Normalidade
Segundo o Público, há mais seguranças privados em Portugal do que agentes de forças policiais. Isto não é surpreendente. Em qualquer sociedade, a função primordial do Estado é garantir a segurança pública. Mas a maior parte da segurança é garantida por privados sob a forma de meios de protecção da propriedade contra a invasão de terceiros. São estes meios privados (muros, paredes, portas, fechaduras, vigilância, alarmes e seguranças privados) que asseguram a manutenção de uma sociedade pacífica. A polícia desempenha, na melhor das hipóteses, uma função complementar de menor importância. Aliás, em Portugal a polícia funciona frequentemente como meio de extorsão dos cidadãos pelo Estado. Parece ser muito mais eficaz a cobrar multas do que a resolver crimes.
BLASFÉMIAS 
Exacto, esta merda já parece Luanda, ou o raio!
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Cobrar multas é uma forma de manter a ordem, não é extorsão.
As multas são uma penalização para um comportamento indevido, comportamento esse que, se fosse a norma e se não fosse punido, seria altamente deletério para os direitos dos cidadãos e para a ordem pública.
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A Polícia, a mim, nunca me extorquir nada.
Mas o defeito deve ser meu, que não sou ex-turco.
(Piada chocha a condizer com o post)
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Parece ser muito mais eficaz a cobrar multas do que a resolver crimes.
Exacto: nas escolas os portugueses aprendem a ser umas bestas asquerosas desde pequeninos. Entre outras coisas aprendem a bater nos professores.
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Por isso para q serve a policia? Para nada. Deixe-se cada um usar armas para auto-defesa: neste lugar trata-se disso mesmo. Usar armas potentes para nos defendermos dos broncos portugueses.
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Aliás muitos dos seguranças sobretudo nos serviços públicos são contínuos com contratos de trabalho mais flexíveis do que os funcionários públicos.
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Se quer segurança, tem de pagar. Basta andar em qualquer cidade portuguesa, e contam-se pelos dedos os agentes policiais que se encontram.
2., só é multado quem prevarica (e nem sempre isto é verdade), mas eu preferia que eles se preocupassem menos com carros em segunda fila e mais com quem rouba e mata, em plena luz do dia.
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Facciosismo na abordagem do tema.
A segurança privada assegura tudo menos a «protecção da propriedade contra a invasão de terceiros»…
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Também é verdade, sim senhor…
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Verdadeiramente estranhos são os casos em que as autoridades – sistematicamente – multam uns e não multam outros, que estão em igualdade de circunstâncias.
Em Lisboa, e no aspecto do estacionamento selvagem, alguns casos bem conhecidos deram até lugar a concursos, em que se atribuem prémios (que podem ir até almoços de lagosta no Gambrinus!) a quem vir a lei a ser cumprida…
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“Aliás, em Portugal a polícia funciona frequentemente como meio de extorsão dos cidadãos pelo Estado. Parece ser muito mais eficaz a cobrar multas do que a resolver crimes.”
Isto já não é tanto assim, desde o início da greve ás multas pelos membros da extinta brigada de trânsito.
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Deus Nosso Senhor queira, que nunca precisem da PJ… !
É como a medicina, a privada é que é boa, mas quando estão a morrer é vê-los a correr pró S. José !!
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À noitinha o JM veste o fato de super herói e desata a proteger os cidadãos privadamente com toda a liberalidade. Enquanto isso nas vielas escuras os polícias vestem os seus macacões negros e gorros para assaltar a propriedade privada. pessoalmente tenho sido tão roubado por empresários privados como por instituições públicas. Acho que o mal está na cultura dos indígenas.
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Um caso – quem for dar uma voltinha no funicular da Ribeira, encontra lá, não um funcionário turístico(?) que fale línguas e sabe o que está a fazer, mas sim um “segurança” tipo Securitas, que nem português sabe falar e só está ali a ver se alguém vai para ali andar à borla.
Presenciei um caso em que um casal de espanhóis lhe perguntava o seguinte “puedo llevar el perro?” ao que o tipo responde “que idade tem? Até aos 6 anos não paga…”
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De um lado e de outro, sempre haverá cães de guarda, como também já os havia na Farm, a célebre herdade, coutada e quinta.
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Também há polícia metal e seguranças mentais.
