCain afirmou: “And the nuns persuaded me to bring her home”; na Vanity Fair em 2004 vinha reportado assim: “she was asked by one of Mother Teresa’s nuns to help a young orphan with a cleft palate.”; em 2008 no Telegraph já vinha assim: “On Friday she recounted to voters in Missouri and Illinois how Mother Teresa persuaded her to return home with the child.”

    “Qual é exactamente a sua tese? A de que quaisquer episódios biográficos têm de ser sempre relatados exactamente da mesma forma?”

    Não propriamente, a forma é normal que mude, o conteúdo é que não.

    “É que desconfio que, nesse caso, seremos todos dados à “narrativa fantasiosa”.”

    Especialmente se as biografias em causa forem de politicos no activo. Quer seja o McCain, quer seja o Obama (recordo-lhe, que este último, também viu questionadas as suas referências ao consumo de droga durante a sua juventudo na sua biografia pelo NYT).

    Gostar

  22. jorge a.'s avatar
    24 Agosto, 2008 18:36

    É melhor também deixar imediatamente claro, antes que disso também seja acusado, que não uso o Andrew Sullivan como argumento de autoridade. Os argumentos e questões de Andrew Sullivan são tão válidos quanto qualquer argumento e questão do Paulo Cunha.

    Gostar

  23. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    25 Agosto, 2008 01:54

    “O caro Paulo acredita que são verdadeiras, eu acredito que são falsas. Da mesma forma que não consigo garantir a 100% que a razão está do meu lado, também você não consegue”

    Ah… já percebi: visto que não podemos ter a certeza de que o episódio se verificou, é legítimo que possamos questionar a palavra de outro ser humano – somente porque um episódio apenas foi descrito na primeira auto-biografia publicada e não antes. O McCain deveria ter feito uma descrição exaustiva de tudo o que aconteceu durante aqueles cinco anos de imediado.

    O Jorge A. acredita que é legítimo questionar a palavra de outrém com este tipo de raciocínio – se ele não o pode provar, então eu posso sugerir que está a mentir. E depois acusa os outros de serem “Rovianos” (se isto é um adjectivo para “vicioso, hipócrita e ofensivo”, eu acho bem mais apropriado o termo “Sullivaniano”). Estamos conversados, há um abismo ético e moral que nos separa, apenas isso.

    Gostar

  24. jorge a.'s avatar
    25 Agosto, 2008 09:25

    “visto que não podemos ter a certeza de que o episódio se verificou, é legítimo que possamos questionar a palavra de outro ser humano”

    Caro Paulo, mas qual é o seu ponto? É de que o questionamento é ilegitimo? Que devemos acreditar em tudo o que é dito, tal como você fez em relação à história da adopção? Para mim nem se trata de uma questão de legitimidade para questionar ou não, para mim devemos sempre questionar a palavra de outro ser humano quando não é possível ter a certeza que o episódio se verificou.

    Recomendo-lhe este texto:
    http://cafehayek.typepad.com/hayek/2008/08/politics-brings.html

    “Washington is no less diligent than is Hollywood at satisfying the public’s demand for heroic adventures, epic fantasies, and fairy tales. Each production stars supercilious superstars portraying characters boasting magical powers and godly goodness.

    The only difference between Hollywood and Washington is that, while audiences understand Hollywood’s leading men and women to be acting, this same ability to distinguish fantasy from fact disappears when the executive producer is Uncle Sam.”

    Gostar

  25. jorge a.'s avatar
    25 Agosto, 2008 09:39

    “Estamos conversados, há um abismo ético e moral que nos separa, apenas isso.”

    Pois há, continuo à espera que o Paulo com a sua ética explique porquê que o texto do factcheck conclui que o Sullivan é mentiroso, e se não conclui certamente o Paulo irá admitir que estava errado.

    Gostar

  26. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    26 Agosto, 2008 01:15

    Jorge a.,

    Já percebemos que é o tipo de pessoa que acusa aqueles que relatam pormenores biográficos de serem mentirosos quando o Jorge não os testemunhou em primeira mão, logo “ter a certeza”. Não vejo o que exista mais para conversar.

    “Pois há, continuo à espera que o Paulo com a sua ética explique porquê que o texto do factcheck conclui que o Sullivan é mentiroso”

    Leia o factchecking. São eles próprios que o concluem. O texto do Sullivan é lá linkado.

    Gostar

  27. jorge a.'s avatar
    26 Agosto, 2008 13:44

    Caro Paulo,

    “Leia o factchecking. São eles próprios que o concluem.”

    Não, eles não concluem nada. O caro Paulo é que há má fé concluiu erradamente.

    “O texto do Sullivan é lá linkado.”

    Pois está, para o primeiro post do Andrew Sullivan sobre o assunto, onde diz: “The story is also hauntingly like that recounted by Solzhenitsen, as told in Luke Veronis, “The Sign of the Cross”:”

    Onde é que encontra a mentira de Sullivan nesta frase? Ou em todo o post linkado?

    Depois, a 18 de Agosto, ainda antes do texto do factcheck, Sullivan diz isto:
    “Then this: I’ve also been unable to locate the actual alleged passage in the Gulag Archipelago that is referred to in Luke Veronis’ “The Sign Of The Cross.” (If anyone does, please let me know.) But a reader notes that the story of Solzhenitsen and the cross in the dirt was popularized by evangelical leader and former Watergate crook, Chuck Colson. The anecdote appears in Colson’s 1983 book, “Loving God.””

