Saltar para o conteúdo

Dos crimes especiais

22 Fevereiro, 2009

Violência doméstica é um crime (quase) sem castigo

Olha, afinal a violência doméstica recebe o mesmo tratamento que a corrupção, a violência não doméstica, o roubo etc.

Mais incrível: só 2% dos casos é que são provados em tribunal. Devia haver condenação obrigatória nos casos de violência doméstica.

29 comentários leave one →
  1. tina's avatar
    22 Fevereiro, 2009 19:54

    Tem razão, em Portugal, nunca nenhum criminoso é punido de nada. Andam por aí todos à solta, pedófilos, corruptos, criminosos… O último estudo das Nações Unidas, mostra que Portugal em 2005/2006 teve uma das taxas mais elevadas de homicídios da Europa “Entre os 22 países da União Europeia (UE) que aparecem no documento das Nações Unidas, Portugal ocupa o quarto lugar, atrás da Lituânia (8,13 homicídios por 100 mil habitantes), Estónia (6,79) e Letónia (6,47), todos localizados no Leste europeu.”

    A justiça em Portugal é simplesmente inexistente.

    Gostar

  2. Marcio Martins's avatar
    Marcio Martins permalink
    22 Fevereiro, 2009 20:02

    Não conseguiu retirar mais nada da noticia para além do que refere no seu comentário, João Miranda?
    A violência doméstica tem de ser tratada como um crime especial, porque de facto
    e um crime especial. Nem que seja pelo simples facto de até há bem pouco tempo ser considerada por muito boa gente, um “direito” adquirido pelo casamento. O rácio entre denúncias e nº de ocorrências não é semelhante aos outros crimes, assim como o rácio entre denúncias e nº de condenações.
    As afirmações que por vezes faz, desculpe que lhe diga, têm um pesado trago de desonestidade intelectual. E olhe que a maioria das vezes admiro a rectidão do raciocinio lógico e dedutivo com que apresenta os seus argumentos.
    E exactamente o quê queria provar ou sugerir com o seu comentário?

    Gostar

  3. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Fevereiro, 2009 20:07

    ««A violência doméstica tem de ser tratada como um crime especial, porque de facto e um crime especial.»»

    Creio que esse novo princípio jurídico não levará a justiça muito longe.

    ««O rácio entre denúncias e nº de ocorrências não é semelhante aos outros crimes, assim como o rácio entre denúncias e nº de condenações.»»

    Se calhar é porque muitas das denúncias são forjadas. Já pensou nisso?

    Gostar

  4. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Fevereiro, 2009 20:17

    desculpem a intromissão , mas não é não , JM , há é muitas “ocorrências” que não são denunciadas , e muitas denuncias/queixas que são retiradas porque entretanto fazem as pazes , ou lá o que é , e não chegam a tribunal.

    Gostar

  5. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Fevereiro, 2009 20:26

    ««desculpem a intromissão , mas não é não , »»

    Não é o quê?

    ««há é muitas “ocorrências” que não são denunciadas»»

    Como é que pode saber isso?

    ««e muitas denuncias/queixas que são retiradas porque entretanto fazem as pazes»»

    ou seja, são queixas que os próprios queixosos não levam a sério.

    Gostar

  6. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Fevereiro, 2009 20:28

    #3 – conversa de quem arreia na mulher.

    Gostar

  7. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Fevereiro, 2009 20:32

    #6 A sua conversa é de quem não tem grandes argumentos, mas tem muitas convicções moralistas.

    Gostar

  8. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Fevereiro, 2009 20:42

    #7 posso não ter grandes argumentos, mas a sua conversa é igual à dos acusados de violência doméstica. bater? eu? é mentira.

    Gostar

  9. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Fevereiro, 2009 20:57

    ««#7 posso não ter grandes argumentos, mas a sua conversa é igual à dos acusados de violência doméstica. bater? eu? é mentira.»»

    É o que eu digo. É preciso fazer uma lei que condene, sem julgamento, todos os acusados de violência doméstica. Assim não há risco nenhum de não serem condenados.

    Gostar

  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Fevereiro, 2009 21:07

    #9 É preciso fazer uma lei que condene, sem julgamento, todos os acusados de violência doméstica.
    óh joão miranda você não tá bom da bolha. condenação sem julgamento?

    Gostar

  11. Piscoiso's avatar
    22 Fevereiro, 2009 21:22

    É uma condenação política.

