Saltar para o conteúdo

QED

6 Outubro, 2008

Rodrigo Moita de Deus escreveu um post em que critica o corporativismo dos professores e responsabiliza-os pelo estado do ensino. A pobreza argumentativa e os ataques pessoais de que o Rodrigo foi alvo só servem para mostrar que a análise do Rodrigo está correcta.

204 comentários leave one →
  1. 6 Outubro, 2008 20:38

    Atchim.
    Santinho.

    Gostar

  2. lucklucky permalink
    6 Outubro, 2008 20:42

    Há milhares de professores só foi uma muito pequena quantidade que interviu.

    Quanto ao resto os professores quer o Ministério Soviético estão do mesmo lado. Os Profs querem o conforto e em troca podem ser paus mandados pelo Ministério e pelos Sindicatos, é um pouco assim como as Elites Portuguesas em relação á UE . A discussão é só sobre uma ficção: o Ministério Soviético finge que controla a qualidade por meio de uns papeís para que os Papás e Mamãs portuguesas continuem a dar os filhos ao Estado para endoutrinação e claro para o Estado conseguir catar impostos, os professores com razão acham que isso é só trabalho para nada. Mas nem o Ministério nem os Professores estão mínimamente interessados nos alunos, se tivessem não se importariam de ser avaliados pela escolha livre dos Pais. Não há mercado não há discriminação.

    Gostar

  3. 6 Outubro, 2008 20:43

    Caro JoaoMiranda, a sua perspicácia intelectual vai melhorando a cada dia que passa. Bravo!
    .

    Gostar

  4. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 20:45

    Já agora e o corporativismo do senhor João miranda e dos seus acólitos colegas universitários que fazem panelinhas até mais não em paperws..nem atribuem pesos na avaliação que é feita nos júris..escolhem quem lhes apetece ..é só endogamia…antes de atirar pedras ao vozinho veja o seu telhado joão..

    Gostar

  5. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 20:45

    É só ver a Anahory, ó citadino. Com professores destes, vou ali já venho.

    Gostar

  6. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 20:49

    ««Já agora e o corporativismo do senhor João miranda e dos seus acólitos colegas universitários que fazem panelinhas até mais não em paperws..nem atribuem pesos na avaliação que é feita nos júris..escolhem quem lhes apetece ..é só endogamia…antes de atirar pedras ao vozinho veja o seu telhado joão..»»

    Gosto deste tipo de argumentação. O Escrotorectal, apesar de não saber absolutamente nada sobre mim, tenta desculpar o corporativismo dos professores com o meu eventual corporativismo. Olhe que não é um grande argumento. Como sabe, não se pode desculpar um corporativismo com outro.

    Gostar

  7. Anónimo permalink
    6 Outubro, 2008 20:49

    100% de acordo. Quando faltam argumentos e se parte para o ad hominem está tudo dito. Nem vale um link, é lixo nauseabundo.

    Gostar

  8. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 20:50

    Se calhar o seu lugar de professor ou investigador-se assim for nem aulas dá-foi conseguido á custa dessa endogamia..diga lá que não meu caro..é por isso que o seu colega Gago nem mexe no estatuto da crreira docente universitário…já agora já viu a quantidade de profesores que recorrem a tribunais para rebaterem o que os júris fazem nas suas reuniõezinhas de amigos?
    Diga-me o porquê de praticamente n~eo ser preciso dar justificações na hora de escolherem o eleito, nem atribuirem pesos á parte lectiva, papers, etc,,deve ser do género: a gaija é boa bute lá …para associada..o gaijo é gay bute lá para associado…

    Gostar

  9. Mirando permalink
    6 Outubro, 2008 20:51

    João, para seres justo e independente tens de reconhecer que o post do RMD é mto pobre do ponto de vista argumentativo. Senão vejamos, que pontos alega ele para apontar o dedo aos professores?

    -Os profs vão para o ensino por falta de alternativas. Isso é dito sem qq prova. E, mesmo que seja verdade, pq há-de ser um dos principais pontos para o que ele assinala como um dos males – o facto de sermos o 9º a gastar mais per capita.

    -Os profs usam métodos de ensino antiquados e têm de disputar a atenção do aluno que está habituado aos gráficos 3D da playstation. Onde prova isso e porque é que é importante disputar a atenção doa aluno. Será que os alunos são uma espécie inerte onde o ensino de nada vale e é preciso captar-lhe a atenção com bonecos 3D?

    -Os profs deixaram-se instrumentalizar pelos sindicatos e são corporativistas. Corporaivistas somos todos e em que é que isso afecta o ensino? E onde se prova que estão instrumentalizados pelos sindicatos?

    Declaração de interesses: não sou prof, não acho o ensino actual de qualidade e acho que a qualidade média dos profs é baixa.

    Gostar

  10. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 20:54

    ««Se calhar o seu lugar de professor ou investigador-se assim for nem aulas dá-foi conseguido á custa dessa endogamia»»

    Não consegue discutir este assunto sem fazer ataques pessoais? Já reparou que isso só dá razão aos críticos? Comece por defender argumentos de gente crescida. Assim talvez consiga melhorar a imagem pública dos professores.

    Gostar

  11. Santa Paciência permalink
    6 Outubro, 2008 20:54

    sou obrigado a concordar com o RMD. o mau estado do ensino devesse ao corporativismo dos professores. nem mais. professores universitários incluídos. são todos uns mamões do estado.

    Gostar

  12. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 20:55

    O que eu quero dizer é que o vosso corporativismo é tão grande que o nosso suposto nem chega aos calcanhares vos chega..mas o que estar a dar é biotecnolgia não é…
    Já agora eu sou professor e já percorri milhares de kilómetros dos açores ao Algarve e nunca senti esse corporativismo senão esporadicamente..isso era dizer que os professores são uma classe..mas isso infelizmente nunca será verdade.,.o que nós somos é um bando…que esvoaça par muitos lados mas sem rumo…agora médicos, engenheiros , arquitectos, professores universitarios, advogados,esses sim até ordem …

    Gostar

  13. maria permalink
    6 Outubro, 2008 21:02

    É o que dá emitir opiniões sobre uma realidade que se desconhece. Até podem ser ambos bem intencionados (Rodrigo e João), mas falam do que obviamente não conhecem. Como é lamentável…

    Gostar

  14. 6 Outubro, 2008 21:29

    Maria,
    O Rodrigo Moita de Deus e o João Miranda não percebem de Educação?
    Sacrlégio, sacre bleu e outros ditos espirituosos.
    Eles sabem tudo, tudo, tudo.

    E, obviamente, quem discorda deles, faz ataques ad hominem.

    Gostar

  15. 6 Outubro, 2008 21:39

    Um óptimo post de RMD. Os portugueses têm sempre muita dificuldade em assumir os seus erros, as suas incapacidades e insuficiências.

    Existem bons e maus professores e o corporativismo está instalado nesta última faixa beligerante de educadores com elevado défice de conhecimento e de métodos pedagógicos, que são, por sua vez, estimulados a agir de uma forma irracional por agentes sindicais que se limitam a branquear as más práticas educativas junto da imprensa e do público em geral, com vista à sua sobrevivência e à do próprio sistema que os vai mantendo.

    Uma questão muito simples: alguém me consegue explicar de quem é a culpa do elevado número de jovens licenciados na área das ciências, cuja escrita está impregnada de erros ortográficos?

    Gostar

  16. Yoda permalink
    6 Outubro, 2008 21:48

    Maria, Paulo Guinote,
    Discordar e discutir destes e com estes janotas é tarefa complicada.
    Não se alonguem muito, afinal, sobre a cultura democrática daqueles para quem a defesa de direitos é só e sempre corporativismo não resta muito para dizer.
    Só falta dizer que um escreve um artigo a bater nos direitos dos professores sem nunca relacionar estes de forma objectiva com o estado da educação — talvez porque ainda esteja a pensar no assunto para nos surpreender para a próxima. Já o outro encara essa falha como um pormenor no referido artigo, contudo, exige que as réplicas concedam lugar de destaque à objectividade. Típico.

    Gostar

  17. José permalink
    6 Outubro, 2008 21:53

    Sobre Educação, mesmo tendo lido os dois postais, aconselho a ler este postal que copio, daqui:

    “O autor de Portugal Hoje – O Medo de Existir – o filósofo José Gil, prossegue nas suas análises sobre o que designa de não-inscrição «como o factor mais importante para o que podemos chamar a estagnação da democracia em Portugal» (p. 43 da ob cit.). Num artigo assinado na revista Visão do passado dia 2 de Outubro – “A domesticação da sociedade” – a propósito do grupo dos professores, que toma como emblemático, e das suas lutas e da forma como o governo lhes tem respondido, «ausentando-se da contenda, tornando-se ausente», pendurando o adversário «num limbo irreal», volta a falar de «técnica de não-inscrição» Diz: «Ao separar os meios do alvo, faz-se do protesto uma brincadeira de crianças, uma não-acção, uma acção não performativa. Esta reduz-se a um puro discurso contestatário, esvaziado do conteúdo real a que reenviava (é o avesso, no plano da acção, do enunciado performativo de Austin: um acto que é um discurso). Resultado: o professor volta à escola, encontra a mesma realidade, mas sofre um embate muito maior. É essa a força da realidade. É essa a realidade única. E é preciso ser realista. Assim começa a interiorização da obediência (e, um dia, do amor à servidão)».

    O artigo termina com palavras terríveis:
    «No processo de domesticação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que simples traços psicológicos. São técnicas terríveis de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes. Conviria chamar a este mecanismo tão eficaz, «a desactivação da acção». É a não-inscrição elevada ao estatuto sofisticado de uma técnica politica, à maneira de certos processos psicóticos».
    Provavelmente, desde o “25 de Abril”, nunca se escreveram palavras tão duras a respeito de governantes em exercício.

    Publicado por Artur Costa (17:54”

    Este autor, Artur Costa, é juiz conselheiro do STJ e um tipo culto.

    Entretanto, claro que subscrevo o que diz Guinote.

    Gostar

  18. 6 Outubro, 2008 21:54

    Tem sido impressionante o ataque aos professores, durante –e promovido– por este governo. Sobretudo centrado nos professores do ensino secundário.
    Nos universitários, muitos sem categoria intelectual, cultural e normais como docentes, quase não se toca…

    Quando é que alguém tem um tempinho para desvendar publiblicamente por exemplo, casos de algumas universidades propositadamente mais privilegiadas do que outras por este ministério ?

    Gostar

  19. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:00

    Sobre os professores:

    Todos os alunos sabem o que é um bom professor. Até na escola primária, agora básica, o sabem. Eu lembro-me bem da minha professora primária, a D.Isabel e sabia que ela era melhor professora do que a da sala de baixo, a D. Fernanda ( era assim que se tratavam as professoras).

    Todos os alunos do secundário sabem o que é estudar e aprender com quem sabe e percebem o que é pouco ou nada saber com quem não é bom professor. Sempre foi assim.

    O problema hoje, não é dos professores. Ou pelo menos, não é imputável aos professores. É interamente imputável ao sistema de ensino que os Governos têm sistematicamente experimentado.

    Alguém percebe a razão por que a Química e a Física é disciplina de opção no Secundário, na área de Ciências?

    Um meu sobrinho que entrou agora no Superior, com as mais altas notas a Matemática no Secundário, disse-me ontem que sofreu um choque ao enfrentar a disciplina no Superior.

    Confirmou-me o facilitismo e ele próprio reconhece que o ensino secundário não tem exigência suficiente.

    É isto. E o problema não é dos professores. É de quem manda neles e nos programas principalmente.

    Gostar

  20. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:02

    Exactamente MJRB. Nos do Superior não se toca. Porquê?

    Não há muita abécula no Superior? Pessoas que não têm qualquer qualificação para ensinar e que deviam estar a fazer outra coisa?

    Desculpem a pessoalização, mas quem é de Direito percebe já: o que está o Paulo Ferreira da Cunha a fazer na faculdade de Direito do Porto?

    COmo é possível que uma pessoa assim, ensine?

    Gostar

  21. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 22:05

    ««E, obviamente, quem discorda deles, faz ataques ad hominem.»»

    Está a confundir as coisas. Não é por o Paulo Guinote discordar do Rodrigo que faz com que os seus ataques sejam ad hominem. O seu post é um ataque ad hominem porque em vez de argumentar ataca pessoalmente o Rodrigo. Não há como fugir a isso. Qualquer pessoa pode ler o post e tirar as suas conclusões. Só há uma maneira de evitar as acusações de ataque ad hominem. É deixando de os fazer e começar a argumentar.

    Gostar

  22. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 22:09

    Não se toca porque quem está no goiverno tem muita panelinha lá..nomeadamente quando acab a comissão de serviçoé o retorno á casa…alguns professores douitorados são-no com dois três papers..miséria…e muito têm papers em que a lista dos que o fazem só falta incluir a empregada de limpeza do departamento..

    Gostar

  23. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:12

    Há ataques ad hominem e ataques ad personam. São diferentes.

    Muitas vezes, não é possível evitar o ataque ad hominem quando quem critica tem telhados de vidro, nessas críticas.

    Quando se desvia a crítica para aspectos particulares e se aponta a bateria ao indivíduo em si mesmo, porque é assim ou assado, tem perna de pau,olho de vidro e cara de mau, isso será ad personam. Ou não? É que um pirata é um pirata e o estereótipo pode ser esse.

    Gostar

  24. 6 Outubro, 2008 22:13

    A mim também ninguém me grama.
    Cada vez que abro a boca dizem-me que só digo asneiras, e começam os ataques pessoais.
    Obrigado João Miranda, por me ensinar que isso prova que tenho razão.

    Gostar

  25. 6 Outubro, 2008 22:13

    Os profs universitários são intocáveis. Muitos não discutem com os alunos as notas outros discutem e chumbam um aluno com 6.95 relativamente a um mínimo de 7. Outros obrigam os alunos a tirarem fotografia de frente, caso n aconteça, reprovam ( pólo de guimarães, UM).

    Gostar

  26. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 22:14

    Os argumentos neste caso só servm para tapar o essencial..ms pronto meu caro tem razão os professores são seres corporativistas, ganham balúrdios e metem atestados médicos á barda..os pais têm toda a razão..então fornicamos nós só 4 vezes por ano nasce o rebento e depois não á aulas?

    Gostar

  27. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:14

    O ensino superior universitário é o segredo mais bem guardado da nossa democracia.

    Conhecer quem sabe em Portugal,sobre as várias matérias, é tarefa reservada a poucos.

    Por isso é que os professores universitários, se acolhem nos partidos, numa boa parte. Descobriram que não tem futuro fora dos partidos. De poder, claro.

    Olhem para as universidades, escolham os professores conhecidos e vejam se não e assim.

    Pobre país, o nosso.

    Gostar

  28. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 22:15

    ««Muitas vezes, não é possível evitar o ataque ad hominem quando quem critica tem telhados de vidro, nessas críticas.»»

    Desde quando é que os telhados de vidro invalidam uma crítica?

    Gostar

  29. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:16

    E os que não tem partido, buscam notoriedade e pretendem ascender, vêm para os blogs.

    É ou não é assim?

    E alguns,depois ainda atacam os anónimos…

    Gostar

  30. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 22:16

    ««Muitos não discutem com os alunos as notas outros discutem e chumbam um aluno com 6.95 relativamente a um mínimo de 7.»»

    O mínimo antigamente era 10.

    Gostar

  31. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:19

    Não percebeu. Se o crítico tem telhados de vidro, é compreensível que lhos apontem. Para lhe fazer ver a incoerência, a falta de moralidade ou a injustiça da crítica. Não é apenas um ataque ad hominem. É também um exercício legítimo de defesa.

