O salário do Governador
23 Dezembro, 2008
Discutiu-se nos últimos dias a redução do salário do Governador do Banco de Portugal. Como de costume, exigia-se a alguém com poder que acabasse com algo que a maior parte das pessoas considera vergonhoso. O Ministro das Finanças chegou a dizer que o assunto não lhe diz respeito. Claro que estas discussões só são possíveis em países em que não se faz a mínima ideia sobre o que é uma autoridade independente. Uma autoridade independente não pode ser demitida ou ter reduções de salário a meio do mandato, caso contrário deixa de ser independente.
26 comentários
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Claro que este tipo de discussões só são possíveis …
Eh, claro que este tipo de discussões só “é” possível …
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E assim, por estas de Miranda e outras, lá vai o dito governador ganhando o desmesurado vencimento acima do seu pescoço, como do préstimo e do mérito que não demonstra, só possível neste país de desmesuradas injustiças sem rei nem rocke, à toa.
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quem disse que o vitinho era independente?
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JM,
Cuidado com a conversa da treta!
Independente de quê e de quem? Brincamos? Qual é o Curriculum do Senhor Governador, para além deter sido apenas político?
Confunde o JM, Bernanke ou Greenspan ou Trichet, que são e sempre foram banqueiros e académicos, com um político?
Constâncio parece que nem Mestrado tem! É um “Professor Convidado”, que o JM, sabe bem o que é!
Depois, “independência”, para quê? Ainda ontem, o Camilo Lourenço na RTP-N, dizia que o BdP sempre foi o Representante da Banca junto dos Governos, e nunca foi o Representante do Estado junto da Banca!
Não basta dizer que Portugal é um país desenvolvido. Portugal não é um país desenvolvido.
1.400 funcionários que não conseguem detectar as múltiplas passagens das off-shores do BCP, que empolaram resultados durante anos! Ahhhh, mas afinal, afectos à Supervisão “só” estão 300 ou 400!
Mas, o que fzem os restantes!
Caro JM, para Você continuar a ser lido, tem que ir mais fundo. Ou então, é mais um “postador da treta”, que diz que é Investigador e Doutorado.
Ser Doutorado deverá implicar pensar! A não ser que seja Doutorado por correspondência!
A luta continua.
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Quer ver a “independência”:
4. E Portugal? Há que reconhecer que não está ainda na situação dificílima de Espanha. Mas vai lá chegar, infelizmente. Não tenhamos ilusões, porque isso é inevitável. Que devemos fazer então? Em primeiro lugar, assumir que o ataque à crise é uma prioridade absolutamente nacional, embora tenha vindo de fora. Assim, todos os portugueses, e o Governo, em especial, devem assumir-se como tal, numa postura nacional, mesmo num ano – 2009 – politicamente complexo, marcado por três eleições sucessivas: europeias, autárquicas e legislativas. Depois, que as respostas para a crise são, em primeiro lugar, sociais e, portanto, predominantemente de esquerda, isto é: socorrer prioritariamente os mais desfavorecidos, os desempregados, os imigrantes, as pequenas e médias empresas.
Para tanto, é preciso dialogar com eles e, sobretudo, ouvi-los, com espírito de solidariedade.
É óbvio que o Governo não pode deixar que os bancos cessem pagamentos ou entrem em falência. Na medida do possível, é claro. Mas o processo de entrega de milhões aos bancos tem de ser absolutamente transparente e bem explicado aos portugueses. Para os convencer de que a entrega do dinheiro não serve para salvar os prevaricadores – que não devem ficar impunes -, mas tão-só para reavivar a economia real e evitar a paralisia. Nesse sentido, o governador do Banco de Portugal, Victor Constâncio, com a sua autoridade e competência, devia seguir o corajoso exemplo do governador do Banco de Espanha e falar aos portugueses para os convencer da necessidade de dar uma resposta nacional à crise, a pior que conhecemos, desde há muitas décadas.
http://dn.sapo.pt/2008/12/23/opiniao/o_em_tudo_aconteceu.html
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O Papa Soares, com o desaparecimento galopante de neurónios, diz que a situação de portugal é melhor do que a de Espanha!
