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Photopulhice@cm

5 Março, 2009

cm03-03-09sem-titulo

O photoshop é uma excelente ferramenta.
Pena que sirva também para fazer as mais grosseiras e indigentes manipulações sob a capa de «informação».

57 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 13:32

    Queixa crime + indemnização civil. Nem o tribunal do Benfica lha negava.

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  2. Desconhecida's avatar
    José permalink
    5 Março, 2009 13:35

    1: Qual é o crime?

    Já se sabe que o Correio da Manhã não tem simpatia pelo presidente do FCP. E daí?

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  3. Desconhecida's avatar
    José permalink
    5 Março, 2009 13:38

    Se os directores do CM fossem jurados num julgamento de Pinto da Costa, este estava tramado a priori. Mas até poderia acontecer que não. Os julgamentos mediáticos não são a mesma coisa que os julgamentos em tribunal judicial.

    Por outro lado, sobre PdC, vale o velho ditado: diz-me com quem andas…

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  4. Desconhecida's avatar
    Matemático permalink
    5 Março, 2009 13:41

    Caro Gabriel, desta vez pode não ter sido o PDC a dar a lambada na Carolina, mas não terá isso acontecido no passado sem a camara lá estar para assistir?
    Justiça poética?

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  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Março, 2009 13:42

    Amália cantava estes versos, creio que de P.H.Mello:
    «durmi com ela na cama,
    tenho a mesma condição»

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  6. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 13:43

    José (#2)
    Crime de difamação, agravado por publicidade e calúnia.

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  7. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 13:56

    Esta 1ª página é um primor. Duas namoradas, de dois futeboleiros. Uma ( A ex-Pinta)leva uma estalada, outra (futura Ex- Aveiro Cristiano) falta ao trabalho.

    E dois destaques para vítimas. As 30.000 crianças vítimas de assédio – acredito – além de ser um país de incestuosos, este é um país de pedófilos.

    E o dúbio general. Nesta caixa parece que é pior levar catanadas depois de morto do que em vida. Não será ao contrário? Ou quer-se passar a mensagem há maneiras e maneiras e maneiras de matar? E estes guinés não tem omertá.

    Quem abrir logo de manhã o Correio que quer ser dela (manhã) pensa que vive num país furiosamente dominado por uma sexualidade (e vivência do pós dela) doentia.

    É capaz de ser verdade.

    Um país cheio de ressentidos e de aldrabões. E de anónimos. O nosso. Mas noutros não é melhor. De modo que aguentem-se à bronca!

    Don’t Follow the Kid.

    PS – É verdade que Sócrates tinha um relvado atrás, Frase dedidacad ao Anónimo que até que enfim que absorveu uma imagem . um significante despótico, para ser preciso – e que pôde começar a pensar no poder dos efeitos sub-liminais.

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  8. Piscoiso's avatar
    5 Março, 2009 13:57

    António Lobo Antunes, escreveu esta poesia:

    Eu que me comovo
    Por tudo e por nada
    Deixei-te parada
    Na berma da estrada
    Usei o teu corpo
    Paguei o teu preço
    Esqueci o teu nome
    Limpei-me com o lenço
    Olhei-te a cintura
    De pé no alcatrão
    Levantei-te as saias
    Deitei-te no banco
    Num bosque de faias
    De mala na mão
    Nem sequer falaste
    Nem sequer beijaste
    Nem sequer gemeste,
    Mordeste, abraçaste
    Quinhentos escudos
    Foi o que disseste
    Tinhas quinze anos
    Dezasseis, dezassete
    Cheiravas a mato
    À sopa dos pobres
    A infância sem quarto
    A suor, a chiclete
    Saíste do carro
    Alisando a blusa
    Espiei da janela
    Rosto de aguarela
    Coxa em semifusa
    Soltei o travão
    Voltei para casa
    De chaves na mão
    Sobrancelha em asa
    Disse: fiz serão
    Ao filho e à mulher
    Repeti a fruta
    Acabei a ceia
    Larguei o talher
    Estendi-me na cama
    De ouvido à escuta
    E perna cruzada
    Que de olhos em chama
    Só tinha na ideia
    Teu corpo parado
    Na berma da estrada
    Eu que me comovo
    Por tudo e por nada.

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  9. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 14:01

    É o poema do aldrabão honesto (em casa). Ainda por cima pedófilo. Very accurate.

    Come a fruta da mulher-mamã e a da mulher menina.

    Comove-se por tudo e por nada. Deve escrever letras de fados às escondidas.

    Excelente poema! do ALB a fingir de pequeno-burguês estatísticamente sentimental e médio.

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  10. Ana Paula's avatar
    5 Março, 2009 14:02

    Não percebo como é que o seu colega CAA é um dos colunistas desse pasquim.
    Ele explicará, com certeza.

