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Dia sem carros

22 Setembro, 2008

14 comentários leave one →
  1. O Silva's avatar
    O Silva permalink
    22 Setembro, 2008 20:36

    Eu hoje colaborei… adei todo o dia à boleia…
    A minha parte do bjectivo foi conseguida, pelo menos havia menos um carro a circular…o meu!

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  2. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Setembro, 2008 20:49

    É o ministro da economia?

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  3. Diogo's avatar
    22 Setembro, 2008 21:01

    Jon Stewart – a fraca memória do Procurador-Geral Alberto Gonzales

    Jon Stewart, do Daily Show, relembra-nos, com humor, os extraordinários argumentos do agora ex-Procurador-Geral dos Estados Unidos, que depôs perante o Comité Judicial do Senado em Agosto de 2007. Entre várias controvérsias e alegações de perjúrio, Alberto Gonzales anunciou depois a sua resignação do cargo em Setembro de 2007. Mas recordemos o seu depoimento no Senado:

    Jon Stewart: Na opinião de alguns, o Procurador pecou por alguma falta de franqueza.

    Gonzalez: Não me recordo exactamente; não me recordo do conteúdo… ; não tenho qualquer ideia disso; não me recordo de todo; dou voltas à memória… ; senador, não me recordo; Só posso falar do que me recordo; não me recordo de me lembrar… ; havia uma reunião marcada para as 9 horas de 27 de Novembro na minha agenda, mas não me recordo dessa reunião…

    Bush: O Procurador-geral apresentou-se perante o Comité e prestou um depoimento muito cândido. Respondendo de forma honesta a todas as perguntas que podia responder e aumentando a confiança que deposito nele para este cargo.

    Vídeo (legendado em português) – 4:53m
    .

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  4. simon's avatar
    simon permalink
    22 Setembro, 2008 21:04

    Dia sem carros, à chuva torrencial, com uma diarreia e cálculos nos rins por mor de umas fábricas de leite condensado das multinacionais… Que mais nos vai ainda acontecer, minha mãe?

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  5. carneiro's avatar
    22 Setembro, 2008 21:38

    No “dia europeu sem carros” borrifem-se para a iniciativa que tem tanto de cinismo político como de ineficácia prática.

    Mas nos 104 dias de fim de semana do ano, andem de bicicleta. Olhem que faz bem ao coração…

    E ciclistas e águas friezes fazem as gajas felizes… è perguntar ás mulheres e namoradas de ciclistas… Não digam que eu não avisei.

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  6. carlos sacramento's avatar
    22 Setembro, 2008 22:10

    Idiotice.

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  7. fado alexandrino's avatar
    23 Setembro, 2008 10:11

    Estive na Baixa de Lisboa um sitio bem crítico para fazer estas experiências.
    Funcionou e não vi ninguém em desespero.
    Porque é que não há-de funcionar nos outros dias?

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  8. RV's avatar
  9. carneiro's avatar
    23 Setembro, 2008 11:57

    Fado, trabalho na baixa – Rua de S. Julião.

    Mas não moro lá. De que serve fechar a Baixa ao transito automóvel se eu para lá chegar de bicicleta tenho que arrostar com o sacrílego gigante ?

    É como os domingos sem carros no terreiro do paço…para se chegar lá tem que se passar por locais com muitos carros…

    E os pavimentos de Lisboa são os mais ranhosos do país… só com Btt e de dupla suspensão. Com os 23 mm das minhas rodas campagnolo não dá para andar na baixa de Lisboa.

    Se o Costa quisesse fazer alguma coisa pelas bicicletas em Lisboa, fechava ao transito automóvel a Av. de Roma aos domingos de manhã entre a Praça de Londres e Alvalade e tinha ali uma magnífica pista urbana, com famílias a ciclar, lojas a vender e restaurantes e pastelarias a facturar… E para actividade mais atlética, fechava o campo grande pela faixa central (tuneis) e punha ali várias centenas de ciclodesportistas a pratricar desporto ao domingo de manhã.

    Mas a Polícia Municipal de Lisboa só está disponível para acompanhar as iniciativas ciclisticas duma vintena de alternativos ligados ao Bloco. os milhares de ciclo-desportistas e cicloturistas de Lisboa, se quiserem policiamento nas suas inciciativas e passeios organizados pagam à Brigada de Transito e á PSP ao km…

    Até nas bicicletas, ou em especial nas bicicletas, temos uma Terceira Republica da treta.

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  10. RV's avatar
    23 Setembro, 2008 12:19

    Carneiro, existem realidades alternativas. E não me refiro ao Second Life.

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  11. RV's avatar
    23 Setembro, 2008 12:37

    Carneiro, já agora, a sugestão que fez de fechar ruas também é a que tenho defendido mas num plano mais alargado.