Porreiro pá!
E dizem os socialistas (ou “Terceira Via”) que são melhores do que os Neocons!
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Mal estaríamos se a independência estivesse na razão directa do vencimento. A competência, integridade, independência, avaliam-se por outros parâmetros.
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O problema aqui, como já foi apresentado é a noção de independência.
Formalmente, o Governador é independente, porque nós, portugueses, somos assim: gostamos de nos dar ares. Ares de civilizados, como outros aparentam ser. Mas, por baixo dessa aragem, a carruagem é uma geringonça.
Quem escolheu o senhor Vítor Constâncio para Governador, viu primeiro quem estava na lista dos candidatos. O Silva Lopes, por exemplo, deve ter recusado. Não sei, lembrei-me agora. Mas esse, provavelmente, seria mais independente, porque é o paizinho deles ( os do Bloco Central, logo da Cooperativa) todos. Logo, faria a figura de mestre a quem vão pedir conselhos.
Assim, calhou no Vítor que tem aquele olhar vago de sabedoria infusa que lhe foi dado pela tarimba de inteligente. Sempre foi inteligente, o Vítor. Até quando perdeu eleições. Já o era, antes de as ganhar.
A minha dúvida, no entanto, é antiga e constante: Vítor está lá, porque a Maçonaria aprovou?
Para mim, está, sim senhor.
Logo, a independência do Vítor é uma balela.
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Por acaso o problema resolve-se quando se perder a independência.Certo?
Já agora o que tinham os salários a ver com a honestoidade no tempo do “fassismo”?Salazar fazia um telefonema e pronto.O gajo ia à vida dele.Não havia de facto garantias totais para canos serrados ,ladrões mangas de alpaca,nem crimes por resolver.Tudo era castigado.
Agora temos um império cá dentro, sempre emcresciemnto por nossa conta e um polvo dum tal tamanho que até o adamastor fazia fugir…et voilá la notre democracie…
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“Salazar fazia um telefonema e pronto.O gajo ia à vida dele.” Historicamente, isto não era assim, mas pronto.
Uma coisa é historicamentem certa: Salazar vivia do seu vencimento como presidente de um Conselho de Ministros de uma ditadura.
No entanto, o que era público, era público. E a distinção ia ao ponto de o gás que gastava no andar de cima, onde vivia, ser pago por ele. O de baixo, era do Estado.
Contar uma coisa destas ao Sócrates ou ao Vítor que remains constant, seria caso para eles, pensarem que o nosso país era o reino de ubu. Pura e simplesmente, está para além da compreensão deles.
Mas teriam sempre uma explicação corrente: Salazar era um mesquinho.
Pois seria. Mas não roubava, e não permitia que o fizessem diante das barbas que nem tinha.
Como eles permitem que se faça.
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Esta história do Horta e Costa nos CTT, sobre o aluguer de carros a que se junta a do edifício de Coimbra, é um nojo. Dos piores que me tem sido dado a ver.
E nenhum dos envolvidos se dá por achado.
Ladrões de casaca.
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“Uma autoridade independente não pode ser demitida ou ter reduções de salário a meio do mandato, caso contrário deixa de ser independente.”
Nem pode ficar doente e muito menos morrer…
E depois do mandato tem direito a uma estátua e nome de rua.
E também a uma condecoração no 10 de Junho (dia da Raça…).
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«Ministro das Finanças chegou a dizer que o assunto não lhe diz respeito»
“… se os portugueses (os que têm trabalho) ganham pouco mais de metade
(55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em
média:
– mais 32% do que os americanos;
– mais 22,5% do que os franceses;
– mais 55 % do que os finlandeses;
– mais 56,5% do que os suecos”
(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/08)
E são estas b….. que chamam a nossa atenção porque “os portugueses
gastam acima das suas possibilidades”.
