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Deputado chamado à mamã

5 Dezembro, 2008

Ferreira Leite questiona bancada sobre ausência de deputados na votação de hoje

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, decidiu hoje chamar o líder a bancada parlamentar, Paulo Rangel, para explicar na sede social-democrata quem foram os 30 deputados do seu partido que faltaram hoje às votações na Assembleia da República. Um projecto do CDS-PP que defendia a suspensão do processo de avaliação dos professores poderia ter sido aprovado, não fossem as ausências de 35 deputados da oposição.

Qual é a legitimidade de Ferreira Leite para chamar deputados eleitos a dar explicações? Ao contrário de Ferreira Leite, os deputados foram eleitos pelos portugueses. A razão pela qual os deputados faltam a votações importantes é a mesma que leva Ferreira Leite a acreditar que pode pedir contas aos deputados como se eles fossem seus criados. Os deputados portugueses são infantilizados por um sistema eleitoral que não os responsabiliza.

70 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Dezembro, 2008 21:26

    Já eu uma das razões poque nunca votarei psd é por ver aqueles deputados todos em filinha a abandonar a sala os dias do debate da nação e não voltam. Podiam sair para tomar a bica, mas é que nunca mais aparecem de novo.

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  2. Desconhecida's avatar
    5 Dezembro, 2008 21:29

    Manuela Ferreira Leite não os pode chamar a dar explicações apenas enquanto deputados, mas sim enquanto membros do PSD. Não os pode obrigar a fazer nada nem a decidir nada, mas pode saber com quem pode contar para eleições futuras, e para cargos internos do partido. Certamente que o PSD não deve apoiar e contar com deputados que vão contra os seus interesses.

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  3. spartakus's avatar
    5 Dezembro, 2008 21:37

    Não foi acaso. Não sejamos ingénuos. Politicamente este conflito interessa porque o PSD sabe que a Tia Milú e Sócrates não vão ceder. O conflito pode dar dividendos. Depois: se calhar, pelos mesmos motivos políticos, muitos deputados concordam em não andar a toque de caixa da Corporação.

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  4. josé manuel faria's avatar
    5 Dezembro, 2008 21:40

    A primeira boa medida de MFL, subiu 3% nas sondagens.

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  5. PQP's avatar
    PQP permalink
    5 Dezembro, 2008 22:01

    em portugal os deputados são escolhidos pelos partido.
    concorrem em listas organizadas pelos dirigentes partidários.
    a sua eleição depende dos partidos .
    não têm qualquer autonomia.
    eu nunca elegi nenhum deputado, mas a lista dos partidos
    esta é uma democracia de vão de escada ou de cagadeira se preferir

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  6. Paulo's avatar
    5 Dezembro, 2008 22:02

    Caro João Miranda,

    Os deputados foram eleitos nominalmente ou em lista de um partido, de que MFL é Presidente?

    Quando o João Miranda (não) escreve no boletim de voto, já leu o que está lá escrito?

    Cumprimentos,
    Paulo

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  7. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    5 Dezembro, 2008 22:08

    PQP, Paulo,

    Se essa é a vossa visão do mandato do deputado, então terão que achar natural que os deputados façam gazeta sempre que possam. Um sistema eleitoral que trata os deputados como irresponsáveis terá deputados a comportar-se como irresponsáveis.

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  8. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 22:10

    OJ Simpson condenado a 15 anos de prisão

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  9. Paulo's avatar
    5 Dezembro, 2008 22:16

    Caro João Miranda,

    O José foi contratado para dar aulas na Universidade Anglofóbica. O Jorge é aluno da Universidade Anglofóbica. Como o Jorge paga à Universidade Anglofóbica o José pode fazer gazeta e deixar de dar aulas.

    Uma universidade que trata os docentes como irresponsáveis terá docentes a comportar-se como irresponsáveis.

    Eis a “visão natural” do douto Miranda.

    Cumprimentos,
    Paulo

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  10. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    5 Dezembro, 2008 22:21

    Caro Paulo,

    O seu comentário não responde ao ponto fundamental. O sistema eleitoral português não responsabiliza os deputados. O Paulo não tentou sequer demonstrar que o faz. A partir daqui, puxões de orelhas da mamã são atitudes patéticas que só se vêem em sistemas eleitorais como o nosso.