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  11. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Março, 2009 14:12

    Melhor ainda é vê-los a falar de casos de testemunhas que estavam no cabeleireiro enquanto os crimes aconteciam e a contar 2500 euros vistos de outra divisão da casa.

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  12. Jorge's avatar
    5 Março, 2009 14:18

    Gabriel,

    Qual é a diferença entre usar o Photoshop para compor fotomontagens a partir de um conjunto de fotografias e usar o Word para compor uma notícia a partir dum conjunto de notas de imprensa? Para além, claro de a primeira situação se identificar mais facilmente.

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    • Gabriel Silva's avatar
      Gabriel Silva permalink*
      5 Março, 2009 14:25

      Jorge,
      creio que na primeira a realidade é obviamente alterada e apresenta-se uma construção falsa como sendo verdade.
      No segundo caso não necessáriamente pois que se pode compor uma noticia com frases tiradas de press release sem que tal corresponde sempre a mentira.

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  13. fado alexandrino's avatar
    5 Março, 2009 14:21

    Mas ainda ontem a vossa colega Helena Matos defendia que o Correio da Manhã não é um tablóide.
    Meu caros, se serve para o bem também serve para o mal.

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  14. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Março, 2009 14:27

    fado alexandrino disse
    5 Março, 2009 às 2:21 pm

    Mas ainda ontem a vossa colega Helena Matos defendia que o Correio da Manhã não é um tablóide.
    Meu caros, se serve para o bem também serve para o mal.

    Montagens não são exclusivo dos tabloides.

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  15. fado alexandrino's avatar
    5 Março, 2009 14:43

    Montagens não são exclusivo dos tabloides.

    Pois não.
    Também o Doutor Pedro Proença não tem o exclusivo dos erros de arbitragem, só que dá mais que os outros.

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  16. JCP's avatar
    JCP permalink
    5 Março, 2009 14:55

    E qual é o problema? O pessoal gosta é destas coisas. Já vão 5 a perguntarem-me: viste a primeira do CM?

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  17. Jorge's avatar
    5 Março, 2009 14:59

    Ora, Gabriel, quantos títulos de notícia não pareceram já uma coisa e eram outra, afinal? No caso concreto desta fotomontagem, é bem possível que se pretenda o mesmo objectivo de um desses títulos.

    Mas conceptualmente, não vejo diferença entre uma composição gráfica e outra em forma de texto. A diferença está mesmo se se pretende iludir o leitor ou não.

    Nem a própria fotografia se pode considerar objectiva, embora tantas vezes o pareça, pois será sempre uma visão pessoal do fotógrafo. Por exemplo, porquê escolher um plano em vez de um outro?

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    • Gabriel Silva's avatar
      Gabriel Silva permalink*
      5 Março, 2009 15:36

      Jorge,

      « A diferença está mesmo se se pretende iludir o leitor ou não.»

      Creio que nesta fotomontagem não haverá qualquer dúvida de que se pretende iludir o leitor.

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  18. Piscoiso's avatar
    5 Março, 2009 15:35

    Porque razão o reporter não pode escrever este texto: “Marisa apareceu por trás de Pinto da Costa e deu uma estalada em Carolina, enquanto Pinto da Costa se ria”, porque é falso, mas pode apresentar uma imagem com essa situação igualmente falsa?

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  19. Desconhecida's avatar
    José permalink
    5 Março, 2009 15:52

    Miquelnaite:

    A fotomontagem do CM na primeira página, é desprimorosa para o visado, sem dúvida.

    Porém, o visado é figura pública e vive também dessa notoriedade, sendo isso que lhe tem trazido proventos e proveitos vários.

    Se tiver lido algumdas as últimas decisões dos tribunais superiores ( ainda ontem comentei aqui uma colocada pelo CLoureiro) então há-de reparar que não há nem pode haver ofensa, difamação ou qualquer crime contra a honra do visado, digna de tutela penal.

    Pinto da Costa tem de saber lidar com estas coisas, porque vive destes fenómenos de ribalta pública. Dirige um dos maiores clubes portugueses, de futebol, porventura o maior e por isso, tal como os políticos, tem de saber aguentar com isto.

    A liberdade de expressão exige esta amplitude, sob pena de se penalizar qualquer foto desprimorosa que um jornal publique ou os cartoons dos desenhadores.

    Aliás, em Portugal, hã poucos desenhadores. Em França o Sarkozy é a coqueluche dos desenhadores. Um maná.

    Quem não entender isto, deverá repensar, a meu ver, o conceito de liberdade de expressão.

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  20. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Março, 2009 16:02

    Um país cheio de ressentidos e de aldrabões. E de anónimos.

    e de emplastros em bicos de pés.

