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Regulação: a nova via para o socialismo

16 Setembro, 2008

Apesar de já existirem dezenas de mecanismos reguladores da economia e dos mercados financeiros, são sempre insuficientes. O problema nunca é das falhas de regulação. É sempre da falta de regulação. A regulação costumava ser um conjunto de regras gerais e abstractas que não interferiam com as decisões concretas dos agentes. Esses ficavam por sua conta e risco dentro das regras definidas a priori. A regulação é cada vez mais concreta e cada vez mais fina, mas os críticos do capitalismo ainda não estão satisfeitos. Só o estarão quando todas as decisões económicas relevantes ficarem a cargo da regulação.

12 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    17 Setembro, 2008 00:08

    E esta? O João Miranda converteu-se num teórico do Socialismo! Visto que (supostamente) a sua tese aborda as posições de outros pensadores do pólo anti-capitalista, sustente-a com as respectivas fontes. Deverá saber fazê-lo, visto que, salvo erro, é investigador de não sei o quê. Isso de imaginar que um qualquer intelectual sustentou aquilo que vinha mesmo a calhar não funciona. Concretize os avanços da regulação. Exemplifique essa suposta satisfação.

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  2. ZARCO's avatar
    ZARCO permalink
    17 Setembro, 2008 00:11

    Importa-se de explicar isso melhor, para ver se consigo entender?

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  3. tonibler's avatar
    17 Setembro, 2008 00:13

    Curiosamente, esta crise é provocada, em boa parte, pela regulação. Se ratings da S&P e da Moody’s dados às obrigações do subprime fossem questionados, boa parte da crise não existiria. Mas quem questiona algo que é aceite pelos reguladores??…..

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  4. Desconhecida's avatar
    Portela menos um permalink
    17 Setembro, 2008 00:19

    (…) Só o estarão quando todas as decisões económicas relevantes ficarem a cargo da regulação (…)

    ou então a cargo dos gestores da Lehman, que receberam o ano passado quase 5,7 mil milhões de dólares em bónus.

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  5. Desconhecida's avatar
    17 Setembro, 2008 00:30

    “(…)gestores da Lehman, que receberam o ano passado quase 5,7 mil milhões de dólares em bónus.”

    Deixe lá, nós por cá também damos pensões chorudas e antecipadíssimas aos arruinadores do nosso país: Governantes e Deputados.

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  6. Marcos Garrido's avatar
    Marcos Garrido permalink
    17 Setembro, 2008 09:47

    @Yoda: parece-me que o Joao Miranda estava a ser irónico. Nao considere as suas declaraçoes só pelo seu “valor facial”.

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  7. caodeguarda's avatar
    17 Setembro, 2008 11:13

    Já leram o VGM no DN de hoje? vindo da esquerda e normamente ferrenho de tudo o de mau que há no psd (sr. silva, mfl e quejandos) trás um bom artigo sobre porque é melhor o McCain que o Obama… a ler…

    FELIZMENTE…

    Vasco Graça Moura
    Escritor
    Sou menos crítico de Bush do que está na moda sê-lo, embora seja severamente crítico da maneira inacreditável como o day after decorreu no Iraque.

    Em todo o caso, os juízos quanto a Bush estão a mudar, tal como aconteceu com Reagan, que a esquerda também não se cansou de ridicularizar. Uma revista equilibrada como a Prospect, no seu número de Agosto, já inclui um artigo de Edward Luttwak, em que se pergunta se Bush não teria afinal razão em vários aspectos principais do seu mandato e, muito em especial, na luta sem quartel que desarticulou o “global jihadism” terrorista depois do 11 de Setembro, bem como na desnuclearização (Líbia, Síria, Coreia do Norte), na posição de firmeza relativa ao Irão (lá onde a Europa falhou completamente), e até na evolução das relações económicas dos Estados Unidos com a China e a Índia.

