Realidade II
21 Janeiro, 2009
O problema de Guantánamo é semelhante ao problema da guerra de Gaza. Populações habituadas a viver em paz durante décadas não distinguem as regras da guerra das regras da paz, e querem por força que na guerra se cumpram as regras da paz, o que acaba por gerar teorias inconsistentes sobre a forma como as guerras devem ser combatidas.
O mais curioso é que quando a violência bate à porta (caso da onda de criminalidade e do assalto ao BES no Verão), aqueles que querem que a guerra seja regida pelas regras da paz, acabam a defender que a vida civil deve ser regida pelas regras da guerra, defendendo o uso de snipers contra civis.
48 comentários
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Usam snipers para abater os refens como na guerra? Não diga!
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que grande amálgama para aí vai! sabe, a estupidez é das coisas mais bem distribuídas entre os homens!
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O problema de Guantánamo é semelhante ao problema da guerra de Gaza.
Hi, coisa mais strombótica, os guantanamenses não podem com os cubanos, colonos, que lhes roubaram a terra, a água, as vidas, com um muro à volta de pura prepotência, maldade e racismo, hihi. Depois acontece que os guantanamenses não têm direito a adquirir armas pa se defenderem, quanto mais pa escorraçarem tão ignóbil inimigo.
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Ora nem mais caro João… essa é que é essa…
Como dizia um tio meu, nós “só ouvimos nas orelhas”
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Por muita razão que tenham os Americanos, e tem muita, existe uma coisa que distigue as sociedades ocidentais das outras.
Senão como nos poderemos distanciar de radicais, fanaticos e ditadores ?
Guantanamo é para fechar.
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Precisamente,
Pensei no mesmo e até estive para fazer essa pergunta ao João Miranda: como é que alguém que defendeu posições tão inteligentes contra a barbárie dos snipers dá agora em defender shock and awe israelitas, apenas porque há-de estar do lado de Israel.
É mesmo a melhor pergunta que se lhe pode fazer.
Na altura também lhe perguntaram outra- e como é que também defendeu a invasão do Iraque ou como é que defende polícia privada?
Pois- o anarquismo liberal, quando é ateu e não pacifista, tende a ter estas contradições.
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O João Miranda tem um défice de sensibilidade. Melhor, nem é isso- tem um excesso de gosto por esquemas mentais.
E, por esse motivo, não se devia meter em questões que também nunca viveu nem conhece no terreno. O João Miranda fala da guerra como quem fala de bactérias ou qualquer treta de impossibilidade de prova científica de mudanças climatéricas.
Opina, neste caso, porque tem um lado. E, por muito que tente esconder esse “lado” em retóricas escolásticas, não consegue.
Só que o lado que escolheu é um lado perigoso, porque só existe quando há guerra. O João Miranda só se lembra do seu partido por Israel quando Israel comete atrocidades.
Culturalmente nunca emitiu uma única informação, nunca manifestou, sequer, qualquer interesse “etnográfico”, histórico, ou cultural.
Fala da guerra em playstation e traduz isso por propaganda de tribo portuguesa- o que se torna verdadeiramente caricato.
Anda no mesmo campeonato da bola que quem para lá vai em turismo.
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Mas, verdade seja dita- pior e verdadeiramente caricato e pornográfico é o que a Helena Matos escreve. Porque essa fica histérica e agarra-se a preconceitos politicamente correctos.
É uma mistura de cartilha maoista com penca.
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E este post é burro e grande tiro no pé, porque os snipers tugas são cópia dos snipers de guerra- directamente inspirados nos snipers da IDF
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zzzzzzzzzzzzz get a fkn life, boring zaz
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««como é que alguém que defendeu posições tão inteligentes contra a barbárie dos snipers dá agora em defender shock and awe israelitas, apenas porque há-de estar do lado de Israel.»»
Precisamente porque a guerra e a paz seguem regras diferentes.
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A Zazie acaba de atirar um balde de lexívia às roupagens de Miranda.
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A questão do seu erro é outra. Israel faz precisamente o mesmo que os outros. Até criou o Hammas. E pior, se estes não têm exército legal é porque nem interessa a Israel que a Palestina venha a ser um Estado- um país sujeito a regras internacionais.
