Suspense II: Eleições em Angola
Afinal, as coisas não serão tão entusiaticamente normais como alguma imprensa se esforçava por nos dizer. Pelo que se ouve, serão, pelo menos, discutíveis. Lembro-me, a mero talho de foice, das reportagens, na TVI, de Vitor Bandarra que muitas vezes pareceu adoptar o tom de um porta-voz do MPLA e do Presidente José Eduardo dos Santos!
Curiosa foi a peça em que Bandarra noticiou o facto de a UNITA acusar uma instituição de crédito de ter financiado (deduzia-se, ilegalmente) a campanha do MPLA. Tudo mais parecia, na pose e na forma como Bandarra falava do caso, um pequeno fait-divers sem importância, uma suspeita meramente alegada e normal em campanha. Claro que, naquela reportagem, ouvimos (apenas) o Presidente da dita instituição de crédito negar tudo, sem qualquer contraponto, contraditório ou preocupação, da parte de Bandarra, em tentar conhecer a opinião da outra parte! Ou, pelo menos, explicar porque é que tal não lhe tinha ocorrido, ou não lhe tinha sido possível….
A ler, no Geração Rasca e sobre esta diversidade jornalística-opinativa, Uma questão de Vistos
BLASFÉMIAS 
Excerto: Pedimos vistos para os nossos jornalistas com muita antecedência: em Junho. Esperámos por eles sem sucesso, pois as autoridades angolanas entenderam que não queriam que jornalistas do PÚBLICO entrassem no país. Tentaram mesmo evitar que angolanos colaborassem connosco. (…) todos em Angola sabem porque ocorreu esta discriminação: os senhores que mandam no país não toleram a comunicação social livre e independente e não perdoam aos jornalistas ou órgãos de informação que, em algum momento, noticiaram escândalos, reportaram abusos ou se manifestaram, em textos de opinião, contra o regime. E retaliam em conformidade.
O boicote do governo angolano não se deve, portanto, a um “atraso” na emissão de vistos, como esta semana augurou o primeiro-ministro, José Sócrates.(…)Cabe perguntar se o Governo de Portugal, como acontece noutros países face a circunstâncias idênticas, encetará alguma diligência para obter explicações sobre o que se passou e se fará algo em relação à atitude das autoridades angolanas.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341652
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É cedo para tirar conclusões das eleições em Angola, convém ter em mente que o País não tem capacidade de organização e planeamento, não seria hoje que por milagre tal iria acontecer.
Também as últimas e únicas foram há 16 anos, logo deve ser dado o beneficio da dúvida sobre a situação do arranque das eleições e o atraso na abertura de algumas assembleias de voto.
Quanto à abertura e democracia do MPLA, não esquecer que estão no poder desde sempre, têm matriz marxista e o facto de estarem a realizar eleições, correspondendo aos anseios da comunidade internacional, já é um feito gigantesco.
Para se entender este País e a sua forma de actuar deve-se passar cá uns meses para ver o dinamismo da economia e o facto de cá trabalharem 60.000 Portugueses, que são a melhor “ajuda” à descida do desemprego das grandes politicas de José Sócrates.
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Pois, dai, “talvez” (repito, apenas “talvez”) as diferentes perspectivas da coisa, em termos de reportagens, notadas entre a RTP e a TVI (com o veemente Bandarra) e, por exemplo, o Público e os órgãos do grupo Impresa (ou seja, os que tiverem “alegadamente” as tais dificuldades relativamente aos Vistos)
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“Quanto à abertura e democracia do MPLA, não esquecer que estão no poder desde sempre, têm matriz marxista e o facto de estarem a realizar eleições, correspondendo aos anseios da comunidade internacional, já é um feito gigantesco.”
Claro, e o facto de o MPLA ser membro da Internacional Socialista é apenas um engano.
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Obviamente, que o ‘politicosinho’ português de (ou ‘ao’?) serviço nessa missão imediatamente desmentiu essas declarações e assegurou que tudo estava a correr normalmente só com alguns ligeiros atrasos…
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PMF, você é dos tais, como as vespas, que lá traz sempre atrás ou à frente a sua ponta de veneno. E isso mais vezes é inveja outras mero não saber fazer outra cousa.
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E onde, ó pá, já se viu uma campanha de votações ser isenta a 100%? Lá prà Mérica, porventura? Ai, ai, deixa-me rir, se não arrebento!… Quanto mais, então, companheiro, numa terra nova, saída há pouco da guerra, porque quando foi a eleições houve uma facção, por sinal da tua pinta, que se revoltou, vendo que perdia, determinou que ia prà guerra elá foi, mas perdeu, ao fim bem quinze anos. E agora querias uma pureza de eleições, é? Como por cá? Mas tu és puro, ó seu tratante, com gosto de maldizente. E não falta aí quem te siga os passos. Que falar mal, como bem, vai só dos queixos.
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E dizem eles que o paós de Angola, não há dúvida, é rico, mas não para todos, porém, serve-nos nisto, que até dá pa calar que também por cá, de há muito, com o PSD e o PS, a riqueza se entorna toda só para uns tantos, não parecendo que a nossa democracia velha tenha feito, como se esperava, assim tantos progressos. Mas dá-lhes pa Angola, que não tem lá um governo conforme completamente à pinta dos nossos, ahaha!…
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É preciso, não ter nada , mas mesmo nada para fazer, para gastar tempo com estas eleições….
