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Candices II

4 Fevereiro, 2009

Quem é que vão nomear para dirigir o inquérito interno? A Dra Cândida Almeida ou a Dra Maria José Morgado?

16 comentários leave one →
  1. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    4 Fevereiro, 2009 10:20

    Essas é que são as bananas da República?

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  2. cão-tribuinte's avatar
    cão-tribuinte permalink
    4 Fevereiro, 2009 10:21

    as rainhas vão nuas.
    naquela idade é um triste e indecoroso espectáculo

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  3. Desconhecida's avatar
    rxc permalink
    4 Fevereiro, 2009 11:37

    Eu gostava era de ver um post do Miranda sobre o aumento de criminalidade de 2008 (agora confirmado, segundo os relatórios oficiais), que tanta indignação originou por alturas do Estio. E já agora que se faça uma comparação com os dados da última década, para termos alguma perspectiva…

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  4. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 12:14

    Normalmente faz-se assim:

    As regras de funcionamento do MP são rígidas, porque o estatuto não é flexível. Portanto, quem tem poder de fiscalização do MP não é o PGR ao contrário do que muitos pensam. É o Conselho Superior do MP, tal como no caso dos juízes é o Conselho Superior da Magistratura.

    O MP, tal como os juízes, não são meros funcionários públicos que têm um chefe de repartição, de serviço, regional e por aí fora. Na verdade, tem superiores hierárquicos que tomam conhecimento das coisas ( quando tomam…) e se forem de relevo comunicam-nas ao CSMP. Em Lisboa, há toda essa cadeia hierárquica. Ninguém fala da Francisca Van Dunem ( que foi directora do DIAP antes da Morgado e agora é a dirigente máxima do MP, depois do PGR), mas a RTP2 no outro dia mostrou o seu lado humano, ligado afectivamente a Angola.

    Assim, resumindo e concluindo: é o CSMO que vai decidir se irá existir um inquérito ( sim que estas coisas têm de ser feitas num processo, com todas as burocracias inerentes) ou se vai apenas existir uma averigação em modo de prè-inquérito.
    Para tal, é o CSMP ( não é o PGR que para isso não tem poder suficiente, porque não é o chefe do MP como alguns pensam) que vai determinar qual a pessoa para dirigir essa averiguação. Li hoje que o advogado João Correia que faz parte do CSMP ( tal como o deputado do PS Ricardo Rodrigues e outros), requereu uma averiguação e o CSMP vai ponderar a nomeação de um inspector para o efeito.

    Parece-me bem e assim é que estará correcto: um inspector é alguém habituado a olhar para os processos dos magistrados e conhece as rotinas e manhas também.
    Esperemos que seja um inspector dos verdadeiramente independentes de si mesmos. Há poucos, mas há.

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  5. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    4 Fevereiro, 2009 12:31

    A propósito do comentário do José:

    http://www.pgr.pt/CSMP/pg_composicao.html

    Se bem percebi, os membros do CSMP externos ao Ministério Público estão minoria. E dessa minoria uma parte são nomeados pelo Governo e pelo PS.

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  6. OLP's avatar
    OLP permalink
    4 Fevereiro, 2009 12:32

    Se for a Mizé até aposto que vai arrolar a Carol como testemunha vital para o processo. Depois o facto de levar uma rebocada em julgamento e considerarem a testemunha de má-fé já não interessará para nada.
    Entretanto como a senhora sonha em voz alta, lá vai o fiscalista dar umas dicas da cabala que está a ser montada.
    Sim que isto de promíscuidades municipais/regionais/futeboleiras com pgrs-adj é com ele, mas na zona metropolitana da capital só podem ser forças ocultas e campanhas negras.

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  7. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 13:09

    De facto, em 19, sete são exteriores à corporação. E chegam bem. O PGR é nomeado pelo PR, sob indicação do PM.

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  8. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 13:12

    Não pode ser Mizé nenhuma porque a Mizé não é inspectora. E não pode ser ad hoc.

    Os inpectores do MP estão identificados no site. Sabe-se quem são, de onde vêm e para onde vão, todos os anos, porque o plano das inspecções ( a verdadeira avaliação dos magistrados, como os professores universitários não têm), é publicado com antecedência, para não haver surpresas desagradáveis.

    Os magistrados do MP e judiciais, são inspeccionados ao serviço que fazem regularmente ( três em três anos) ou antes se necessário for, caso haja problemas graves reportados.

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  9. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 13:17

    Além disso, o CSMP, tal como o CSM é um órgão de gestão e disciplina dos quadros do MP ( faz os movimentos anuais, conforme regras por todos conhecidas, porque os magistrados são inamovíveis, não poderm ser obrigados a sair de um lugar sem ser pelas tais regras – daí termos que gramar com a Cândida e outras).
    P CSMP tem competências definidas nesses campos e nas reuniões pode discutir-se se tal não estiver agendado, comportamentos e actos de magistrados que sejam públicos e reconhecidos como tal, ou seja que vinculem a magistratura.

    Daí o relativo anonimato de alguns magistrados…o que é aconselhável e até obrigatório, para não comprometer a corporação.

    No entanto, capar o direito de expressão das pessoas que também são magistrados na profissão, é inconstitucional.

    Não é?