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  11. celestine's avatar
    celestine permalink
    5 Dezembro, 2008 22:22

    Enquanto isso, grande é a TVI, senhores, com Manela M Guedes. Que o centrão nos despe e nos f… ele todo, desde há muito, qual saco de ratazanas, por bancos e todo lado. Digno de ver-se, em resumo (hoje) do abuso de trinta e mais anos.

    E isso, sim, que é notícia de peso, pesquisa a valer e jornalismo de sumo. Assim vale a pena.

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  12. Mula da comprativa's avatar
    Mula da comprativa permalink
    5 Dezembro, 2008 22:24

    Concluindo os deputados não têm sistema de avaliação.Que vergonha…

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  13. celestine's avatar
    celestine permalink
    5 Dezembro, 2008 22:33

    Concluindo,
    deputados não têm
    lá mesquinha ministra
    que os abalie e aperte
    ao gosto do pobo.

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  14. MJRB's avatar
    5 Dezembro, 2008 22:35

    Título rasca “Deputado chamado à mamã”, Mr. JMiranda. Muito rasca mesmo !

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  15. Mula da comprativa's avatar
    Mula da comprativa permalink
    5 Dezembro, 2008 22:37

    Dias Loureiro e Jorge Coelho accionistas de gestora de um fundo financiado por fraude ao IVA

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  16. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    5 Dezembro, 2008 22:52

    Caro MJRB,

    O título expressa a situação na perfeição. O que é rasca não é o título. O que é rasca é existirem deputados que se deixam tratar como funcionários do partido.

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  17. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    5 Dezembro, 2008 22:54

    excelente post, é isso mesmo.

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  18. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 22:56

    6

    O

    7

    Ou não vota ou nunca leu um boletim de voto

    Agora com o comboio em andamento viu que saiu na estação errada e já não consegue apanhá-lo

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  19. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Dezembro, 2008 22:59

    Os deputados não foram eleitos pelos portugueses. Os portugueses votaram em partidos, não votaram em candidatos a deputados. Os deputados foram eleitos, ou seja, cooptados pelos presidentes da Comissão Política Nacional e das Comissões Políticas Distritais.

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  20. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 23:01

    Deputado chamado à mamã

    Era o que se suspeitava naquele partido

    Agora têm 30 Manuel Alegre, Matildes e co

    RUA COM ESSA GENTE
    NÃO TÊM CATEGORIA PARA ESTAREM AQUI DENTRO

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  21. António de Almeida's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:02

    Ao contrário de Ferreira Leite, os deputados foram eleitos pelos portugueses

    -Foram mesmo? Não estou a particularizar os do PSD, mas em Lisboa círculo que elege um rebanho de cerca de 60 yes man, alguém que tenha votado ás 4 da tarde saberá mesmo quem será o deputado que ajudou a eleger? A falta que fazem os círculos uninominais, tivessem estes srs de agradar aos eleitores para conseguirem manter o posto de trabalho, e talvez Portugal fosse um lugar mais agradável…

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  22. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    5 Dezembro, 2008 23:03

    Caro Arnaldo Madureira,

    Se essa é a sua visão do mandato de deputado, então é natural que também ache que eles sejam tratados como funcionários do partido. É óbvio que deputados sem autonomia política não se podem comportar responsavelmente. O que eu critico não é apenas o facto de eles serem tratados como criados da líder do partido (que não foi mandatada pelos eleitores). Também contesto o sistema eleitoral que permite a existência destas relações de vassalagem.

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  23. papio cynocephalus's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:04

    João,

    parte do princípio (e bem) que os deputados não podem ser chamados à razão ou de qualquer outra forma condicionados. em princípio, também concordo. mas e em relação à disciplina de voto, comunmente aceite como algo de perfeitamente normal? não é menorizar da mesma forma os deputados, os tais que foram eleitos pelo povo? se ninguém os chamar à razão para uma falha que de facto cometeram, acha que iriam os próprios penitenciar-se? num plano ideal, é óbvio que manuela ferreira leite não poderia fazer o que fez, mas não me parece que os deputados também se tenham comportado como deveriam..

