O Cerny da questão
15 Janeiro, 2009
Como era esperado, os burocratas da UE e os seus «porta-vozes» não tem mesmo sentido de humor e levaram a coisa a mal. Quanto mais leio as reacções dessa gente, mais acho que o artista acertou em cheio.
Leituras complementares a partir daqui

Entropa by David Cerny, Czech Republic, 2009
18 comentários
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Um checo né? Complexo eterno de inferioridade. Conheço-os, ficam a meia hora de minha casa.
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Muita da porcaria que está nos parlamentos de países europeus junta-se no PE.
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Já as checas de inferioridade têm pouco.
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Só quem convive com os outros povos europeus, sabe que o que está na Entropa é verdade. Talvez um pouco desadequado num caso ou outro (ex: Bulgária) e bastante acertado noutros casos (ex: França) mas no geral a obra (já que pretende retratar e lançar o debate sobre os maiores complexos dos países da UE) é acertada no meu ponto de vista. Cumpre o objectivo da arte, lançar o debate.
Por outro lado serve para desmistificar “o estrangeiro” que tantas vezes é apontado como a cura para todos os males ou o melhor dos exemplos. A vida não é nenhum paraíso em nenhum país europeu. De uma forma ou de outra todos temos os nossos problemas e convenhamos não era bem pior se nos vissem como a retrete da Europa? Onde já iriam os posts dos Blasfemos caso isso se verificasse?
Não queriam discussão, contratassem um arquitecto para fazer assim uma coisa bonita, tipo CCB.
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Fenomenal. Era mesmo o que UE estava a precisar, um choque de realidade e controvérsia naquelas mentalidades estagnadas num mundo de faz querer cor-de-rosa. Viva a coragem do artista e viva a República Checa.
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Ainda ontem a senhora doutora Diana Andringa voltou a fazer mais um programa sobre o colonialismo e já lá vai quase meio século.
O artista deve ter estado em Portugal e apanhou o sentimento geral da esquerda.
Muito bem feito.
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CAA, o “artista” quis provocar, não foi? Quis provocar indignação, ser conhecido, provocar discussão, etc, não foi? Teve o que quis. Qual é o problema de levar com umas bocas de volta? Eu, pessoalmente, acho que ele é imbecil e que o Parlamento Europeu não é o lugar adequado para a coisa. E olhe que tenho muito sentido de humor. Não acho é que o Parlamento Europeu seja a SIC Radical, só isso…
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em matéria de provocação os checos são mestres… e, se a provocação leva ao debate, só pode ser benéfico. o problema é que os politiqueiros deste mundo não têm um sentido de humor muito desenvolvido… uma operação destas, aquando da presidência portuguesa, teria sido impossível, com o nosso parolo medo de parecer mal…
arte é liberdade!
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Ó Gabriel representar a Bulgária como uma retrete é de mau gosto.
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No caso de Portugal acertaram em cheio.Retratam o colonialismo, mas agora do bom.Por ser cá e por nossa conta.Com guerra de guerrilhas e tudo.A censura é que é mais eficiente do que no outro tempo.Daí a malta estar demorada a entendê-la como tal.Até já temos zonas libertadas e tudo.Domde partem os grupos de recolecção de impostos forçados, em especial a ourives.O enfraquecimento do inimigo é feito através da venda de coca e haxixe.Que exércitos bem organizados a trabalhar com “mulas” cá introduzem em viagens subsidiadas da TAP.E nada de racismo, que toda essa malta nos está aenriquecer e a fazer o que a malta não quer…
Os esquerdistas desde que estejam no poder governam em qualquer direcção.
Africanos e islâmicos e oferta de mulheres Portuguesas é o seu maior êxito.Para nos afundar claro…
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Ó Gabriel, já reparou que a sua argumentação, bem como as palavras de ordem dos seus apoiantes, do tipo “arte é liberdade!”, etc, parecem um bocado perigosamente esquerdistas? 😉 Eu a isto sim, acho um piadão!
(ali em cima chamei CAA ao Gabriel, por engano; podem chamar-lhe liberdade artística)
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Oh Gabriel vamos a ver: a peça artística encontra-se exposta no edifício do Conselho (Instituição que representa as administrações nacionais ou órgão legislativo) pelo que a maior parte dos burocratas que se exprimiram são representantes dos Estados Membros (ou seja, burocratas nacionais). No que respeita aos Parlamentares europeus que se exprimiram, eles são eleitos por voto directo, em função dos sistemas eleitorais em vigor em cada um dos Estados membros da UE. Não estou a ver porque serão burocratas europeus ou “porta-vozes”.
Se se refer ao Vondra, tanto quanto eu saiba ele é vice primeiro ministro da Rep Checa e portanto será burocrata checo e não porta-voz dos burocratas europeus. Se finalmente se se refere à Isabel (autora do artigo) raramente tenho visto um jornalista tão acertadamente crítico relativamente a uma grande parte das políticas ditas “europeias”.
Quanto à obra, devo confessar que, não sendo “elegante” em determinados aspectos é extremamente crítica e provocadora. Isto para além de a administração checa ter caído no embuste da multipla autoria. E, digo-lhe, que o Reino Unido está extremamente bem “caricaturado”. Tal representação não ficaria pior no Blasfémias!
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Se fosse portugues estava feito. Era aqui enxovalhado até dizer chega.
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Se fo “dono da obra” fosse de esquerda, caro anónimo, de esquerda, outro galo cantaria aqui 😉
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Cá por mim, é para rir. Adorei a exposição de lugares-comuns. Indirectamente, o artista acabou por nos vingar dos preconceitos que sobre nós se tecem “por aí”, desde as mulheres de bigode, os homens gordos, carecas, chauffeurs de taxi e porteitros, e outras coisas do estilo. E sendo português, não saímos nada mal vistos, com império colonial e tudo. Antes isso que retretes, etc…
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Sabem como são vistos os portugueses lá fora?
” uns gajos de bigode que dão porrada nas mulheres ” !
Que tal?
A Amnistia Internacional que comente….
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Sou um dos burocratas da UE e acho a Entropa do melhor. Esta opinião é partilhada por quase todos os colegas com quem falei. Gabriel, desculpe lá se lhe estragamos o cliché
Quanto à boca sobre os porta-vozes da UE, é factualemente falsa, como muito bem explica o JCP no comentário 12. Uma chatice quando a verdade se intromete numa boa chalaça anti-europeísta.
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JCP (12)
tem razão, muitos dos que publicaram se insurgiram contra a peça não são «burocratas europeus» mas dirigentes nacionais. Fica a correcção.
Sim, também gostei da «representação» do Reino Unido.
Discordo da sua apreciação sobre o posicionamento da jornalista, pois invariavelmente a mesma defende pontos de vista oficiais. Na própria peça citada designa de «impostura» a obra….
Pedro Velasco (17)
Fico satisfeito pela notícia que dá de muitos de vós terem apreciado. Eu também.
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