    Gostar

  32. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:21

    Alguns argumentos não podem desligar-se da pessoa que os produz.

    Quando critico Pacheco Pereira, não ligo apenas aos argumentos. Ligo também ao que o indivíduo é publicamente, o que representa, quem foi e o que fez antes. Isso se a crítica tiver a ver com esses assuntos.

    Gostar

  33. 6 Outubro, 2008 22:23

    A propósito, onde é que estava o RMD no 25A?
    Também terá telhados da Câmara (sejam ou não de vidro)?
    Nota: Faço estes ataques ad hominem só para provar que ele está cheio de razão.

    Gostar

  34. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:24

    Quem carrega um “Nome” por interesse, tem de saber lidar com isso, porque vive do “nome”. É o seu fonds de commerce.
    Por isso, é mais duro quando um desses “Nomes” se sente atingido ad hominem. Claro. Tem que ser.
    O prestígio e a reputação ganham-se na praça pública.Mas também se perdem.

    A questão é apenas uma: não devem atacar-se “nomes” apenas porque o são, mas porque merecem. E quem distingue?

    The answer my friend is blowing in the wind.

    Gostar

  35. JoaoMiranda permalink*
    6 Outubro, 2008 22:25

    ««Se o crítico tem telhados de vidro, é compreensível que lhos apontem.»»

    Pois, mas isso quanto muito é um sinal de que a crítica foi certeira.

    Já agora, se isso dos telhados de vidro fosse impeditivo de fazer críticas ninguém poderia fazer críticas à sua própria corporação. Os professores não poderiam criticar os privilégios dos professores, os juízes não poderiam criticar os privilégios dos juízes etc.

    Gostar

  36. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:26

    Os blogs estão cheios de snipers que atiram aos “Nomes”. Às vezes com razão. Outras sem ela.

    É a vida.

    Gostar

  37. Yoda permalink
    6 Outubro, 2008 22:27

    “O mínimo antigamente era 10.”

    Esta afirmação expressa bem o conhecimento que o JM possui sobre métodos de avaliação. Mais não digo porque o homem estava só a descansar, quando se reactivar vai perceber que, para o bem e para o mal, um exame nem sempre vale 100% da nota de uma disciplina e por aí fora até à razão do 6,95. Entretanto os mortais vão esquecer este episódio e continuar a achar que o JM é um pedagogo tipo bué de importante e entendido e isso…

    Gostar

  38. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:29

    Continua a não ir ao ponto. Os telhados de vidro que refiro são aspectos laterais em relação ao assunto em crítica.

    Se um blogger ataca os professores porque sim, porque acha que são os responsáveis pelo mau ensino que temos, é natural e compreensível que se for conhecido como “escritor”, alguém lhe aponte a trave em que está prestes a bater, por causa do cisqueiro com que se distraiu…ao olhar para os outros.

    Gostar

  39. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:31

    Queria o quê? Que os outros que critica amochassem, sem resposta, quando se consideram injustiçados nas críticas?

    Quem entra nesta guerra, dá e…leva.

    Quem tiver melhor táctica ou melhores armas, ganha .
    Quem desiste, perde.

    Gostar

  40. 6 Outubro, 2008 22:33

    Pode-se atacar toda uma classe.
    Se um deles me der um estalo, “ó mãe aquele menino bateu-me!”.
    Em compensação o estalo só serviu para mostrar que o meu ataque estava correcto.

    Gostar

  41. MJP permalink
    6 Outubro, 2008 22:38

    Há debates que não se têm. Aqueles em que a opinião é porque sim e os que são emitidos por pessoas sem categoria para o fazer. Na vida real, e frente-a-frente, temos pejo em dizê-lo, mas o mesmo não se passa quando se vê essas “opiniães” publicadas.
    Se o post referido argumentasse qualquer coisa aproveitável, talvez houvesse debate. Digo talvez porque é dificil debater com quem não percebe nada do assunto mas é suficientemente afoito para escrever sobre ele. Tal qual os charlatães, e com esses não se debate.
    De qualquer forma esta sua justificação, sobre a pobreza das contra-argumentações, não faz sentido quando às respostas se chama comentários. Não é habitual ver caixas de comentários com debates ideológicos mas com comentários leves. Aqui teria que ser uma excepção porque JM dixit.
    Cá está um comentário e não um contributo para um debate que não tenho com quem tem preconceitos.

    Gostar

  42. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 22:39

    Mas os professores são uma família agora? Quando se diz mal dos professores, está-se evidentemente a criticar a maioria, ou no mínimo uma porção relevante dos professores.

    Que os que se acham bons se enxofrem com isso, mostra que se calhar não se acham assim tão bons quanto isso ou então mostra que não se importam de se identificarem com a maioria (que são acusados de “maus professores”).

    Um bom professor, se o for, não pode ver “Os Professores” como “Os Sopranos”, onde a solidariedade é sagrada. Se for mesmo bom, tem de participar na crítica aos maus para que o sistema se reforme.

    Gostar

  43. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 22:40

    João Miranda, um caso de arrogância e ignorância aguda
    Percebemos todos que o João Miranda entrou em histeria bloguística após o anúncio do Nobel da Paz, estado esse que o fez estatelar-se ao comprido enquanto tentava vilipendiar Al Gore.

    No entanto, o João Miranda cometeu erros ainda mais graves quando tentou vilipendiar o trabalho dos investigadores do IPCC, o trabalho de pessoas que fazem investigação a sério (não passam o tempo a investigar nos blogues) e que publicam continuamente artigos científicos avaliados pelos seus pares.
    A interpretação do João Miranda sobre as conclusões do relatório do IPCC é errada em toda a linha e o pior é que os seus comentários revelam que o jornalista José Manuel Fernandes tem mais cuidado a analisar um assunto científico do que o João Miranda, que assina como investigador em biotecnologia. Pior ainda é que do seu texto se percebe perfeitamente que os conhecimentos do João Miranda sobre estatística são paupérrimos, que não está familiarizado com as técnicas de análise de propagação de erros ou como se pode exprimir resultados em função do grau de confiança. O lixo que escreveu este sábado no DN está embebido da mesma falta de rigor e dos mesmos equívocos encontrados no texto dedicado a JM Fernandes.

    Gostar

  44. Yoda permalink
    6 Outubro, 2008 22:42

    “Um bom professor, se o for, não pode ver “Os Professores” como “Os Sopranos”, onde a solidariedade é sagrada. Se for mesmo bom, tem de participar na crítica aos maus para que o sistema se reforme.”

    Isso vem nas leis de deus ou pode simplesmente não lhe apetecer, ser-lhe indiferente?

    Gostar

  45. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 22:42

    Haver maus professores é perfeitamente natural. A maioria dos juízes também o será (Marinho Pinto dixit). Fazermos críticas morais a pessoas que apenas querem ganhar a vida fazendo aquilo que arranjaram ou lhe apontaram é um facto que não merece qualquer crítica. Quem se deve criticar é quem ajuda a promover a continuação de um sistema que mantém maus professores no seu seio.

    Gostar

  46. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:44

    Ora aqui está ( 42) o exemplo do ataque ad hominem que não é ad personam. No meu entender, perfeitamente legítimo.

    Não quero dizer que esteja certo nos seus fundamentos. Apenas que é legítimo e ninguém se deve ofender com isso. Deve apenas responder-lhe.

    Gostar

  47. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 22:49

    “No meu entender, perfeitamente legítimo.”

    Vindo de quem (legitimamente) usa um nickname, esta é irónica…

    Gostar

  48. José permalink
    6 Outubro, 2008 22:54

    Não é um nickname. É mesmo um nome. Toma lá!

    Gostar

  49. 6 Outubro, 2008 22:58

    José,

    Há uma universidade em Lisboa, que vc. não consegue imaginar a especialíssima protecção que tem usufruído deste governo.
    E com alguns professores (a)normais, pelas evidentes incompetências mas colocados como amanuenses e “agitadores” pró-governo…

    Gostar

  50. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 23:00

    Toma lá o quê ó zé?

    Um nome é João Miranda, Daniel Oliveira, Fernanda Câncio, etc.

    josé é josé, um nickname. Não se enxofre.

    Gostar

  51. 6 Outubro, 2008 23:01

    E quem nos pode asseverar que RMD, que trabalha numa agência de comunicação, não está a trabalhar ao ter escrito aquele post? Estão a chegar tempos difíceis para a ministra da Educação e poderá ter sido contratado para melhorar a imagem e denegrir a dos seus adversários. Se tal é verdade o irónico é tê-lo feito num blog do PSD ah ah ah

    Gostar

  52. Anónimo permalink
    6 Outubro, 2008 23:09

    Já leram este relato que apanhei no insurgente sobre a formação do Magalhães? Uma pessoa nem acredita que andem a brincar e a deitar dinheiro ao lixo. Andam mesmo a gozar?

    OS INEVITÁVEIS ESCLARECIMENTOS!

    Gostar

  53. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:10

    5 letras apenas para essa universidade

    Gostar

  54. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:10

    ISCTE…

    Gostar

  55. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:11

    E o som é do malhão malhão..versão lionel richie..all night long

    Gostar

  56. 6 Outubro, 2008 23:13

    Escrotorectal, 52,53,

    Está a referir-se à tal universidade hiper-protegida ?

    ISCTE ? Também.
    Mas há outra bem mais protegida…

    Gostar

  57. Anónimo permalink
    6 Outubro, 2008 23:15

    O governo anda a pagar a formção dos professores para uns tais formadores colocarem 200 professores a fazer karaoke e a brincar??! O que é aquilo!!? Mas será que ninguém controla nada?! Nem me acredito naquele relato. Aquilo custa alguma coisa ao governo?! Andámos a pagar aquilo?

    Gostar

  58. José permalink
    6 Outubro, 2008 23:17

    José é um real name. No caso vale o mesmo que jason, claro. Não me enxofro, estou a mangar com isto. Até porque acabei de ver o Benfica a…empatar e isso foi uma pequena alegria depois da tristeza de ontem.

    Mas sobre o ISCTE, sou suspeito. Já escrevi que deviam encerrar o estabelecimento. Mudar de nome, de lugar, de pessoas. Que também as há com valor, como em todo o lado. E essas deveriam pegar no legado do Estado Novo, ( foi criado em 72, o ISCTE) e recuperar o seu destino incial: para estudar o trabalho e empresas, segundo outros modelos.
    E para acabar o viveiro de governantes de pacotilha.

    Gostar

  59. 6 Outubro, 2008 23:22

    José,

    Lusófona

    Gostar

  60. Roídodefundo permalink
    6 Outubro, 2008 23:23

    Não há maus professores.
    Nem sequer há professores assim assim.
    Há professores bons e professores melhores.
    Caso houvesse um professor abaixo da excelência, todos os outros professores o apontariam e fariam com que fosse afastado do ensino.
    Quem pensar de forma diversa do anteriormente exposto, ou é membro do actual governo ou pelo menos é militante do partido que apoia o mesmo, se não se verificar nenhuma das condições anteriores é totalmente idiota.
    Ou então teve como professor alguém que lhe ensinou a percorrer milhares de “Kilómetros”.

    Gostar

  61. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:24

    Essa está tão protegida foi construido um bunker á prova de ataque atómico…e vejam quem lá lecciona…tudo pessoas da quinta da fonte eheheh

    Gostar

  62. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:27

    Essa dos quilómetros era desnecessária..malditos sms ..mas assumo o erro …

    Gostar

  63. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 23:34

    “ISCTE

    Mudar de nome, de lugar, de pessoas.”

    Nisso tem inteira razão, josé.

    Gostar

  64. José permalink
    6 Outubro, 2008 23:34

    Fui lá ao site da Lusófona. Não conheço quase nenhum dos “Nomes”. O de Direito, conheço. Mário Júlio Almeida Costa, tem um livro sobre Obrigações. Não me parece grande coisa, mas era do pouco que havia nos anos setenta e oitenta.
    E o director do curso de Ciências da Educação, é um tal António Teodoro. Conheci um que chegou a ser sindicalista.
    Será o mesmo?

    Gostar

  65. observador permalink
    6 Outubro, 2008 23:39

    É impressionante como os professores têm o desplante de se colocar à margem desse esforço colectivo… que é a sociedade:
    Comentário de um professor: “Uma sociedade que maltrata os educadores dos seus filhos, os professores, não merece ter futuro.”

    Gostar

  66. 6 Outubro, 2008 23:42

    Roídodefundo,

    Desculpe-me, mas há maus professores. Felizmente poucos, se comparados com os bons e melhores professores. Mas há muita incompetência.

    E esta minha opinião não é de alguém do PS (nem de nenhum partido) e muito menos apoiante da actual Ministra da Educação.
    (Não sou professor).

    Gostar

  67. escrotorectal permalink
    6 Outubro, 2008 23:43

    E NÃO TEM MESMO…OLHE ÁFRICA …o respeitinho é muito bonito..respeito não medo..é este Ps confunde as coisas..é o mesmo que não ter respeito pela policía, pelos juízes..uma sociedade que não respeita as instituições é um clã ou familía..
    http://br.youtube.com/watch?v=z0sEN_fIjXg

    Gostar

  68. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 23:45

    José,

    repare só no painel hoje do Pros e Pros. Só gente com interesse na matéria a “analisar” a situação financeira. Desde banqueiros, a associações empresariais, passando por homens de negócios, etc etc. Salvam-se os académicos (rebelo de sousa, bessa, etc), mas mesmo esses têm demasiados freios para poderem ver com lucidez a questão.

    Nenhum daqueles senhores irá jamais dizer que é preciso deixar falir os banqueiros (que ao longo dos anos se foram “enchendo”).

    Gostar

  69. José permalink
    6 Outubro, 2008 23:49

    Jason:

    Estou a ver. Reparei no meco do Citigroup, a quem a animadora deu meia hora. Nada ouvi de relevante. Reparei apenas nas hesitações. Quase fez um mea culpa, em modo de hara-kiri.

    Agora com esta gente que ali está, não se aprende nada. O Professor Bessa diz o costume. Os outros idem.

    É tudo muito difícil, para perceber, como se fosse tudo muito esotérico.

    Enfim,um programa onde nada de especial se vai aprender e que a maioria dos espectadores vai ligar nada.

    os intervenientes, não falam directo e simples. Escondem o essencial, como os bikinis…

    Gostar

  70. José Barros permalink
    6 Outubro, 2008 23:54

    Nos professores porque o ensino não pode ser uma segunda escolha por falta de alternativas profissionais ou financeiras. Há muitos licenciados a dar aulas. Há poucos professores a fazê-lo. – Rodrigo Moita de Deus

    Registo esta frase do post citado que é muito elucidativa a respeito do que está mal no actual sistema de educação. Como em todas as profissões, os salários baixos afastam os melhores e atraem apenas os menos capazes. Como noutros países, em que o mal até é a falta de professores, os salários baixos que os professores auferem tenderão a fomentar profissionais desinteressados, preguiçosos e incompetentes. A solução naturalmente seria alimentar a competitividade entre escolas pelos melhores professores, o que depende, antes de mais, da autonomia escolar. Como se vê o problema volta ao Ministério da Educação, que não está minimamente interessado em permitir às escolas que diferenciem os professores através dos salários. É o que se chama uma pescadinha de rabo na boca.

    Gostar

  71. José permalink
    6 Outubro, 2008 23:55

    Hoje comprei uma revista francesa para intelectuais- a Magazine Littéraire. Na capa traz Marx e o título Marx. les raisons d´une renaissance. Para quem não lê francês, são as razões de um renascimento.