Entre eles salienta-se o génio das finanças Vítor Constâncio
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Quando o cargo deixar de se tornar atractivo, esta função terá possivelmente maus gestores, sem colocação no privado, e que estejam disponíveis para ir para o “publico”. Os salários é o mercado de trabalho que os define. Depois admirem-se quando vemos óptimos gestores que de todo nunca irão para cargos públicos…
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Mas o processo de entrega de milhões aos bancos tem de ser absolutamente transparente e bem explicado aos portugueses.
Alguém explica alguma coisa para que a CGD já precisou de 1500 milhões de euros ? Alguém já explicou em quanto ficaram as aventuras para ajudar o Berardo ? E em impedir a OPA da PT ? E muitas outras intervenções da CGD como braço financeiro, não ao serviço dos portugueses, mas ao serviço de meia dúzia de indivíduos ?
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Depois admirem-se quando vemos óptimos gestores que de todo nunca irão para cargos públicos…
Jé nem vou dormir bem hoje.Sempreouvi dizer que de insubstituíveis andam os cemitérios cheios.Vê-se que pelo andar da carruagem os bons salários nada resolveram.Ou será que nõ está tudo a cair?Mesmo o Banco de PORTUGAL?DIVERSIFICAR ouro por papel ao preço da uva mijona?Toneladas dele?Pago como se fosse o rei da Terra?Puta que os pariu que vão roubar de canos serrados que esses ao menos arriscam o pêlo…
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Só uma revolta que meta todos os papeis que estes gajos fizeram nos wc é que resolverá o assunto.Porque estão todos ligados na corrupção.Por isso é que o pilar da justiça anda de rédea curta, muito curta e vigiada.
Democracia?Teatro em S.Bento.Teatro.Para inglês vêr…e ir acalmando os ingénuos que ali julgam que se resolve alguma coisa…
Eu faço um apelo aos gajos que escutam esses merdosos que lhes vão gravando as maroscas para contra eles serem oportunamente usadas.Sem as garantias com que se pretenderam furtar…
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José Diz:
23 Dezembro, 2008 às 11:30 am
“Salazar fazia um telefonema e pronto.O gajo ia à vida dele.” Historicamente, isto não era assim, mas pronto.
Houve ministros substituidos por telefone.Estes gajos de hoje em dia não sabem o que é lealdade(ao povo claro está), nem interesse nacional, nem nada.V~e-se a todo o momento.Governam o mundo, governando-se pura e simplesmente.E fodendo os indígenas claro.
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Bastaria então que, de livre vontade, renunciasse a parte do seu vencimento.
Isto para dar coerência ao seu próprio pensamento
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O Banco de Portugal não tinha uma comissão liderada por Miguel Beleza que andou a tratar do caso dos salários do Banco de Portugal?
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Quando esse senhor aufere um rendimento 2,5 vezes superior ao do seu homólogo da Reserva Federal Americana, está tudo dito.
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Pois! Ainda me lembra, criou-se uma comissão presidida por um ex- governador ou administrador do BP – Miguel Beleza. Julgo que tinha seis meses para apresentar um relatório destinado a reformar o sistema de remuneratóio do BP e o sistema de aposentações. Nunca mais ouvi falar no assunto. Ainda me lembro, era no tempo em que “agora todos pagam a crise” pois,pois.
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O comissário Miranda está-se a denunciar demasiado.
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Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de
misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas somos
capazes de sacudir as moscas …’ Guerra Junqueiro escrito em 1886
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Já vimos que ele não se vai embora. Será possível reformá-lo? Acho que que já faz parte do problema e está mais enquistado que Mugabe ou Chavez.
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Excelente caro 24, mantem-se actual.
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