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  24. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 23:05

    CHEGUEI A UMA CONCLUSÃO

    Estes gajos são do contra
    E quanto mais pressão exercemos mais eles reagem ao contrário

    Que feitios do caaaaaraças

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  25. lica's avatar
    lica permalink
    5 Dezembro, 2008 23:07

    com um fim de semana prolongado, queriam o quê?
    este filme já não é a primeira vez que o vejo…. as memóroas é que são curtas

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  26. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 23:07

    12

    Quem disse ???

    E na escolha e posição nas listas ??? Essa agora

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  27. MJRB's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:08

    Caro João Miranda,

    Espero ler títulos seus igualmente rascas sobre outras (ou idênticas) situações com outros protagonistas doutros partidos.

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  28. caodeguarda's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:09

    mas desde quando é que ser deputado do psd é sinónimo de trabalho ou de assiduidade?

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  29. Desconhecida's avatar
    mussulo permalink
    5 Dezembro, 2008 23:11

    O iceberg mostra uma pontinha.
    Dias Loureiro e Coelho accionistas de empresa envolvida em fraude. Ex-dirigente socialista diz que participação no fundo é «financeira» e que desconhece o que lá se passa.
    O fundo de investimento foi constituído por três participantes, alegadamente envolvidos num esquema de fraude fiscal do sector das sucatas. Um deles é Dias Loureiro, que possui 30,5 por cento do capital através da DL Gestão e Consultores. Outro é Jorge Coelho, com 7,5%, através da Congetmark.

    Valor Alternativo, uma sociedade anónima gestora de fundos, que administra e representa o Fundo de Investimento Imobiliário Valor Alcântara. O fundo em causa foi, segundo o jornal, constituído com imóveis adquiridos com o produto de reembolsos ilícitos de IVA, no montante de 4,5 milhões de euros.
    A maior fatia do capital está nas mãos de Rui Vilas, 62%. Rui Vilas trabalhou na Fincor, a corretora que criou o Banco Insular em cabo Verde e que foi comprada no início da década pelo BPN. O Banco Insular era detido pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona também do BPN, um negócio que foi escondido das autoridades de supervisão.
    O dinheiro é tanto que em regra, nem sequer sabem o que se passa nas suas empresas. Terça feira volto com gosto a trabalhar nas docas, não quero que lhes falte nada.

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  30. jose manuel santos ferreira's avatar
    jose manuel santos ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 23:17

    «Os números decisivos foram os do PS», argumentou, insistindo que uma «vitória» só seria possível se 13 deputados da maioria socialista votassem «contra a orientação» da sua bancada

    Comentário do deputado que foi chamado à mamã ou mama ?

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  31. Desconhecida's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:18

    “A partir daqui, puxões de orelhas da mamã são atitudes patéticas que só se vêem em sistemas eleitorais como o nosso”.

    JM,

    Tenha paciência.

    Então a culpa é da MFL ou do “sistema eleitoral” português?

    Eu não sei que Depuatado(a) elegi? O JM sabe?

    Se calhar até elegi um Dewputado com o qual embirro solenemente!

    Se Você não gosta da MFL, tudo bem. Mas, faça uma “Declaração de Interesses”.

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  32. Peter Maynard's avatar
    Peter Maynard permalink
    5 Dezembro, 2008 23:19

    22

    Pois

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  33. jcd's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:22

    Caro João Miranda,
    A questão no seu post tal como o li, não parece ser a forma como o sistema eleitoral português responsabiliza ou não o deputado, muito menos um dabate sobre a questão do nosso sistema eleitoral, mas sim o a forma como ele (deputado) tem que responder ao partido cujas listas integrou quando foi eleito. MFL é a líder desse partido, e tem legitimidade em querer saber o que se passa com os deputados eleitos pelas listas do seu partido. Os deputados só o são porque integram listas partidárias. Ninguém vota em deputados, mas sim em partidos. Dentro do sistema eleitoral que temos e tal como ele funciona, isso nada tem de “Mamã”.
    Joana

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  34. José Manuel Santos Ferreira's avatar
    José Manuel Santos Ferreira permalink
    5 Dezembro, 2008 23:23

    17

    Bota aí mais uma de apoio

    O man está desmoralizado

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  35. Vasco's avatar
    Vasco permalink
    5 Dezembro, 2008 23:36

    O sistema eleitoral responsabiliza-os. Os eleitores não.

