Apelo ao desespero
29 Setembro, 2008
O pior argumento que se pode usar a favor do bailout é o argumento de que esta é uma situação desesperda e é necessário fazer alguma coisa o mais depressa possível. Trata-se de uma tentativa de suprimir a argumentação racional com um alegado perigo para promover uma alegada solução. Claro que se não for feita uma discussão não é possível saber até que ponto o perigo existe nem é possível saber se a solução resolve o problema.
Está escuro, podemos estar à beira do precipício (ou talvez não), logo o melhor é não discutir nada e desatar a correr numa direcção à sorte.
12 comentários
leave one →

O CAPITALISMO FALHOU!
ADMITAM.
GostarGostar
Hehe, bora voltar para os Kolkhozes e Sovkhozes Camarada! Nessa altura é que era bom, o Dow Jones estava a 2000 e agora desceu para 10000.
GostarGostar
Está escuro, podemos estar à beira do precipício, e como está< um vento do caraças não conven ficarmos parados à espera de irmos para onde nos leva o vento.
GostarGostar
E se for um vento regenerador?
GostarGostar
À beira do desespero e a chorar que nem uns perdidos devem estar os ursos de wall street. A ver aquilo a cair e nem podem shortar! eheh coitados
GostarGostar
Sinceramente, espero bem que o João Miranda tenha razão e que isto seja só uma crise passageira e que se autocorrija ou o raio que seja. Sinceramente, penso que o João Miranda vive noutra realidade que nem sequer é paralela, mas desejo ardentemente que não, que seja eu que nada percebo disto.
GostarGostar
««Sinceramente, espero bem que o João Miranda tenha razão e que isto seja só uma crise passageira»»
Nunca disse que é passageira.
GostarGostar
Aliás, o facto de ser passageira ou não é irrelevante para o que digo neste post.
GostarGostar
“Está escuro, podemos estar à beira do precipício (ou talvez não), logo o melhor é não discutir nada e desatar a correr numa direcção à sorte.”
Está escuro, o carro está em andamento e não tem travões, podemos estar à beira do precipício (ou talvez não), logo o melhor é não discutir nada e desatar a saltar do carro em andamento.
GostarGostar
… “é suprimir a argumentação racional com um alegado perigo”. … “se não for feita uma discussão não é possível saber até que ponto o perigo existe”.
“Está escuro, podemos estar à beira do precipício (ou talvez não), logo o melhor é não discutir nada e desatar a correr numa direcção à sorte”
João Miranda diz tudo e o seu contrário. Ou talvez não?
Os tipos (Paulson) que dominaram o sistema até apodrecer de rico e cair de podre acham que encontraram uma solução. Acham…
O problema é que agora tentam vender essa ideia – sempre são 700 billion em jogo. E, gato escaldado… retrai-se até aquele que chafurdou no pântano.
É uma república de confrades, aquela. Parece as cidadelas medievais: o povo vegeta no fundo do vale.
Será aquela a única solução? Não deve ser, quer dizer para já é, mas foram uns tipos que se armam em espertos a arranjar a coisa.
Logo, desconfie-se.
Aliás, os tipos da Bolsa não são parvos. Então sabem em Wall Street como aquilo afundou e agora vão manter o sistema em flutuação?
Não, importa é que tudo caia em ruínas. Depois ganham com os cacos e ficam mais felizes, ricos para sempre.
A perversão chegou a este ponto.
Ao contrário da Grande Depressão onde não havia globalização como há hoje, desta vez há possibilidade de ganhar-se muito em muito lado do mundo.
Vão ver que até nisto o bin Laden preparou o terreno. Não era no verdadeiro coração real da América que queria atingir? As torres foram um movimento no seu jogo de xadrez? Ou, quiçá, o Putin, esse putin da política? Ou?…
A verdade é que parece que ninguém sabe de nada. Eles é que atiram no escuro. Para salvar a pele…
GostarGostar
Não conheço esta área da ecofinance, limito-me a acompanhar, cada vez mais interessado, e perceber os passos dados.
Segui o telejornal da SIC e gostei do trabalho (superior à concorrência). De resto, a vantagem de ter em estúdio o Editor de Economia do canal e no backstage, a seguir a América pela net, o ex-correspondente em Washington (quanto ao da RTP, acho que passei ao lado ou ele porventura…).
Mas não há bela sem senão. Luís Costa Ribas denuncia, verdadeiramente, que a responsabilidade do chumbo na “House” é dos políticos que, pasme-se, “pensaram no seu cargo político que vai a votos daqui a um mês, e não no interesse colectivo nacional”.
Ora, e eu a pensar que a Democracia representativa, em que os eleitos vão respeitar a vontade do eleitorado sob pena de não mais serem votados por causa dessa traição às bases, é que devia ser o sistema a proteger…
Mas também não sou da política, talvez ingénuo e à espera que o João Miranda se saia com uma melhor do que a outra…
GostarGostar
Quer queiram quer não, o neo liberalismo falhou.
E sabem qual é um dos sintomas?
São aqueles “traumatizados” qe atiram logo com a União Soviética para com a intenção de desviar as atenções.
América Latina ri-se,sim a América Latina socialista.
GostarGostar