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  21. Jorge's avatar
    5 Março, 2009 16:03

    «Creio que nesta fotomontagem não haverá qualquer dúvida de que se pretende iludir o leitor.»

    Sim, claro.

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  22. Jorge's avatar
    5 Março, 2009 16:13

    «Porém, o visado é figura pública e vive também dessa notoriedade, sendo isso que lhe tem trazido proventos e proveitos vários.»

    José,

    penso que tem em mente o direito à imagem. Este diz:

    Artigo 79.º
    (Direito à imagem)

    1- O retrato de uma pessoa não pode ser exposto, reproduzido ou lançado no comércio sem o consentimento dela; depois da morte da pessoa retratada, a autorização compete às pessoas designadas no n.º2 do artigo 71.º, segundo a ordem nele indicada.

    2- Não é necessário o consentimento da pessoa retratada quando assim o justifiquem a sua notoriedade, o cargo que desempenhe, exigências de polícia ou de justiça, finalidades científicas, didácticas ou culturais, ou quando a reprodução da imagem vier enquadrada na de lugares públicos, ou na de factos de interesse público ou que hajam decorrido publicamente.

    3- O retrato não pode, porém, ser reproduzido, exposto ou lançado no comércio, se do facto resultar prejuízo para a honra, reputação ou simples decoro da pessoa retratada.

    Parece-me que uma fotomontagem não encaixa no ponto 2. Talvez até se enquadre, por outro lado, no ponto 3.

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    • Gabriel Silva's avatar
      Gabriel Silva permalink*
      5 Março, 2009 16:20

      José e Jorge,

      O problema da mentira e manipulação realizada não é com os visados mas sim para com os leitores e para com os profissionais honestos que certamente existem no CM.

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  23. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 16:27

    Gabriel

    Com este post subiu consideravelmente na minha estima.

    Estas imagens que tentei colocar em posts anteriores do CAA, defendendo que este pasquim não merece qualquer consideração de pessoa séria, e por isso não entendia como o CAA conseguia conviver ou cumprimentar alguns destes responsáveis, sem vomitar ou limpar as mãos como faz o Monk, foram censuradas. Entendo agora que será porque a carne é fraca.

    Pergunto como é possível criticar Sócrates, JPP. à luz da falta de seriedade e credibilidade e consegue respirar o mesmo ar que esta gente de malfeitores?

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  24. Ricardo Ferreira's avatar
    5 Março, 2009 17:10

    Engraçado…

    Então não é este jornal uma das fontes da “investigação jornalística do caso freeport”?

    Também não é este o jornal onde o CAA é colunista???

    Portanto não percebo a indignação. Já deveriam estar à espera.

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  25. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 17:28

    Julgar que uma fotografia, qualquer fotografia copia ou reproduz a realidade é que é absurdo.
    Qualquer primeira página de qualquer jornal opta por um angulo, por uma abordagem. Sem nenhuma ser falsa também nenhuma é real.

    A superstição do realismo e da verosimilhança é que complica as coisas. Qualquer jornal, de tablóide a “sério” interpreta a realidade. O que não quer dizer que diga coisas reais.

    Os jornais são um ramo da literatura e esta é e será sempre ficção.

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  26. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 17:31

    #22

    Progrida na arte da injúria, anónimo. Essa é do tempo da sua avózinha.

    O pior que v. pode pensar de mim será sempre ultrapassado pelo pior que eu penso de mim próprio.

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  27. Piscoiso's avatar
    5 Março, 2009 17:45

    Ainda Lobo Antunes, agora no seu Editorial do Público/hoje:

    É pena que os jornais, como a literatura, sejam uma estrebaria de porta aberta.

    O que me assusta é o facto de qualquer pessoa estar à mercê de criaturas medíocres, sem possibilidade de rectificar a pulhice.”

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  28. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 18:02

    O José, tem destas coisas, toca-se na Cedofeita, ai jesus, evoca logo as leis, como se o resto fosse uma de parolos e é coisa de Mouros: Ora, eu não sou Mouro, nem sou catolico, sou do Norte.

    O que me parece, é que essa “lei” não foi aplicada á Mãe do Socrates que é uma putice de todo o tamanho, e é do Norte, ja que distinguem as coisas dos Puros e os mouros.

    Santo Nicolau, salva-me destes epitetos

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  29. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 18:59

    José (#21)

    “Miquelnaite:”

    MAiquelnaite.

    “Se tiver lido algumdas as últimas decisões dos tribunais superiores ( ainda ontem comentei aqui uma colocada pelo CLoureiro) então há-de reparar que não há nem pode haver ofensa, difamação ou qualquer crime contra a honra do visado, digna de tutela penal.”