    Gostar

  12. Marcio Martins's avatar
    Marcio Martins permalink
    22 Fevereiro, 2009 21:27

    JM:
    Não é um princípio novo. As autoridades policiais e judiciais tratam certos crimes (quer pela sua gravidade quer pelo seu potencial de perturbação da ordem publica) de modo mais diligente que os restantes crimes. Os próprios meios alocados à investigação de determinado crime está exactamente dependente do tipo de crime que se quer investigar. Pode ser um princípio que não esteja enunciado na lei. Mas é um princípio praticado diariamente.
    Se calhar, os rácios deste crime são o que são pelo que diz: a maioria das queixas são falsas (feitas por mulheres ou homens que nunca foram agredidos e que apenas querem difamar o companheiro). Ou não. Se calhar são como são porque é um crime praticado dentro de portas. Praticado contra indefesos e desprotegidos. Em que as vitimas são agredidas por quem os deveria amar. Longe de tudo e de todos. Porque todos sabemos: entre marido e mulher ninguém mete a colher. Porque é um crime diferente. Tal como por exemplo os abusos sexuais de crianças praticados por familiares directos. Ou a alta corrupção. São diferentes. Têm de ter um tratamento diferente. Um acompanhamento diferente. Uma investigação diferente. Para que, mesmo se não for a colher, alguém se meta à frente do marido que bate na mulher.
    E com isto não defende condenações sem provas ou sem julgamentos. Muito menos a condenação de inocentes. Apenas defendo um tratamento diferenciado. Porque é diferente. Mas ainda não entendi, perdoe-me, o que pretendia com o post.

    Gostar

  13. tina's avatar
    22 Fevereiro, 2009 22:32

    “E com isto não defende condenações sem provas ou sem julgamentos. Muito menos a condenação de inocentes.”

    É o problema da justiça em Portugal, com tanto medo de condenar inocentes, acaba por deixar os culpados à solta que invariavelmente reincidem nos seus actos criminosos. Um homem bate numa mulher, ela queixa-se à polícia mas não adianta nada, ele volta a bater-lhe até que um dia a mata. Acredito que muitas mortes teriam sido evitadas se a polícia ou a justiça intervissem mais.

    Gostar

  14. Marcio Martins's avatar
    Marcio Martins permalink
    22 Fevereiro, 2009 22:49

    É um lugar comum, Tina, mas não deixa de ser verdade: que se deixem livres 100 culpados se isso significar que um inocente não é condenado.
    Não é preciso ser intransigente perigosamente com o crime. Basta não fechar os olhos ao que tão flagrantemente surge aos olhos de todos, todos os dias.

    Gostar

  15. tancredo's avatar
    tancredo permalink
    22 Fevereiro, 2009 22:50

    Para quem como o JM, defende o direito dos arguidos até ao limite, até parece anedota.O Hugo Chavez não diria melhor.Coerência Sr.JM, coerência.Quem assim verbaliza só pode ser colunista de ficção/humor.

    Gostar

  16. Desconhecida's avatar
    Paulo Quintela permalink
    23 Fevereiro, 2009 01:25

    #9 JoaoMiranda disse
    É o que eu digo. É preciso fazer uma lei que condene, sem julgamento, todos os acusados de violência doméstica. Assim não há risco nenhum de não serem condenados.

    #10 Anónimo disse
    óh joão miranda você não tá bom da bolha. condenação sem julgamento?

    Parece incrivél mas é verdade.
    Veja a seguinte resposta

    #12 Marcio Martins disse
    J M: Não é um princípio novo.
    As autoridades policiais e judiciais tratam certos crimes (quer pela sua gravidade quer pelo seu potencial de perturbação da ordem publica) de modo mais diligente que os restantes crimes.

    Como vé anónimo(a) 10, não é um principio novo.
    Marcio Martins vai mais longe e diz mesmo que nestes casos nem se deve cumprir a lei (pelo que percebo do seu discurso, mas se não for isto, diz que há casos de tribunal e policia em que não se cumpre a lei). Leia :

    #12 Marcio Martins disse
    Pode ser um princípio que não esteja enunciado na lei. Mas é um princípio praticado diariamente.

    Como vé, há princípios que não estão na lei mas que policias e tribunais fazem.
    Isto de acordo com Marcio Martins, defensor de “principios” assim para a violencia doméstica.
    Como tal, Anónimo #10, quando João Miranda afirma que o que se quer é condenar homens sem julgamento, não é falso. Já duas pessoas o defenderam aqui.
    E pode ver que há mais.

    Gostar

  17. Marcio Martins's avatar
    Marcio Martins permalink
    23 Fevereiro, 2009 01:32

    Paulo Quintela,

    Não é nada disso que defendo. Terá sido falha da minha capacidade de me exprimir certamente. Ou então foi o senhor que leu aquilo que queria lá ver escrito. Que seja.
    Mas o que disse foi que NÃO defendo condenações sem provas e julgamento. Até digo que prefiro 100 culpados livres que um inocente preso.
    No entanto, desconfio que diga eu o que disser o senhor Quintela vai aqui ler o que lhe convier. Que lhe saiba.