    O marxismo e a explicação que o mesmo dá do capitalismo, da mais-valia, do valor-trabalho, da acumulação, da luta de classes até, merece nova atenção.

    os comunistas é que estão em vantagem. Mas apenas relativa. Os comunistas não são marxistas. São leninistas principalmente.

    Gostar

  72. rxc permalink
    6 Outubro, 2008 23:56

    Os posts do Mirandoso fazem-me lembrar um sketch antigo dos GF, sobre o homem que não conseguia mentir, com especial destaque para a parte em que fala da sua performance sexual. Entradas de leão e saídas de sendeiro…E digo isto com todo o respeito que tão distinto investigador me merece.

    Gostar

  73. Jason Statham permalink
    6 Outubro, 2008 23:57

    “os salários baixos afastam os melhores e atraem apenas os menos capazes”

    Salários baixos na educação? Comparado com quê? Francamente.

    Gostar

  74. 6 Outubro, 2008 23:59

    De facto neste Prós&Contras é notória a tendência de FCFerreira para não criar rupturas nem pânicos.

    E o cenário é pirosíssimo e banal.

    Gostar

  75. Jason Statham permalink
    7 Outubro, 2008 00:00

    Os salários são tão baixos tão baixos que há 40000 à espera de vaga e os que lá estão bloqueiam o país para não lhes reduzirem os salários já de si baixíssimos.

    Sim, são mais baixos do que o de algumas profissões, mas mais altos do que a grande maioria das profissões, e sobretudo do que muitas profissões onde se requer o mesmo nível de qualificação (licenciatura).

    Gostar

  76. Jason Statham permalink
    7 Outubro, 2008 00:02

    Também reparei no cenário, MRJB. Piroso até dizer chega. Parece dos 80s.

    Aliás, na rtp o design deve tar atribuído ao primo do cunhado da filha do Andrade. Piroso.

    Gostar

  77. Jason Statham permalink
    7 Outubro, 2008 00:08

    Adoro quando universitários (António Rebelo de Sousa) acusam gestores profissionais de má gestão.

    Faz lembrar o Cavaco que invectiva os empresários a não se encostarem ao estado quando ele nunca fez outra coisa da sua inteira vida.

    Gostar

  78. 7 Outubro, 2008 00:18

    Por uma vez tinha que acontecer. Estou absolutamente de acordo.

    Gostar

  79. PLus permalink
    7 Outubro, 2008 00:35

    O João Miranda terá que concordar que a enorme pobreza argumentativa começa desde logo no texto do RMD.

    É daquelas conclusões que, usando uma interpretação benévola,pouco ou nada adianta.

    Seria o mesmo que culpar os portugueses pelo (mau) estado da economia portuguesa.

    Gostar

  80. 7 Outubro, 2008 00:38

    Jason,

    Onde não há exigência para uma qualidade que distinga e imponha a RTP, só podem surgir, no caso, cenários banais, de cartilha mais do que explorada como Vc. assinala e bem, tipo 80’s.

    O Andrade já está reformado, mas as cunhas e “descendências” para cenógrafos e outros, comtinuam. Depois…”dá nisto” ! Banalidade que incute tédio quando não repulsa no telespectador atento e não ignorante.

    Gostar

  81. Jason Statham permalink
    7 Outubro, 2008 00:41

    A cópia da SICN, a RTPN renovada, tem uns cenários medonhos. Pouca luz, descuido no arranjo, as televisões alinhadas atrás do comentador da praxe, etc. Aquilo é medonho.

    Gostar

  82. 7 Outubro, 2008 01:16

    Quem será o patético designer deste cenário do Prós & Contras ?
    É que não consigo sequer olhar, de tão mau.
    A criatura não entendeu que tudo aquilo, para além de banal é visualmente confuso, perturba a atenção, provoca sensações cinéticas ? E as cores….
    Por certo vive nos anos 1980 e nunca ouviu falar em minimalismo.

    E gastam por certo uma boa centena de milhar de Euros naquilo….

    Gostar

  83. 7 Outubro, 2008 03:20

    Quanto à “pobreza argumentativa” penso que se refere ao testo do tal Rodrigo. E quanto a “ataques pessoais”, talvez fosse melhor o artista não se pôr tanto a jeito.

    Mas o dito cujo até tem razão. Há professores mesmo maus. Vejamos…

    “Segundo a OCDE, em Portugal gastamos cerca de 6% do nosso PIB na educação. Somos o nono país do mundo com maior investimento per capita nesta área.”
    Confusão entre OCDE e mundo, culpa certamente do professor de geografia que teve.
    Incapacidade para a leitura de tabelas e gráficos. Os dados da OCDE mostram que somos o 22º entre 33 países em investimento por aluno. Se compararmos em relação ao PIB, somos o 18º no 1º Ciclo, o 22º nos 2º e 3º ciclos e, o 18 no secundário. A culpa é, seguramente, do professor de matemática.

    “Há dinheiro, há recursos humanos, há vontade política.”
    Há dinheiro mas é para esbanjar em “Magalhães”, que para papel, mesas, cadeiras, refeitórios dignos e pavilhões desportivos não há.
    Há recursos humanos? Mas a seguir vai concluir que a culpa é dos professores.
    Há vontade política. De facto, nunca antes tinha aparecido alguém com tanta vontade de destruir o pouco que restava,
    Falta de coerência argumentativa. Atribuímos a culpa ao professor de português ou ao de filosofia?

    “Tentámos quase todos os sistemas e até inventámos outros. Nada resulta. E já culpámos os manuais escolares, já culpámos os políticos, as infra-estruturas, os sistemas, as reformas, as contra-reformas.”
    Faltou-lhe acrescentar – e todos estes estão cada vez piores.

    “A responsabilidade primeira está em quem ninguém tem coragem de apontar o dedo: nos professores.”
    Agora tem um ataque de amnésia. A ex-professorinha da 5 de Outubro não tem feito outra coisa.

    “Nos professores porque o ensino não pode ser uma segunda escolha por falta de alternativas profissionais ou financeiras.”
    Quantos outros terão profissões de “segunda escolha”. Se esta é a sua segunda escolha, você é incompetente. Um argumento interessante, para esgrimir num hospício.

    “Há muitos licenciados a dar aulas.”
    Mais que na maioria das outras profissões.

    “Há poucos professores a fazê-lo.”
    É verdade, a maioria são professoras. Mas isto é descriminação sexual.
    Desta vez, atiramo-nos ao professor de formação cívica ou ao de moral?

    “Nos professores porque não perceberam que o mundo mudou. Que a atenção de uma criança tem que ser disputada com os motores gráficos em 3D de uma playstation.”
    Vai distribuir Playstation’s nas escolas?
    “E mesmo assim continuam a utilizar os mesmos métodos, as mesmas ferramentas, que já estavam ultrapassadas no tempo do João de Deus. Não há querer fazer melhor ou fazer diferente porque é mais fácil fazer da mesma maneira.”
    Pior que isto… A maioria dos professores continua a querer que os alunos aprendam a ler e a escrever e isso é que o “eduques” não tolera.

    A ideia desta criaturinha é mais ou menos esta. Os professores têm de fazer o que os senhores (sem ofensa) políticos querem, quando querem e como querem, por mais estúpidas que sejam as indicações superiores e, por mais que isso hipoteque os conhecimentos das gerações futuras, caso contrário, do alto da sua total incompetência e incapacidade argumentativa, os governantes e os acólitos papagaios que os defendem acenam com a desculpa de que os incompetentes são os professores.

    Gostar

  84. 7 Outubro, 2008 04:31

    Ora, senhor mirandá.

    De facto, “Deus” estava superiormente inspirado, com uns copázios de carrascão, quando assumiu a forma terrena e escreveu tão superior prosa.
    E na sua forma revelada, “Deus” manifestou-se em visionário. Do grafismo.

    Sondo, insodáveis níveis de revelação pela via da psique profunda, com os seus inevitáveis traummmas alucinattorios. “Deus” é génial. Dá saltos de pensamento e conclui que os humanoides não alcançar tal explendor revelatório.

    Como (pro)feta, o senhor mirandá nele, “Deus”, se revê. É um eleito, um escolhido. Sr mirandá.

    Contudo, os humanos insistem, apesar de “Deus” e do sr mirandá, que as visões dão sempre muito maus resultados. Terrenos, claro.

    Prescrevo tratamento urgente.

    Gostar

  85. 7 Outubro, 2008 04:42

    “Deus”!

    Tens um seguidor.

    “Deus” “atrás da moita” “com don rodrigues”.

    (E o papel higiénico, trouxeste?) (borrei-me todo) (os rodrigues são culpados)

    Prosa de “Deus” inspirada pela via da “moita” e dos “don rodrigues”.

    Gostar

  86. 7 Outubro, 2008 07:50

    “Tentámos quase todos os sistemas e até inventámos outros”.

    Para além disto ser mentira e revelar uma ignorância extrema sobre o que tem sido a política educativa, impressiona a certeza com que se afirma. De facto, o que por aqui importa é a mera propaganda. Comprem Magalhães!

    Gostar

  87. 7 Outubro, 2008 07:59

    O João Miranda é um somatório de generalidades tipo conversa de salão, politicamente vácua, cheia de análises superficiais, com poucas ou nenhumas soluções concretas e escrita num estilo “blasé” , coroado com alguns erros ortográficos de palmatória.

    Gostar

  88. 7 Outubro, 2008 08:00

    Este indivíduo é um ser radical cínico sem crença alguma, um sibarita pedófilo, pateta e ordinário, que tem nojo de si próprio, abomina a sua condição, é o que chamamos na gíria “um fumador antitabagista”. Deseja ardentemente um “estímulo” para que possa rapidamente abandonar as suas desconfortáveis posições de degenerescência física e moral. O irracionalismo vai-o destruindo.

    Gostar

  89. EUROLIBERAL permalink
    7 Outubro, 2008 09:07

    Errado o Moita . A principal causa da crise da educação é a mentalidade eduquesa pós-moderna que se instalou no Ministério da Educação desde o 25 de Abril. Só mandando para a rua toda essa cambada de inúteis desvirilizados que nem sabem ensinar nem impor a disciplina çe que as coisas melhorarão…. Muitos prifessores também têm culpas, mas são mais vítimas do clima eduquês que responsáveis por ele. Professores que não são autorizados (já não digo obrigados…) a enfiar um pedagógico chapo num aluno insurrecto não podem ser grandes culpados.

    Gostar

  90. Votoembranco permalink
    7 Outubro, 2008 10:53

    “A responsabilidade primeira está em quem ninguém tem coragem de apontar o dedo: nos professores.”

    Este escritor de onde vem: de Marte?

    ” … ninguem tem a coragem de apontar?????” ??????
    Desde que o primeiro dia em que este governo tomou posse que os professores foram considerados como os principais responsáveis pelo fracasso do ensino em Portugal!
    A partir daí, desde o arrombador Rangel passando pelo servidor do regime Miguel Sousa Tavares foi um fartar vilanagem a agredir esta classe profissional, com imensos bons elementos e com alguns maus, como em todas as profissões.

    A forma como este escritor branqueia o comportamento dos políticos, de forma desonesta, em todo este processo, deixa-me a entender que ele deve ser mais um “artista” que quer ter casa em Lisboa com renda de amigo.

    (Declaração de interesses: não sou professor mas, como a maioria dos portugueses tenho muitos amigos professores – excelentes!)

    Gostar

  91. 7 Outubro, 2008 11:12

    Poderei estar errado mas parece-me que isto tem responsabilidades no cartório:

    «Em 34 anos de democracia tivemos 30 ministros da educação. Trinta. Trinta ministros e quase tantas reformas. Tentámos de quase tudo. Trinta ministros. Trinta visões. Trinta paixões. A educação, dizem-nos, é uma prioridade.»

    Isto, parece-me assim de repente, de forma irreflectida.

    Gostar

  92. 7 Outubro, 2008 11:16

    A parte que acho interessante, pela incoerência, na culpabilização dos profs reside na efectiva inexistência de processos disciplinares. Se eles existissem de forma significativa poderíamos afirmar que os profs não cumprem as decisões da tutela. Desta forma, resulta que as próprias decisões são de má qualidade.

    Gostar

  93. 7 Outubro, 2008 11:19

    * “reside na efectiva inexistência de processos disciplinares”

    má escolha de palavras; como não conheço a realidade para além daquela publicada na comunicação social, seria mais correcto usar uns “eventuais” pelo meio.

    Gostar

  94. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 11:25

    Era preciso dizer que são professores os que são chamdos ao ministério para trablhar nos programas educativos ou não saõ professores? São todos mal escolhidos?

    Gostar

  95. 7 Outubro, 2008 11:27

    De resto, vamos apontar dedos? Então, para citar um exemplo recente, o que dizer da residual contribuição das faltas dos alunos do ensino básico para o seu aproveitamento?

    É a solução para «Mesmo assim temos uma das taxas mais elevadas de abandono escolar»? Vai melhorar os «resultados negativos na avaliação da qualidade do ensino» ou, por outro lado, vai melhorar as estatísticas do sucesso educativo?

    Gostar

  96. 7 Outubro, 2008 11:29

    «Anónimo Diz:
    7 Outubro, 2008 às 11:25 am

    Era preciso dizer que são professores os que são chamdos ao ministério para trablhar nos programas educativos ou não saõ professores? São todos mal escolhidos?»

    Alguns professores a trabalhar no ME não são os professores. Haja honestidade intelectual. Já agora, os profs convidados para o ME são…. precisamente convidados! Se de nomeação política, creio que já não estamos no plano educativo.

    Gostar

  97. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 11:35

    Então, para o João Miranda, uma coisa demonstra-se pelo facto de o outro lado insultar o demonstrador. Deve ser ciência pós-moderna.

    E o RMD dizer que os professores estão mais preocupados com os seus direitos do que com os alunos, não é um insulto. Claro que não.

    Há uma coisa engraçada no texto do RMD. Por um lado, acha que
    “a atenção de uma criança tem que ser disputada com os motores gráficos em 3D de uma playstation.” e que os professores agarram-se a métodos e a instrumentos caducos. Por outro lado, diz o RMD (que é “um humanista, seja lá o que isso for)que “Não podemos continuar a discutir reformas, sistemas e até computadores Magalhães, sem discutir o que está na base”. Eu acho que há aqui uma contradiçãozita.

    Gostar

  98. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 11:37

    Os professores não se podem descartar das culpas da falencia do sistema. Podem dizer que não é só deles como é obvio, mas eles também são culpados. Os professores que são chamdos para trabalhar nos programas das disciplinas são professores, não se transformam por isso em políticos. Até me lembro d euma professora de matemática que esteve num prós e cotras que se fartou de dizer mal do governo e tinha trabalhado no programa da matemática. Se os programas são assim tão maus, são feitos professores. Por isso não se podem descartar das culpas. Devem aceitar a sua parte de responsabilidade e tentar melhorar tudo e não andar sempre a berrar por tudo e por nada feitos doidos e perdendo a credibilidade.

    Gostar

  99. rxc permalink
    7 Outubro, 2008 12:07

    Interessante o facto de uma parte significativa de quem defende o escrito do RMD assinar como anónimo…

    Gostar

  100. José permalink
    7 Outubro, 2008 12:18

    O culpa principal, cabe mesmo aos políticos. Dou um exemplo entre vários.

    No governo de Durão Barroso era ministro o actual assessor presidencial, David Justino, um sociólogo na Educação depois de vários engenheiros químicos e assim.

