Dia a dia isto torna-se normal
27 Fevereiro, 2009
Instalações sanitárias duma escola no centro de Lisboa. Mas o que enerva os alunos é não terem Magalhães. Instalações sanitárias neste estado de degradação e desleixo são uma coisa normalíssima. Quiçá arte
15 comentários
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Estamos tão habitudos a “viver” de cócoras, há tanto e longo tempo, que não conseguimos mais valorizar uma simples latrina, ainda que de porcelana feita…
Alguém o disse – “a civilização começou com a escova de dentes”! Isto, a ser verdade, quem precisa de escolas asseadas?!…
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Agora é moda pôr fotos no Magalhães.
O assunto fica com relevância.
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Bom post, no blog “Lisboa S.O.S.”
A utilização do ‘Magalhães’ é óptima, não só para a denúncia do facto, mas também como ironia face ao que aconteceu recentemente em Torres Vedras !
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Vejam lá que até para tratar das sanitas é preciso ir lá o PM pessoalmente, porque não existe mais ninguém no país para tratar do assunto. Não existe ninguém nas escolas.
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Devem ser todos inaptos nessa escola para resolver o problema da sanita. A unica coisa que sabem fazer é tirar uma foto.
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Mas a escola até está em obras.
Neste estado há muitas.
Concordo com quem acima questionou se nesta escola não há capacidade para resolver este problema. O dinheiro, é certo, não é muito, mas arranjar um WC não deve ser muito caro.
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portugal, os governante, o magalhães
são uma cagada
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A perspectiva de se poder ter acesso a outras formas de conhecimento que não seja a que nos é permitida pelo meio restrito onde vivemos, torna perfeitamente secundário o local onde nos deslocamos para cumprir com as nossas necessidades mais básicas.
O ser humano tem uma grande capacidade de adaptação no que diz respeito ao lado prático da vida, mas reage mal quando lhe são fechadas as portas que o podem levar a ter uma maior compreensão do sentido da sua própria vida.
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demagogia HM, demagogia.
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demagogia HM, demagogia
Nem siquer Anónimo, nem siquer isso. Esta é ja daqueis que nao consiguem enganar a ninguém…
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Que autonomia?
O episódio de Paredes de Coura é apenas mais um em que, bem ou mal, os órgãos de gestão da escola tomaram decisões que são atropeladas por intervenção directa, intimidatória e com um suporte legal nulo ou, num mínimo generoso, muito escasso.
Um dos temas mais glosados nos últimos 10-15 anos em matéria de educação tem sido o da autonomia.
Foi explicitamente em sua honra que foi elaborado e publicado o Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, não por acaso baptizado como do «regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário».
E foi também em homenagem da autonomia enquanto panaceia miraculosa para todos os problemas da Educação, sejam eles de gestão ou quaisquer outros, que dez anos depois nasceu o Decreto-Lei 75/2008, cujo intróito é um naco de prosa digno de figurar nos anais de uma Mítica História da Educação Ideal.
O problema é que a autonomia em causa é um paradoxo se analisarmos, à mediana distância do nosso olhar, quer o processo pelo qual foi decretada, quer o conteúdo legislado.
No primeiro caso (a forma), temos um Estado central aparentemente eivado de um profundo espírito descentralizador, que afirma querer atribuir maiores responsabilidades às unidades locais de ensino (escolas ou agrupamentos), em nome de uma maior eficácia e qualidade da gestão. Só esta ideia, conhecendo nós o país que temos, os políticos disponíveis e os vícios instalados, fará sorrir o menos distraído.
No segundo (o conteúdo), temos que por «autonomia» se concebe um modelo de gestão que passou de duas hipóteses possíveis (diploma de 1998) para um modelo único (o de 2008), em que todos os detalhes são previstos até à vírgula mais rebuscada, à alínea mais remota – o artigo 13.º vai até à alínea p) e o 33.º até à n) – quando não mesmo até à unidade mais ínfima passível de ser regulamentada.
Sejamos claros e sinceros: em nome de uma abertura dos estabelecimentos de ensino à comunidade, por via da constituição do conselho geral, e de uma maior responsabilização das lideranças, por via do modelo único do director, o que está em causa é o estabelecimento de uma cadeia hierárquica de comando para a imposição das medidas emanadas da 5 de Outubro com o menor número possível de obstáculos e a maior facilidade em apontar o dedo e castigar os elementos menos dóceis no cumprimento de tal missão.