    No Fliscorno:
    E nas nossas cidades, o que se pode fazer? Fisicamente, já não existe espaço para construir pistas para bicicletas. As vias públicas estão divididas entre a zona de circulação automóvel e os estacionamentos, sobrando por vezes apenas um espacinho para circulação pedonal. Todas as cidades têm zonas planas e de pouca inclinação, potenciais locais cicláveis. Acontece que a quase totalidade das ruas estão abertas ao tráfego automóvel, salvo as excepções das chamadas “baixas” vocacionadas ao turismo e comércio tradicional. Mas consideremos esta hipótese: e se apenas algumas ruas das cidades estivessem abertas ao tráfego automóvel? Certamente que seria possível planear eixos de passagem e eixos secundários, sobrando os eixos locais. Os primeiros e segundos seriam abertos ao automóvel no geral e os eixos locais seriam abertos apenas a moradores, cargas e descargas, peões, bicicletas e transportes públicos. Passariam a existir ruas com poucos carros onde seria seguro circular de bicicleta. Este meio de transporte poderia então ser efectivamente usado como complemento ao transporte principal, fosse ele o privado ou público.

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  12. carneiro's avatar
    23 Setembro, 2008 14:41

    RV,

    Há zonas de Lisboa onde não faz sentido o transito segregado. A solução é a acalmia da velocidade automovel e coexistencia com as bicicletas. E portagens em certas zonas da cidade. Só a pagar a malta ganha juízo.

    Exemplo: avenida de Roma, 8:50 horas de cada manhã. A avenida está plena de veículos em bicha entupida a apitar e a gastar combustível. Rigorosamente por baixo desta via, existe o Metro (que é um Metro a sério e não um electrico como o do Porto – esta vai dar barulho! ehehe) que áquela hora (surpresa geral !) admite lugares sentados. Vejo isto diariamente.

    Faz algum sentido que a Av. de Roma esteja aberta ao transito daqueles que compraram casa no Cacém, pela sexta parte dum andar na Av. de Roma, mas que depois venham poluir o zona habitada por aqueles que pagaram seis vezes mais ?

    Para chegar á cidade não é problema meu. Mas desde que se entra na cidade é de utilizar transportes publicos tendencialmente. E quem quiser ser comodista e poluidor na cidade onde não vive, então que pague. E caro. Pois eu vivo cá e estou farto de levar com a mer.. que os outros deixam para eu e os meus filhos respirarmos.

    Mas só o Bloco aceita (parte) destes conceitos. E pelas razões erradas, de perseguição jacobina ao indivíduo e colectivização forçada de comportamentos que não pela defesa dos direitos do indivíduo residente. Os outros partidos borram-se de medo, quando se fala em portagens para se entrar em Lisboa.

    E nem vale a pena considerar a Helena Roseta que, interpelada por mim ( e por outros ciclistas) na campanha sobre as bicicletas, em resposta passou a ir para o marquês diariamente com 5 bicicletas, duas das quais eram triciclos para adultos… Ou seja, dois deles nem sabiam andar de bicicleta…

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  13. RV's avatar
    23 Setembro, 2008 15:33

    Carneiro, concordo no geral com o que escreveu. E não pretendo nada parecido com a colectivização forçada de comportamentos, como sugestivamente caracterizou certas vontades políticas. Constato apenas que fisicamente não existe espaço para ciclovias. Usando o mesmo argumento para o outro ponto de vista, estamos perante a colectivização forçada ao uso do automóvel

    O convívio com o automóvel poderá funcionar? É possível. Há cidades europeias onde existem patamares de velocidade diferenciados:
    – 30 Km/h zonas residenciais;
    – 50 Km/h zonas citadinas de passagem;
    – 70 Km/h zonas citadinas de eixos principais.

    Estacionamento alternado nas ruas também ajuda a baixar a velocidade possível. Ou seja, pedaços de ruas com estacionamento apenas do lado direito da estrada, a que seguia estacionamento apenas do lado esquerdo. Isto com o objectivo de obrigar os automóveis a circular à velocidade máxima de 30Km/h nas zonas residenciais.

    O que pretendo dizer é que há vida para além do carro. As cidades portuguesas existem actualmente apenas para o carro. Em Lisboa, especificamente, há muitas zonas onde a bicicleta como transporte individual seria uma óptima opção, tal como acontece de facto em muitas cidades europeias. Ah! mas nós somos diferentes. Vive la difference.

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  14. fado alexandrino's avatar
    23 Setembro, 2008 16:50

    carneiro Diz:
    23 Setembro, 2008 às 11:57 am

    Muito obrigado.
    As respostas anteriores clarificam parte do problema.
    O dia da cidade sem carros, um título aliás errado, serve para mostar que desentupidas as ruas e avenidas dos carros particulares, os transportes públicos funcionam perfeitamente.

    O exemplo dado pela Avenida de Roma pode ser multiplicado por dez na Avenida da Liberdade.
    A verdadeira rede da Carris em ligação ao Metro e não por cima dela resolveria muitos dos problemas actuais.

    Um bom motivo para um post onde alargariamos estas considerações.

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