    David Justino, entendeu adequado suprimir a disciplina de Química como sendo obrigatória para a frequência do Secundário, dos alunos de Ciências, portanto os que seguiriam cursos de Ciências, como Medicina, por exemplo. Química, para ele,- disse-o publicamente que eu bem ouvi e já lho referi pessoalmente no blog Quarta República- era opcional porque os alunos deviam saber escolher e certamente saberiam. David Justino acreditou que os alunos, volunbtariamente, iriam escolher no Secundário uma disciplina que necessariamente lhes complicaria a vida em termos de média final. Acreditou ingenuamente, certamente, na capacidade de adolescentes optarem pela dificuldade, em vez da facilidade.
    Foi-lhe dito publicamente que isso era um erro grave, porque os alunos, ao contrário do que ele acreditava e dizia, não iriam escolher voluntariamente a disciplina ( como também Fìsica ou Filosofia ou Latim, noutras áreas), se pudessem optar por outra mais simples.

    Este erro de palmatória, básico, ainda não foi corrigido, apesar de já terem passado mais de meia dúzia de anos.
    Este ano, já há alarme nas faculdades: os alunos nada sabem de Química em cursos onde isso é importante e essencial.

    Resultado: ensino superior a decair, também.

    Responsabilidade: David Justino e a sua equipa. Por causa de um wishfull thinking, apenas.

    Consequências: o David Justino é assessor presidencial.

    A culpa é dos professores?!

    Neste caso, os professores avisaram-no. Publicamente e há testemunhas disto.

    Gostar

  101. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 12:21

    Se for para mim posso assinar como rcx ó rxc e dizer a mesma coisa. O meu anónimo e já aqui disse várias vezes é porque não vale a pena colocar um nick. Deve ser só comigo mas como parece que irrito muita gente, há por aí uns maluquinhos que se apanham com nick a seguir escrevem com o meu nick a insultar toda a gente ou a dizer barbáries e lá fica o meu nick na lama. Mas de facto agora com o bonequito é capaz de ser diferente. Vou pensar em me vestir de nick. Fica para a próxima.

    Gostar

  102. José permalink
    7 Outubro, 2008 12:26

    No blog do Paulo Guinote, hoje, está lá uma carta de um professor, anónimo porque se estivesse com nome, seria certamente perseguido pessoalmente pelas DRE deste país, em que dá conta do falhanço lustroso do Plano Tecnológico aplicado ás escolas. É apenas um pequeno exemplo, mas suficientemente elucidativo do estado a que isto chegou.

    Esta ministra, é mesmo autista, convencida que está a fazer um bom papel.

    É impressionante, o seu convencimento e a sua aposta na estratégia do governo em matéria de Educação.

    Daqui a uns anos, estará num qualquer departamento a lidar com estatística, se é que percebe disso.

    Quem lhe vai pedir responsabilidades pelo descalabro?

    Ninguém, a não ser alguns professores que já vêem o resultado na prática, da sua perseguição aos professores. Doentia e em sequência á do primeiro-ministro.

    É certo que é lugar comum, falar nisto. Mas, como é que se pode pedir algo de novo e de verdadeiramente importante para o ensino, a quem não sabe nem pode saber.

    É o Lemos com o seu curso atamancado que vai dizer?
    É a ministra com o seu currículo sem valor especial que vai fazer?
    É o primeiro-ministro, culto e bem formado como é quem o vai promover?

    Tenham paciência. Vai ser preciso esperar anos, até debelar estes tumores malignos.

    Gostar

  103. 7 Outubro, 2008 12:30

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

    JOSÉ VEIGA SIMÃO
    15 de Janeiro de 1970 a 25 de Abril de 1974

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

    EDUARDO HENRIQUE DA SILVA CORREIA
    16 de Maio de 1974 a 18 de Julho de 1974
    VITORINO MAGALHÃES GODINHO
    18 de Julho de 1974 a 30 de Setembro de 1974
    VITORINO MAGALHÃES GODINHO
    30 de Setembro de 1974 a 29 de Novembro de 1974
    VASCO DOS SANTOS GONÇALVES (interino)
    29 de Novembro de 1974 a 4 de Dezembro de 1974
    RUI DOS SANTOS GRÁCIO (por delegação de competências)
    29 de Novembro de 1974 a 4 de Dezembro de 1974
    MANUEL RODRIGUES DE CARVALHO
    4 de Dezembro de 1974 a 26 de Março de 1975
    JOSÉ EMÍLIO DA SILVA
    26 de Março de 1975 a 10 de Setembro de 1975
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

    VITOR MANUEL RODRIGUES ALVES
    19 de Setembro de 1975 a 23 de Julho de 1976
    MÁRIO AUGUSTO SOTTOMAYOR LEAL CARDIA
    23 de Julho de 1976 a 23 de Janeiro de 1978
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

    MÁRIO AUGUSTO SOTTOMAYOR LEAL CARDIA
    23 de Janeiro de 1978 a 29 de Agosto de 1978
    CARLOS ALBERTO LLOYD BRAGA
    29 de Agosto de 1978 a 22 de Novembro de 1978

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

    LUÍS FRANCISCO VALENTE DE OLIVEIRA
    22 de Novembro de 1978 a 7 de Julho de 1979
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    LUÍS EUGÉNIO CALDAS VEIGA DA CUNHA
    7 de Julho de 1979 a 3 de Janeiro de 1980
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

    VITOR PEREIRA CRESPO
    3 de Janeiro de 1980 a 9 de Janeiro de 1981
    VITOR PEREIRA CRESPO
    9 de Janeiro de 1981 a 4 de Setembro de 1981
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DAS UNIVERSIDADES

    VITOR PEREIRA CRESPO
    4 de Setembro de 1981 a 12 de Junho de 1982

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    JOÃO JOSÉ RODILLES FRAÚSTO DA SILVA
    12 de Junho de 1982 a 9 de Junho de 1983
    JOSÉ AUGUSTO SEABRA
    9 de Junho de 1983 a 15 de Fevereiro de 1985
    JOÃO DE DEUS ROGADO SALVADOR PINHEIRO
    15 de Fevereiro de 1985 a 12 de Julho de 1985
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

    JOÃO DE DEUS ROGADO SALVADOR PINHEIRO
    6 de Novembro de 1985 a 17 de Agosto de 1987
    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    ROBERTO ARTUR DA LUZ CARNEIRO
    17 de Agosto de 1987 a 31 de Outubro de 1991
    DIAMANTINO FREITAS GOMES DURÃO
    31 de Outubro de 1991 a 19 de Março de 1992
    ANTÓNIO FERNANDO COUTO DOS SANTOS
    19 de Março de 1992 a 7 de Dezembro de 1993
    MARIA MANUELA DIAS FERREIRA LEITE
    7 de Dezembro de 1993 a 28 de Outubro de 1995
    EDUARDO CARREGA MARÇAL GRILO
    28 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999
    GUILHERME PEREIRA D’OLIVEIRA MARTINS
    25 de Outubro de 1999 a 14 de Setembro de 2000
    AUGUSTO ERNESTO SANTOS SILVA
    14 de Setembro de 2000 a 3 de Julho de 2001
    JÚLIO DOMINGOS PEDROSA DA LUZ DE JESUS
    3 de Julho de 2001 a 6 de Abril de 2002
    JOSÉ DAVID GOMES JUSTINO
    6 de Abril de 2002 a 17 de Julho de 2004
    MARIA DO CARMO FÉLIX DA COSTA SEABRA
    17 de Julho de 2004 a 12 de Março de 2005
    MARIA DE LURDES REIS RODRIGUES
    Desde 12 de Março de 2005 a ?!

    Gostar

  104. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 12:36

    Imaginem a quantidade de professores que esses diversos ministros chamaram para trabalhar no ministério! Querem colcoar vtambém os nomes e o que fizeram? Quem serão e o que fazem?

    Gostar

  105. 7 Outubro, 2008 12:45

    “Trinta ministros e quase tantas reformas” é um «descartar das culpas» de culpas e pêras.

    Caro Anónimo, eu que não sou prof posso escrever à vontade sem que chateiem a cabeça com esse argumento de estar a sacudir a água do capote. E, se me permite a indiscrição, tem o(a) senhor(a) trabalho na política?

    Do que tenho escrito no meu blog e até nestes comentários, não procuro desculpas para os professore. Basta passar pelo Fliscorno e ler. Mas apontar dedos assim parece-me mal. Porque não comenta isto que escrevi:

    «A parte que acho interessante, pela incoerência, na culpabilização dos profs reside na efectiva inexistência de processos disciplinares. Se eles existissem de forma significativa poderíamos afirmar que os profs não cumprem as decisões da tutela. Desta forma, resulta que as próprias decisões são de má qualidade».

    Haverá maus professores e bons professores, como de resto em todas as profissões algo semelhante acontecerá. Diz-me então que o que há de mal no ensino tem origem na imensidão de maus professores que supostamente existirão. Nesse caso, onde estão os processos disciplinares? Enfim, ou os professores não cumprem as directivas do ministério ou não!

    Gostar

  106. 7 Outubro, 2008 12:48

    Não existe na lista de Ministros de Educação em Portugal, um único Professor.

    Os professores nunca tiveram responsabilidades na definição de qualquer política Educativa em Portugal.

    Então, porque razão o tal senhor Rodrigo e o senhor Miranda não apontam o dedo a quem é responsável pelo que afirmam não estar bem no Ensino?
    Lógica de bom senso. Os professores têm sido os executores, “os operários”, das plantas mal amanhadas por quem nada percebe do assunto.

    Este post do senhor Miranda significa Portugal no seu pior, o lado bestial ou negro.

    Gostar

  107. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 12:54

    “tem o(a) senhor(a) trabalho na política?”
    Não. Não tenho, nunca tive nem pretendo ter.
    O Jorge pergunta-me isso só por causa do que escrevi! É de facto curioso.

    “efectiva inexistência de processos disciplinares”
    Desconheço completamente se existem processos disciplinares ou não existem. Não faço ideia. Mas a anterior avaliçao dos professores não era por assim grande coisa. Por isso se calhar os professores podiam ser melhor avaliados.

    Gostar

  108. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 12:56

    “Os professores nunca tiveram responsabilidades na definição de qualquer política Educativa em Portugal” diz o anónimo 106

    Ai não? Entao porque aceitam ir para o ministério para fazer os programas das disciplinas? É por dinheiro?
    Deixem-se de balelas.

    Gostar

  109. 7 Outubro, 2008 12:58

    “Filomena Diz:
    Eu sou professora do Ensino Básico / Secundário, porém, já fui professora do Ensino Superior e por lá não continuei porque não quis! Não quis perpetuar o meu estatuto de professora equiparada a… Durante os anos que por lá andei fartei-me de trabalhar: leccionava, em média, 12 h semanais. Anos lectivos houve eu que ora leccionava 9 h/semana num semestre ora lecciona 14 h/semama no outro semestre. Já repararam como trabalhei? Trabalhava tanto para os alunos que não sei como tinha horas a fio por minha conta, isto é, para investir na minha formação. Devo ter sido uma excepção! Vejam bem que não tinha um dia livre por semana: às vezes tinha 2 outras vezes tinha 3 dias! Aquela gente era muito má a fazer horários, não acham? Afinal eu até estava lá na faculdade todos os dias!!! Pois é, mas a trabalhar para a minha valorização profissional. Foram anos mesmo estranhos: diria que de luxo…tinha um gabinete, ainda que partilhado, computador, material de escritório, telefone… Faltar às aulas? Faltava quando precisava, como agora faço, mas com umas diferenças: não tinha falta, não se “metia” o artigo x, y, ou z…simplesmente se avisavam os alunos de que a aula não seria dada e que posteriormente seria compensada em data e horário a definir. Voltando atrás…dediquei tantas horas de trabalho à componente lectiva que até tive tempo de me dedicar a um Mestrado e, seguidamente, a iniciar um Doutoramento. E, repare-se bem, a faculdade até me pagava as despesas de investigação, incluindo propinas… Estive presente em conferências nacioanais e internacionais e, não obstante as despesas a meu cargo, havia sempre uns tostões vindos da FCT e da própria faculdade para que os gastos por minha conta fossem minimizados. Quem será que contribuiu para tudo isto? talvez os desgraçados dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, digo eu!

    http://www.educar.wordpress.com/2008/04/12/pela-blogosfera-causa-nossa/#comments

    Gostar

  110. José permalink
    7 Outubro, 2008 13:07

    Nem todos os ministros têm iguais responsabilidades no descalabro. Há os inovadores, os verdadeiros responsáveis e os meros gestores de património existente.

    Entre os inovadores, autores directos desta desgraça, há poucos nomes, até:

    O do autor do maior erro no ensino que foi a supressão das Escolas Técnicas e Comerciais, para as equiparar aos Liceus. Esse erro deu-se por causa da igualitarização socialista e comunista. Foi uma asneira tão grande que pagaremos a factura durante muitos anos. Julgo que agora o reconhecem.
    Quem foi o autor? Não foi o comunista Rui Grácio?

    Outros: os autores das reformas, no sentido do porreirismo e da facilidade. Aqui destacam-se o coleccionador de cromos ( de corredores de bicicleta) Marçal Grilo e o seu continuado, o barítono composto, Carneiro. Apessoado no seu ar impertigado como convém ( eu sei que é ad personam, mas não resisto porque me dá riso), foi uma das maiores desgraças no ensino.

    E agora, esta que está.

    Gostar

  111. José permalink
    7 Outubro, 2008 13:11

    Ao escrever impertigado, em vez de empertigado, perdeu-se a carga ofensiva. Ainda bem, porque só quis brincar com um tipo que me irrita.

    Gostar

  112. 7 Outubro, 2008 13:12

    Anónimo (108),
    ““Os professores nunca tiveram responsabilidades na definição de qualquer política Educativa em Portugal” diz o anónimo 106

    Ai não? Entao porque aceitam ir para o ministério para fazer os programas das disciplinas? É por dinheiro?
    Deixem-se de balelas.”

    Primeiro: os programas das disciplinas nada têm a ver com definição de política educativa, uma vez que esta está pré definida pelas instâncias governativas da 5 de Outubro com todo o arsenal de sttaf técnico que cada equipa governativa recruta para esse fim. Os gostos são muito variados: engenheiros, economistas, sociólogos, informáticos, sindicalistas. Enfim pessoal político sem os mínimos conhecimentos ou requisitos para qualquer tipo de assessoria técnica ou conhecimento da realidade.
    Segundo: os professores participam na feitura de programas das disciplinas a partir das linhas programáticas de cada governo enquadrados geralmente por não professores da carreira do ensino Básico e do Ensino Secundário.

    Gostar

  113. José permalink
    7 Outubro, 2008 13:19

    Anabela:

    O ensino superior é o segredo mais ben guardado desta democracia. A autonomia universitária é um maná. E queixam-se comó caraças! Começam as aulas quando? Já começaram, este ano? A sério?

    E os doutorandos e mestrandos que se dedicam a investigações de tretas ( um professor doutor de Coimbra, Lélio Quaresma Lobo chama-lhes doutoramentos tipo produção de salsichas) e que à custa de uns papers quaisquer, vão ao estrangeiro em épocas catitas, apresentar os seus papers em cartazes para inglês ver e ao mesmo tempo passear? Grécia, Itália, ALemanha, Califórnia, Canadá…

    Como escrevia o Lodge, para eles, O MUndo é Pequeno…

    Ninguém fala disto, claro. Falam dos professores do básico e secundário que tem de pagar do seu bolso as deslocações de mais de 30 km por dia. Se quiserem trabalhar…

    Gostar

  114. José permalink
    7 Outubro, 2008 13:20

    Campeões deste turismo universitário? Aveiro!