Os tempos recentes são bem sintomáticos do ponto a que chegou o desfasamento entre a retórica e a prática da autonomia, assim como das ocasiões em que ela funciona como mero álibi para a desresponsabilização da tutela política quando os problemas são mais incómodos.
Temos por um lado a recorrente prática de serviços centrais e regionais do Ministério intervirem, sempre que isso lhes interessa, na vida quotidiana das escolas através de despachos, portarias, circulares, instruções escritas, telefonadas ou enviadas por correio electrónico em qualquer horário e dia, reduzindo qualquer margem de autonomia ao mínimo denominador possível. O caso da DREN é apenas o mais visível, em grande medida por carência evidente de qualquer subtileza e da aparente desmedida confiança de que o abuso de poder passará sempre impune. O episódio de Paredes de Coura é apenas mais um em que, bem ou mal, os órgãos de gestão da escola tomaram decisões que são atropeladas por intervenção directa, intimidatória e com um suporte legal nulo ou, num mínimo generoso, muito escasso.
Por outro lado temos a desresponsabilização assumida pela tutela política em relação às consequências da não entrega dos objectivos individuais pelos docentes, no âmbito do processo de avaliação do desempenho, em que a autonomia já justifica que se lance para os órgãos de gestão o odioso de um tipo de decisão com um forte conteúdo polémico. E que se crie uma situação, de facto, de completa manta de retalhos quanto às soluções adoptadas, que as anónimas instruções da DGRHE não têm forma de ultrapassar.
Por isso, nos tempos que correm, o argumento da autonomia é um mero instrumento retórico, evocado quando interessa e esquecido quando atrapalha.
Por escassez de determinação exacta do que implica, a que se alia um desrespeito efectivo pela sua prática, ficamos sem perceber de que autonomia fala exactamente o Ministério da Educação quando a evoca de forma instrumental e casuística.
Será apenas da sua?
PG
http://www.educar.wordpress.com/
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Hehehehe. Excelentes imagens!E em breve o Magalhães vai-se degradar para ficar em sintonia com os cagalhães. Por mim o meu daddy ofereceu-me um Mac – oportunidades iguais para adultos e jovens, pois.
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Por mim o meu daddy ofereceu-me um Mac
também já fui desse clube. agora frequento a pizza hut. Hihihi…. com a idade passamos a ter um sorriso idiota. um ex-admirador do steve blowjobs.
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O blogue Lisboa S.O.S. é, para mim, de visita diária.
Se me pedissem legendas para estas fotos, apenas escreveria: VANDALISMO.
Como escreveu o comentador Daniel, a escola já está em obras. Interessante era fotografar os mesmos W.C. 3 meses depois das obras concluídas.
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Pais ingleses disputam as melhores escolas secundárias públicas para os filhos. 50% dos pais ficam com a a segunda escolha
Desde que foi instaurado, na Inglaterra, um sistema de livre escolha das escolas pelos pais que a disputa pelas melhores escolas públicas coloca os pais das crianças de 11 anos de idade à beira de um ataque de nervos. O sistema público de escolas é muito desigual. Há escolas públicas muito boas ao lado de outras péssimas. Esta semana, os pais das crianças de 11 anos de idade vão descobrir quais foram as escola secundárias que couberam em sorte aos filhos. Cerca de 50% dos pais não conseguem meter os filhos na primeira escolha. Há 20 candidatos para um lugar nas melhores escolas públicas inglesas. Os rankings têm destas coisas. Mais de 500 mil crianças de 11 ano de idade ficarão, na próxima semana, a saber qual a escola secundária que vão frequentar em Setembro de 2009. Com a crise económica a agravar-se, são cada vez mais os pais que não podem pagar as elevadas mensalidades das escolas privadas. É por isso que, este ano, a competição pelas melhores escolas públicas é maior.
http://www.profblog.org/2009/03/pais-ingleses-disputam-as-melhores.html
Em Portugal não há problema. O «Estado» é a grande «família». O «Estado» é que sabe!
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