    Nunca?! Ou nesta situação? Não percebo o que quer dizer.

    “Pinto da Costa tem de saber lidar com estas coisas, porque vive destes fenómenos de ribalta pública. Dirige um dos maiores clubes portugueses, de futebol, porventura o maior e por isso, tal como os políticos, tem de saber aguentar com isto”

    É certo que o grau de tolerância tem de ser maior quando em causa está uma pessoa pública. Concordo sem reserva.

    “A liberdade de expressão exige esta amplitude, sob pena de se penalizar qualquer foto desprimorosa que um jornal publique ou os cartoons dos desenhadores.”

    Tem noção que isto não é uma foto e sim uma fotoMONTAGEM, não tem? E não é sequer uma fotomontagem assumida! É uma fotomontagem que aparece numa primeira página de um jornal sem qualquer indicação de ter havido manipulação, ou seja, aparece num contexto onde é de esperar fotos inadulteradas (excepto os retoques fotográficos\estéticos normais).

    “Aliás, em Portugal, hã poucos desenhadores. Em França o Sarkozy é a coqueluche dos desenhadores. Um maná.”

    Desenhos são óptimos, também gosto muito. Claro que um desenho VÊ-SE que é um desenho. Esta imagem passa por ser uma captura fotográfica de uma situação real, sem encenações, e não o é.

    “Quem não entender isto, deverá repensar, a meu ver, o conceito de liberdade de expressão.”

    Por a imagem aparecer num jornal, e logo na capa, devolvo-lhe a instância ao repensamento.

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  30. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 19:14

    “O puto novo no bairro” (#28) tem alguma razão no que diz. É facílimo dizer (ou insinuar, ou “provar”) mentiras com fotos “reais”. E os jornais de facto são feitos por pessoas, traduzindo por isso necessariamente pontos de vista subjectivos, logo devem ser tomados com um grão de sal.

    MAS,

    Uma mentira dita (ou “provada”) com fotos “reais” não deixa de ser uma mentira. E não é disto sequer que estamos a falar. Aqui é a própria “prova” que é forjada.

    E

    Não é de esperar que um jornal passe a fronteira da fotomontagem, pelo menos sem avisar o leitor. Se o faz (e logo na capa), deixamos de estar perante um ponto de vista subjectivo (a tomar cum grano salis) e passamos a estar perante uma calúnia deliberada. São coisas BEM DIFERENTES.

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  31. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 19:16

    Pode sempre rectificar-lhes a tromba,melhor do que com um malho, murro, cacete ou vara de marmeleiro (objectos relativamente pacóvios e canónicos). Não disse o Luís Vaz que uma mão com pluma e talento vale mil espadas?
    O estigma com vero vitriol aposto por um escritor a sério num pulha dura mais do que um hematoma, dura para sempre!

    ALB adopta a postura de vítima perante o exército infecto da pulhice. Mas na verdade que pode a pulhice se uma pessoa é de facto uma montanha?

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  32. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 19:35

    # Maiquelnaite:

    É que a fotomontagem é tão óbvia que o CM deve ter achado que seria insultuoso para as meninges do leitor descodificá-la avisando o credulo, hipócrita e meu semelhante leitor que se tratava de uma F-montagem.

    Mas como esta discussão enverdou dirgindo-se à questão: quais são os limites do real e da sua representação. Vamos a alguns factos de base.

    Trata-se de uma montagem-hiperbato, usada na esfera tablóide anglo, entre outras. E até se poderia dizer que todos os cartoons vivem disso. Neste caso – como há um cansaço universal da foto real realista, as fotos hodiernas também tendem para o cartoon.

    De resto com os personagens envolvidos, já eles próprios super-cromos na vida real, que tenham um tratamento destes é pura justiça poética.

    E porque não ver o lado cómico, o efeito de humor da fotomontagem? Está ali tudo: o mestre-manipulador, o povo assanhado e subjugado pelo mestre manipulador e a vítima cabotina desta vez no papel de Virgo Dolorosa.

    Por outro lado, o aspecto prevalente do humor português é o sarcasmo e o teatro de robertos. Falta-nos subtileza para o nonsense.

    Entretanto um blog justamente famoso WEHAVEKAOSINTHE GARDEN aperfeiçoou esta técnica da foto-montagem hiperbática ao nível do sublime.

    Noutro tipo de fotomontagens políticas surgiu o cartaz que mostra o PINÓCRATES apanhado em flagrante delito de vaticinio errado.
    Este cartaz é um momento insolitamente criativo do PSD. Em fundo premonitoriamente verde!

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  33. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 20:24

    Piscoiso,

    A defender o seu corruptuzinho, muito bem… LOL

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  34. Piscoiso's avatar
    5 Março, 2009 20:28

    Até o defendo a si, que não sabe escrever, mas paciência,
    sabe LOL.

