O director que é director mas faz de conta que não é director*
Pode parecer complicado mas tal pessoa não só existe como esta contradição insanável entre os termos foi apresentada no PÚBLICO como uma revolução na educação. Por outras e mais directas palavras: as escolas públicas vão voltar a ter directores. Para mostrar os “riscos e as vantagens” desta mudança o jornal entrevistou o director da Escola Secundária de Paredes. Este encontra-se em exercício há um mês mas a placa na porta do seu gabinete indica Conselho Executivo e não Director. E segundo o director tal não acontece por acaso: “A palavra ‘director’ tem um peso histórico que perturba as pessoas“.
As mudanças que estão a ser efectuadas na gestão das escolas são demasiado importantes para que se faça de conta que não estão a acontecer. Há quem se oponha a estas mudanças. Há quem as defenda. O que não há é o direito de fazer de conta que essas mudanças não estão a acontecer.
Muito menos se entende como é que alguém se candidata a um cargo que depois receia ou tem vergonha de assumir tanto mais que essa ambivalência é meio caminho andado para o desastre. Parafraseando Ferreira Fernandes que ao assunto dedicou uma crónica no “Diário de Notícias” este director quer mandar mas não quer que digam que ele manda. Ou talvez queira fazer de conta que manda mas na realidade não manda. Enfim pode brincar aos directores que fazem de conta que são conselhos executivos ou vice versa. Escusava era de fazer disso uma actividade profissional.
PÚBLICO 26 de Fevereiro

No meu tempo existia o presidente do conselho directivo, e era uma pessoa respeitada e temida.
Hoje em dia, essa figura esbateu-se e parece que não tem rosto.
Chamem-lhe o que quiserem, mas acho que as escolas devem ter alguem temido, respeitado e que poem os meninos mais mal comportados na linha.
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“To be or not to be”…. o que é preciso é boa capacidade de liderança onde todos sintam confiança e caminho para o bem estar…
As palavras valem pelo que valem…
Director ou presiente, quando o caracter ´`e “sombrio” vai dar ao mesmo..
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“Chamem-lhe o que quiserem, mas acho que as escolas devem ter alguem temido, respeitado e que poem os meninos mais mal comportados na linha.”
Para isso qualquer polícia serve.
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O problema não são os meninos, são os paizinhos, que os deixam fazer tudo e não sabem impor regras. E como existem pais que se estão a cagar para a educação dos filhos e os deixam andar numa roda viva, talvez um pouco de autoridade não lhes faz mal.
Antigamente o pessoal ia à tropa e ali se faziam homens. Agora nem isso.
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Haver um director nas escolas vai no sentido correcto.Esse director é, em liguagem de gestão, um apaniguado da chamada “gestão colectiva”.O que está escrito na porta do gabinete é um índicio disso mesmo.Ou, não tendo essa percepção, se calhar é porque as suas prioridades são outras e ainda não teve tempo de mandar vir um serralheiro das novas oportunidades!
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Não sei se será melhor ou pior .O que sei é que tudo o que foi mudado nas escolas após o 25 de Abril por ser considerado ditatorial e anti-democrático ,está a voltar às escolas pela “mão” deste governo.
mfm
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Ui !!!!!
não ponha lá Director , homem …
parece coisa de Gauleiter … credo … ou Regedor
ainda temos o Alberto Martins … esse inútil palavroso a debitar cagadas de tretas sobre isso … como aquelas que lhe deram para viver á grande desde que afrontou o velhadas do Tomás … grande jogada pá !
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Não sei se hei-de rir, ou chorar…
Como é que uma pessoa que diz isto… pode estar a liderar, seja o que for ???
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Polícia? mas alguém teme um polícia?
Pode ter a certeza que os “meninos mal comportados” filhos de pais ainda pior sabem perfeitamente que o polícia teme mais a eles do que o contrário.
Mas director para quê?
Tudo o que regula a escola e no caso dos “comportamentos desviantes” só tira autoridade a quem a deveria ter.Quanto mais mau carácter ou falta de educação que raia muitas vezes o crime, mais apoios e compreensão terá o autor e a respectiva família.
Vão ser mais uns para a fogueira alimentada aos anos no sistema de ensino a quem não compete educar mas ensinar.
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ntonio Cunha disse
27 Fevereiro, 2009 às 11:09 am
O problema não são os meninos, são os paizinhos, que os deixam fazer tudo e não sabem impor regras. E como existem pais que se estão a cagar para a educação dos filhos e os deixam andar numa roda viva, talvez um pouco de autoridade não lhes faz mal.
Antigamente o pessoal ia à tropa e ali se faziam homens. Agora nem isso.”
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Meu caro senhor eu paizinho e a minha filha não correspondemos ao seu perfil ideológico e linguístico. Autoridade só reconheço nas entidades que democraticamente o regime estabelece.Agora rigor e disciplina chamando os encarregados de educação à responsabilidade sim. Ir à tropa(18 meses) obrigatório não fez de mim homem , pois já o era pela educação que meus pais transmitiram.
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