    Gostar

  18. anti-liberal's avatar
    anti-liberal permalink
    23 Fevereiro, 2009 04:17

    Numa conversa, um tipo diz:
    – Quando chego a casa dou sempre umas chapadas valentes à minha mulher…
    O outro, espantado, pergunta-lhe porquê.
    – Ah isso não sei, mas ela sabe…

    Gostar

  19. tina's avatar
    23 Fevereiro, 2009 08:58

    “Até digo que prefiro 100 culpados livres que um inocente preso.”

    Essa atitude é que traz negligência ao sistema. Não se esqueça ´de que os 100 culpados livres vão vitimizar mais de 100 inocentes. Portanto, o Marcio no fundo está a dizer “Prefiro 100 culpados livres, a 100 inocentes vitimizados”. Não está? Vê, é diferente. Mas é assim que se deve encarar uma investigação criminal para haver esforços reais para se prenderem os verdadeiros criminosos. A atitude típica portuguesa dos brandos costumes está a tornar-se nociva à sociedade. Portugal agora é um dos piores países europeus em número de homicídios e o número de mulheres mortas por violência doméstica tem aumentado exponencialmente.

    Gostar

  20. tina's avatar
    23 Fevereiro, 2009 10:12

    Correcção “Prefiro 100 culpados livres e 100 futuras vítimas a um inocente preso”

    Gostar

  21. Marcio Martins's avatar
    Marcio Martins permalink
    23 Fevereiro, 2009 12:10

    Tina,

    Concordo consigo: deve ser feito um imenso esforço para julgar e condenar os verdadeiros culpados. Mas olhe, acho mesmo o que tambem lhe disse: prefiro 100 culpados soltos do que um inocente preso. E com isto não acho nada que esteja a ser brando. Acho é intolerável um sistema que permita que um inocente seja julgado e condenado por algo que não fez. O Pedro Rolo Duarte há uns tempos pos a questão da maneira correcta: não consegue deixar de pensar “e se fosse eu o inocente?”

    Gostar

  22. OLP's avatar
    OLP permalink
    23 Fevereiro, 2009 12:46

    ” Eu cá pra mim” preferia todos os 100 culpados presos e o inocente solto.
    Mas também sei que não há actividade humana que não contenha erros.
    Não posso é soltar á priori 100 culpados só porque tenho a hipótese de errar num inocente.
    Estas tiradas bonitas deviam ter uma implicação. As 100 vitimas dos culpados soltos (por causa do possivel inocente preso)deveriam ser os apologistas de tais tiradas lindas.

    Gostar

  23. tina's avatar
    23 Fevereiro, 2009 13:23

    “Acho é intolerável um sistema que permita que um inocente seja julgado e condenado por algo que não fez.”

    Esta não é uma questão real. O que parece estar a acontecer é que quando há 99% de provas o culpado ainda não é preso porque há 1% de dúvida. Ora, esse 1% devia ser equacionado com a probabilidade de haver mais vítimas se essa pessoa for solta. Os pruridos morais de uns, acabam sempre por vitimizar os outros. Enquanto não se estiver sob ameaça directa, as decisões são sempre tomadas de ânimo mais leve.

    Gostar

  24. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 15:34

    “Justiça lenta implica que todos os casos de corrupção para acto lícito prescrevem. Estamos perante a legalização da corrupção.”

    Devia haver condenação obrigatória nos casos de corrupção para acto lícito.

    Gostar

  25. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 15:38

    “ou seja, são queixas que os próprios queixosos não levam a sério.”

    Nao podes estar a falar a serio Joao…

    Um gajo arreia na mulher..passados dois dias leva-a ao restaurante, promete que nao volta a acontecer…passado uma semana volta ao mesmo…Ha mulheres que caiem neste circulo vicioso.

    queixas que os próprios queixosos não levam a sério?

    Percebo que nunca tenha passado por isso. Mas nao venha para aqui com a sua ignorancia despejar absurdos.