    Gostar

  115. Gabriel Silva permalink*
    7 Outubro, 2008 13:21

    «que tem de pagar do seu bolso as deslocações de mais de 30 km por dia. Se quiserem trabalhar…»

    como qualquer pessoa.

    Gostar

  116. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 13:27

    Anabela essa resposta é conversa de chacha não é? É uma resposta que vem no manual das respostas de algum sindicato ou partido? Parece escritura de burocata. Já sei o porfessor que participa nos programas é o robot! Olha o robot! É para o menino e a menina olhó! Não é culpado de nada se o programa for mau. Ainda dizem que o programa é ditado por um político. Deve ser o político que escolhe os conteúdos. Pois.

    Gostar

  117. José permalink
    7 Outubro, 2008 13:34

    Gabriel:

    Não é qualquer pessoa. Muitas pessoas, ou tem carro da empresa ou tem ajudas de custo. Ou passe.

    Mesmo assim, falava do turismo universitário no ensino oficial.

    Milhares disponíveis, para o passeio do ano.

    Gostar

  118. 7 Outubro, 2008 13:38

    Alguns “restos de colecção” vão sempre transitando para as equipas de novos rabos que se (a)sentam na cadeira da 5 de Outubro. Geralmente ficam linhas de poder e influência assegurados para fazerem guerra aos recem chegados, “os novos rabos”.
    Estas guerrilhas levam a que sistematicamente um qualquer “rabo” que se (a)sente, mal lá chegou, quer logo pôr-se ao fresco. Naturalmente que o chefe do governo do momento lhe pede para continuar mais uns temos (gestão política) e que, após esse acto de superior dedicação e espírito de sacrifício será principescamente recompensado. Ter estado com o respectivo “rabo” sentada por uns tempitos na cadeira da 5 de Outubro é muito compensador. Depois de tal sacrifício sem limites (rir).

    Alguém conhecia Roberto Carneiro, Marçal Grilo e todos os outros antes de serem ME? Non.

    E que figurões se tornaram após esse esforçado e penoso “trabalho”.

    Os professores de carreira, uns poucos, conhecem todos os meandros da “casa”. Em poucos meses, deixavam a casa limpinha.
    Mas isso interessaria a quem? Ás pessoas. Aos alunos e professores.

    E como ficava a “mama” do sector universitário e do politécnico público e privado, do qual são originários a quase totaldade dos “rabos” (a)sentados na 5 de Outubro? “Dos dos deles2?

    Estes argumentos, julgo, não agradam nem a “Deus” nem ao senhor mirandá.
    Alguém saberá “o porquê”?

    Gostar

  119. 7 Outubro, 2008 13:48

    Quanto ao vil metal nem é bom falar. Basta dizer que um assistente (não pertence á carreira, ainda) vence por um salário igual ou superior ao salário de um professor do Basico e secundário no TOPO dos topos da sua ex-carreira.

    Gostar

  120. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 14:18

    Claro que não é “qualquer pessoa”, Gabriel, como diz muito bem o José. E essa despesa, para além do alojamento, alimentação, etc, revela também que os salários milionários que muitos acham que ganham os professores, são uma ilusão. É fazer as contas. Alguém está interessado?

    Gostar

  121. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 14:20

    Já agora, essa deslocação de trinta quilómetros é para quem tem sorte de ficar pertinho…

    Gostar

  122. 7 Outubro, 2008 14:23

    “O Jorge pergunta-me isso só por causa do que escrevi! É de facto curioso.”

    Não. Apenas para esclarecermos a questão de sacudir a água do capote. A questão tinha sido levantada num comentário anterior sobre assumir responsabilidades.

    Gostar

  123. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 14:27

    A reacçaõa que os professores do secundário demonstram em relação aos salários e condições de trabalho dos professores universitários e se calhar com razão, é a mesma que muitos trablhadores privados demonstram em relaçãoaos professores que possuindo emprego garantido, reformas, trabalho andam sempre a protestar e eles também trabalham, também ganham mal e ainda nem sabem se possuem emprego no mes seguinte. Assim é natural que tal como por exemplo Anabela se refira aos professores universitários com agressividade, também os professores dos protestos sejam vistos de esguelha por tanta coisinha.

    Gostar

  124. 7 Outubro, 2008 14:28

    Para a esmagadora maioria dos portugueses, a revolta da tropa em 28 de Maio foi uma acção libertadora – e a chegada de Salazar ao poder foi um alívio.

    Gostar

  125. 7 Outubro, 2008 14:30

    «O do autor do maior erro no ensino que foi a supressão das Escolas Técnicas e Comerciais, para as equiparar aos Liceus.»

    Subscrevo em absoluto esta afirmação do José. Só estaríamos bem se todos fossemos doutores e engenheiros. É o que agora se vê: sou atendido no supermercado por um licenciado mas o electricista que me arranja o carro aprendeu por conta própria.

    Note-se que não pretendo que apenas alguns possam escolher o ensino superior. Acontece que em certa altura as alternativas passaram a ser: uni ou 9º ano ou 12º ano, sendo que estes dois últimos cursos não passam de formação genérica.

    Gostar

  126. 7 Outubro, 2008 14:39

    «Como qualquer pessoa.»

    Gabriel, como qualquer pessoa no privado. Assim de repente ocorrem-me várias excepções como os juízes (750 euros para a casa), os deputados da AR (subsídios diversos) e os quadros superiores das câmaras municipais (carro próprio, combustível, senhas, …). No privado se eu tiver subsídio de deslocação faz parte do meu pacote remunerativo, negociado caso a caso. E a regra é cada qual com os seus meios próprios.

    Gostar

  127. 7 Outubro, 2008 14:42

    Anónimo (123),

    “A reacçaõa que os professores do secundário demonstram em relação aos salários e condições de trabalho dos professores universitários

    e se calhar com razão,”

    “é a mesma que muitos trablhadores privados demonstram em relaçãoaos professores

    que possuindo emprego garantido, reformas, trabalho andam sempre a protestar e eles também trabalham, também ganham mal e ainda nem sabem se possuem emprego no mes seguinte”

    Que grande baralhada que para aí vai.

    Mete trabalhadores do sector privado e tudo. Mas de que sector privados ou privados? O Ensino? Os professores do privado?

    Se assim não fosse, o seu comentário seria o mesmo que um cozido á portugesa misturado impregnado de um borrego estufado com batatinhas no forno. Não é verdade?

    Gostar

  128. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 14:51

    Jorge, os professores não têm nenhuma dessas benesses. E é dos professores que se está a falar.

    Gostar

  129. Gabriel Silva permalink*
    7 Outubro, 2008 14:56

    «Não é qualquer pessoa. Muitas pessoas, ou tem carro da empresa ou tem ajudas de custo. Ou passe.»

    Claro, depende quem se conhece para se aferir o alcance do «muitas».
    Na realidade o «muitas» é bastante reduzido.
    98% paga do seu bolso o transporte para ir trabalhar.
    No público existem excepções, mas não é por estas existirem que se devem lamuriar aqueles que não tem tais privilégios.

    Gostar

  130. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 15:02

    “Não é verdade?” Anabela
    Não entendi a sua resposta. Por isso não sei como lhe responder.

    Gostar

  131. 7 Outubro, 2008 15:08

    Excertos
    professores primários dar aulas em aldeias remotas em escolas sem água, sem luz e com alojamentos dignos de eremitas? E todos em verdadeiro trabalho missionário por esse país fora?

    o concurso de professores enviasse, anos e anos a fio, pessoas com uma qualificação de nível superior (as que devia mais estimar) pelo país inteiro, à custa de suas famílias (destroçadas) e dos filhos que não podiam ter ou levar consigo?

    ignorou ostensivamente que eles pagavam os transportes do seu bolso, viajando 100-120 quilómetros até, sempre sem qualquer ajuda de custo, diminuindo dramaticamente os que lhes sobrava no fim do mês? Não seria isto imoral e desumano?

    obrigou os professores (especialistas nas suas matérias, não se esqueçam) a passar muitas horas “extra horário”, a fazer tarefas admi¬nistrativas que antes competiam aos funcionários não docentes, ou então em reuniões absolutamente improdu¬tivas mas obrigatórias? Não sabia que os professores já passavam muitas noites e fins de semana a preparar aulas e material lectivo?

    Gostar

  132. berto permalink
    7 Outubro, 2008 15:10

    Já cheira mal esta conversa.
    A culpa é dos professores? É e não é.
    A culpa é de todos os ministros da educação? Claro que é. E não é ao mesmo tempo.
    A culpa é dos sindicatos? Pff, com certeza. Mas também não é.

    Tenho filhos no secundário, já vi professores competentes e outros que nem para varrer as ruas serviam. Já vi conselhos executivos e directivos cheios de arrogância e prepotência mas também já vi quem se interesse pelos alunos e seus reais problemas. Já vi medidas ministeriais com bastante mérito serem arrastadas pelas ruas da amargura até serem boicotadas, já vi a incompetência absoluta sentar-se no ministério da educação, já vi pseudo-especialistas na matéria defenderem uma coisa e o seu contrário, já vi o oportunismo dos defensores do ensino privado, resumindo julgava ter a certeza que toda a gente viu o que eu vi, mas afinal devo estar enganado.
    Atirar a responsabilidade de um fracasso só a um dos intervenientes não me parece um raciocínio honesto.
    Não sou professor, para que conste.

    Gostar

  133. 7 Outubro, 2008 15:12

    Caramelo,

    sei disso e não afirmei o contrário.

    Gostar

  134. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 15:23

    O Jorge sabe, mas muitos não sabem nem querem saber.

    Gabriel, as “lamúrias” de que fala com algum desprezo, justificam-se não só pelas dificieis condições em que trabalham muitos professores, como pela incompreensão por parte de quem está de fora sobre o trabalho e as condições do trabalho e os supostos privilégios dos professores. Por exemplo, o RMD diz que os professores são maus professores, assim, sem mais. Parece-me que alguma queixazita por este insulto é justificada, não? Se não for pedir muito.

    Gostar

  135. observador permalink
    7 Outubro, 2008 15:34

    Subscrevo totalmente aquilo que Jason Statham disse:

    Os salários são tão baixos tão baixos que há 40.000 à espera de vaga e os que lá estão bloqueiam o país para não lhes reduzirem os salários já de si ”’baixíssimos”’.

    Sim, são mais baixos do que o de algumas profissões, mas mais altos do que a grande maioria das profissões, e sobretudo do que muitas profissões onde se requer o mesmo nível de qualificação (licenciatura).

    Gostar

  136. José permalink
    7 Outubro, 2008 15:57

    Um dos problemas que aqui se evidenciam, é o facto de muitos trabalhadores da iniciativa privada, terem salários baixos. Muito baixos.

    O nosso liberalismo capitalista paga mal. Muito mal.

    Gostar

  137. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 16:29

    O José tocou num ponto interessante. De facto, um dos argumentos recorrentes contra os professores, ou qualquer funcionário público, é que no privado, em média, se paga pior. Talvez. Há até pessoas, incluíndo muitos ex-professores, que recebem 200 euros em call center de vão de escada… Os mesmos que argumentam dessa forma e que tanto bradam contra o Estado, deviam então lembrar-se que por esse mundo fora existem pessoas que estão em situação muito pior do que eles e sentirem-se muito priveligiados. Devemos então mandá-los calar e retirar-lhes legitimidade para protestar?

    Gostar

  138. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 16:37

    Caramelo, esse era o meu ponto que a Anabela não entendeu. Estavam aqui professores a atirar-se contra as benesses dos professores universitários. Acontece o mesmo aos que estao piores. Não entendem porque se queixam tanto. Imaginem se os professores entrassem sempre em protesto por tudo e por nada , a reacçao dos professores do secundario ainda seria de maior incredibilidade.

    Gostar

  139. 7 Outubro, 2008 16:42

    Ex – corpos especiais da função pública

    http://www.dgap.gov.pt/index.cfm?OBJID=7a464cb3-4fe5-4ea1-befe-cb1774dd5e8d

    Gostar

  140. Gabriel Silva permalink*
    7 Outubro, 2008 16:49

    vejo que os bombeiros ganhavam muito mal

    Gostar

  141. Gabriel Silva permalink*
    7 Outubro, 2008 16:50

    «Devemos então mandá-los calar e retirar-lhes legitimidade para protestar?»

    ninguém manda calar, nem pretende retirar legitimidade (excepto alguns ao RDM….).
    Diz-se é que não tem razão.

    Gostar

  142. 7 Outubro, 2008 16:51

    O QUE EM MÉDIA UM PROFESSOR DO 2.º OU 3.º CICLO FAZ DURANTE UM ANO
    LECTIVO:
    (Com base no meu “estudo” pessoal , Lurdes Paraíso)

    Lecciono 6 turmas em Educação Visual, no total de 117 alunos
    Lecciono 1 turma em Formação Cívica, de 19 alunos
    Lecciono 1 turma em Área Projecto, de 23 alunos
    Lecciono Aulas de Complemento Curricular no 1.º ciclo, no Clube de Artes,
    do 1.º ao 4.º ano, no total de 21 alunos
    Lecciono o Clube de Jornalismo, no total de 13 alunos
    Logo trabalho em contextos específicos com 193 alunos

    Documentação/papeis criados, preenchidos e tratados:
    1- Início do ano:* Planificações (1 pág. por turma/disciplina/área =total de 10 págs.); Critérios de Avaliação/correcção (1 pág. Por turma/disciplina/área = total de 10 págs.); Descriminação de competências a atingir (1 pág. por turma/disciplina/área = total de 10 págs.);
    articulações interdisciplinares (1 pág. por turma = total de 6 págs.); (…)são fotocopiadas (1 exemplar para o dossier de Directores de Turma, no Plano Curricular de Turma, 1 ex. para o Conselho Executivo, anexo à acta, 1 ex. para os nossos registos pessoais, 1 ex. para o dossier de Departamento
    Logo, num total de 36 páginas (120 fotocópias) *Se temos alunos com “NEE”, serão mais 4 páginas de documentação, fotocopiadas em triplicado, logo 12 págs. Ficam de fora, testes diagnósticos (117 fotocópias e 6 relatórios = 6 págs.)
    – a meio de cada período (Avaliações Intercalares): registo de avaliações intercalares (1 pág. por turma/disciplina = total de 8 págs.)
    Logo 3 períodos, num ano lectivo, no total de 24 págs.)
    3- Final de período: fichas de avaliação(1 pág. por aluno = total de 193 págs. Fotocopiadas em duplicado); ficha de avaliação de Formação Cívica, Área Projecto, Clube de Jornalismo, Educação para a saúde, Clube de Artes 1.º ciclo) (1 pág. por disciplina/área = total de 5 págs. Logo, num total de 198 págs. (394 fotocópias)* *Logo, tendo 3 períodos lectivos, dá um total de 594 págs. (1182
    fotocópias)
    4- Sou Directora de Turma: Início do ano: Plano Curricular de Turma 25 págs., fotocopias: 1 ex. para dossier de Direcção de Turma, 1 ex. para o Conselho Executivo); Planos de Recuperação (este ano tive 6 alunos com (cada plano 4 págs., logo 24 págs., fotocopiadas duplicado); registo de faltas (10 disciplinas, registadas em fichas e depois no sistema informático); preenchimento das fichas de avaliação (total de 19 páginas);
    Logo, num total de 78 págs. (98 fotocópias)*
    5- No último período, ainda relatórios de avaliação:* para Formação
    Cívica (1 pág.); para Área Projecto (1 pág.); para Clube de jornalismo (1 pág.);
    como Directora de turma: para avaliação da turma (2 págs.); para Planos
    de Acompanhamento (1 pág.); para Retenção (1 pág. por aluno, depende das
    retenções); para Retenção Repetida (3 pág. por aluno, depende das
    retenções repetidas); para Planos de Recuperação (1 pág. por aluno, vou fazer 6,
    porque tenho 6 alunos em Planos = 6 págs.); para Director de Turma, sobre o meu trabalho desenvolvido (média 3 págs.); para o Clube (1 pág.); para o 1.ºCiclo (1 pág.); (…)
    Logo, num total no mínimo de 22 págs. (44 fotocopias).