Esta frase é espantosa: “São estes meios privados (muros, paredes, portas, fechaduras, vigilância, alarmes e seguranças privados) que asseguram a manutenção de uma sociedade pacífica.”
Discordo absolutamente. Esses meios (sejam eles privados ou públicos) condicionam uma sociedade fechada, temerosa, paranóica, hiper-securitária que delegou a sua protecção em terceiros e em robots.
Uma sociedade pacífica provem de cidadãos com uma firme paz interior.
Até lá pratiquem artes marciais, e andem armados.
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“10. – “Verdadeiramente estranhos são os casos em que as autoridades – sistematicamente – multam uns e não multam outros, que estão em igualdade de circunstâncias.”
Se puser um galhardete do Benfica pendurado no retrovisor, vai ver que é raro ser multado.
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Luís Lavoura (2): o problema é que as multas são frequentemente passadas sem sentido das proporções e da “deleteriedade” da infracção, tornando-se efectivamente um assalto a cidadãos que as sentem como uma injustiça. Isto acontece porque a operação de passar multas é muito mais simples do que a perseguição aos cidadãos verdadeiramente perigosos. Para sortear multas pela calada da noite não é necessário uma força militarizada, bastariam uns burocratas armados de livro de recibos e um código da estrada cada vez mais orientado para a definição de infracções graves.
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“há mais seguranças privados em Portugal do que agentes de forças policiais.”
e qual é a % de agentes das forças policiais envolvida com segurança privada? a estatística do gancho devia ser revelada, de forma a entendermos porque é que o público não funciona e promove o privado. mas isso não interessa nada porque pode afectar os interesses da maioria dos portugueses.
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A história das “seguranças privadas” em Portugal é longa e pouco conhecida. Lá iremos. Mas para um agente da PSP deve ser muito mais cómodo passar os papelinhos do que enfrentar delinquentes (alguém me sabe dizer se actualmente os agentes recebem percentagem nas multas?). Além disso, o SIADAP das Forças de Segurança pode-lhes fixar a meta de atingirem X multas se quiserem ser beneficiados o que poderá ser um estímulo à “caça à multa”. Creio, porém, que há um aspecto em que os agentes podem ter razão: qualquer intervenção mais firme de um agente arrisca a ser julgada em Tribunal por juízes que não têm a mínima ideia do que é a “rua” e muito menos do que se passa na “noite”.
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Há mais seguranças privados em Portugal do que agentes de forças policiais.
Num país em que metade anda a roubar a outra metade, não vejo qual é a estranheza.
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Os seguranças privados são a nova classe dos “jornaleiros” … trabalham em tudo , alguns exemplos :
: porteiros de farda ( nos serviços públicos são bué … o “mito urbano ” é que são iguais aos policias e têm farda ( coisa que as senhoras que decidem a sua contratação … adoram ) … na realidade são uns mete nojo que não têm onde cair mortos , ganham mal , são explorados … arma … jamais ( que isto não é o faroeste )… e fazem o trabalho de um qq continuo ( carreira obsoleta já riscada.
:bilheteiros ( em espectaculos é ver os fardetas a vender ingressos e orientar as pessoas )
:trabalhadores de carparking (há tb muitos por aí a visionar e orientar trafego
:stewarts da bola … bof
:repositores de ATMs
É UM NEGÓCIO DE MILHÕES …
semeiam os fogos … e armam-se de bombeiros … mas pagos
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A “conquista” duma sociedade de novo tipo passa evidentemente por derrubar a “velha” em especial as suas instituições mais representativas.Para se poder dar uma injecção atrás da orelha aos velhinhos para acertar o défice estes terão que ter medo de ser enrabados lá em casa, têm que ficar sem o seu ourinho, sem os seus PPR´s…percebem?Os canos serrados sºao aliados dos colarinhos brancos… e tomam muito bem conta uns dos outros…
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É uma ilusão.
A segurança privada nada pode contra grupos bem organizados e violentos. O que a torna mais ou menos efectiva é essa coisa que está na retaguarda e a que chamamos de Estado. Quando a coisa aperta, chamamos a polícia, quando não o exército, se o espectro rimar com o caos 😉
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Discordo, não há nada normal num Estado que esquece as suas funções primordiais por via da corrupção e clientelismo.
