Não sou de direita *

Em Portugal, os rótulos políticos de direita estão enviesados pela imagem do nosso conservadorismo. Aqueles que ainda resistem às modas mais recentes e continuam a considerar o excesso de poder do Estado a maior ameaça à nossa Liberdade podem ser etiquetados dentro dos cânones ligeiros do costume?
Não me sinto da direita portuguesa que se mantém sacrista, centralista e essencialmente granítica.
Se me quiserem de esquerda, aí apenas vejo a adoração profana pelo Estado e uma persistente cegueira perante os sucessivos maus resultados dessas receitas estatistas.
Por cá, mesmo os que se dizem liberais não o parecem ser. Alguns apenas visam substituir o papel dos poderes públicos pela predominância da sua Igreja. Outros comportam-se como deslumbrados que sonham com a suprema felicidade do convívio com lordes ingleses e confundem liberalismo com um esquema iniciático só possível a um pequeno número de eleitos. Ambos acabam por cobrir de ridículo todas as iniciativas positivas que encetam.
Do mesmo modo, esta lógica de falso combate entre ‘socialistas’, ‘direita’, ‘esquerda’ e as acusações mútuas de ‘politicamente correcto’ cada vez mais me aborrecem.

Quem é que disse que ser Liberal é ser de Direita? Eu que não sou Liberal, jamais colocaria o Dr. Carlos Amorim como um homem de Direita. Senão repare:
Monarquia-República/ República: carlos amorim (ca);
Nação-Região/ Região: (ca);
Aborto-Vida/ Aborto: (ca);
Portugal-União Europeia/ União Europeia: (ca);
etc., etc., etc.
De Direita é que o Dr. Amorim não é.
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Ninguém comenat porque está tudo em estado de choque com esta revelação
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CAA,
Você está numa fase de “barata”.
A definição das coisas, já não é o que era. É verdade.
Há Direita que se revê em Cristo e em Friedman. Há Direita que não se revê em Cristo, mas revê-se em Raimond Aron. Há Direita que é beata.
Mas, cuidado com as imitações. Cuidado com os posicionamentos. Você quer ser anti-religioso. Este é um facto que o inquieta, e que marca todo o seu tempo no Blasfémias. Mas, porque o inquieta tanto a religião? Será que o Islamismo, ou o Hinduísmo também o inquieta? Ou é só a religião Católica que o inquieta? Confunde os valores de Cristo com a religião Católica?
A mim, irrita-me mais o “novo riquismo” pseudo-liberal, do que a religião Católica. E Dr. Amorim, parece-me que tem andado muito próximo de gente que mais parece “nova rica”, como seja Monteiro ou Menezes.
Cristo é um valor imutável, grandioso e sempre revolucionário. Cristo é intocável, para quem tem valores. Cristo não é de Direita ou de Esquerda, tem valores.
Finalmente, continuo a considerar “muito oportuna” a sua abordagem recente, que começa na “anti-religiosidade” e termina neste grito “Não sou de direita”.
O Dr. Abreu Amorim é o quê? Sobretudo, numa fase em que os “indefinidos” se agarram ao poder Estatal, como última tábua de salvação?
“Ai Costa, que a vida custa”!
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A sua descrição
“mesmo os que se dizem liberais não o parecem ser. Alguns apenas visam substituir o papel dos poderes públicos pela predominância da sua Igreja. Outros comportam-se como deslumbrados que sonham com a suprema felicidade do convívio com lordes ingleses e confundem liberalismo com um esquema iniciático só possível a um pequeno número de eleitos”
também se aplica ao Movimento Liberal Social (o qual se diz liberal)?
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O CAA, não é da Direita software, a bem dizer, é da Esquerda hardware, isto é;
è feito de espuma – como diria o Prof Adriano Moureira
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Tenho ignorado a partilha esquerda-direita, em que certos “liberais” insistem para propagandear a direita.
Quanto a mim, é uma forma de parasitar o liberalismo.
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A esmagadora maioria de direita odeia o CAA. CAA vive na ilusão de que haverá um dia em que as pessoas à direita desejarão estender a liberdade e os mecanismos de mercado às outras esferas da vida social. Essa direita nunca existirá, caro CAA.