    Como compreenderá, deve estar a escapar-me alguma coisa, ou haver aqui alguma margem de erro,
    Em resumo (ao longo dum ano lectivo):
    a) Trabalho com…_193 alunos*
    b) Posso criar, analisar, preencher, (”passam-me pelas mãos”) … _758 páginas (papel)*
    c) Estão envolvidos aproximadamente… _1 456 fotocópias/PB*
    d) Faço em média… _17 367 registos (mão livre/informatizados)**em documentos oficiais*** (explico a seguir)***Nas fichas de avaliação dos alunos (1 por aluno =
    193 alunos) são registados dados (cruzes, abreviaturas de menções
    qualitativas, etc.):*** *Educação Visual_7 dados/aluno x 117 alunos x 6 turmas x 3 períodos =
    14742registos; *Formação Cívica_7 dados/aluno x 19 alunos x 3 períodos = 399 registos;*
    *Área Projecto _5 dados/aluno x 23 alunos x 3 períodos = 345 registos;*
    *Como Directora de Turma (preencher dados como: nome, números, faltas, cruzes de avaliação global, cruzes de recomendações ao encarregado de educação) = aproximadamente: 33 dados/aluno x 19 alunos x 3 períodos =1881 registos e) **Somando os registos oficiais com os pessoais (alínea a + e), dá** 30 003 registos totais*(explico a seguir)* Se considerar os dados que manipulo antes de os introduzir nos documentos oficiais, então será só na disciplina de
    Educação Visual, o seguinte:**3 Trabalhos (média) por período x 12 registos (12 critérios de
    avaliação/correcção em Excel) x 3 períodos x 117 alunos (em Educação Visual) = 12636 registos pessoais*
    Reuniões ao longo do ano lectivo: 91 reuniões.

    a)Conselhos de Turma:
    1 Setembro + 1 início ano lectivo (após as aulas começarem) + 1 fins de Setembro+ 1 Intercalar do 1.º período + 1 final do 1.º período (avaliação) + 1 intercalar do 2.º período + 1 final do 2.º período (avaliação) + 1 intercalar do 3.º período + 1 final do 3.º período (avaliação) x 6 turmas
    = total de 54 reuniões
    b)Encarregados de Educação, porque sou também Directora de Turma:
    1 Início aulas + fim 1.º período + fim 2.º período + fim do 3.º período x 1 turma *= total de 4 reuniões (fora as reuniões que vou tendo com Encarregados de Educação nas horas de atendimento e a título individual)
    c) Outras reuniões:
    Reunião Geral (2 reuniões/ano) + Conselho de Directores de Turma (10 reuniões/ano) + Áreas Curriculares não Disciplinares (3 reuniões/ano) +Clubes e Projectos (3 reuniões/ano) + Departamento (11 reuniões/ano) +reuniões diversas, tipo preparar actividades extra-curriculares (média 4 reuniões/ano) *= total de 33 reuniões
    Outros indicadores, que “não têm papel”, nem convocatórias:
    EnsinoEducaçãoVisual,sou “psicóloga”, “mãe/pai”, procuro resolver problemas de indisciplina, de zangas, de “guerras e guerrinhas”, ouço desabafos, confidências, avalio e envio relatórios para Segurança Social, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, quando é necessário; _*nota: trabalho com adolescentes*
    – Atendo Pais e Encarregados de Educação, articulo com eles, mas não recebo outros Pais ou Encarregados de Educação de que tanto preciso, porque não querem, ou, não podem vir à escola;
    – Participo na organização, colaboração de actividades
    extra-curriculares, tipo: Festa de Natal, Carnaval, Páscoa, “Feira de Maio”, Encerramento Ano

    Lectivo, (…);
    – Faço a paginação do jornal da escola (28 págs. /jornal x 3 períodos =
    84 págs.)
    – (Fazendo uma média de dois trabalhos por período na minha disciplina), observo e acompanho: 117 alunos x 2 trabalhos/média/período x 3 períodos =702 trabalhos práticos.
    – (…)
    *FIM*
    *Mandei estes dados para um deputado da Assembleia da República que nos pedia o número de alunos que em média um professor tem, porque por lá consta que é uma média de 7 ou 8 alunos/professor.*
    http://www.educar.wordpress.com/2008/04/12/as-contas-sao-mais-ou-menos-essas/

    Gostar

  143. Anónimo permalink
    7 Outubro, 2008 17:03

    Isso é muito por ano?
    E quantos emails e sms’s por ano? E comentários na net?

    Gostar

  144. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 17:21

    “ninguém manda calar, nem pretende retirar legitimidade”

    Manda, manda, Gabriel, ou ficam muito perto disso. Tome atenção ao tom com que geralmente são acolhidos os protestos e comentários dos professores.

    Gostar

  145. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 17:22

    De qualquer forma, o argumento mais recorrente é o do “há quem esteja muito pior”

    Gostar

  146. Gabriel Silva permalink*
    7 Outubro, 2008 17:28

    quando se apontam falhar aos professores e não-razões nas suas reinvidicações, os comentários dos professores são invariavelmente «somos uns coitadinhos explorados».

    Gostar

  147. caramelo permalink
    7 Outubro, 2008 17:38

    Os professores não dizem só isso, Gabriel. Tem de estar mais atento ao que eles dizem. Talvez possa aproveitar alguma informação, se estiver disponível para aprender. Pode até acontecer a “blasfémia” suprema de lhes dar razão aqui e ali e até de se juntar a eles nalguma reinvidicação 😉

    Gostar

  148. escrotorectal permalink
    7 Outubro, 2008 19:31

    Se no privado enrabassem criancinhas era bom que no estado copiasse porque se é privado é bom,,,

    Gostar

  149. escrotorectal permalink
    7 Outubro, 2008 19:34

    A inveja do sportuguiess é famosa..se o meu vizinho tem um mercedes eu ponho uma bomba no dito,,,não tento ter um bentley..dá-me asco ser portugu~es e pensar que aquele paneleiro pedófilo do afonso henriques bateu na mãe. isto se não fez algo mais ed criou esta merda de pocilga a beira mar plantada..Viva Espanha pelo menos se forem ao fundo ouvem o Cortez nós só a Amália – a saudade o fatalismo, atristeza- porra até apetece dar um tiro,,,

    Gostar

  150. escrotorectal permalink
    7 Outubro, 2008 19:35

    Morra portugal Morra pim pam pum

    Gostar

  151. 7 Outubro, 2008 19:36

    Por cá estas atoardas contra os professores não são análises do ensino. Não são sequer conhecimento dos males estruturais do ME e dos pedagogos.
    Limitam-se a rosnar contra o que é óbvio- é um facto que os profs do Estado têm emprego vitalício; assim como é um facto que comparação com quem tem a mesma formação académica ou até saberes práticos maiores e não é funcionário público, são uns privilegiados.

    Apenas isto. Ora isto não são críticas ao problema do ensino em Portugal.

    Gostar

  152. 7 Outubro, 2008 19:39

    De qualquer forma a própria estrutura de funcionamento escolar contribui para o mesmo. Há os que são meros criados das directivas dos burocratas e há os burocratas instalados nas direcções escolares, para que o controle e tutela dê a falsa ideia de até ser questão inter pares.

    Gostar

  153. 7 Outubro, 2008 19:43

    Mas mil vezes mais privilegiados são os universitários. Por isso é que é sempre bom não apontar aos outros o que se pode apontar a si e até com maior pertinência.

    Quanto à qualidade- quem ensina esse crime público das “pedagogias” é universitário. São estes os formadores. Não podem dizer que o resultado é mau, como se não participassem nele.

    Gostar

  154. 7 Outubro, 2008 20:31

    Anónimo (143),

    “Isso é muito por ano?
    E quantos emails e sms’s por ano? E comentários na net?”

    Esse é retirado das restantes horas do dia por troca de de se ir ao cinema, ao teatro, a um fora de portas jantar, ler um bom livro.

    Não me diga que por se ser professor (também) já não se pode dispor do tempo livre como qualquer mortal!!!!

    Informação: Os circuitos neuronais do cérebro necessitam de exercício permanente. A não se efectuar treino sistemático, o cérebro torna-se “preguiçoso” já que as células nervosas continuam a operar via níveis de circuitos de ligação pouco complexos, o que se traduz na prática no que vulgo se designa de “inteligência” ou “inteligências”.
    Treine mais.

    Gostar

  155. 7 Outubro, 2008 20:38

    zazie (153),

    “é um facto que os profs do Estado têm emprego vitalício; assim como é um facto que comparação com quem tem a mesma formação académica ou até saberes práticos maiores e não é funcionário público, são uns privilegiados.”

    Marque a tertúlia comigo para quando quiser. Hoje? Não posso.
    Sómente exijo que seja gravada (o debate comigo) ou sessão pública para um vasto público se informar. É que gostar tempo sómente consigo é tempo gasto em vão.

    Recomendo que “treine” muito as “células”.

    Gostar

  156. 7 Outubro, 2008 21:30

    Mas é mentira?

    Não o têm todos os funcionários públicos?

    Esta é a parte perfeitamente secundária do cancro do ensino. Apenas a referi porque todos sabemos que é exclusivamente por esta razão que se apedrejam as reivindicações dos profs.

    Porque é um facto que se fossem empregados dos bravos dos nossos empresários, calavam e nem bufavam.
    Ir para o olho da rua, sem mais nada é a vida de muita gente que tem os mesmos estudos (muitas vezes até mais) e que é tão trabalhador como os outros.

    V. não pode negar esta evidência sem perder a causa. E a causa não é este detalhe. Este detalhe é que provoca a inveja a quem vos ataca.

    Gostar

  157. escrotorectal permalink
    7 Outubro, 2008 21:33

    o PROFESSOR NESTE PAÍS TEM DE SER PAI , MÃE, AVÓ, AVÕ,TUDO ATÉ TEM DE FAZER DE AMANTE DO PAI E DA MÃE..ALIÁS OS PAIS DESTE PAÍS BEM PODIAM DESAPARECER TODOS QUE OS PUTOS NEM DAVAM CONTA..ELES SÓ EXISTEM PARA DAR O DINHEIRINHO E A pLAYSTAION..FIM..

    Gostar

  158. 7 Outubro, 2008 21:33

    E olhe que eu disse isto e defendo a luta dos professores.

    Agora imagine como é que v. é capaz de nem esta evidência aceitar e não perder a razão.

    Porque a razão é outra- não é serem mal pagos ou terem os empregos precários como tem tanta gente sabendo fazer muita coisa.

    E fazer muita coisa nem é aquela palhaçada das acções de formação, vendidas por ciganos com coberturas ministeriais e sindicais.

    Fazer muita coisa não é tapar o sol com a peneira ou colaborar no logro apenas para viver dele.

    Gostar

  159. 7 Outubro, 2008 21:37

    E não se veja ao espelho que eu não tenho “amos” nem partidos, nem causas.

    Apenas referi isto porque a demagogia que por aqui ia nos comentários era apenas isto que tinha em mente.

    E disso por todas as letras o que os outros disfarçavam. Pergunte ao RMD se não era precisamente nesta evidência que estava a pensar.

    O resto é folclore. O resto é mesmo para defender o governo, ou pura e simplesmente por nem se ter a menor noção do problema político do ensino em Portugal.

    Gostar

  160. 7 Outubro, 2008 21:50

    zazie (156),
    A minha profissão não é, nem nunca seria na vida a de funcionária pública na acepção depreciativa da expressão do povão que zazie utiliza no comentário. Sou professora.

    Adiante. Um pequeno texto, bem a propósito do tema

    Todos os estudos internacionais e nacionais, na área da saúde mental, confirmam que a profissão docente é uma das profissão de maior risco psicológico. Os médicos sabem que quando lhes surge em consultório um paciente a proferir “Estou estoirado!”, este é seguramente professor ou professora. Como obtêm, na formação universitária, informação nas cadeiras obrigatórias de Saúde Mental e Comunitária, geralmente, prescrevem ao professor uma pausa no trabalho com os seus alunos. Não raras vezes os professores ultrapassam os seus próprios limites. Surgem esgotamentos e, reunidos outros factores, depressões algumas muito graves. Raramente induzem ao suicídio pois geralmente são de base ansiogénica.

    É que a profissão docente, para além de ter as dificuldades de carreira de outra profissão e de se inscrever numa profissão da área das relações humanas, é especial e única. As interrelações ou inter-relacionamentos diários na sala de aula são “assimétricos”. Quando se trabalha diariamente com seres não adultos (crianças e jovens) sabe-se que estes (ainda) não possuiem de competências do proporcionar feed back motivacional ao professor – como nas relações “simétricas” entre os adultos. Mais. Como seres em formação, as crianças e jovens, requerem atenção constante e não proporcionam o retorno do que buscam – atenção e reconhecimento.

    Se se colocar uma simples questão a partir da experiência vivida de pais, avós, familiares, amigos, etc, na relação com crianças e jovens do tipo: Os professores trabalham diariamente, não com um ou dois, mas com dezenas de crianças e jovens, que lhe oferece dizer!?
    Inevitavelmente a resposta seria do tipo “livra!”.
    Outra pergunta: Que pensa dos pais actualmente no que diz respeito á educação dos filhos? E que se passará com um professor quando diariamente e semanalmente tem que atender os esses pais? Inevitavelmente a resposta seria do tipo “livra!”.
    Colocados sobre a sua própria experiência de vida na “relação” ou na observação deste tipo de relação, a resposta arrisco é genericamente consensual. “livra!”
    A agitação própria e o barulho dos alunos destas faixas etárias já é só por si um factor de alto enorme risco no equilíbrio físico e psicológico de um professor.

    Nota: Os comentaristas deste post, e muitos outros “opinadores” mas não “experenciadores”, mudariam radicalmente de opinião, alguns nas primeiras horas, em contexto real.

    Gostar

  161. 7 Outubro, 2008 21:57

    SE SE CONTINUAR A BRINCAR COM O ENSINO…
    Metade dos licenciados em engenharia chumbam no exame da Ordem

    Mais de 50 por cento dos licenciados em engenharia chumbam no próprio exame da Ordem, que é obrigatório para o exercício da profissão. Quem o diz é o bastonário da Ordem dos Engenheiros.

    Consulte e ouça o artigo completo na TSF.
    http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/

    Gostar

  162. 7 Outubro, 2008 22:06

    Mas porque motivo tinha eu de responder a questões que não enunciei.

    Eu disso uma banalidade. Que os profs têm emprego vitalício e até são bem pagos, em comparação com outros ofícios fora do Estado.

    Qual é a parte que não entende nesta banalidade?

    E de onde pode retirar que é uma ofensa para funcionários públicos dizer precisamente em que consiste- consiste em ter emprego vitalício- na generalidade dos casos- e tê-lo, até aqui, em todos- no caso dos profs que até são bem pagos.

    Foi isto e exclusivamente isto que eu referi.

    E fi-lo para calar os que disfarçam a inveja desta questão com supostas críticas ao lado.