Vou já “Bazar”
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Está tudo a correr tão bem , mas tão bem mesmo que as próximas eleições são já daqui a 10 anitos.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341748&idCanal=11
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“o eurodeputado do PSD, Silva Peneda que integra esta missão de observadores da União Europeia, não partilha da opinião manifestada por Luísa Morgatinni.
Silva Peneda confirma que há atrasos na abertura de algumas mesas de voto, mas na opinião do eurodeputado a situação não justifica uma declaração deste cariz”
Já se esperava que um senhor do PSD se fosse demarcar da verdade observada.
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Este Bandarra é um sapateiro
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Agora a sério, o que eu triste, mesmo triste, mesmo, mesmo, triste, é o facto de alguns jornalistas – mas sobretudo editores – só terem deixado de fazer o bom do frete quando lhes recusaram os vistos.
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Era “o que eu acho triste”, obviamente.
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Estes jornais e jornalistas são os mesmíssimos que por aí nos cortam os dizeres que não vão consoante à sua folha de serviço.
Como Zé dos Santos, “Aqui, Grosny, na mais perigosa rua, a esta hora, do mundo” – e só por dizer que era um bushista da Nato.
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Em directo de Angola:
1. Dizer que Angola não tolera meios de informação livres e independentes, é o mesmo que dizer que todos os orgâos que aqui estão a fazer a co0bertura não são independentes. Essa é a primeira asneira de quem se julga o unico arauto da independencia e verdade. A questão dos vistos não foi positiva, mas aí culpem também a nossa diplomacia e o nosso PM que ainda há dias garantia na televisão que iriam ter vistos. Neste particular continuo hoje, após alguns anos em Luanda, que a nossa diplomacia tem muit que aprender. Não me cosntou problemas de vistos com espanhois, franceses, americanos, chineses, etc. Mas claro, esses são dependentes e enviesados. Os únicos independentes são alguns portugueses.
2 – Em relação às declarações da observadora da ONU, esta voltou a falar, um pouco mais tarde, a dizer que desastre foi a organização e a logistica na abertura de algumas assembleias de voto em Luanda. ISto é, ressalvou que o processo eleitoral decorreu de forma normal e acima de tudo cívica. Nenhuma oposição “incendiou” e limitoiu-se a apresnetar as suas reclamações.~As pessoas votaram com respeito e com muito poucos incidentes. Portugal tem eleições quse todos os anos. Angola vive hoje as 2ªs eleições. Creio que o saldo é positivo.
3 – Estou em Luanda, e hoje, no dia da contagem de votos, que atribuem cerca de 80% ao MPLA, vejo Luanda tranquila, igual a qualquer outro domingo de Luanda: a acordar um pouco mais tarde, tranquilo e sem transito. OS festejos ainda não começaram. Quem não está aqui, quem não pode ir à janela e dar uma volta de carro pela cidade para sentir o pulso, pode imaginar outro cenário, sobretudo se algum tipo de sugestão ou de interpretação precipitada de qualquer comentário poderá suscitar na imaginação das pessoas. Acho que a observadora não mediu bem as suas palavras.
4 – Sinceramente, seria dificil até ao momento que as coisas corressem melhor. Parabéns aos Angolanos. MAs claro, como estou cá a minha posição também deve ser enviesada e pouco independente.
Em vez de nos preocuparmos tanto em encontrar sinais de algo estranho, quando existem entidades que cá estão exactamente para esse efeito (observadores e especialistas), deveriamos congratular-nos com o que está a acontecer, até porque temos uma comunidade enorme portuguesa cá, e só temos a ganhar enquanto país se tudo correr bem por cá. PReocupemo-nos sim com o que se passa em Lisboa, em que todos os dias nos dão belos sapos para comer, e nós engolimos aquilo como se fossem apetitosos pasteis de nada.Ainda por cima não temos observadores independentes para mostrarem essa realidade.
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Só nos angolanos sabemos o que ja passamos e não queremos voltar a passar por isso hoje mostramos o quanto somos uma sociedade civilizada e pacifica, por favor pedimos ao povo portugues que parem de fumentar confusão e tentar distorcer nossas vontades se o MPLA ganhou é porque o povo ANGOLANO assim o quiz, nos é que estamos a viver e a ver as melhorias que a maldita guerra fez durante 30 anos nos é que sofremos, esses jornalistas que so querem fazer noticia esqueçem que essas noticias que a lhes aumentam a audiencia a nos podem provocar mortes nas nossas familias por favor nos somos um povo unido e que so quer paz.DEIXEM OS ANGOLANOS EM PAZ.O Victor Bandarras sabe o que este povo sofreu e ainda sofre. VIVA O NOSSO PRESIDENTE por ter conduzido este pais durante 30 anos de guerra agora mostra que es capaz de conduzir em tempo de paz o povo esta contigo
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Com muito orgulho e determinacao sou angolano e acredito na consciencia e sagacidade dos meus compatriotas…A vontade do povo e a vontade de DEUS os angolanos optaram pelo MPLA para os proximos 4 anos,o pleito nao foi perfeito mas meus caros foram a sensivelmente 16 anos e demos uma licao a Africa e ao mundo em geral,pesso a alguns portugueses que deixem de fomentar confusoes e que preocupem se mais com a crise que assola o vosso pais e muito feio falar de algo que se desconhece completamente…sejam mais coerentes nas vossas abordagens porque estao a cada dia que passa mais ultrapassados.
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