Já com a esquerda é diferente. Há um movimento à esquerda cada vez mais forte que não quer que a liberdade e as escolhas individuais fiquem restringidos à esfera dos costumes – devem também ter aplicação na esfera económica. Há uma certa esquerda que começa a perceber que as razões pelas quais se defende a liberdade e o mercado são as nossas melhores razões morais e políticas e não, pelo menos à partida, as considerações de eficiência.
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Quero com isto dizer que, sendo o CAA um homem extremamente inteligente, o seu caminho passará naturalmente por esta esquerda reformista e visionária. Nessa altura eu estarei lá de braço dado com o CAA. E sim, o movimento do Luís Lavoura é em Portugal o melhor interprete desse movimento.
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Sua Excelencia esta “furioso”
A “tropa” esta de prevenção?
Ou é um arrufo, por ele possuir uma pequena poupança no BNP e o Administrador Costa ter sido seu secretario de estado, o que não faz dele um criminoso, ou outra que o valha, muito menos Sua Excelencia – O Alm. Tomaz puseram a circular que pela compra do Santa Maria uma valiosa comissão – se na ditadura é assim – na democracia é muito pior – e o que dizem do Soares?, – já estava em Argel em oposição á democracia.
È preciso separar as aguas – e ter amigos amigos que até vêr estão com problemas – tão só – mas isso é separar o exercicio das altas pesadas funções com as amizades, que as pode ter e deve ser solidario, ate prova em contrario.
Arrufos – quem não os tem.
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Convém não esquecer que era socialista o senhor cuja carinha está emoldurada
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«Outros, pior ainda, querem que a superstição contamine um pensamento que tem de ser racional acima de tudo – a intenção principal destes militantes do fundamentalismo católico, que se dizem liberais, reduz-se a um esforço de que a intervenção dos poderes públicos seja pura e simplesmente substituída pela ingerência dos poderes religiosos»
Esta passagem e o post do Rui A., são dois excelentes testemunhos da interpretação que se faz no nosso país, sobre aquilo que deva ser o liberalismo em Portugal.
Para mim, ser liberal está sobretudo na atitude (perante a sociedade, os poderes instituídos, o seu próprio eu) daquele que abraça essa “filosofia de vida”, e não em qualquer manifestação escrita ou verbalizada que lhe tenha sido despertada por esse ideário político.
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Esquerda?
Direita?
Deixe-se disso, você é do Norte.
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“Convém não esquecer que era socialista o senhor cuja carinha está emoldurada”
Mas era socialista da direita
Os liberais também são comunistas nos estados unidos e ninguém se queixa por confundir a palavra
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A mim, o que me aborrece é esta conversa recorrente do CAA do “eu é que sou o Presidente da Junta”, versão “eu é que sou O Liberal”… Já não há pachorra.
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Há uma nova taxionomia que se pode adequar a quem tem estas dúvidas existenciais: o jacobinismo. Um republicanismo laicista e anti-clerical. E que de caminho, contesta o valor da Família, porque decorre de outro valor: a Autoridade. E pelo mesmo caminho arrasta o valor relativo da Pátria, na Nação, cujo nome nem pronunciam, porque tem lepra semântica.
Estas pessoas perderam-se desses valores e por isso, só encontram as alternativas que são evidentes e nem é preciso mostrar. Logo, o melhor, é mesmo declarar logo ao que vêm: anti-clericalismo militante; anti-valores familiares ( com o casamento da gayice como bandeira visível e emblemática) e anti-patriotismo, nos valores de sempre de Portugal. Portugal foi e é um país cristão.
E não há volta a dar, por muito que o Daniel Oliveira resfolegue ( salvo seja que é pessoa de bem).
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José Diz:
24 Novembro, 2008 às 12:19 pm
“Portugal foi e é um país cristão.”
Cristão não, católico. Há grandes diferenças!
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“A prática dominical do Catolicismo segundo um estudo da própria Igreja Católica (2001) é realizada por 1.933.677 católicos praticantes e o número de comungantes é de 1.065.036.” – in Wiki
Como o estudo não é feito por uma entidade independente, é legítima alguma dúvida destes resultados.
Duvido por exemplo dos contadores de hóstias.
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Muito interessante apontamento.