    De resto, a economia dos Estados Unidos não tem vindo a portar-se assim tão mal apesar da crise do subprime: crescimento médio anual de 2,2% entre 2001 e 2007, expansão económica da ordem dos 19%, desemprego da ordem dos 4,7% (na Zona Euro, foi de 8,3% no mesmo período). Para um estudo Gallup, só 9% dos americanos estão descontentes e receosos de perder o emprego; para outra sondagem (Harris Interactive), 94% dos americanos estão satisfeitos com a vida que têm (estes e outros números são apresentados por Nicolas Lecaussin no Figaro de 11.9.08).

    O argumento de que a maioria dos europeus prefere Obama a McCain não tem qualquer peso eleitoral, só mostra a parvoíce dos europeus e como acaba por ser eficaz a diabolização que a esquerda se encarrega de promover desde que se trate dos Estados Unidos e dos republicanos, enquanto se vai babando, extasiada, de socialismo prospectivo.

    Obama como símbolo de ultrapassagem da questão racial não interessa nada. A questão está resolvida nos Estados Unidos e os grandes marcos dessa tradição até são republicanos. Como Yves Roucaute recordava há duas semanas (Figaro, 4.9.08), o partido republicano foi criado por Abraham Lincoln contra o partido democrata esclavagista; o voto aos negros foi dado pelo republicano Ulisses Grant em 1870, e não pelo democrata que o antecedeu, Andrew Johnson; o partido democrata só começou a aceitar a igualdade de direitos em 1961; a primeira nomeação de afro-americanos para cargos como o de chefe de Estado-maior e o de secretário de Estado foi feita pelo republicano George W. Bush.

    Mas deve perguntar-se o que é que pode significar para a Europa a eleição de Obama. Ele acabará com os benefícios fiscais para as empresas que criem emprego fora dos Estados Unidos, isto é, bloqueará as deslocalizações americanas para a Europa e a Ásia, e procurará repatriar o investimento americano no estrangeiro. Reforçará as barreiras aduaneiras. Defenderá o proteccionismo e a guerra económica. Quererá renegociar as condições de existência da NAFTA, impedir a entrada nos Estados Unidos de produtos dos países emergentes e também dificultar a concorrência europeia.

    Diferentemente, McCain, que fala de mercados estrangeiros abertos para os agricultores norte-americanos, defende esforços multilaterais, regionais e bilaterais que permitam reduzir as barreiras ao comércio e conseguir o cumprimento “fair” das regras de comércio global. Tudo isto vem ao encontro de interesses europeus numa mundialização a que nenhum país escapa.

    Quanto ao Irão, ao Iraque, a Israel e outras questões da mesma natureza, Obama tem sido sucessivamente contraditório, não havendo uma ideia clara quanto às suas verdadeiras intenções… O ponto em que tem sido mais afirmativo respeita a uma retirada das tropas americanas do Iraque sem atender às consequências, matérias em que McCain defende soluções mais moduladas, mais realistas e mais sensatas.

    A eleição de Obama poderá sair muito cara a uma Europa em crise múltipla, pateticamente destituída de qualquer capacidade militar digna desse nome e cronicamente dependente do parceiro americano para a segurança dos seus cidadãos e do seu território. Sabe-o a esquerda, e por isso exulta. Sabe-o a direita, mas só agora começa a dizer alguma coisa. Enfim, afigura-se que McCain vai ganhar. Felizmente.

    http://dn.sapo.pt/2008/09/17/opiniao/felizmente.html

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  8. Luis Rainha's avatar
    Luis Rainha permalink
    17 Setembro, 2008 11:25

    “um conjunto de regras gerais e abstractas que não interferiam com as decisões concretas dos agentes”‘ Que raio de regras serão essas? Assim uma coisa inócua tipo 10 mandamentos?

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  9. Desconhecida's avatar
    Sem Anestesia permalink
    17 Setembro, 2008 12:16

    Construções de Frases Portuguesas:

    “Devia haver uma lei…”

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  10. Ibn Erriq's avatar
    Ibn Erriq permalink
    17 Setembro, 2008 23:27

    o JM é mais ou menos por aí, e quando a regulação falha o capitalismo nacionaliza!

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