    Gostar

  26. Desconhecida's avatar
    Gandalf permalink
    23 Fevereiro, 2009 16:43

    Porque às vezes não se tem noção do que se passa na realidade, deixo-vos um relato geral e cronológico da fase de julgamento nos crimes de maus tratos (hoje violência doméstica):
    – Marcado o julgamento, a vítima vem desistir da queixa;
    – Juiz não admite a desistência de queixa, por inadmissibilidade legal;
    – Começada a audiência, o arguido (refiro-me ao género masculino, por ser o mais usual), exerce o seu direito a não prestar declarações;
    – A vítima (actual ou ex-mulher ou companheira) recusa-se a prestar depoimento, nos termos do disposto no art. 134º, nº 1, alínea b), do CPP;
    – Os filhos do casal, normalmente as únicas testemunhas presenciais, recusam-se a prestar depoimento, nos termos do disposto no art. 134º, nº 1, alínea a), do CPP;
    – Caso existam outras testemunhas que não se enquadrem no disposto no art. 134º do CPP, refugiam-se numa conveniente falta de memória em relação aos factos em discussão;
    – Alegações orais;
    – Juiz profere sentença absolutória para a acta».
    Não quer isto dizer que todos os julgamentos decorrerão desta forma, mas a esmagadora maioria será certamente assim (fala-vos quem já presidiu a muitas dezenas de julgamentos pela prática de tal crime).
    Tal realidade, de que têm conhecimento todos os juízes que desempenham funções na jurisdição criminal, pesará também num momento anterior no subconsciente do JIC, pelo que a sua função é extremamente ingrata e a decisão (para mais tomada em cima do acontecimento) especialmente difícil:
    Com efeito, nas situações de maior perigosidade do agente (aferida nomeadamente – mas não exclusivamente – através da gravidade das agressões e do historial relacional),entendo que o JIC deve determinar a prisão preventiva, pois a medida de afastamento da habitação não será suficiente para afastar o perigo de continuação da actividade criminosa, até com efeitos porventura mais gravosos (a morte).
    Mas a verdade é que ainda que o arguido fique preso preventivamente, continuam a ser grandes as hipóteses do seu julgamento decorrer nos moldes que descrevi, conduzindo à sua absolvição.
    É óbvio que a prisão preventiva determinada não foi ilegal, nem teve por base qualquer erro grosseiro, pois estavam reunidos todos os seus pressupostos. Mas a verdade é que esteve privado da liberdade alguém que vem a ser absolvido.
    Por isso, deixo aqui um desafio, que muitos (sobretudo os desconhecedores da realidade prática) considerarão uma heresia: e se se determinasse por via legislativa que o art. 134º, nº 1, alínea b), do CPP,é inaplicável quando a testemunha seja a própria vítima?

    Gostar

  27. tina's avatar
    23 Fevereiro, 2009 18:36

    “Mas a verdade é que esteve privado da liberdade alguém que vem a ser absolvido.”

    Mas ele mereceu essa prisão preventiva, não é nenhuma injustiça. Aliás, a vítima, uma vez feita a queixa, já nem deveria ser preciso depor novamente. Se está sob constante ameaça, como se pode agora esperar que torne a sua vida mais perigosa? Os filhos também deveriam ser considerados como vítimas de violência emocional. O Estado deveria interferir mais de forma a diminuir o abuso de pessoas fracas e vulneráveis às mãos de brutamontes. De toda a maneira foi bom ler o seu testemunho de que neste caso a impotência do sistema de justiça se deve à lei actual.