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  35. a presença das formigas's avatar
  36. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 22:05

    ”Ontem, no início de um curso de pós-graduação em “Comunicação e Desporto” da Escola de Jornalismo do Porto, de que tenho o pesado encargo de ser professor, peguei num título de um jornal diário que dizia na capa: “Auditores falam de risco de falência da SAD” do FC Porto.

    Este é um bom caso para falar dos defeitos do chamado sistema mediático e do que é ser jornalista hoje em dia. O título é factualmente verdadeiro, mas o jornalismo implícito é factualmente errado. É que os auditores – cujo prestígio anda aliás, em todo o mundo, pelas ruas da amargura – falam há muito, pelo menos há uns cinco anos, da possibilidade de falência de todas as SAD e várias outras empresas por causa do artº 35 do Código dos Valores Mobiliários e o jornal tem obrigação de o saber. Se não soubesse, também bastava um “click” no computador para chegar a essa conclusão. Sabendo-se isso, a novidade da notícia, que foi manchete no mesmo jornal há uns anos, deixava de o ser.

    Ou seja, com a verdade me enganas. Porque as notícias devem ser tratadas com rigor e honestidade, mesmo que nesse caso se perca uma boa manchete… comercial. E o rigor mandava enquadrar as coisas como deve ser e não atirar para o ar com a parcela que dá jeito, perdendo a face poucas horas depois em face do que naturalmente veio a público.

    Expliquei aos meus alunos, um belo grupo aliás, muitos jornalistas ou candidatos a sê-lo, que os jornalistas têm ser honestos e humildes. Que têm direito a errar, mas não têm direito a vergarem-se a interesses. Porque o vício mais caro que há nesta vida é o da independência e o de andar de espinha direita. Quem não estiver para pagar esse preço, é melhor escolher outra profissão.”

    por : Manuel Queiroz

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  37. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    5 Março, 2009 22:36

    Manuel Queiroz,

    Enquadrar as coisas como deve ser? Gostava que me explicasse esse dever ser.

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  38. Desconhecida's avatar
    5 Março, 2009 22:45

    “Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
    Os jornalistas portugueses regem-se por um Código Deontológico que aprovaram em 4 de Maio de 1993, numa consulta que abrangeu todos os profissionais detentores de Carteira Profissional. O texto do projecto havia sido preliminarmente discutido e aprovado em Assembleia Geral realizada em 22 de Março de 1993.
    1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.”

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  39. WALTZ's avatar
    WALTZ permalink
    5 Março, 2009 23:48

    Mas quem são as bestas que escrevem,(perdão),lêem o correio da manha?Língua de papel feita por imbecis e para imbecis.Vende…olá se vende.O meu tostão nunca o viram.

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  40. Desconhecida's avatar
    José permalink
    6 Março, 2009 00:57

    Já se sabe que o CM manipula a informação para denegrir o FCPorto. Isso é jornalismo? Claro que é. O que temos. O Pedro Tadeu e também o Correio da Manhã do Marcelino, em certa altura do processo Casa Pia, apostaram no mesmo jogo da malha. Nesse caso contra o então PGR Souto Moura. Poucos o defenderam. Aqui, que eu me lembre, quase ninguém ( só não digo ninguém para não ser injusto).

    Saiu o Souto Moura e tudo voltou à normalidade. O PGR deixou de ser notícia. Este que agora lá está não aquenta nem arrefenta os jornais e sus muchachos de direcção. Estes sabem bem quem são os seus donos…

    Portanto, o que acontece agora ao FCPorto de Pinto da Costa, é igualzinho.

    Exigir melhor jornalismo com esta gente, é como exigir melhor democracia em Angola ou na Guiné: Ninguém dá o que não tem.

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  41. Desconhecida's avatar
    José permalink
    6 Março, 2009 01:00

    Quando digo que é igualzinho refiro-me ao método. O conteúdo, esse, já não é bem assim. O PdC tem algo que se lhe diga.

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  42. Desconhecida's avatar
    6 Março, 2009 09:29

    Puto (#35):

    No fundo, divergimos apenas quanto aos contextos, você acha que os jornais são (e são entendidos pelas pessoas como) ficção. Eu acho que não.

    “É que a fotomontagem é tão óbvia que o CM deve ter achado que seria insultuoso para as meninges do leitor descodificá-la avisando o credulo, hipócrita e meu semelhante leitor que se tratava de uma F-montagem.”

    É óbvia para si e para mim, não é certamente para a minha avó. E provavelmente não é também para a minha mãe e a maioria das pessoas da idade dela. E naturalmente que não foi para evitar insultar «a inteligência dos leitores que o CM não avisou (acho que evitar insultar inteligências não é a preocupação principal do CM).