    Em momentos de crise levantam-se todas estas questões.
    Se não fosse a crise financeira o BPN ainda lá estava, o BPP também, o Constâncio sentado na cadeira da presidência do BdP a supervisionar sem o incómodo de ter de se deslocar uma vez por semana ao parlamento para se explicar.
    Os deputados estariam a faltar a inúmeras votações e a mamã não viria publicamente criticar a ausência dos filhotes.

    Muito se discute a relação perigosa política / futebol.
    Hoje discute-se mais do que nunca a relação perigosa política / economia.
    Amanhã a que sector vamos associar o perigo da relação com a política?

    Falta um sistema judicial eficaz que puna quem deve punir de forma célere, que faça com que os que se relacionam de forma perigosa pensem duas vezes antes de deixarem de ter uma relação saudável.

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  36. Desconhecida's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:39

    Em portugal não existe praticamente a noção de deputado eleito. No final das eleições, os partidos ficam com uma quota de lugares na assembleia que são atribuidos rotativamente a políticos, alguns deles nenhum eleitor conhece. Exceptuando meia dúzia de deputados mais independentes, os únicos responsáveis que podem ser identificados são mesmo os partidos.
    Mas lá porque é este o estado de coisas, não significa que os partidos tolerem ser descredibilizados por deputados que irresponsavelmente aproveitam os incentivos do sistema.

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  37. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    5 Dezembro, 2008 23:48

    ” posso juntar-me á festa e dar pancada na manela … seus bacanos ”

    Luis F. Menezes

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  38. luikki's avatar
    5 Dezembro, 2008 23:51

    os deputados “faltosos” foram mestres da jogada poltica….
    fariam um enorme favor ao “engenheiro” se tivessem aprovado a suspensao do sistema de avaliaçao…

    mas muito, muito mais importante que isto sao os factos relatados nas noticias da noite na tvi, sobre o bpn, o siresp e o envolvimento dos bandalhos do centrao nas negociatas! se o rectangulo fosse um pais, a esta hora os cidadaos ja estavam na rua….

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  39. dragão azul's avatar
    dragão azul permalink
    5 Dezembro, 2008 23:52

    Mas será que a ninguém ocorre perguntar, porque se gastam tantos milhões do orçamento de estado, em campanhas eleitorais, em sensibilização dos eleitores para o quanto é importante participar nos actos eleitorais, para eleger os deputados que nos representam, localmente e a nível nacional, para que depois os “dignos” representantes da nação, se possam dar ao luxo de não comparecer a uma votação, não se sabe bem porquê?

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  40. Desconhecida's avatar
    João Cego permalink
    5 Dezembro, 2008 23:59

    .

    Se ela não dissesse nada era porque não metia ordem no partido.

    Enfim…

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  41. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    6 Dezembro, 2008 00:04

    ««Se ela não dissesse nada era porque não metia ordem no partido.

    Enfim…»»

    Mas já me viu a mim defender que a função de um líder partidário é meter ordem no partido? Ou defender que um líder partidário deve tratar o grupo parlamentar como um conjunto de funcionários do partido?

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  42. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    6 Dezembro, 2008 00:22

    Caro João Miranda

    O meu gosto pessoal não é para aqui chamado. Os deputados foram “eleitos” desta forma. E é quanto basta para que Manuela Ferreira Leite tenha o direito de querer orientá-los.

    Independentemente deste caso, há muito tempo que defendo que os deputados devem ser eleitos um a um, depois de terem vencido eleições primárias dentro do partido.

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  43. Desconhecida's avatar
    6 Dezembro, 2008 01:07

    O sistema eleitoral poderá ser culpabilizado, mas MFL tem toda a razão em chamar à atenção o responsável da bancada parlamentar.
    Para além de os deputados faltosos terem sido eleitos pelas listas do PSD, e não através de listas autónomas, obstaculizaram a votação de uma medida que a liderança do partido queria ver votada favoravelmente, como foi referido.

    Esta é a minha opinião do ponto de vista formal, não tendo nada a ver com a substância da questão levantada.

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  44. Desconhecida's avatar
    O Aprendiz de Jurista permalink
    6 Dezembro, 2008 01:49

    «Deputado chamado à mamã»? Não concordo.
    Em rigor, foram chamados à madrasta (…)! No resto estamos de acordo

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  45. celestine's avatar
    celestine permalink
    6 Dezembro, 2008 02:24

    Deputado é o que aguenta o tempo até à reforma, em oito ou nove ou doze anos.