Bem vindo ao Estado Social…
O maior contributo para a ordem pública é que quem inicia a violência saber que têm boas chances de serem apanhados e punidos. Logo menos tentarão essa via.
Ora uma das melhores maneiras para isso acontecer é os Portuguses que cumprem as leis terem direito a andarem armados uma vez que os delinquentes não têm problema nenhum em arranjarem armas.
Outra é os tribunais e a polícia deixarem de servir um Estado Gordo pasto de corporações que precisam de cada vez mais recursos. Não faltam polícias de trânsito e municipais. Isto é, a maioria dos recursos são gastos maioritáriamente com casos menores e menos graves ou que dão dinheiro ao Estado. A ASAE e outras para-polícias são outros exemplos da crescente perseguição dos portugueses que não cometem crimes violentos.
Logo 60% de crescimento de crime grave em meros 10 anos.
Não entrou nas estatísticas da inflação e custo de vida a quantidade enorme de despesa que os portugueses tiveram de fazer nos últimos dez anos com a segurança devido aos erros e escolhas óbvias do Estado Social que precisa mais de dinheiro do que de segurança. Até ao dia…
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mas, ainda mais interessante, é o facto dessas empresas de “segurança” serem propriedade -normalmente através de testas-de-ferro – ou serem dirigidas por “reformados” da polícia, da guarda ou das forças armadas…
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E de politicos bem conhecidos.
A segurança privada , vai a par com os criminosos , e são siameses … precisam do mesmo ar para prosperar.
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“São estes meios privados (muros, paredes, portas, fechaduras, vigilância, alarmes e seguranças privados) que asseguram a manutenção de uma sociedade pacífica.”
Vá ao Rio de Janeiro ver a sociedade pacífica assegurada por estes meios privados…
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E de politicos bem conhecidos.
que vendem disso em angola e moçambique desde que saiu de lá o exército português.
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Na tasca da minha aldeia, a assistir a uma partida de sueca entre palitadores de dentes, não se conseguiria ouvir uma conversita mais tosca e boçal que este post.
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Se puser um galhardete do Benfica pendurado no retrovisor, vai ver que é raro ser multado.
Hi, tão simples… que ainda o disse ontem bieira, por outras palavras, é certo, e eu só agora atinei.
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«Parece ser muito mais eficaz a cobrar multas do que a resolver crimes.»
Não parece, é. Quando me assaltaram o carro, passado algum tempo recebi a informação de que o processo fora arquivado por falta de indícios.
Por outro lado, hoje fui apanhado numa operação de caça à multa* porque tinha deixado passar o prazo de inspeccionar o veículo (por dias!). “Ah sim, a lei é para cumprir”, disse-me o simpático polícia. Só não lhe perguntei se já foram multar as gasolineiras das autoestradas que ainda não têm painéis com os preços dos combustíveis porque a possibilidade de ser multado por desacato à autoridade seria elevada.
* Sim, caça à multa. Em conversa com outros condutores fiquei a saber que em outros pontos havia várias operações a decorrer (radares e operações stop).
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Eu julgava que o que assegurava a manutencao de uma sociedade pacifica era o comportamento civico da maioria. Nao sabia que as leis afinal nao passavam de um artificio do Estado a impor pela forca aos selvagens.
Fiquei esclarecido. Ainda bem que ha Estado, entao.
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Segundo os números do Público entre seguranças e privados existem 100 e tal mil. Sendo que 60.000 mais ou menos são privados, os outros 40 e tal mil são PSP e GNR.
Pela primeira vez há uma força policial não unificada e não armada privada. Ilaçâo, entre outras : a sociedade civil toma nas suas mãos parte da sua segurança.
Corolário: O Estado não assegura a segurança.
Em palavras assegura, na prática não. As forças policiais em presença não tem quorum.
Por outro lado, e esta é a verdadeira e decisiva pergunta: Quantos ladrões há?
E a outra pergunta seria : Um polícia privado ou público impede a acção de quantos ladrões?
Supondo quue (cálculo impressionista, baseado no meu mini-inquérito feito a um GNR e dois polícias) um polícia controla/impede/dissuade a acção de 5 foras-de-lei
Tem-se (estimativa grosseira) que há 500.000 ladrões em Portugal.
Tirando os ladrões de colarinho branco, minoria selecta que paga boa parte dos privados.
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Se a polícia acabar o JM cala-se!.
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