    “Trata-se de uma montagem-hiperbato, usada na esfera tablóide anglo, entre outras. E até se poderia dizer que todos os cartoons vivem disso. Neste caso – como há um cansaço universal da foto real realista, as fotos hodiernas também tendem para o cartoon.”

    Não percebo o que quer dizer com isto. Um cartoon é um cartoon, goza de imunidades que as fotos EM CAPAS DE JORNAIS ainda não gozam (mas por este caminho, lá chegarão, sem dúvida). O “cansaço universal da foto real realista” também que não me parece que exista. Nem percebo muito bem o que quer dizer com isso.

    “De resto com os personagens envolvidos, já eles próprios super-cromos na vida real, que tenham um tratamento destes é pura justiça poética.”

    Pode até ser de facto justiça poética, mas não estamos a discutir poesia. Eu pelo menos não estou.

    “E porque não ver o lado cómico, o efeito de humor da fotomontagem? Está ali tudo: o mestre-manipulador, o povo assanhado e subjugado pelo mestre manipulador e a vítima cabotina desta vez no papel de Virgo Dolorosa.”

    Lá está, talvez fosse uma bela imagem para um blog, para um livro, para um poster. Para um jornal não é. E a mim não me custa ver o lado cómico da coisa, mas a questão é se a maioria dos leitores do jornal acham cómico. E se as pessoas da foto acham cómico.

    “Por outro lado, o aspecto prevalente do humor português é o sarcasmo e o teatro de robertos. Falta-nos subtileza para o nonsense.

    Entretanto um blog justamente famoso WEHAVEKAOSINTHE GARDEN aperfeiçoou esta técnica da foto-montagem hiperbática ao nível do sublime.

    Noutro tipo de fotomontagens políticas surgiu o cartaz que mostra o PINÓCRATES apanhado em flagrante delito de vaticinio errado.
    Este cartaz é um momento insolitamente criativo do PSD. Em fundo premonitoriamente verde!”

    Pois, um blog, não um jornal. Como gosto da diferença, de escolher entre várias hipoteses, gostava que continuassem coisas diferentes. Não tenho nenhuma dúvida que para a maioria das pessoas um blog e um jornal ainda são contextos diferentes. Pelo menos quando o jornal se assume na sua veste “informativa”.

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  43. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 13:10

    O Werther de Goethe provocou um aumento do número de suicídios. Tratava-se de ficção, foi entendido como uma história real. Muitos outros livros também foram tomados por histórias reais de “pedra e cal”.

    Nós fazemos sempre ficção, queiramos ou não. No jornalismo, num post, num livro, numa simples conversa de cvafgé, numa volta da pesca.

    A ingenuidade, a credulice humana não tem limites. A sua mãe, a sua avõ e a maioria da população nasceram antes do des-construcionismo e tomam à letra tudo o que lêem nos jornais.

    São crentes de tipo primário. Facilmente manipuláveis.

    O mesmo se passa com a televisão: para boa parte da ileteracia nacional ela é a palavra de Deus. Não há dúvida que aquela caixinha move o mundo, dita os paradigmas, promove o voto, selecciona quem é quem, imobiliza ou paraliza as pessoas no sofá (conquista do proletariado, o sofá). Tudo com base na ficção, num recurso a vários truques retóricos conhecidos pelos antigos demagogoi gregos e os seus herdeiros, os publicitários e os spin-doctors.

    O meu amigo ao separar a minha mensagem em blocos provou que sabe os princípios do descontrucionsimo. Fez bem.

    Par délicatesse j’ai perdu ma vie. Par délicatesse presumi que o CM opinasse bem dos seus leitores. Mas – touché neste ponto – acho que v. tem razão.

    Também tem razão quando diz que os leitores não entendem os jornais como ficção. Entende o Sr, entendo eu e mais uns quantos. E alguns jornalistas. Destes vários tornam-se ou cínicos ou manipuladores, ou ingénuos cooperativos.

    Quanto a justiça poética – tudo começa pelo valor poetico (poiesis em grego quer dizer “fazer”). Mas digamos que é uma expressão clássica – poetic justice – que se emprega para carcterizar um inesperado e justo “turn of events.” Aí mantenho o que disse.

    Será que me está a dizer que o jornal deve ter um determinado estilo, que o afaste do estilo de um blog? No tempo em que não existiam blogs concordo. Mas os blogs surgiram, e doravante tornaram impossível que haja um estilo tipicamente jornal e outro tipicamente ou tendencialmente blog.