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  46. Piscoiso's avatar
    6 Dezembro, 2008 02:26

    Claro que os deputados são funcionários !
    Por isso têm de funcionar.

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  47. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    6 Dezembro, 2008 03:32

    Mas há alguma coisa que impeça Ferreira Leite de questionar o que quer que seja ? Até pode questionar a bancada do PS se lhe apetecer. O JM não pode questionar a MFL ? Há algo que o proíbe ? Post mais idiota da semana.

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  48. Desconhecida's avatar
    6 Dezembro, 2008 04:46

    ‘Off-topic’

    O artigo do João Miranda no DN de hoje é excelente. A articulação dos argumentos e a concisão roçam (como diria a Manela) a genialidade.

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  49. Paulo's avatar
    6 Dezembro, 2008 10:55

    Caro João Miranda,

    O Arnaldo Madureira já lhe explicou como funciona o sistema. Se não concorda, e é legítimo que não concorde, então discuta isso e não o funcionamento normal de responsabilização pelo presidente de um partido do comportamento dos deputados eleitos pelas listas esse partido.

    Porque de facto há responsabilização e MFL está a fazer isso mesmo, mas esta tem lugar a nível partidário e não ao nível dos eleitores que apenas escolhem entre propostas partidárias.

    O ponto em que afirma que os deputados devem responder directamente aos eleitores para assim se comportarem responsavelmente é fraco. Se assim fosse, o José que dá aulas na universidade anglofóbica também deveria ser pago directamente pelo aluno Jorge para dar boas aulas.

    Cumprimentos,
    Paulo

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  50. Desconhecida's avatar
    6 Dezembro, 2008 11:42

    O comentário 43, do “Aprendiz De Jurista”, já me salvou o dia. Lol.

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  51. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    6 Dezembro, 2008 12:04

    ««O Arnaldo Madureira já lhe explicou como funciona o sistema. »»

    Eu sei como funciona o sistema. O propósito do post foi precisamente o de contestar o sistema.

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  52. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    6 Dezembro, 2008 12:19

    ««Se não concorda, e é legítimo que não concorde, então discuta isso e não o funcionamento normal de responsabilização pelo presidente de um partido do comportamento dos deputados eleitos pelas listas esse partido.»»

    Não há nada de normal no que Manuela Ferreira Leite fez. Primeiro porque institucionalmente, o grupo parlamentar é autónomo da liderança partidária. Segundo porque os deputados, apesar de terem sido eleitos em listas, têm um mandato individual e o direito de contrariar directivas partidárias. Terceiro porque a chamada de um deputado a uma sede partidária implica uma relação de vassalagem que os deputados, caso tenham alguma dignidade profissional ou algum entendimento do que representam, deviam recusar.

    ««O ponto em que afirma que os deputados devem responder directamente aos eleitores para assim se comportarem responsavelmente é fraco.»»

    Curiosamente, é isso que acontece nos sistemas políticos em que os deputados são de facto responsáveis.

    ««Se assim fosse, o José que dá aulas na universidade anglofóbica também deveria ser pago directamente pelo aluno Jorge para dar boas aulas.»»

    Desde quando é que um professor universitário exerce um cargo de representação política dos seus eleitores? Repare que a função do deputado é representar eleitores. Um sistema em que a função de representação é intermediada por partidos é menos responsabilizante porque o deputado tem mais incentivos para fazer política de aparelho do que política para os eleitores. Ora, no caso em discussão, a votação de ontem não tinha grande interesse do ponto de vista da política de aparelho. Na verdade, a maior parte daqueles deputados está-se nas tintas para os puxões de orelhas da Manela porque o poder não reside na presidente, mas no aparelho. A Manela dentro de 9 meses já não será presidente do PSD. O aparelho continuará a ser o mesmo.

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  53. Fernando Ferreira's avatar
    6 Dezembro, 2008 12:42

    Não se iludam, porque foi tudo planeado. Se lá estivessem provavelmente votariam com o PS assim continua a esperança do PSD em arrancar alguns votos aos professores e FL faz papel de líder!