    Agora diga-me, de boa fé, onde é que Sullivan mentiu e onde é que o factcheck concluiu isso?

    Gostar

  28. jorge a.'s avatar
    26 Agosto, 2008 13:49

    Caro Paulo,

    “Não vejo o que exista mais para conversar.”

    Não há nada a conversar porque o Paulo desconversa. Foge em frente, tipico de quem não tem razão. Por exemplo na questão do Sullivan não cita uma única frase do mesmo a dizer que o que ele diz é errado, é mentira, no entanto chama-o mentiroso. Funny.

    Mas ao menos podia-me responder a esta pergunta, afinal, acredita que foi a Madre Teresa de Calcutá quem directamente solicitou a Cindy McCain para adoptar a criança ou não?

    Gostar

  29. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    26 Agosto, 2008 13:56

    No primeiro post, o AS baseia a insinuação num link para um texto em que é afirmado que a história está no Arquipélago de Gulag.

    Eu cito do factchecking:

    “Within hours the Internet was littered with blog entries
    hinting at the possibility Sen. McCain had lifted the anecdote from Nobel Prize-winning Russian author Alexander Solzhenitsyn’s “The Gulag Archipelago” and lied about it.”

    Clique nos links disponíveis nesta parte do texto. Verá que um deles remete para um post do AS.

    Mesmo quando escreve mais tarde que “was popularized by evangelical leader and former Watergate crook, Chuck Colson. The anecdote appears in Colson’s 1983 book, “Loving God.”” está a mentir. Como se lê no factchecking, as histórias são diferentes.

    Provavelmente é o factchecking que é “roviano”. Não é basicamente isto que o fanático do AS acusa de ser todos os que o contrariem ou de quem não goste?

    Mas enfim, como já disse: se o jorge a., tal como o AS, não vê nada de errado em sugerir que os outros mentem apenas porque não presenciaram pessoalmente todos os momentos da vida dessa pessoa, não há nada a fazer. É mesmo uma questão de boas maneiras e decência. Essas coisas não se ensinam.

    Gostar

  30. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    26 Agosto, 2008 13:57

    “Mas ao menos podia-me responder a esta pergunta, afinal, acredita que foi a Madre Teresa de Calcutá quem directamente solicitou a Cindy McCain para adoptar a criança ou não?”

    Sim.

    Gostar

  31. jorge a.'s avatar
    26 Agosto, 2008 15:02

    Caro Paulo,

    ““Within hours the Internet was littered with blog entries
    hinting at the possibility Sen. McCain had lifted the anecdote from Nobel Prize-winning Russian author Alexander Solzhenitsyn’s “The Gulag Archipelago” and lied about it.””

    Volto a reafirmar que o inglês não deve ser o seu forte. O “lied about it” do texto do factcheck não se refere aos bloggers que levantaram a história, mas sim à possibilidade levantada de McCain ter mentido. Já agora convém frisar que Sullivan, ao contrário do que você diz, nunca afirmou que McCain mentiu, apenas colocou a possibilidade (com motivos fortes) disso ter acontecido.

    “Mas enfim, como já disse: se o jorge a., tal como o AS, não vê nada de errado em sugerir que os outros mentem apenas porque não presenciaram pessoalmente todos os momentos da vida dessa pessoa, não há nada a fazer. É mesmo uma questão de boas maneiras e decência. Essas coisas não se ensinam.”

    O Paulo acredita em tudo o que lhe dizem?

    “Sim.”

    Então Cindy McCain mentiu quando disse: “And the nuns persuaded me to bring her home”. Pena que no ano 2000 ninguém tivesse questionado a história de Cindy McCain, podia ser que ela não tivesse esperado por 2008 para se lembrar que foi a própria Madre Teresa de Calcutá a interveniente na história.

    Gostar

  32. jorge a.'s avatar
    26 Agosto, 2008 15:06

    “Within hours the Internet was littered with blog entries
    hinting at the possibility Sen. McCain had lifted the anecdote from Nobel Prize-winning Russian author Alexander Solzhenitsyn’s “The Gulag Archipelago” and lied about it.”

    Traduzido dará qualquer coisa como:

    “Em poucas horas a Internet estava inundada de entradas em blogues sugerindo a possibilidade do Senador McCain ter adoptado a história do livro “Arquipélago Gulag”, do autor russo galadoardo com o prémio Nobel Alexander Solzhenitsyn, e mentido sobre a mesma.”

    Percebe agora o sentido do “lied about it”?

    Gostar

  33. paulo cunha's avatar
    paulo cunha permalink
    26 Agosto, 2008 16:02

    Não se preocupe com o meu inglês.

    Eu repito: o post do AS não apenas se baseia, mas remete para outro post, em que é afirmado que a história está no Arquipélago de Gulag. Isso é mentira. O AS sugeriu que o McCain é mentiroso sem apresentar provas para isso: ele permite-se a tal apenas porque não testemunhou pessoalmente o episódio.

    Podemos concordar que acusar os outros de mentirem, ou sugerir que os outros são mentirosos, sem apresentar provas disso é calunioso?

    Gostar

  34. jorge a.'s avatar
    26 Agosto, 2008 16:31

    Paulo Cunha,

    venceu-me pelo cansaço, desisto. Boa sorte. Já agora fique a saber que eu sou o Andrew Sullivan e que nas horas vagas venho para aqui debitar comentários na caixa do Blasfémias. Espero que não ponha em causa esta minha afirmação.

    Cumprimentos.

    Gostar

Indigne-se aqui.