Porque com terroristas sujeitos a colonato podem eles bem. Com o que não podiam era com Estados bem organizados e autónomos, mesmo ali, encostados às suas fronteiras.
Portanto nada de aldrabices- Israel tem este tipo de lutas terroristas porque é o seu mal menor. Antes terem civis a serem mortos com aqueles morteiros que não desfazem quartéis do que um estado democrático a fazer-lhes frente com as mesmas armas.
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http://www.commandokravmaga.com/html/combatsurvival.html
Descubra as diferenças
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tens de tirar esse capacete branco pisocoiso, senao o efeito de estufa derrete-te o cerebro e depois j nem consegues interpretar os textos.
nota negativa para o piscoiso e faz favor de fazer uma composicao sobre “os efeitos adversos de usar capacete branco e a sua relacao com o calimero”
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e a zazie leva nota negativa tb. alem disso e’ chata.
como castigo, uma composicao sobre “a vida das abelhas e a dua relacao com o piscoiso”
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Esta treta não entra… estranho. Então não vai o link mas vai o nome para que vejam no Google.
O link e o comentário não entram aqui por razões que desconheço.
Commando Krav maga
The most devasting Israel Fighting System
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Sim, pá, só tu é que és um gajo brutalmente inteligente e tens mostrado isso no que dizes.
Estás a dar um contributo bué de importante ao debate. Principalmente na incapacidade de me rebateres e precisares de ser merdoso por teres levado com esta bombinha em cima.
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# 16- Deve ser do psicossomatismo da treta. Entupiste e só repetes o que deves estar habituado a dizer à tua mãe.
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zazie meu amor, debate-me que eu gosto
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Para que não haja confusões- este treino de snipers de Israel é excelente- é mesmo numa das coisas em que eles podem dar cartas.
Nada contra. E nada a favor em relação à imbecilidade de usarem snipers para caçar 2 ladrõezecos de banco, quando agora andam a nacionalizá-los para salvar os grandes ladrões de colarinho.
Era só para estragar o esquema pateta do João Miranda.
A guerra que Israel tem é a guerra que lhe convém.
E os EUA com Guantánamo ou Abu Grahib servem apenas para se perceber o perigo que há em se acreditar na “superioridade ocidental” ou nas fábulas da exportação de democracia para ocidentalizar os bárbaros.
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É claro que, em relação a Israel, o que é politicamente tabu dizer-se é que mais não é que o mesmo conflito milenar e que quem contribuiu para ele é quem também não tem solução- mandaram-nos para a boca do lobo. Ajudaram a tarefa divina ao povo eleito, agora ninguem sabe como a coisa se pode pacificar.
Nao pode.
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Outra vez o assalto no BES.
Pô . Where we go again .
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Pode , pode , pacificar-se.
Mandem os irmãos Bielski , esses é que pacificavam como caraças .Eram Judeus mas não eram parvos.
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E desta vez o João Miranda nem rigor lógico conseguiu manter. O último parágrafo do post é mentira.
«O mais curioso é que quando a violência bate à porta (caso da onda de criminalidade e do assalto ao BES no Verão), aqueles que querem que a guerra seja regida pelas regras da paz, acabam a defender que a vida civil deve ser regida pelas regras da guerra, defendendo o uso de snipers contra civis.»
É mentira porque esses que defenderam os snipers foram mato. Foi tudo.
Foi mesmo o melhor exemplo onde esquerda; direita; conservadores, progressistas, pró-ocidentais; pró- orientais, situacionistas e afins fizeram coro.
Toda a gente defendeu os snipers e deve-se ao J não sei quantos do Insurgente e ao João Miranda a grande desmontagem dessa imbecilidade.
Depois, quem continuou a desmontagem, foi o José do Portadaloja.
Portanto, não há por aqui explicações “políticas” ou ideológicas para o apoio ao mata e esfola o ladrãozeco e sejamos muito civilizados na guerra.
O que há é quem tome partido por barbáries de guerra e depois dê até passe por flor-de-estufa com casos de tiros para pneus ou aos cerebelos.
Mas eu estive com essas ditas flores-de-estufa- porque tratou-se de barbárie policial com grande patrocínio governamental.