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  54. Nuno Costa's avatar
    Nuno Costa permalink
    6 Dezembro, 2008 12:44

    O João Miranda pode não concordar com o sistema, mas o facto é que os deputados são eleitos por listas apresentadas por partidos. Quanto à questão da legitimidade parece-me que o João Miranda confunde a legitimidade do voto popular que legitima que os deputados representem os eleitores, com a legitimidade que um partido tem controlar os compromissos que os deputados eleitos nas suas listas assumiram. Os deputados não apresentam propostas próprias na campanha eleitoral, as propostas ao abrigo das quais são eleitos são propostas definidas pelo partido. O partido não tem nenhuma legitimidade formal sobre os deputados (como o PSD já provou em 78 com o grupo das “Opções inadiáveis” a controlar uma bancada parlamentar hostil à direcção de Sá Carneiro), mas isso não significa que essa seja a única legitimidade existente.

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  55. Desconhecida's avatar
    6 Dezembro, 2008 12:46

    Tem toda a legitimidade! Ela e qualquer outro português

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  56. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    6 Dezembro, 2008 12:55

    Se os deputados quisessem ser autónomos das direcções do partido, o mais provável é que não fossem deputados. Nem sequer é necessário vetar os candidatos incómodos. Incluem-se nas listas, mas em lugares inelegíveis. Os deputados “eleitos” sabem porque são deputados, sabem o que tiveram de fazer para serem “eleitos”. Merecem ser chamados à mamã.

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  57. Desconhecida's avatar
    henrique permalink
    6 Dezembro, 2008 13:56

    quem não mama e talvez queria é o João Miranda

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  58. Desconhecida's avatar
    Joaquim permalink
    6 Dezembro, 2008 14:19

    João Miranda,
    “a função do deputado é representar eleitores”
    Não deveria ser necessário mas, como o João Miranda por vezes insiste em recusar o óbvio, já lhe foi explicado que os deputados são eleitos numa lista com um programa.
    Não apenas os votos não são em nenhum candidato em particular como só partidos políticos podem apresentar listas às eleições legislativas.

    É por isso que se pode e deve criticar um Governo que renega o programa com o qual se apresentou a lista de deputados que o sustenta.

    Institucionalmente, o lugar é do deputado. Se ele renegar a lista que o elegeu, mantém o lugar. No entanto, existe um compromisso com os eleitores que votaram na lista e com quem o incluiu nela. Daí o conceito de disciplina de voto.
    No caso de o deputado ser militante do Partido, tem também a responsabilidade de não actuar contra esse Partido. Existem até sansões (que podem ir até à expulsão do Partido) para quem viole os seus estatutos.

    O líder de um partido político que está a preparar a lista de candidatos a deputados para as próximas eleições legislativas tem todo o direito de saber que deputados actuam a favor ou contra o que esse partido defende.

    Manuela Ferreira Leite quis saber quem anda no Parlamento a actuar de forma a sabotar os esforços do Partido. Não apenas está no seu pleno direito como faz todo o sentido que o faça.
    Não chamou cada um dos deputados. Chamou o Presidente do Grupo Parlamentar, que o representa e que é também membro dos corpos nacionais do PSD.

    Para quem criticar a pessoa e se está nas tintas para as acções, qualquer acção dessa pessoa é criticável. É por isso que cada um dos seus posts como este não surpreendem. O que surpreende é que alguém tão inteligente seja tão pouco objectivo.

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    • Gabriel Silva's avatar
      Gabriel Silva permalink*
      6 Dezembro, 2008 15:43

      «só partidos políticos podem apresentar listas às eleições legislativas.»

      Está mal e é uma forma de forte limitação democrática;

      «daí o conceito de disciplina de voto.»

      disciplina de voto só é aceitável se se considerar o deputado como não-pessoa, um indigente que não pensa nem é responsável pelo que faz.

      «No caso de o deputado ser militante do Partido, tem também a responsabilidade de não actuar contra esse Partido. »

      o deputado representa os seus eleitores e não o partido. O seu compromisso e onde reside a sua legitimidade são os eleitores.

      «Existem até sansões (que podem ir até à expulsão do Partido) para quem viole os seus estatutos.»

      ilegais, abusivas e absurdas.