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  10. Desconhecida's avatar
    José Barros permalink
    4 Fevereiro, 2009 14:39

    No entanto, capar o direito de expressão das pessoas que também são magistrados na profissão, é inconstitucional. – José

    Não sei se é inconstitucional. Possivelmente.

    O problema é que, quando fala ou quando intervém na vida pública, um magistrado perde a imagem de imparcialidade que necessariamente lhe tem de estar associada.
    Perdendo essa imagem, toda a gente deixa de acreditar na sua capacidade para decidir com independência. É por isso que ninguém acredita na Cândida Almeida ou na Maria José Morgado, porque quem as lê ou ouve, sabe que têm inclinações políticas, têm circuitos de amizades, etc, etc…

    Preferia os juízes à antiga que durante carreiras inteiras ao serviço da magistratura não falaram uma única vez para um jornal ou televisão, não pertenceram a quaisquer organizações secretas, não foram a jantares de convívio partidários, não integraram os órgãos de justiça do futebol profissional, não assistiram a jogos nos camarotes dos clubes ao lado dos dirigentes, em suma, que abdicaram de uma vida pública para manter uma imagem de integridade não só de si mesmos como também da magistratura. Desses – é garantido – podia-se dizer que eram incompetentes, mas, pelo menos, mais difícil afirmar-se que seriam influenciáveis ou pressionáveis ou que tinham uma agenda própria.
    Precisamente, porque se afastavam voluntariamente de todas essas tentações.

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  11. Piscoiso's avatar
    4 Fevereiro, 2009 14:49

    Qualquer magistrado pode intervir anónimo, com um nick, que até pode ser “magistrado”.

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  12. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 15:47

    “Preferia os juízes à antiga”. “O problema é que, quando fala ou quando intervém na vida pública, um magistrado perde a imagem de imparcialidade que necessariamente lhe tem de estar associada.”

    Juízes à antiga conheci eu vários. Não eram nem melhores nem piores do que os novos.

    Possivelmente, alguns mesmo à antiga eram bem piores. Não é esse o problema, mas ele reside naquilo que escreveu a seguir, ou seja, na vinculação dos magistrados ( principalmente os juízes) a afectos declarados. Os afectos devem ter-se mas no caso dos juízes devem ser reservados para que todos possam pensar que o julgamento dessa pessoa ( individual) pode ser isento e imparcial. Pode ser um mito, como acredito que seja, mas é um daqueles mitos que faz bem cultivar.

    Quanto ao resto, à perda de independência por intgervenção na vida pública, é um facto mas não em relação aos processos concretos.
    Aí é que se vê realmente se perdem ou não a independência. E aí, contra factos não há argumentos.

    Como já escrevi, a imparcialidade pratica-se. Não se proclama apenas. Vê-se quando existe e também se vê quando não existe.

    É por isso irrelevante que um magistrado se diga de Esquerda ( como essas todas o fazem) ou até apoiem um candidato de Esquerda tipo Soares ( como elas o fizeram), se na prática demonstrarem que são independentes de espírito e eticamente aperfeiçoadas.

    É tudo uma questão de prática concreta.

    Até porque os actos e atitudes gritam mais que qualquer proclamação grandiloquente de independência. Geralmente quanto maior a proclamação, menor ela será…

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  13. Desconhecida's avatar
    4 Fevereiro, 2009 15:49

    Concordo em absoluto com o José Barros.
    Ou então vire-se tudo, acabe-se com as togas e becas e aquelas encenações que são os julgamentos.
    Os juízes passam a ter dois cestos “in” e “out”, como qualquer escritório, e ao fim da tarde a secretária vai buscar as sentenças ao cesto “out”.

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  14. Desconhecida's avatar
    José permalink
    4 Fevereiro, 2009 15:49

    Quanto à exposição pública, depende da qualidade.

    Se for tipo Eurico dos Reis ou Rui Rangel, é melhor probir qualquer manifestação pública: só desprestigia. Quase sempre.

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  15. Desconhecida's avatar
    José Barros permalink
    4 Fevereiro, 2009 19:10

    Se for tipo Eurico dos Reis ou Rui Rangel, é melhor probir qualquer manifestação pública: só desprestigia. Quase sempre. – José

    Nisso, perfeitamente de acordo.

    Mas é necessário pensar no seguinte: o que motiva as intervenções públicas desses magistrados? Quase sempre me parece ser uma ânsia de protagonismo ou a ambição de carreira, promovida por tais intervenções. Ou seja, motivos pessoais que se traduzem não só na imagem da justiça, como na sua própria concretização na vida quotidiana dos tribunais. Quem se preocupa tanto com a sua imagem adequa o seu trabalho ao “politicamente correcto”, às ânsias momentâneas da turba, através de decisões para emoldurar. É isso que se perdeu nas magistraturas nos últimos anos: a humildade e a dedicação à causa.

    Perfeitamente de acordo quanto ao resto. Não disse que os antigos magistrados eram melhores. Provavelmente não seriam. Tinham, isso sim, uma postura que me parece mais adequada à profissão. F
    Felizmente, ainda prevalecente, tendo em conta que “mediáticos” são apenas uma meia dúzia.

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  16. Fernanda Valente's avatar
    4 Fevereiro, 2009 19:42

    10. José Barros

    Um óptimo comentário.

    Em contraponto, é caso para dizer: “It’s democracy stupid!”

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