    Porque é apenas isto que gera a inveja.

    Se eu não entrei no debate não era agora v. que nega esta verdade que me ia fazer entrar nele.

    De caminho até lhe dou uma dica_ eu penso que os professores nem tinham de ser avaliados.

    E muito menos com palhaçadas burocráticas, inventadas apenas para dar pretexto a uns cortes, favorecendo as velhas progressões por tarimba.

    Gostar

  163. 7 Outubro, 2008 22:09

    Portanto- se eu nem reconheço autoridade a pedagogos para avaliarem as imbecilidades que vos obrigam a fazer, acha que ainda ia defender a anormalidade de serem os pais baldas e a malta que está proibida de ser chumbada a fazê-lo?

    Gostar

  164. 7 Outubro, 2008 22:11

    E, quem diz pedagogos, diz formadores com doutoramentos em visitas de estudo ou acumpuctura ou até o “plesidente da câmara”.

    Gostar

  165. 7 Outubro, 2008 22:18

    Mas olhe, tenho vários amigos profs. Todos se queixam de tudo. Mas acabam sempre a dizer o mesmo- mil vezes aturar os putos que os colegas e a burocracia.

    É que aquilo lá dentro é uma réplica em miniatura das lutas da classe com o Ministério. Porque os velhos órgãos de cúpula são criados, na mesma, com a mesmíssima lógica do PREC- eleições partidárias, tachos e escapes para não se ser obrigado a trabalhar e hipótese de salto para a “nomenclatura”- para os famosos bastidores onde toda esta porcaria do ensino é fabricada. Desde livrinhos a programas, a clãs universitários, nos famigerados cursos de “Ciências da Educação”.

    Gostar

  166. 7 Outubro, 2008 22:42

    “profs têm emprego vitalício …

    Os professores tinham uma carreira de 36 anos de serviço, até a dona Maria. Se considera que era um emprego vitalício, que seja.

    “… e até são bem pagos, em comparação com outros ofícios fora do Estado.”

    Assim tido, nada diz.

    De facto, os professores conseguiram equiparação ás carreiras de técnicos e técnicos superiores da função pública e consta que um pouco até mais. Aliás, dentro da própria classe professoral existiam grandes diferenças salariais consoante o grau e nível de leccionação. Mas “isto” só foi conseguido no ultimo Governo do PS, com o António Guterres. Entretanto já foi tudo revogado.
    Neste momento, o topo da carreira de um professor ronda os 1400 Euros (aquela dos titulares é para meia dúzia de amigos e quejandos) e não tem carreira. Se por mero acaso ainda estiver vivo aos 65 anos (não deve estar) com carreiras superiores a 40 anos (!)ainda pode auferir 80% de reforma, se estiver vivo.

    Se já era uma carreira duríssima e mal paga agora, só por total necessidade de subsistência, ou por paranoia, é que alguém optará pela docência.

    Gostar

  167. Celan permalink
    7 Outubro, 2008 22:59

    O José fez-me soltar uma sonora gargalhada. Ao Paulo Ferreira da Cunha junto a Glória Reixeira também da FDUP. O ensino superior está repleto de gente desta.

    Gostar

  168. 7 Outubro, 2008 23:42

    Anabela:

    Por favor- não dê um tiro no pé. Não vá por aí- Todos sabemos que os professores do Estado são uns privilegiados, não só por comparação com outras profissões com o nosso patronato, como com os profs do resto da Europa.

    O que não significa que eu concorde como já chegaram ao grau de acessório abaixo do homem do lixo, como na Inglaterra.

    Mas são uns privilegiados cá- monetariamente e eram ainda bem mais privilegiados em termos de horários de trabalho quando esta palhaçada da burocracia ainda era coisa de “secretaria”.

    Mas não vou entrar por aqui. Não me interessa dar trunfos aos que criticam uma classe que não tem culpa do descalabro a que chegou o ensino em Portugal.

    Se v. quiser estragar a causa sozinha, esteja à vontade.

    É que ninguém é parvo e não precisa de defesas corporativas a venderem precisamente a única coisa que nunca poderiam vender- o valor dos salários e a segurança de emprego que não existe em mais parte alguma- a começar pelos seus colegas que trabalham no particular.

    Daí os sindicatos até terem gozos perversos em deixá-los cair. Os profs do particular são os vendidos que estragam as causas políticas dos sindicatos.

    ……..
    Declaração de interesses- não faço parte de nenhum destes “grémios”.

    Gostar

  169. 7 Outubro, 2008 23:47

    Emprego vitalício é precisamente o mesmo que sucede a um funcionário público que não pode ser despedido.

    Dou-lhe um exemplo de um caso mediático- o pedófilo da Casa Pia- o dito “Bibi” foi sempre reintegrado porque era funcionário público. Nem à custa de queixas havia pé legal para o despedir.

    E isto é o que se passa com a generalidade de funcionários do Estado. O que não significa que todos os que trabalham para o Estado sejam madraços, estejam a mais, ou ganhem acima da função.

    O caso dos professores é diferente. Os do secundário são privilegiados- os universitários são nababos que até podem acumular com tanto tacho que nem precisam de ir lá dar aulas.

    Gostar

  170. 7 Outubro, 2008 23:49

    «Mas “isto” só foi conseguido no ultimo Governo do PS, com o António Guterres»

    Mas v. afinal está a defender essas mordomias, essa vergonhas de horários zero ou tem um pensamento e uma crítica teórica ao sistema?

    Gostar

  171. 7 Outubro, 2008 23:53

    «Se já era uma carreira duríssima e mal »

    Isto é mentira. Isto é mentira absoluta e é por esta mentira e por estes interesses mesquinhos que muita gente nem quer saber dos problemas do ensino e dos seus responsáveis.

    Porque, de facto, há sempre estes oportunismos vigaristas de quem se habituou a privilégios acima do comum mortal e agora acha que todo o mundo lhe deva alguma coisa.

    Este é gigantesco tiro no pé que se pode dar. E é lixado como quem tinha tanta razão para se revoltar acaba por se agarrar ao medo dos velhos privilégios que lhes escapam debaixo dos pés.

    É que isso, qualquer trabalhador sem a sorte de ter entrado para a função pública faz-lhes um manguito.

    Gostar

  172. 7 Outubro, 2008 23:58

    Porque motivo é que v.s aceitam a palhaçada da dita “avaliação” e sempre aceitaram a mesma palhaçada mas com menos fichas para preencher das “acções de formação”?

    É que a isto é que se devia fazer greve. Greve geral a avaliações imbecis, feitas por outros imbecis encartados, que vão para lá sacar carcanhol a fingir que ensinam acumpuctura ou a criação de um blogue.

    Ou pior, mil vezes pior- esta mesma “avaliação” vai consistir em folclore idêntico. A diferença é que dantes era sempre para subir na tarimba e agora pode ser para ficar a marcar passo ou com ordem de partida. Para poupar uns tostões.

    Mas é precisamente a mesma palhaçada que a classe dos professores tinha a obrigação de denunciar. Denunciar os conluios políticos, universitários e sindicais, acerca da gigantesca trafulhice em que consistem as “acções de formação” e as avaliações com pedagogo-de-feira.

    Gostar

  173. 8 Outubro, 2008 00:06

    “Em 34 anos de democracia tivemos 30 ministros da educação.”

    Todos os problemas apontados pelo RMD são de gestão (daí a citação que faço). Parece-me que nenhum releva aos professores, pelo que a questão da probreza argumentativa e ataques pessoais também se aplica ao artigo por ele escrito…

    Gostar

  174. 8 Outubro, 2008 00:07

    A profissão é duríssima por si mesma- por ter de lidar com um absurdo que se chama “escolaridade mínima obrigatória sem chumbo” que pode incluir matulões e delinquentes encartados que pura e simplesmente são despejados para ali. Para cumprirem estatísticas e não aprenderem nada de útil.

    Mas é assim em toda a parte do mundo e tenderá a ser ainda mais com a imigração. Nada de novo em relação ao resto da Europa. Velho é a pactuar com “estatutos de aluno” e desautorizações dos próprios professores.

    Mais nada. Não há aqui nenhuma dureza que não seja idêntica em toda a parte ou mil vezes pior. Experimente ir a um centro de emprego e veja onde os ingleses já arregimentam profs. Ou experimente fazer um estágio em Londres e depois conte.

    Se conseguir pagar a renda de um quartito alugado. Conheço um caso que até acabou a bater à porta, pedindo que deixassem dormir, por mera caridade, até voltar para trás com a filharada que tinha levado.

    Gostar

  175. 8 Outubro, 2008 00:07

    “Se já era uma carreira duríssima e mal paga agora, só por total necessidade de subsistência, ou por paranoia, é que alguém optará pela docência.”

    Bem, houve mais uns milhares só este ano…

    Gostar

  176. 8 Outubro, 2008 00:11

    Mas, nenhuma destas questões serve de exemplo e o caso inglês é até um boa prova do oposto- a não dignificação da profissão criou um monstro de que agora até a classe média é captiva- E a curto prazo vão apanhar com a incompetência numa série de profissões.

    Já estão a apanhar. Já se vendem “cursos” pós laborais a funcionários de grandes empresas, para aprenderem tretas de matemática que por cá se aprendem no secundário.

    Gostar

  177. 8 Outubro, 2008 09:43

    zazie,

    Noto-lhe muitos queixumes, muitas amarguras por não pertencer ao grupo de “previligiados”…

    Se assim é na sua cabecita, porque nunca aderiu ao grupo de “previligeados”?
    Ainda vai a tempo! …
    Inscreva-se.

    Aconselho-a a começar pela Educação.

    Depois … falamos. Ok?

    Gostar

  178. 8 Outubro, 2008 09:47

    PMS Diz:
    “Se já era uma carreira duríssima e mal paga agora, só por total necessidade de subsistência, ou por paranoia, é que alguém optará pela docência.”

    Bem, houve mais uns milhares só este ano…”

    … porque não há empregos. Não é verdade?

    No Reino Unido há trabalho e emprego.

    Gostar

  179. 8 Outubro, 2008 13:55

    Anabela:

    V. não tem nível. V. andou por aqui meses e meses a fazer propaganda em nome de uma classe profissional e basta uma ligeira questão para se estatelar ao comprido.

    Os professores não precisam destas trafulhas que se auto-elegem representantes e mais não são que sindicalistas e políticos encapotados.

    Gostar

  180. 8 Outubro, 2008 13:57

    Se v. apenas pode falar em “invejas” ou dizer que eu tenho inveja do que quer que seja (sem me conhecer de lado algum, ou saber o que faço na vida) então não tem argumentos e acabou por destapar o seu móbil- pura mesquinhice de privilégios e pura defesa de gueterrismos também no ensino.

    Gostar

  181. 8 Outubro, 2008 14:04

    O teste nestas tretas é fácil- basta falar-lhes no eduquês ou nas “acções de formação” e sabe-se logo quem é quem.

    É como o algodão, eduquês+acções de formação, misturadas nesta luta = + Benaventes+ eduquês+ horários zero+ mais privilégios.

    Manter tudo na mesma, se possível fazer ainda mais do mesmo e com mais benesses de tarimba- como na tropa.

    Gostar

  182. Tyra permalink
    8 Outubro, 2008 14:38

    Anabela cai num erro, e esse erro foi respondido por jose. Não são os professores que ganham bem. São os outros que ganham mal.
    Os outros têm inveja, façam o mesmo. O capitalismo liberal paga muito mal aos seus trabalhadores. Os professores fazem por eles mesmos. Os privados que se sindicalizem e façam greves.

    Gostar

  183. 8 Outubro, 2008 17:26

    Esclareço (a ou o) zazie que na qualidade de Psicóloga já trabalhei numa das maiores empresas de consultores portugueses. Efectuei selecção e recrutamento de pessoal para grandes empresas privadas. Acompanhei reestruturações de empresas nacionais e de carreiras. Conheço tabelas salariais, acordos de empresas patrões-trabalhadores. E conheço muito bem o “privado”.

    Os consultores em RH das grandes empresas nacionais foram meus colegas na Faculdade.

    Gostar

  184. 8 Outubro, 2008 17:52

    Lógicas Imbatíveis

    Valter Lemos desvaloriza aposentações entre os professores
    O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desvalorizou hoje as aposentações entre os professores, atribuindo o facto de quatro mil docentes terem pedido a aposentação nos últimos dez meses (o dobro do ano passado) às alterações na lei da reforma.

    “A idade da reforma aumentou e, naturalmente, mais pessoas pediram a aposentação, mas isso aconteceu em todas as profissões”, declarou, falando aos jornalistas na Fundação de Serralves, no Porto, onde participou no Encontro Nacional de Professores.

    Considerando que a notícia avançada pelo “Jornal de Notícias” é “uma manipulação dos números”, o representante do Governo qualificou como ilegítima qualquer associação entre a duplicação dos pedidos de aposentação e a desmotivação dos professores. “Não acho nada que os professores tenham falta de motivação, bem pelo contrário: os resultados escolares em Portugal melhoraram e muito e isso deve-se ao trabalho dos professores”, afirmou, insistindo que as aposentações também aumentaram entre “médicos, enfermeiros, juízes e advogados”. (Natália Faria)

    Este secretário de Estado é um portento em matéria de lógica e argumentação. Um tipo não sabe mesmo se não será ele o verdadeiro Zé Carlos que faltou um pouco ao primeiro programa dos Gato Fedorento para a Sic.

    Vejamos:

    As pessoas reformam-se mais cedo porque a idade da aposentação aumenta. Tem toda a lógica. Aliás, quando um Governo aumenta a idade da aposentação é para que as pessoas se reformem mais cedo. Julgo que é óbvio, evidente e transparente. É que mesmo que se argumente que, do ponto de vista do ME, as aposentações são benéficas em termos orçamentais, do lado do pagamento das prestações sociais não é tanto assim. MAs…
    Depois temos o facto da notícia ser, aparentemente, uma «manipulação dos números». Vindo de quem vem só podemos considerar isto um exercício sublime de amnésia ou auto-ironia. Quem costuma atirar números para o ar sem grande fundamento e de forma selectiva é exactamente o ME (caso da assiduidade dos docentes, da cobertura dos gastos pela ASE): Mas se o SE Lemos ainda demonstrasse onde se encontra a manipulação poderíamos compreende-lo. Como apenas a enuncia, de nada adianta. Eu posso dizer que os gatos com quatro patas são todos resultado de uma manipulação genética que, sem a devida demonstração, isso não se transforma numa verdade.
    Mas o que é sempre interessante é que, apesar de ser uma manipulação, Valter Lemos dá por adquirido esse aumento das aposentações, apenas achando que também ocorre em outras profissões. Pena que, de novo, lhe tenha falhado a demonstração de aumento equivalente de aposentações entre médicos, juízes e advogados. Entre os enfermeiros, até acredito.
    Por fim, embora achando que os dados são manipulados, Valter Lemos não associa o inexistente aumento de aposentações com a «desmotivação dos docentes». pelo contrário acha-os motivados, pois até os alunos têm vindo a ter melhores notas. Arre… que o senhor excelentíssimo secretário de estado realmente tem umas circunvoluções cerebrais que me deixam abismado. Qual cérebro de Lenine, qual cérebro de Darwin. Este cérebro é que merece ser estudado em detalhe quando essa oportunidade se apresentar. É que o génio, em modelo supra, mora aqui. Numa embalagem improvável. Mas é mesmo aqui.

    http://www.educar.wordpress.com/

    Gostar

  185. 8 Outubro, 2008 18:04

    Tyra (182),

    Não está devidamente informado(a).