      «O líder de um partido político que está a preparar a lista de candidatos a deputados para as próximas eleições legislativas tem todo o direito de saber que deputados actuam a favor ou contra o que esse partido defende.»

      bom resumo de um sistema onde funciona o quero, posso e mando personalizado.

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  59. Desconhecida's avatar
    Joaquim permalink
    6 Dezembro, 2008 14:21

    Correcção ao último parágrafo do comentário anterior:
    Para quem *quer* criticar a pessoa e se está nas tintas para as acções, qualquer acção dessa pessoa é criticável. É por isso que cada um dos seus posts como este não surpreendem. O que surpreende é que alguém tão inteligente seja tão pouco objectivo.

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  60. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    6 Dezembro, 2008 17:08

    Há mais de 15 anos que voto em branco….mas voto!
    Por eu não os poder penalizar e eles não estarem minimamente interessados na minha, nossa, povo, existência é que voto dessa maneira.
    O Povo também deveria, por direito maior, se ausentar.

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  61. am's avatar
    6 Dezembro, 2008 17:31

    Uma candidatura de independentes é uma candidatura de um partido informal.

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  62. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    6 Dezembro, 2008 17:46

    Manuela Ferreira Leite tem o direito de ser informada, quais os deputados, que não estiverem presntes, os imbecis do PS, que escrevem, que tem que ir à mamã só mostram a sua imbecelidade.
    Lixram o che da bancda parlamentar e lixaram a directiva do partido e ainda por cima são cobardes e não votam contra como a trrupe do Manuel Alegre!
    Os deputados, respondem ao partido e não a quem os elege, alem de que tem que justificar as faltas, perante o parlamento!
    Depois porque não passam de xulos, correm o risco de que nas proximas eleições são colocados em logares não elegiveis e rua…..acaba-se a mama de ser deputado!”

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  63. Desconhecida's avatar
    Joaquim permalink
    6 Dezembro, 2008 18:10

    Gabriel Silva Diz:
    J – «só partidos políticos podem apresentar listas às eleições legislativas.»
    GS – “Está mal e é uma forma de forte limitação democrática;”
    Esteja mal ou não, é assim. Portanto, os deputados não representam os eleitores. Representam a lista que integram e o programa que subscreveram.

    Se quiser que seja de outra forma, faça uma petição à Assembleia da República para alterar a Lei. Exija um referendo. Talvez existam eleitores suficientes que concordem consigo e se acabe com essa limitação democrática (eu votaria a favor). Mas, até a Lei ser mudada, é como é.

    J – «daí o conceito de disciplina de voto.»
    GS – “disciplina de voto só é aceitável se se considerar o deputado como não-pessoa, um indigente que não pensa nem é responsável pelo que faz.”
    Disciplina de voto não apenas é aceitável como faz todo o sentido em matérias que tenham vindo expressas no programa da lista de candidatos, a não ser que tenha sido acordado entre o candidato e quem juntou o seu nome à lista que, naquela matéria específica, a disciplina de voto não se aplica.

    O deputado é responsável pelo que faz, incluíndo os compromissos que assume. Entre esses compromissos inclui-se natural o ter subscrito o programa com que a sua lista se apresentou a sufrágio.
    Quando os deputados forem eleitos directamente será diferente mas, mesmo assim, apenas na medida em que se candidatem sem programa, declaração de intenções ou promessas.

    J – «No caso de o deputado ser militante do Partido, tem também a responsabilidade de não actuar contra esse Partido. »
    GS – “o deputado representa os seus eleitores e não o partido. O seu compromisso e onde reside a sua legitimidade são os eleitores.”
    Ninguém vota num deputado em particular. Vota-se numa lista que subscreve um programa. Um deputado que vote contra algo que vai contra o programa que subscreveu, sem ter antecipadamente (antes das eleições) manifestado discordância com esse ponto do programa, está a violar o seu compromisso com os eleitores que votaram na lista em que se inclui.

    J – «Existem até sansões (que podem ir até à expulsão do Partido) para quem viole os seus estatutos.»
    GS – “ilegais, abusivas e absurdas.”
    LOL
    Um partido político é uma organização com regras a que adere quem quer. Até se pode não concordar com todas as regras mas, a partir do momento em que se adere ao partido, fica-se vinculado a elas.
    O Gabriel certamente não quererá fazer parte de uma organização que se defina através de regras “ilegais, abusivas e absurdas” e faz muito bem. Mas quem adere a essa organização certamente não as achará “ilegais”, “abusivas” ou “absurdas”.

