Realidade IV
Alguma sociedade aberta alguma vez permitiu que reconhecidos inimigos externos pudessem ser inocentados por detalhes processuais?
A questão é que, por muito aberta que seja uma sociedade, ela tem que viver num mundo que à escala das relações entre países não é uma sociedade aberta. Esse mundo é uma anarquia em que prevalece o peso da reciprocidade. Não é um estado de direito. Nunca nenhuma democracia ocidental abdicou do direito de reciprocidade nas relações internacionais, o que implica aplicar aos estrangeiros, e sobretudo aos inimigos, regras que são diferentes das que são aplicadas aos nacionais.
A ideia de que podemos aplicar aos inimigos as mesmas regras que aplicamos aos amigos, é uma ideia que seria facilmente explorada por grupos como a Al Qaeda e que, em vez de levar à humanização da guerra, levaria ao seu embrutecimento.

A superioridade da civilização ocidental também reside na capacidade que ela tem em demonstrar aos nossos inimigos de que se quisermos também conseguimos ser tão bárbaros, ou mais, do que eles. Se assim procedermos estamos a humanizar a guerra.
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“Alguma sociedade aberta alguma vez permitiu que reconhecidos inimigos externos pudessem ser inocentados por detalhes processuais?”
Já.
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Por que será que os europeus falam, falam, mas não querem receber aquelas “jóias” lá de Guantanamo? Porque será que o Obama está cheio de boas intenções, mas também não os quer nos EUA? Pois é. Vai uma aposta que os “refugiados” vão ser recambiados para os países de origem, quer venham a ser torturados, ou não?
Com Bush era perdido por um, perdido por mil. Estava-se nas tintas para o que dissessem dele. E se calhar era mesmo esse tipo de atitude que os EUA precisavam para evitar novo atentado no seu solo. Agora as boas intenções que descalcem a bota. Respeita-se a Constituição sim senhor, mas vai haver mais dissabores, se bem que com melhor imagem no estrangeiro, até porque as esquerdas adoram ver os americanos a levar nas ventas. É a vida…
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Off topic.
S&P corta “rating” de Portugal
A Standard & Poor’s cortou hoje o “rating” da dívida pública de Portugal, de “AA-” para “A+”, dias depois de ter colocado a notação financeira em vigilância negativa. O “outlook” é agora estável.
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=350346
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Olho por olho dente por dente ! Eis a filosofia liberalíssima de JM.
A superioridade moral ocidental reside precisamente em recusar barbáries como a tortura de prisioneiros. E isto nada tem a ver com pseudo-argumentações de reciprocidade e amigos vs inimigos. As coisas são simples, não há que complicar.
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««A superioridade moral ocidental reside precisamente em recusar barbáries como a tortura de prisioneiros.»»
Curioso. A tortura de prisioneiros nem sequer está em discussão no post.
««E isto nada tem a ver com pseudo-argumentações de reciprocidade e amigos vs inimigos. »»
Mas a Rute Marlene nem para esses pseudo-argumentos tem argumentos.
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A suspensão dos direitos, que inclui o poder de tortura, constitui uma perigosa deriva com consequências imprevisíveis.
Não sou ingénuo ao ponto de pensar que a tortura não era antes utilizada, em conflitos anteriores. Mas não deixava de ser proibida. O que Patriot Act fez foi admitir a utilização da tortura, isto é,inscreveu no território do legal, do permitido.
Portanto, legitimou o recurso à tortura de todas as partes.
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“O que Patriot Act fez foi admitir a utilização da tortura”
Mas que grande salganhada aí vai…
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O Gabriel tem, em abstracto, razão. Mas p.e Khalid Sheikh Mohammed não pode ser absolvido nunca por detalhes processuais. Até porque se isso fosse possível ele seria libertado. Porque foi torturado.
Ora o assumido cérebro do 9/11 não pode ser libertado nunca.
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«humanizar a guerra»
Alguém que nos explique onde é que já viu uma guerra humanizada.
Alguém espera ver um dia uma guerra travada sem violência, brutalidade, morte e destruição?
Sim é possível. No planeta Vénus.
133 AC – «Cent trente trois ans avant l´ère chrétienne, Tiberius Gracchus, fils de Sempronius et de Cornelie, était élevé à la dignité de tribun. C´ était un fils des classes supérieures…En face de l´orage (burburinho) montant de la foule des esclaves, les premières paroles de Tiberius du haut des rostres (estrados) furent pour flatter (lisongear) l´insurrection – «Nos généraux vous incitent à lutter pour les temples et les tombes de vos aieux. C´est un appel inutile et mensonger. Vous n´avez pas d´autels (altares) de vos pères, vous n´avez pas de tombes ancestrales, vous n´avez rien. Vous ne combattez et vous ne mourez que pour procurer le luxe et la richesse des autres»
Obs: A propósito dos dramas da família Kennedy (Dallas) / «…os Kennedy tinham ficado vivamente impressionados pela desigualdade das condições sociais da sociedade norte-americana»
PS: página de uma revista francesa do final dos anos sessenta. Do tempo das últimas guerras europeias em África – anos 60/70 (XX)
Hoje, com os exércitos semi-profissionais, mais próximos do modelo romano de mercenários. Em democracia ou não.
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“A tortura de prisioneiros nem sequer está em discussão no post.”
A tortura é um detalhe processaul não desprezível. E, até por isso, quem decidiu que fosse utilizada devia ser responsabilizado. Quem decidiu? A dupla Bu-Ru.
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Lendo os comentários sou levado a chegar à conclusão de que o melhor a fazer é matá-los.
Gastar dinheiro em transportes, alojamento alimentação, guardas, advogados, juizes???
Pancadinha atrás da nuca, como se faz aos coelhos.
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Já vai um bocado atrasada mas cá fica a minha previsão para o ano de 2009:
“João Miranda candidato à presidência do Partido Nacional Renovador.”
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João Miranda,
“Alguma sociedade aberta alguma vez permitiu que reconhecidos inimigos externos pudessem ser inocentados por detalhes processuais?”
Raptados, presos arbitráriamente, sem visitas, sem direito a defesa, sem culpa formada, sujeitos a tortura.
Chega ou necessita de mais algum detalhe processual?
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“Raptados, presos arbitráriamente, sem visitas, sem direito a defesa, sem culpa formada, sujeitos a tortura.”
Isso lembra-me as missões dos Comandos Ingleses…
Porque é que ninguém fala dos militares iraquianos capturados pelo exército dos EUA?
Pois é, vejam como é simples resolver este problema. É só a extrema esquerda e aos jornalistas deixarem de dar guarida ao terror. A grupos que combatem sem respeitar a Convenção de Genebra.
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Para o João Miranda;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_penal_do_inimigo
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#8 João Luís Pinto
Tem razão o patriot act não tem com caso.
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Yes he can!
Barack Obama décrète la fermeture du camp de Guantanamo
Jeudi 22 janvier 2009
Le président américain, Barack Obama, décrète la fermeture du centre de détention de Guantanamo dans un délai maximum d’un an. Il impose aussi aux États-Unis de respecter les conventions de Genève sur les prisonniers de guerre.
http://www.france24.com/fr/20090122-Etats-Unis-Guantanamo-centre-detention-fermeture-an-Obama
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