    Com o actual (des)estatuto de carreira docente, a dita carreira termina no 7º escalão. Vai ficando enrolada lá para trás durante mais de quarenta anos (!) Estas tabelas correspondem á carreira que “já não é”. Mas neste momento não tenho a actualizada, para mostrar.

    http://www.spgl.pt/cache/bin/XPQ3jTwXX3782eV28FetSMaZKU.pdf

    Muito parecido, como se pode constatar, com um estatuto de carreiras dos ensinos poiltecnico e universitario em que nada foi alterado e com as tabelas remuneratórias seguintes,

    http://www.snesup.pt/htmls/EElyEVkyEyuLepmnNO.shtml

    Mas podemos comparar com a carreira médica ou com a carreira de juiz (no seu todo) ou com qualquer outra de igual de estatuto.

    Gostar

  186. escrotorectal permalink
    8 Outubro, 2008 18:37

    Esse Valter , pela cara, é a prova provada que os erctus ainda n
    ao se extinguiram,…e como um bom erectus anda a incendiar tudo á sua volta..politica da terra queimada…igual á sua terrinha..CASTELO BRANCO..

    Gostar

  187. 8 Outubro, 2008 19:36

    «Os privados que se sindicalizem e façam greves.»

    V.s devem estar a brincar. Os sindicatos existem para sabotar tudo o que trabalhe para um privado. Só lhes interessa o que é colectivo e possa ser usado politicamente.

    Há mais professores que alunos. Era isso que lhe respondiam. Qualquer privado despede quem quer porque tem o triplo em lista de espera.

    Os ordenados dos professores do Estado não são maus. Pode-se dizer que os capitalistas ainda pagam pior. É um facto porque o nosso capitalismo é comuna e vive de 2 factores- à sombra do estado e da cunha. Mas, mesmo assim, os profs continuam a ser bem remunerados.

    E é fácil de ver- têm um tipo de vida muitíssimo superior aos congéneres em qualquer parte da Europa.

    Gostar

  188. 8 Outubro, 2008 19:39

    E é perfeitamente triste que apareça gente a fazer disto a causa escondida das greves.

    Porque eu sei que os professores que não são políticos ou nada têm a ver com quem instrumentaliza lutas, não só concordam que são privilegiados como dizem que não é esse o motivo.

    E são capazes de apontar razões perfeitamente pertinentes, que estas “Anabelas” sabotam por mero oportunismo sindicalista.

    Gostar

  189. 8 Outubro, 2008 19:41

    Não existe um único professor honesto que possa dizer que não faz parte de uma “classe privilegiada” no que toca a garantia de emprego e remuneração.

    Se o disser é aldrabão. E se o disser sendo universitário é triplamente aldrabão.

    Gostar

  190. 8 Outubro, 2008 19:45

    Ainda ontem uma amiga minha me dizia precisamente isto ao telefone- somos a última geração de privilegiados. Nem sabemos o que é correr risco de perder um emprego. Até para um empréstimo bancário de compra de casa basta a garantia do trabalho vitalício.

    Gostar

  191. 8 Outubro, 2008 19:46

    Acrescente-se que ela é professora do ensino público. Claro. E nunca se queixou de ser mal paga ou ter um nível de vida inferior ao que poderia ter se o não fosse.

    Gostar

  192. 8 Outubro, 2008 19:50

    E é perfeitamente imbecil querer comparar o que é preciso fazer para se ensinar com o que é preciso fazer para se ser juiz ou médico.

    Gostar

  193. 8 Outubro, 2008 19:54

    Ainda por cima com o eduquês onde tudo é “aprender a aprender” e entertainment, só mesmo quem vai contra a corrente é que ainda ensina. Seguindo as directivas dos ministérios, basta fazer de conta e entretê-los.

    E eu até penso que temos bons professores, precisamente porque não se limitam a andar às ordens do Ministério ou dar trunfos a sindicatos.

    Agora a base não a podem mudar- eles trabalham para os capatazes de gabinete. E estas “reformas” são mais obrigações para capatazes- não servem os alunos.

    Gostar

  194. Tyra permalink
    8 Outubro, 2008 20:36

    zazzie, a autoeuropa tem sindicatos e o trabalho lá não é sabotado. nem politizado.

    Gostar

  195. Tyra permalink
    8 Outubro, 2008 20:48

    ser bem pago não é um previlégio, devia ser normal. a mentalidade portuguesa é tão mesquin ha que chama previlégio a quem ganha normal

    Gostar

  196. zazie permalink
    8 Outubro, 2008 21:38

    Alguém disse o contrário?

    A pergunta: mas a greve dos professores acontece por se acharem mal pagos? como acabou por dizer a Anabela que anda aqui há meses a fazer propaganda sem nunca se ter descaído?

    É claro que as pessoas devem ser bem pagas e fui eu a primeira a apontar as consequências negativas por Inglaterra ter colocado os profs num dos mais baixos patamares sociais.

    Mesquinhez é chorar sem razão e desvirtuar reivindicações justas por afinal se dizer que queriam era as regalias do tempo de Guterres.

    E é mentira. Esta Anabela não é ninguém, não foi eleita pelos professores para falar em nome deles e o que diz é apenas da sua lavra.

    É triste e´que se agarre à boleia de questões com as quais até concorda- Queria apenas mais eduquês à Benavente. Não quer tocar na engrenagem- esteve a fazer política como testa de ferro.

    Gostar

  197. zazie permalink
    8 Outubro, 2008 21:40

    Mas sim, é um privilégio dentro da mesma profissão, ser-se professor do Estado. Privilégio que os sindicatos apoiam e deixando cair os outros. Como os próprios dizem com todas as letras- quem os manda trabalhar para o capital quando podiam trabalhar para o Estado.

    Gostar

  198. 8 Outubro, 2008 21:44

    E é por isso que o Estado é o maior concorrente de tudo o que é privado. E esta é uma das razões pelas quais também estamos na cauda da Europa- no último dos lugares e cada vez mais endividados e mais sem saída.

    Fora isso sempre apoiei a greve dos profs e nem entendo como podem aceitar aquela vergonha a que chamam avaliação.

    Não entendo e até prefiro não entender. É tão perversa que só há-de agradar por péssimas razões.

    Gostar

  199. escrotorectal permalink
    8 Outubro, 2008 22:03

    Zazie diga-me a razão da falência da iSLÂNDIA ? fOI o ESTADO?
    Diga-me a razão do porquê dos transportes em iNGLATERRA TEREM DESCIDO IMENSO DE QUALIDADE DESDE A SUA PRIVATIZAÇÃ..NA SUA IDEIA SE OS EMPRESÁRIO PUDESSEM EMPREGAR MACACOS -MODIFICADOS GENTEICAMENTE- ERA PREFERIVEL A PESSOAS PAGAVAM EM BANANAS..curioso que nesta crise é um ai ai ..acode-me estado–

    Gostar

  200. escrotorectal permalink
    8 Outubro, 2008 22:13

    Modos de construir uma personalidade, ou os oito problemas principais:
    Queremos simplificar-nos, ou diversificar-nos?
    Queremos ser mais felizes, ou mais indiferentes à felicidade e à desgraça?
    Queremos ficar mais satisfeitos connosco, ou mais exigentes e mais impiedosos?
    Queremos tornar-nos mais amigáveis, mais indulgentes, mais humanos, ou mais desumanos?
    Queremos ser mais prudentes, ou mais impulsivos?
    Queremos atingir um fim, ou evitar todos os fins – como, por exemplo, faz o filósofo para o qual toda a espécie de fins tresanda, despropositadamente, a limites impostos, mesquinhez, prisão, toleima?
    Queremos ser mais respeitados e mais importantes, ou mais desconsiderados?
    Queremos tornar-nos tiranos, ou impostores? Pastores, ou carneiros?

    Friedrich Nietzsche

    resposta:somos carneiros.

    Gostar

  201. escrotorectal permalink
    8 Outubro, 2008 22:16

    No fundo somos quase todos carneiros á procura de um pastor..a personagem do sexo mentira e video..esse sim tudo o que tinha estava no seu carro..ia para onde tivesse que ir quando quisesse..um kerouac..quem tiver os tomates assuma a posição de errante…fora do rebanho..fora disso são só balelas ..e blá blá..não muda a história ..sangue e tripas isso sim..

    Gostar

  202. 8 Outubro, 2008 23:53

    Zazie, não confunda os professores com os sindicatos de professores. A questão dos vencimentos, na antiga carreira, só se colocava no início da mesma, nos últimos anos, o vencimento era elevado em comparação com outras profissões. Agora, com o impedimento de acesso aos últimos escalões, obviamente as perspectivas de futuro ficaram negras. No início e meio da carreira os vencimentos são bastante baixos em comparação com muitos outros países da OCDE e até mesmo com outras profissões em Portugal. Um professor com 14 anos de ensino (como eu) ganha o mesmo que um trabalhador da Autoeuropa com o 9º ano e 12 anos de “casa”” e, cerca de 20% menos que um licenciado que trabalhe à 6 ou 7 anos na linha telefónica de atendimento da Caixa Geral de Depósitos. O vencimento de um assistente de uma faculdade (cujas habilitações são semelhantes às minhas ganha substancialmente mais.
    De facto, concordo consigo que este não é o problema principal, longe disso. Problemas bem maiores são: o facilitismo que se instalou no sistema; a desautorização dos professores (Novo Estatuto do Aluno); a redução da democracia nas escolas com o fim da eleição do PCE (ou Director) e dos coordenadores; o sistema absurdo de avaliação de docentes que agora vigora.

    Gostar

  203. 10 Outubro, 2008 02:03

    A verdadeira causa do insucesso escolar em Portugal é a falta de qualificação escolar duma grande parte dos pais dos alunos. Se, ao analisarmos os resultados escolares de vários países, controlássemos essa variável, veríamos que os resultados dos alunos portugueses são semelhantes aos dos restantes países. Os professores não são nem melhores nem piores do que nos restantes países. O problema é outro: poucos países há onde a diferença de qualificação escolar entre gerações é tão grande: os menores de 30 anos, em Portugal, têm um nível de preparação muito superior ao das gerações anteriores. Solução: esperar que os miúdos cresçam e tenham filhos. Aí, sim, teremos sucesso escolar.

    Gostar

  204. 10 Outubro, 2008 03:14

    “Com conteúdos e qualidade muito diversos, as medidas de política educativa do actual
    Governo manifestam, em qualquer caso, um princípio unificador bastante preciso: retirar
    direitos (“privilégios”, no entendimento dos responsáveis governamentais), poder e
    auto-estima aos professores dos ensinos básico e secundário. Intrigado com esta estranha
    coerência, terminava José Gil a sua coluna na Visão de 21 de Fevereiro com a seguinte
    inter­rogação: “Nisto tudo, porquê tanto ódio, tanto desprezo, tanto ressentimento contra
    a figura do professor?” Procurando contribuir para responder à pergunta, direi que a
    atitude governamental em causa, para se poder apre­sentar com tanta convicção e
    coerência, teve de basear-se em alguns equívocos, que passo a tentar enunciar. Um
    primeiro equívoco consiste em admitir que a sociedade portuguesa oferece aos jovens
    condições homogeneamen­te favoráveis de acesso e de relacionamento com a escola, tornando
    por isso fácil e padronizável a acção pedagógica. Partindo deste equívoco, o corolário
    político extraído pela actual equipa ministerial foi o de que os alegados maus
    re­sultados obtidos no sistema educativo português são direc­tamente imputáveis aos seus
    protagonistas maissalientes: os professores e os órgãos de gestão dasescolas.A verdade é
    que, para sustentar tal posição, é precisoacreditar que: a sociedade portuguêsa não é
    marcada por fortes desigualdades económico-sociais; é estatisticamente irrelevante a
    proporção de crianças e jovens a viverem em situação de pobreza ou em famílias com
    horizontes de em­prego precários; não há défices de instrução e de literacia muito
    elevados entre a população adulta, portanto entre os pais de muitos alunos que hoje
    frequentam a escola; não há falta de tempo nem de preparação de muitos encarregados de
    educação para o acompanhamento escolar dos filhos; não há espaços residenciais
    estigmatizados nem formas de socialização desviantes a eles associadas; não hádiluição de
    factores de motivação para o trabalhoescolar induzidos pelo consumismo e por ilusões
    deascensão social difun­didas no campo dos media e dasindústrias culturais e de lazer;
    não há carências nem falta de coordenação entre instituições de apoio social às
    populações e grupos escola­res mais desfavorecidos; não há desmotivação dos jovens para o
    prosseguimento de estudos por falta de perspectivas profissionais valorizadoras das
    aprendizagens escolares; não há pressão para a saída precoce da escola em direcção a
    postos de trabalho precários e muito pouco qualificados (em Portugal ou até emEspanha);
    etc.O segundo equívoco é, em grande medida, uma pro­jecção do primeiro no modo de
    conceber o quotidiano concreto das escolas e desdobra-se, também ele, em múl­tiplas
    crenças: os equipamentos escolares têm sempre grande qualidade; as turmas reais têm a
    dimensão que lhes atribuem as “médias” oficiais; é estável, transparente e coerente a
    malha de regulamentação das actividades lectivas de iniciativa governamental (raramente
    avalia­das, aliás) a que os professores têm de se adaptar; não há alunos com dificuldades
    acumuladas nas turmas; há acompanhamento permanente a esses alunos por parte de equipas
    pluridisciplinares devidamente preparadas e estáveis; há muito tempo disponível no
    horário dos professores para se relacionarem com os colegas, para prepararem
    conscienciosamente as aulas e para se en­contrarem consigo próprios no quadro de
    estratégias de autoformação consistentes e estimulantes; a sala de aula é um espaço de
    transmissão da mensagem pedagógica sem resistências nem dissidências por parte dos
    recep­tores, e onde a indisciplina é pontual epassageira; não há sofrimento nem forte
    incidência deburnout entre os docentes; etc. Assumidas estas ficções sobre a sociedade
    portuguesa e as suas escolas concretas, basta que se assuma também o pressuposto
    (individualista/subjectivista) segundo oqual a acção dos professores depende
    exclusivamente de qualidades e intenções que lhes são “próprias”, e não sobretudo, como
    acontece na prática social em geral, da estrutura de limitações e oportunidades com que
    seconfrontam – basta que se assumam aquelas ficções eeste pressuposto para se começar a
    acreditar, e depoisa jurar, que os problemas da escola portuguesa começam e acabam na
    inabilidade, preguiça, “corporativismo”, desleixo, desinteresse dos professores,
    responsabilizando-os publicamente por isso. Foi esta a armadilha intelectual em que se
    deixou caira equipa ministerial, quase desde o momento em que iniciou funções. Daí à
    hostilização sistemática dos professores, ha­bilmente mediada pelo ataque às suas
    estruturas sindicais, não foi senão um passo. (…)Numa altura em que os teóri­cos da
    organização e gestão empresarial defendem cada vez mais a importância do envolvimento e
    participação criativa dos trabalhadores (encarados como actores “re­flexivos”),
    desconfiando dos que teimam em racionalizar e controlar os comportamentos no espaço do
    trabalho sem ter em conta a pluralidade e riqueza das suas dimensões humanas, a obsessão
    “gestionária”do Governo no modo de conceber a actividade docente (actividade relacional
    por excelência) tem o seu quê de anacrónico – e pode vir a ter consequências muito
    negativas, se não forem revistas alguns dos seus fundamentos e modos de concretização.”

    José Madureira Pinto
    (professor da Universidade do Porto)

    9 de Março de 2008, “Público”

    Gostar

Deixe uma resposta para anabela Cancelar resposta