Princípios em tempo de crise
4 Outubro, 2008
Era uma companhia de seguros especializada em terramotos. Cumpria sempre as suas obrigações, excepto em casos de catástrofe natural.
Era um pacifista, excepto nos casos de defesa do interesse nacional.
Era contra o aborto, excepto em caso de gravidez indesejada.
Era contra o adultério, excepto quando surgia uma oportunidade.
Foi ateu durante toda a vida, excepto nos minutos que precederam a morte.
Era contra a pena de morte, excepto em casos de criminalidade grave.
Não era racista, excepto no caso dos ciganos.
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22 comentários
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BLASFÉMIAS 
Era liberal, excepto na altura de votar. Votava psd ou Cavaco. Conhecem alguém?
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Os americanos não podiam deixar que os fundos de pensoes deixassem simplesmente de existir. Era o panico geral.
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Muito português.
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parece o desgoverno do mais conhecido dos “encenheiros”
recordo aquele assalto em Lisboa transmitido em directo pelas TVs.
parecia episódio de “córónés” do “meto bala, mato tudo” e
“morte aos pretos, ciganos e brasileiros”
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Adivinhem esta: Era contra os políticos pessoas fazerem pela sua vidinha, excepto quando estes lhe ofereciam uma casa.
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Foi ateu durante toda a vida, excepto nos minutos que precederam a morte.
Há quem seja mais previdente.
A Dra. Barroso que se converteu quando o filho teve o desastre dos diamantes.
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“A Dra. Barroso que se converteu quando o filho teve o desastre dos diamantes.”
E eu a pensar que tinha sido o desastre COM os diamantes.
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A crise não nos vai afectar, excepto quando bater à porta.
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As promessas são para cumprir, mas só antes das eleições.
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-A América era um país livre, até que se tornou socialista.
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A minha tia Luísa Filipa é contra a corrupção, excepto quando se fala do clube dela.
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Não quero o Santana na câmara, excepto se estiver lá a quadrilha do PS.
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Era pela iniciativa privada e contra o funcionalismo, excepto quando se tratava de defender o tacho.
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É contra a violação de mulheres por jovens de 16 anos nas casas de banho, mas só se não for um acto isolado.
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Não aceitava frigoríficos dos candidatos, excepto se fosse para ele.
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Sou a favor da pena de morte, excepto quando o assassino for o meu filho.
Sou a favor de pagar impostos, excepto quando sou eu que devo.
Sou contra o TGV e o novo AIL, excepto se for eleito Governo.
Saudações.
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Sou pela liberdade de expressão, excepto quando discordam de mim.
O povo é soberano, excepto quando decide mal.
Ou
Quando decide mal, repete-se o referendo. Quando decide bem, o assunto está encerrado.
Não se aprova se não estiver no Programa de Governo, a não ser que dê jeito.
A responsabilidade pela crise é sempre do Governo, excepto se o Governo fôr do nosso partido.
A variação na taxa de desemprego é culpa do Governo, excepto se a taxa baixar ou o Governo fôr do nosso partido.
E, só para o João Miranda:
A polícia nunca deve usar as armas, excepto se/quando…?
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Sou a favor da inclusão desde que não me metam mongoloides na aula;
Sou defensor do ensino privado, desde que receba ajuda do Ministério da Educação;
Sou a favor de congelamentos salariais, desde que seja na corporação ao lado;
Sou a favor dos gays, mas desde que sejam discretos e de preferência não saiam à rua;
Sou contra o amiguismo e o compadrio, mas tenho uma casinha dada pela Câmara de Lisboa;
Todos os porcos são iguais, mas uns são mais iguais que outros.
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Muito bom.
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Exercício de direito de opinião à portuguesa.
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Como professor pregava o liberalismo económico, como governante sempre foi socialista… quem é o coiso?
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« Noi ci permettiamo di essere aristocratici e democratici, conservatori e progressisti, reazionari e rivoluzionari, reazionari e rivoluzionari, legalisti e illegalisti, a seconda delle circostanze di tempo, di luogo e di ambiente »
Benito Mussolini
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