E continuou- a Fernanda Palma continua a lavar a roupa ao que o marido consentiu e ao que agora se justifica- que a polícia agiu em legítima defesa.
E foi mentira- não houve legítima defesa alguma para armar uma cilada a uns ladrõezecos de tostões de um banco.
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O “J não sei quantos” não é insulto. É problema meu com siglas. Ele sabe quem é.
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Por acaso o assalto do BES até vá tinha vindo a propósito e eu estive para fazer post.
Não há mesmo melhor altura para se explicar a legitimidade de chamar atiradores furtivos por causa de uns tostões quando os bancos estão a ser aparados por causa dos gestores que roubaram milhões-
E esses nem cerebelo arriscam- nem cadeia, nem nada. Ficava mal alguém se queixar por roubos milionários.
Agora por tuta e meio é claro que é preciso sniper.
O João Miranda, na altura, não escondeu a inteligência e soube falar em “proporcionalidade”.
Quando entra o seu clube em matéria de guerra é que lhe dá para fazer-se de tolinho e dizer apelar à moral em vez da proporcionalidade.
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preferir em vez de dizer.
Até fica moralista em tempos de massacres de guerra. Mas depois é todo cool e peace e ganza new age se há benefício da dúvida em matéria de polícia.
Até o gajo que atirou a queima-roupa no combóio teve direito a preocupações humanistas por parte do João Miranda.
Se é cerco a colonatos e tiro à bruta para cima de tudo, é questão natural de defesa contra terrorismo.
Está bem abelha- Há coisas que nunca se podem fazer pela metade. E uma delas são estas- a proporcionalidade na defesa. Seja ela qual for.
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Já a Helena Matos é mais igual a si própria. Se entra cigano é problema racista do cigano que não devia ser ladrão e muito menos levar o filho para o assalto.
Se entra judeu, é problema racista de quem é muçulmano.
ehehe
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A HM é toda miscigenação à americana, com penca nos dias ímpares e muito ateísmo e feminismo nos pares.
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Sem esquecer a resposta em cima do Gabriel Silva este é um excelente post.
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Você não devia falar de questões jurídicas, pelo menos com esta ligeireza. Desde 1945, a guerra é sempre ilegal e criminosa. A única excepção é a legítima defesa (e mesmo esta limitada pela proporcionalidade da resposta) do agredido numa guerra criminosa (unilateral, preventiva, etc).
Você continua a fingir que a guerra é a ausência de direito, em que anything goes… Não é, e veja as chatices que os criminosos de guerra sionistas vão ter agora…E mesmo quando a sanção não é aplicada, isso só afecta a eficácia do direito, não a sua vigência ou normatividade. O direito é uma ciência normativa: só le interessa o DEVER SER, não o que é. O ser deve submeter-se ao dever ser: é essa a missão o direito.
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O post do inefável Miranda vem confirmar que o universo pode ser finito, a desinteligência não.
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“usarem snipers para caçar 2 ladrõezecos de banco, quando agora andam a nacionalizá-los para salvar os grandes ladrões de colarinho”
Não admira que os portugueses sejam tão maus a matemática, a lógica parece não ser o nosso forte:
Quando foi que os “ladrões de colarinho apontaram” uma arma á cabeça de uma senhora?
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ò tolinho, e quem é que apontou a arma à cabeça para fazer o assalto?
Fizeram isso, devido à estúpida intervenção da polícia, como o pacifista do João Miranda se fartou de explicar.
E mais, tal como o pacifista do João Miranda disse, é muito diferente um combate corpo a corpo- com proporcionalidade entre ambos de um atirador furtivo que dispara à distância.
Precisamente o mesmo que se passa com estas guerras que para v.s são sujas por parte dos que estão encurralados.
Embrulhem. Para a próxima o João Miranda que não seja burro e não venha buscar mais lenha para se queimar.
Ele ficou sozinho, apenas com 2 ou 3 pessoas a apoia-lo. Agora meteu o pé na argola e acabou por desdizer tudo o que defendeu em relação aos snipers.
E mentiu- porque quem defende esta guerra também defendeu os snipers- como o luck lucky.