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Pelo que lhe tenho lido, V. não é de direita.
Mas, alto lá, tão-pouco é de esquerda.
V. não existe, pura e simplesmente. E arrasta a sua inexistência com inexcedível prosápia.
Está, afinal, bem para o socratismo, que serve a preceito, porventura sem consciência do facto.
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Igreja católica beatificou hoje 188 mártires japoneses
A Igreja Católica celebrou hoje, em Nagasaki, a primeira cerimónia de beatificação em território nipónico de 188 mártires japoneses, que morreram afirmando a crença na religião que chegou ao Japão através de jesuítas portugueses.
Na cerimónia, celebrada perante 30 mil pessoas no estádio Big N de Nagasaki (no sul do Japão), foram beatificados os mártires nipónicos que, apesar de perseguidos e torturados entre 1603 e 1639, se negaram a renunciar às suas crenças religiosas.
O cardeal português José Saraiva Martins, Perfeito da Congregação para a Causa dos Santos e enviado especial do Papa Bento XVI, oficiou a cerimónia de beatificação, a primeira num país onde apenas 01 por cento dos cerca de 122 milhões de habitantes são cristãos.
A cerimónia de beatificação, um ritual necessário para a canonização na qual um beato passa a ser santo, começou às 12:00 locais e durou cerca de três horas.
Entre os novos beatos destacam-se Pietro Kibe, um dos últimos sacerdotes jesuítas da antiga missão do Japão, e Julián Nakaura, um dos principais evangelizadores quando o cristianismo começou a ser perseguido.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=360458
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Ó CAA, então és sadomasoquista?
Não te bastou o que apanhaste ali atrás, ainda tens prazer em nos fazer sofrer a ver-te apanhar mais?
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o gordo não é de esquerda nem de direita, é cócó
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E os maniqueístas
a preto e branco sem arco-íris
de curtas vistas
e passo manco.
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Sem um farol aceite por todos Portugal vai para a bancarrota e para a perda da sua independência, na primeira oportunidade.Tudo pela acção das suas pseudo-elites que tudo colocaram e colocam em causa.Em primeiro lugar o conceito de Pátria e Nação conceito que a sua doutrinação internacionalista acusa de “fassista”.Segundo a de religião, católica no nosso caso por quererem simplesmente substituir a influência dos padres em muitas das áreas por eles exercidas durante séculos.O que seria dos psicólogos e dos sociólogos sem correrem com os padres?Mas qual é a freguesia que não tem pelo menos uma igreja?E onde o seu pastor sempre assegurou o conforto no sofrimento e ministrou os bons costumes que assegurava uma boa cidadania?Na família, tirando a dos dirigente que essa não cede às suas próprias leis pois o “pai” cuida da colocação dos filhos e das noras nos melhores lugares públicos é a total irresponsabilidade, o aborto , o divórcio na hora , os filhos ao abandono e a cuidado do estado onde melhor podem ser abusados…
Portugal sem um saudável nacionalismo, sem uma força de coesão baseada no sangue vai transformar-se num dia destes numa Somália, uma vez que africanizado já está.
Até agora quem mais “derrubou” foi quem conseguiu o melhor naco.Quando a coisa virar(vai virar não tenha dúvida), esses terão que ser arredados, levar uns safanões e ser tratdos como sempre fora ao longo da nossa história: como traidores e lixo!A quem tem que ser dado o tratamento correspondente para marcar bem que o farol funciona.E que Portugal não morrerá assim sem mais!E sem sangue se necessário for!
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O CAA não é diferente daqueles que acusa, quer uma Regionalização que comece pelo topo e baseada precisamente no Estado. Para os nossos projectos particulares queremos sempre a ajudinha do Estado.
…
Entretanto há 30 anos, 18 camponeses Xiaogang sem nada a perder revoltaram-se contra a Fome Comunista dividiram a terra comum do Estado em parcelas individuais desafiando o Poder. Fizeram História e mudaram a China.
http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article5218936.ece
November 24, 2008
China celebrates starving peasant villagers who defied the Communist Party
“Mr Yan has a two-storey concrete house with a front courtyard and a shop on the street. Only one mud-walled, thatched-roof house survives from 30 years ago, and that is a museum.