    Eu não defendo com isto uma misturada sincrética e patética. Defendo apenas que os jornais, o estilo dos jornais terá que se elevar de grau e responder ao desafio de uma nova corrente de leitores não crédulos, e que exigem outro estilo. Porque não o encontram nos jornais, procuram-nos nos blogs.

    Recordo que estes são uns dos alvos a abater por parte do PM.

    Eu não quero que os blogs se adpatem aos jornais nem estes àqueles, concerteza. Como o Sr. prezo muito os valores do estilo, do diferenciado, do autónomo. Mas parece-me que os jornais tem muito que evoluir – e emancipar-se dos grandes grupos económicos que os mantem num grau de estilo próximo do zero, salvo honrosas excepções.

    E de resto não se deve escrever para as massas – nem presumir saber o que estas querem – péssima escolha, que as mantem num nível de pau e cacete, de emocionalismo primário, sujeitas ao melodrama contínuo e à vendetta.

    Quanto ao mais é claro que o CM é populista. Atende a temas de porteira. Aquele sr. director de não sei que clube do porto que está a fomentar esta nossa troca de comentários é um patusco, a sua ex companheira patética. Dar-lhes dimensão nacional quando há mais coisas muitio mais interessantes a acontecer neste país é fomentar o já existente vazio.

    Seja como fôr, num país especializado em amnésia, no dia seguinte ao alarido já se esqueceu tudo.

    A actualidade tem muito pouco a ver com que é de facto actual. O jornalismo, no máximo está uns cinquenta anos atrás da verdadeira modernidade.

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  44. olhão's avatar
    olhão permalink
    6 Março, 2009 14:22

    ó puto novo no bairro – anda a ver os telejornais, da sexta à noite, da tvi e a ler o cm. e vc. a dar-lhe com a ileteracia – é iliteracia. vou nessa do patusco.

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  45. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    6 Março, 2009 14:35

    iurd em fazcí(r)culos

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  46. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 14:38

    Agradeço a revisão. É claroo que é iliteracia. Ninguém é imune a gralhas. Nem você, nem eu nem o Pessoa. Não vale a pena tocar bombo numa gralha, porque não é por aí.

    De resto, diz Lin Yutang, que os editores chineses, ao contrário dos americanos que são paranóicos por causa das gralhas, deixavam duas ou três ou mais gralhas para maior gaúdio dos leitores.
    Dá-lhes para exercer tiro á gralha. É meritório. Mantem o olho afinado.

    Vejo pouca televisão. Leio o Cm aqui nos destaques que lhe dão. Vc? Não sei quem é. Desessemiza-me isso? sff.
    Os cronistas de que gosto: o MEC, o VPV e o AB.

    O que estou a ler agora não e da sua conta. Beba uma boa medronheira por mim. E não me diga que se escreve com ñ.

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  47. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 14:48

    Diz J em boldíssimos negritos

    “Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
    : Os jornalistas portugueses regem-se por um Código Deontológico que aprovaram em 4 de Maio de 1993, numa consulta que abrangeu todos os profissionais detentores de Carteira Profissional. O texto do projecto havia sido preliminarmente discutido e aprovado em Assembleia Geral realizada em 22 de Março de 1993.
    1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.”

    Obrigado pela resposta. Por norma não gosto dos “deves” e do “deve ser”. Suspeito que é o primeiro passo para o dogmático, já sendo canónico, o estabelecimento de um canon.

    Uma interpretação com honestidade não tem nada a ver com a presunção de honestidade por parte de quem a escreve. Um pulha absoluto pode escrever uma interpretação notável, tal como um músico viciadissimo nos pode proprocionar uma interpretação admirável.
    Assim, no meu entender uma intepretação com honestidade é aquela que é boa, com garra e estilo.

    les honnêtes hommes em geral fazem péssima literatura e arte bombeira.

    O falecido Rodrigues dos Santos tinha uma norma, no meu entender melhor: mas incodificável: Tem que se agarrar o leitor pelos tomates logo na primeira linha.

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  48. Desconhecida's avatar
    6 Março, 2009 16:35

    “2. O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.

    3. O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.

    4. O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.

    5. O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. O jorna lista deve também recusar actos que violentem a sua consciência.

    6. O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as fontes confidenciais de informação nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.

    Merece aqui o nosso aplauso a coragem do nosso camarada Manso Preto, miseravelmente condenado a 11 meses de prisão com pena suspensa por três anos.

    7 . O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até à sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.

    8. O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexo.

    9. O jornalista deve respeitar a privacidade dos cidadãos excepto quando estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo contradiga, manifestamente, valores e princípios que publicamente defende. O jornalista obriga-se antes de recolher declarações ou imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade e responsabilidade das pessoas envolvidas.