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Os apoiantes dos snipers alternaram entre chamar à morte do tipo um dano colateral ou dizerem imbecilidades como a tal palhaçada do sequestro e da legítima defesa por parte da polícia.
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E quem defendeu a invasão do Iraque também foi ele. E quem defende Guantanamo idem- é tique liberalóide.
A única surpresa que saiu do pacote foi o surto passageiro de inteligência e sensibilidade que ele teve aquando dos snipers.
Mas já voltou à normalidade da trampolinice escolástica.
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Além do mais mete os pés pelas mãos porque faz uma separação artificial entre “viver em paz” e viver em guerra”.
Não existe essa diferença. O que existe são estratégias e combates com determinadas finalidades diferentes e barbáries maiores que as outras.
A estes tipos, era entrega-los aos países de origem e não irem para lá fazer porcaria a que chamam exportação da democracia.
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««O post do inefável Miranda vem confirmar que o universo pode ser finito, a desinteligência não.»»
Faltaram argumentos, como de costume.
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Só faltaram ao que o João Miranda elegeu. Tem por aí mais que argumentos a que assobiou para o lado.
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««Só faltaram ao que o João Miranda elegeu. »»
Zazie,
Os seus resumem-se a não se dar ao trabalho sequer de distinguir tempo de guerra de tempo de paz.
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««Além do mais mete os pés pelas mãos porque faz uma separação artificial entre “viver em paz” e viver em guerra”.
Não existe essa diferença. »»
Curiosamente existem várias ordens jurídicas que reconhecem essa distinção. Explique-lhes que é artificial.
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claro que existe diferença entre viver em guerra e viver em paz.
Desde logo uma série de leis que se aplicam num caso e noutro. E direitos que são limitados.
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Mas não invalida que numa situação de guerra tudo seja permitido, não existam leis aplicáveis, ou se deixe de aplicar a constituição.
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é obviamente uma limitação de uma parte de uma guerra, face a outra parte que não tenha esses «constrangimentos».
Tal condiciona o desenvolvimento da guerra, as estratégias, o que se pode ou não fazer, o como lidar com, etc. podendo dar, eventualmente «armas» desiguais. Mas é o preço, insubstituivel e inalienável das sociedades abertas e «de direito» face á barbarie e tirania.
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A questão dos snipers em Portugal foi estúpida precisamente porque não se enquadrava numa ameaça que não pudesse ser evitada de outro modo.
Ora estas ameaças podem existir naquilo a que se convencionou chamar paz. O exemplo do conflito israelo-palestiniano enquadra-se aí. Porque aquelas guerrilhas são uma forma de vida.
Raptar dois soldados dá direito a arrasar um país, matando milhares de pessoas que nada tiveram a ver com acto.
Por isso é que Israel criou snipers- precisamente porque aquela forma de vida mistura tudo- mistura retaliações com casos de polícia e defesas ou ataques militares.
Mas o erro do João Miranda nem foi este- Foi vir buscar o exemplo para dizer que quem agora está contra Guantanamo era o mesmo que defendia os snipers.
Porque ser contra eles foram para aí umas 4 ou 5 pessoas.
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E também não entendeu o que eu disse. Eu disse que se mistura o que se considera ser viver em guerra com viver em paz. Não disse que se devia misturar tratamento de casos de polícia com casos de barbárie militar.
E tanto que é assim que sempre se invocou a invasão do Iraque como um caso de guerra- considerando o 11 de Setembro uma declaração de guerra.
E não foi. Precisamente porque existem formas de ataques terroristas de ordem diferente. Assim como existem formas de guerra com chacinas e armas ilegais e outras um tanto menos. Depende. Mas não depende de declaração oficiosa de ataque dizendo-se que se vai fazer uma guerra.
E mesmo em paz podem existir chacinas tão assassinas como crimes de guerra. Por isso é que esta separação do João Miranda é artificial.
Só podia responder de acordo com o direito americano. E aí é óbvio que foi uma ilegalidade criada por um presidente.
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Yes he can!
Yes he did!
http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2009/01/22/barack-obama-decrete-la-fermeture-du-centre-de-detention-de-guantanamo-d-ici-un-an_1145363_3222.html#ens_id=1073709?xtref=
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