He says that he is not a courageous man. “What was the point of being afraid? If we didn’t divide the land then we would never fill our bellies. There was nothing to lose.”
It was clear to him that collectivised farming was a failure. “We had land, we had water and we had cattle to plough the land. But we still couldn’t produce much,” he said. “If you wanted to raise output in China then you had to find a way to motivate the peasants. But we might be branded capitalists.”
In only a year, their grain production increased from 15 to 90 tonnes. Mr Yan still remembers the moment with a note of surprised wonder in his voice: “We were so poor there was not a brick or a tile in our village.”
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O problema é que não ha direita em Portugal, principalmente porque o politicamente correcto não deixa. Vemos um PSD dificil de distinguir do PS e um CDS que já nao sabe muito bem o que quer.
Quando vemos um Obama ( sim , os EUA sao diferentes) que é a “esquerda” americana, a fazes discursos impensaveis em Portugal, quando vemos um PP em Espanha que não tem problema em afirmar o seu “direitismo” e aliar-se ao sector conservador, ficamos mesmo com a impressao que não nos podemos rever em nenhum partido, e sim ha muita gente por ai perdida neste aspecto. Tem tudo muito medo que lhes chamem fascistas, como se esta palavra ainda valesse alguma coisa neste pais onde quem nao esta pela revoluçao esta pela reacçao.
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Casa Pia: o estado de putrefacção da imensidão chamada Estado
O processo Casa Pia, onde são julgados alguns dos suspeitos de pedofilia, aproxima-se da leitura da sentença. Quatro anos depois do início do processo, nunca é demais lembrar que o PNR foi o único partido político em Portugal que organizou uma manifestação pública a propósito do caso Casa Pia, logo em 2004, em frente ao Tribunal da Boa-Hora com vários militantes a exibir uma faixa onde se exigia um combate efectivo à pedofilia. Como de costume, nunca nenhum jornal fez referência a esse facto ao longo destes quatro anos, apesar de naquele dia terem estado presentes várias dezenas de jornalistas que registaram o episódio com as suas câmaras. Em “resposta à exigência” do PNR, além da alteração do Código de Processo Penal, por muitos juristas considerado o “Código Casa Pia”, a Sede Nacional do PNR foi alvo de busca solicitada por uma procuradora do MP, Cândida Vilar, em Abril de 2007. Facto inédito na história política portuguesa que não o teria sido se as escutas do caso Casa Pia, que referem a Sede Nacional do PS, ao contrário da Sede do PNR que não era mencionada em nenhuma escuta, tivessem tido tratamento idêntico. Entretanto, um dirigente do PNR esteve detido em prisão domiciliária com vigilância electrónica, durante mais de um ano, por escrever um texto na internet que um colectivo da Boa-Hora considerou discriminatório. O texto insurgia-se contra dois jovens que assassinaram um padeiro para lhe roubar um fio de ouro, homicídio esse que não será discriminação, “apenas” mais um caso pontual como tantos outros. Por se ter referido aos jovens com palavras impróprias, mas bem certeiras, e lamentando a destruição completa de uma família em troca de uns míseros euros, o Tribunal condenou-o a 1 ano e 8 meses de prisão, em pena suspensa pelo mesmo período de tempo. Este não será indemnizado com milhões por ter estado detido preventivamente, não durante dias mas durante 13 meses, por ter sido suspeito de usar uma arma chamada caneta. Alguns, nós, ou muitos, andam a clamar por justiça mas a resposta que obtemos é essa: detenção, julgamento e prisão para quem diz ou escreve a verdade, impunidade para quem mata, viola ou desgraça a vida de famílias inteiras. Catalina Pestana diz que no processo Casa Pia muitos ficaram de fora, outros nem sequer são pronunciados ou atiram-se como cães ao nosso bolso, tudo sob o olhar vesgo da tal justiça. E se tivermos de ser condenados também por lembrar ou escrever isto, seremos, mas teremos a nossa razão e, sobretudo, andaremos sempre de cabeça bem erguida, ao contrário de tantos outros que andam por aí. Quanto ao processo Casa Pia, e seu desfecho, apenas reforça a ideia do estado de putrefacção de um dos sectores de toda esta imensidão a que se convencionou chamar Estado.
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