    Gostar

  28. Ana's avatar
    Ana permalink
    11 Março, 2009 20:40

    Tina,
    Há claramente duas correntes, duas conversas paralelas. Uma sobre o estado de direito, sobre o funcionamento de uma sociedade assente em leis, e com um funcionamento próprio, e uma segunda sobre princípios morais. Nem sempre coincidem. Penso que a maior parte das leis é feita a pensar em quando as coisas correm tudo preto no branco, mas reservando espaço de manobra a quem as aplica para quando as coisas caem no cinzento. Acredite ou não, este é o maior número de casos. É por isso que tem de se respeitar acima de tudo a lei, fazendo o que ela diz. Isto por vezes leva-nos a paradoxos difíceis de compreender, como o facto de ser errado prender preventivamente uma pessoa que apesar de vir a ser absolvido sabemos ser culpado. Ainda pior se falarmos de um princípio basilar da nossa sociedade, que é exactamente o preferir soltar 100 culpados do que prender um inocente. “Preferir” é uma palavra ingrata, porque no fundo o que preferimos todos é prender os culpados e libertar os inocentes. Mas para que a justiça funcione temos que eliminar ao máximo o risco de condenar injustamente inocentes. Não podemos, como sugeriu, começar a fazer julgamentos ad-hoc, ou eliminá-los, como na China, já viu as trevas para onde atitudes dessas nos levariam? O valor liberdade, direito à defesa, etc seriam eliminados do nosso dicionário, pois para eliminarmos os direitos dos agressores teríamos que eliminar os de todos nós: infelizmente para nos distinguirmos entre nós não é fácil, eles não têm cornos nem patas de cabra para os identificarmos melhor. Temos que esperar que seja produzida prova em tribunal.
    O que temos de criar é infra-estruturas para as vítimas de violência doméstica se poderem refugiar, fundos para se manterem e às suas famílias enquanto o processo segue o seu caminho e protegê-las o melhor possível.
    Tina, digo-lhe por experiência própria que de apontadora de dedo a vítima vai um passo pequeno e aprendemos com as nossas intransigências. Faço parte da luta contra a violência doméstica de todas as formas que me é possível. Há pouco tempo assisti incrédula a uma situação que me fez passar a ter cautela com os julgamentos precipitados. A ex-namorada de um amigo, mãe do seu filho, apresentou queixa contra ele depois de terem tido um arrufo. Ela bateu-lhe, arranhou-o, ele agarrou-a, empurrou-a. Não há de ter sido bonito, mas não era nestas situações que pensava quando falava de violência doméstica: perderam a cabeça, os dois. Já me aconteceu. É óbvio que as consequências de ele a empurrar não são iguais às de ela lhe morder, mas enfim. Ia dar-se a regulação do poder paternal e acho que ela aproveitou. Ele confessou tudo, sente-se culpado, pois…E ela abusou dessa culpa fazendo engrossar estatísticas em que relatos falsos e omissões de queixa se devem compensar uns aos outros. Continuo a fazer o q posso para ajudar vítimas em risco, mas cada vez mais acredito que cada queixa falsa apresentada devia ser punida com a mesma pena a que o dito agressor se arriscava. A existência destes cinzentos, Tina, e o facto de um dia podermos ser nós, faz com que tenhamos de nivelar tudo por cima, fazer tudo com cuidado, com justiça, para não começarmos a regredir e qualquer dia voltarmos a institucionalizar a pena de morte.

    Gostar

  29. João Ribeiro's avatar
    João Ribeiro permalink
    17 Junho, 2012 13:24

    Muito se fala de violência doméstica, mas na verdade quer se queira ou não muitas delas são falsas, e não me venham com histórias é uma lei discriminatória e só sensivel para a mulher, até a própria campanha contra a violência
    doméstica só aparece a cara da santinha da mulher como se o homem não fosse vitima dessas santas. Esta lei veio
    mesmo calhar pois é um tacho para muitos técnicos que de outra forma estavam no desmprego. Até a profissão
    de “assistente social” me faz confusão nem entendo o que é e para que serve, alguém me sabe explicar? E os psicologos
    que trabalham nestas casas? Esta lei foi feita para dar emprego a esta gente. Quando alguma mulher pede refugio
    numa destas casas de abrigo, a primeira coisa que lhes dizem é apresente queixa na policia, a segunda é não contacte
    mais o seu companheiro ou familiares dele insinuando para arranjar outro como, tem de começar uma nova vida.
    A partir deste momento começa o martirio do homem especialmente se tiver filhos menores porque esta senhoras
    vão fazer tudo para que ele não veja mais os filhos inventando mentiras tecendo relatórios tenebrosos para os
    tribunais que até os juizes se assustam. Escrevem sobre quem nunca viram nem falaram, fazem violência com as
    crianças não as deixando ver os pais e vice versa elas se consideram donas de pessoas. Mesmo quando o tribunal
    delibera para o pai ir ver a criança elas constroiem logo uma tragédia só para que o progenitor nem se aproxime
    da criança. Isto só com a finalidade de terem protagonismo, nós fazemos falta estamos cá e muito atentas para
    proteger todo o mundo menos o homem esse é considerado demónio tem que arder na fogueira, até parecem a
    inquisição do século XXI. Se fossem estas esta pessoas a mandar isso eu garanto já não havia homens. Eu próprio
    sou vitima destas senhoras, imaginem que dizem que sou tão perigoso que nem o estado de saúde de minha filha eu
    posso saber, e elas tem uma lábia para os tribunais que estou sem ver minha filha fez 16 meses só porque em Portugal a justiça são esta gente e tudo porque minha companheira queria fugir para o estrangeiro com minha filha eu não assinei
    ela foi mais esperta fugiu de casa com a criança a presentando uma falsa queixa crime. Na verdade a justiça funciona tão
    bem que eu ja estive em 4 audiências e a senhora faltou durante 16 meses a senhora que devia ser a interessada que
    se faça justiça até agora nunca apareceu porque é muito séria.

    Gostar

Deixe uma resposta para JoaoMiranda Cancelar resposta