    Quer ser o Gabriel a definir que regras devem existir numa organização a que não pertence e à qual só adere quem quer?

    J – «O líder de um partido político que está a preparar a lista de candidatos a deputados para as próximas eleições legislativas tem todo o direito de saber que deputados actuam a favor ou contra o que esse partido defende.»
    GS – “bom resumo de um sistema onde funciona o quero, posso e mando personalizado.”
    Pois. O partido, através dos seus órgãos eleitos (nacionais e locais), organiza a lista de candidatos a deputados com que se vai apresentar mas não pode escolher quem adiciona à lista. Já agora, na sua opinião quem é devia fazer essa escolha?

    Esta é mais uma matéria na qual o Gabriel manda a realidade às favas e avalia os factos segundo o que gostaria que fosse a realidade, não segundo o que ela é. O exemplo perfeito do “quero, posso e mando personalizado” tirando o “posso” e substituindo o “mando” por “quero mandar”.

    Aproveito a oportunidade para lhe pedir desculpa pelo termo “idiota da aldeia” que usei numa resposta a um seu comentário a outro post. Foi excessivo e indelicado. O termo adequado seria “ingénuo da aldeia”.

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    • Gabriel Silva's avatar
      Gabriel Silva permalink*
      6 Dezembro, 2008 19:28

      «Esta é mais uma matéria na qual o Gabriel manda a realidade às favas e avalia os factos segundo o que gostaria que fosse a realidade, não segundo o que ela é. »

      Exacto, eu fui claro ao dizer que defendia o que entendo como melhor, para um mais eficaz exercicio da demcoracia e maior liberdade.
      Se fosse para simplesmente para descrever a realidade como ela é, pedia um parecer jurídico, ou seja, calava e comia. Mas eu não sou deputado.

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  64. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    6 Dezembro, 2008 23:10

    JM

    Quer continuar na senda de dar porrada na MFL ?

    Cerca das 00.05 SIC-N , Eixo do Mal.Aí é mato .

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  65. Desconhecida's avatar
    Joaquim permalink
    7 Dezembro, 2008 00:01

    Gabriel,
    Desculpe mas quando escreve “o deputado representa os seus eleitores e não o partido” não está a escrever “o que entende como melhor” mas sim o que acredita que é.

    Se concorda que, no sistema actual, os deputados não representam os eleitores mas sim a lista na qual foram eleitos e o programa com que se comprometeram e que os partidos são responsáveis por quem escolhem para as listas de candidatos, então não pode criticar a atitude de Manuela Ferreira Leite.

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  66. o sátiro's avatar
    7 Dezembro, 2008 02:00

    a realidade nada tem a ver com o sistema constitucional, de partidos e eleitoral. As pessoas votam no líder do partido. Por acaso, são eleitos uns deputados k ninguém conhece. MFL reagiu mto bem. O sector menezista caiu na sua própria armadilha- vidé MAC.

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  67. Entrelinhas's avatar
    Entrelinhas permalink
    9 Dezembro, 2008 16:41

    Conforme informação disponível no site do Parlamento, os deputados faltosos do PSD são :

    Agostinho Branquinho
    António Almeida Henriques
    António Montalvão Machado
    Carlos Páscoa Gonçalves
    Duarte Lima
    Duarte Pacheco (ausente em Missão Parlamentar)
    Henrique Freitas
    Jorge Costa
    Jorge Neto
    Jorge Pereira
    Jorge Varanda
    José de Matos Correia
    José Freire Antunes (ausente em Missão Parlamentar)
    José Luís Arnaut (ausente em Missão Parlamentar)
    Mendes Bota (ausente em Missão Parlamentar)
    Mota Amaral (ausente em Missão Parlamentar)
    Pedro Santana Lopes
    Rui Gomes da Silva
    Virgílio Almeida Costa

    Ou seja, 14 deputados faltosos mais 5 ausentes em Missão Parlamentar.

    Ou seja, na hora da votação andavam 11 a “tomar cafezinho” para se chegar aos 30 faltosos anunciados na imprensa …

    De salientar ainda que também faltou a deputada Teresa Caeiro (CDS-PP).

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