Sobre a Polis
10 Dezembro, 2008
E sobre novos padrões que se vão consolidando a partir de escolhas muito racionais dos cidadãos, na base do trinómio qualidade / segurança / preço. E sobre o arcaísmo das classes decadentes (comércio tradicional), sempre a reclamar por legislação proibicionista sobre os mais eficientes e dinâmicos (grandes superfícies).
A ler neste artigo de Paulo Morais.
23 comentários
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a polis e o seu derivado respublica são muito maltradas pelo socialismo, sobretudo pelo do manequim armani. o cidadão foi substituido pelo contribuinte.
o poder politico criado por esta revolução socialista e o poder económico que fomentou destruiram o país,
na cidade de Roma,não há centros comerciais nem supermercados e ninguém se queixa.
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Concordo com o artigo na íntegra.
Deram cabo das cidades e agora queixam-se dos centros comerciais…
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Afinal o Paulo Morais não era tão amigo da Laura Rodriques?
Também já se zangou com ela?
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Também concordo inteiramente com o artigo do Paulo Morais. Se os centros urbanos tivessem a mesma gestão responsável dos centros comerciais certamente que a concorrência seria mais equilibrada.
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SEGURANÇA?Não estou a ver uma mercearia de bairro a importar carne de porco e de vaca com dioxinas… mas estou a ver os capitalistas armados em merceieros em vez de andarem a aplicar o seu cabedal em industrias exportadoras…
Aliás em Portugal o mercado é muito estarnho .Só vejo monopólios ou quase…
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As Câmaras Municipais servem para inventar taxas a propósito de tudo e de nada, empresas municipais para empregar amigos e fabricar proibições sortidas. Não sobra assim tempo ou recursos ou sequer vontade para gerir o espaço urbano. Os pagantes que se amanham… desde que paguem está tudo correcto…
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“Enquanto isto, os representantes do comércio tradicional limitam-se a reclamar contra os centros comerciais. Atiram ao alvo errado”
E as digníssimas câmaras deixam?
Só quem nunca lidou com os licenciamentos camarários arrota essas frases feitas.
Porque os estabelecimentos não são obrigados a ter uma casa de banho para cada espaço comercial nos shoppings? Porque para licenciar um reclamo luminoso há contextação para tudo e mais alguma coisa mesmo sem fundamento legal? Porque as câmaras facilitam a vida a esses grandes espaços licenciando volumes de construção e que outros não podem ter? Porque as Cãmaras não são obrigadas a ter um regulamento de licenciamento dos lugares cativos de estacionamento situados em via pública, já que até os notários (privados) ou o chefe da finanças tem precedência sobre todo o resto? Porque as câmaras não cobram um valor mais baixo pelo estacionamento em via públicaa(mantendo a obrigação de rotatividade, sem extorsão ao cidadão)?
Será que as autoridades teriam a coragem de perder poder de decisão para as associações comerciais na administração das vias com comércio?
(Recentemente a situação melhorou um pouco porque isentou-se os espaços interiores dos estabelecimentos comerciais de apresentar projeto a Câmara)
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ops: contestação
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Quem escreve um artigo assim é porque não percebe nada disto
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E então o LR, liberal como é, acha que os dos shoppings são dinâmicos?
Sempre protegidos pelo sistema, têm horários a que os outros não t~em acesso, podem construir livremenet. Dinâmicos? Dá para rir.
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Uma opinião lúcida. mas adianta alguma coisa? Algo vai mudar no pântano?
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Excelente artigo o do Paulo Morais.
Mais uma vez, de forma clara e concisa, PM consegue transmitir as ideias que pairam no ar numa grande percentagem da população portuguesa, mas que não o faz por não poder ou saber.
É uma tristeza passear nas nossas cidades e verificar que estão “às moscas”.
Se chegarmos a Espanha, existe uma Movida de que os “nuestros hermanos” não abdicam e de que os portugueses (pelo menos os que eu conheço) adoram, em que toda a gente anda nas ruas, bebe ums copos, come umas tapas…
Nós passamos a vida enfiados no trabalho-casa, casa-trabalho e depois passeamos, efectivamente, e cada vez mais, entre a Praça da Alimentação e a Fnac, entre a Worten e a Vobis, passando pela Sport Zone e por mais meia dúzia de lojas que são iguais em todo o lado; em vez de passearmos entre o Jardim e a Praça, entre o Rio e o Mar; entre as ruas da cidade.
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Pois
Este rapaz não é aquele que sabe muito ????
Pois
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Já para não falar dos grandes passeios que podemos dar no Continente, no Pingo Doce, Lidl, Intermarché, mais aquele AKI e o outro ALI.
E para variar temos agora a lufada de ar fresco que é o IKEA, havendo sempre tema para debate, se é IKEÁ ou IKÊA.
Entretanto a Memória Colectiva da qual o Comércio Tradicional também faz parte vai-se esvaziando.
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Há maior Polis que o FcP ???
Não, claro
Pois
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Não concordo com o texto. Então agora vamos defender os centros comerciais que compraram terrenos ao preço da chuva, beneficiaram de apoios, subsidíos e sabe-se lá que mais, tiveram protecção das caâmaras? Dizer que são eficientes? Tretas!
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Julgo que o PM não está a defender os centros comerciais, o que ele que dizer é que os animais se refugiam todos lá porque a floresta incendiou. E nas poucas áreas que sobram há um risco grande de incêndio, os acessos são difíceis e são sobrevoados por aves necrófagas.
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O professor Paulo Morais faz uma análise real das coisas.
Clara, com as suas aulas.
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como ex-secretário-geral de uma associação empresarial nascida de uma associação comercial de “província”, vivi este problema com alguma proximidade… e pude constatar que mesmo com o apoio da autarquia, e em vez da proactividade como resposta às grandes superfícies, o que o comércio pretendia era limitar os tempos de abertura dos outros em vez de criar horários e estruturas de aproximação… sempre o choradinho do “vem ai o bicho papão”… na maior parte dos casos é triste, mas só podemos dizer que têm o que merecem…
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As associações de comerciantes normalmente só tratam dos assuntos de interesse dos seus directores.
O resultado está á vista.
Veja-se em Lisboa o desmazelo em que está a maioria das lojas mais antigas.
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Se fossem delegar nas associações comerciais poder efetivo haveria mais interesse por parte dos associados no seu funcionamento.
Uma coisa que prejudica muito o comércio tradicional são os contratos de aluguer antigos porque estes são um incentivo ao desmazelo com que certos comerciantes tratam seu estabelecimento. Estão mais a espera de fazer o trespasse do que em apostar no negócio instalado.
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Isto tudo (ou quase) resolvia-se com uma nova lei de rendas, que criasse mais flexibilidade na ocupação da baixa lisboeta.
Agora, tal como está, é o triunfo do imobilismo.
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Não é inocente que as famílias, a quem já roubaram os domingos, sejam encurraladas em shoppings gigantescos, com todas as vantagens expostas por Paulo Morais no seu belo artigo. Os centros das cidades deveriam ser geridos com profissionalismo e, para além de comércios e serviços, deveriam também constituir-se em centros de cidadania, de convívio e de participação, em contraponto aos currais de consumidores em que se transformou este negócio de mega-senhorios que são os shoppings.
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