    10. O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses.

    Não são mais do que dez as normas do Código Deontológico…nem mais nem menos que as do Decálogo do Sinai…. Quem se comprometa a respeitá-las, exerce, necessariamente, um jornalismo responsável, por isso credível. E essa é a morada da expressão da liberdade.”

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  49. Desconhecida's avatar
    6 Março, 2009 18:06

    Puto(#)

    telegraficamente que isto hoje é fim de semana:

    -A minha avó e a minha mãe “acreditam” em fotomontagens grosseiras por terem nascido antes do desconstrucionismo. Não por por o conhecerem ou desconhecerm mas porque, tendo nascido antes dele e tendo por isso idade respeitável já são bastante míopes.

    -O que a televisão diz já foi mais lei. Já foi menos lei também. Neste momento (principios de de Março de 2009) está assim meio-meio, mas às vezes melhor que os jornais. Outras pior. Isto é bom ou mau? Não sei, mas por mim, digo-lhe que não vou tentar saber a opinião da Fátima Lopes.

    -Da justiça poética não sei muito. Eu meti-me na conversa por causa da outra justiça.

    -Jornais não são ainda blogs, mas vão sendo cada vez mais. Felizmente vai havendo blogs que parecem bns jornais. O círculo da vida e essas merdas assim.

    -Os jornais precisam de evoluir, é certo. Esta fotomontagem é a meu ver uma involução.

    “Aquele sr. director de não sei que clube do porto que está a fomentar esta nossa troca de comentários é um patusco, a sua ex companheira patética. Dar-lhes dimensão nacional quando há mais coisas muitio mais interessantes a acontecer neste país é fomentar o já existente vazio.”

    Não resisti a transcrever esta parte. Porque o meu amigo acima disse que esta questão reclamava a resposta a “quais são os limites do real e da sua representação”. Em que ficamos, patusco desinteressante ou justo pretexto para profundas reflexões ontologicas? Ou os dois? 😉

    A actualidade tem muito pouco a ver com que é de facto actual. O jornalismo, no máximo está uns cinquenta anos atrás da verdadeira modernidade.

    Disse uma personagem da Mafalda do Quino: “Os jornais inventam metade do que dizem. Considerando que eles não contam metade do que acontece, conclui-se que os jornais não existem.”

    Bom fim de semana.

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  50. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 18:13

    Quem cumpre os mandamentos do Decálogo mosaico vira santo, será considerado um justo e verá o céu e as coortes de bem-aventurados. Parece que haverá música ao vivo para sempre fornecida pelos coros celestiais das diversas ordens angéliocas.

    Ora nós massa vil e pecadora a custo cumprimos razoavelmente dois ou três desses mandamentos. Os outros nem se fala.

    Quantos jornalistas serão santos e justos e cumprirão na íntegra esses 10 mandamentos com nome laico de normas? Parece-me bem que o inferno dos jornalistas esteja muito mais cheio do que o outro lado.

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  51. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 18:21

    Caro Maiquelnaite,

    -“Aquele sr. director de não sei que clube do porto que está a fomentar esta nossa troca de comentários é um patusco, a sua ex companheira patética. Dar-lhes dimensão nacional quando há mais coisas muitio mais interessantes a acontecer neste país é fomentar o já existente vazio.”

    Não resisti a transcrever esta parte. Porque o meu amigo acima disse que esta questão reclamava a resposta a “quais são os limites do real e da sua representação”. Em que ficamos, patusco desinteressante ou justo pretexto para profundas reflexões ontologicas? Ou os dois? 😉

    Ambos, claro. Que seria da ontologia sem patuscos? O venerável Flaubert que anda tão deslido escreveu a história do (de)crescimento culutral e ontológico de dois patuscos: Bouvard et Pécuchet.

    E resta que é um patusco com conteúdo e recheio: é um concentrado de patusco do Norte. O homem que é mais parecido ao mais obscuro das massas é o seu aparente líder e representante. È um patusco interessante e na sociologia do patusco terá um lugar na história para os Bordallos Pinheiros do futuro.

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  52. Desconhecida's avatar
    6 Março, 2009 18:30

    “Porque o vício mais caro que há nesta vida é o da independência e o de andar de espinha direita. Quem não estiver para pagar esse preço, é melhor escolher outra profissão.”

    por : Manuel Queiroz

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  53. Desconhecida's avatar
    O puto novo no bairro permalink
    6 Março, 2009 19:35

    Os militares são especialistas em andar de espinha direita. Coisa que não lhes faz ressaltar muito a independência.

    Mas resta que a profissão de jornalista foi escolhida por dezenas e dezenas de pessoas que não cumprem certamente as 10 normas do Édito de tantos de tal.

    Um jornalista independente pode na verdade vertebrar-se direito, viciado na sua independência, e escrever num jornal controlado por um grupo económico polivalente?

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