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Exactamente

24 Março, 2009

Coisas que a razão não alcança  ou talvez alcance mas fica-se esparvoado só de entrever

10 comentários leave one →
  1. Amêijoa Fresca's avatar
    24 Março, 2009 21:18

    I Parte

    Fechado num contentor
    pelos cadeados da incoerência,
    este “socialismo” é redutor,
    vivendo de muita aparência!

    Os gregos criaram a tragédia
    há milénios já passados,
    nós criámos esta comédia
    por políticos atrasados!

    A comédia é boa para rir
    quando ela tem graça,
    o mexilhão gosta de se divertir
    para espantar a sua desgraça!

    O mexilhão de crachá ao peito
    contra a educação “socialista”,
    justíssimo é o desrespeito
    para com uma farsa miserabilista!

    II Parte

    A farsa na educação
    roça quase a dramaturgia,
    a política desta (des)governação
    é feita de muita demagogia.

    De boas peças teatrais
    o mexilhão é apreciador,
    de bons princípios ancestrais
    este “socialismo” é decapador!

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  2. Desconhecida's avatar
    Mr. Hyde permalink
    24 Março, 2009 21:20

    Boa escolha, Helena.

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  3. anonimo's avatar
    24 Março, 2009 21:45

    “Poucas estatísticas são mais falíveis que as do sucesso escolar, antes de mais porque é um conceito impossível de quantificar. O primeiro impulso é para se associar a noção de sucesso escolar às classificações dos alunos. Contudo, estas assentam num equívoco que até agora não foi resolvido por nenhum governo e que o actual veio agravar. Até há 20 anos, as classificações estavam directamente relacionadas com as aprendizagens. Contudo, com o advento da escola inclusiva, o paradigma tem vindo a alterar-se progressivamente. Actualmente, as classificações, sobretudo, até ao 3º ciclo e nos cursos profissionalizantes, não reflectem apenas as aprendizagens dos alunos, centrando-se também na sua progressão, de acordo com as suas possibilidades e capacidades.
    Ora, entre estas duas realidades vai um abismo e não pode haver estatísticas sérias se não sabemos o que estamos a medir. O conceito de escola inclusiva é incompatível com a existência de exames, sobretudo, nacionais. Por sua vez, os exames nacionais constituem um instrumento independente de avaliação dos alunos e é hoje consensual que devem existir. Há aqui uma contradição que não pode deixar de ser urgentemente resolvida.
    O mundo empresarial exige uma escola onde haja aprendizagens efectivas e padronizadas, de forma a que os futuros trabalhadores ou empresários possam competir num mercado cada vez mais globalizado. Neste paradigma, os exames são a cereja em cima do bolo, permitindo aferir de forma padronizada essas aprendizagens.
    Contudo, o País também exige que não haja exclusão e abandono escolar, o que só é possível numa escola onde cada um possa aprender ao seu ritmo, tendo em atenção o contexto, social, cultural e familiar do aluno. Ora, se cada um aprende ao seu ritmo, as aprendizagens não podem ser padronizadas e, portanto, também não pode haver exames, que, por definição, avaliam conhecimentos-padrão.
    O actual sistema de ensino vive nesta ambiguidade, o que lhe vale a acusação, merecida, de facilitista. A culpa não é dos alunos nem dos professores, mas da indefinição do modelo de sistema de ensino. Se um professor privilegia os alunos com mais dificuldades, terá necessariamente de diminuir o grau de exigência das matérias a leccionar. Consegue assim combater o abandono escolar e obter sucesso estatístico, mas as aprendizagens, com o nível e profundidade desejadas, não são realizadas. O nívelamento por baixo prejudica os alunos com maiores capacidades, que se queixam e com razão.
    Ao invés, se um professor tenta nivelar o nível de ensino por cima, de forma a garantir um ensino de qualidade, privilegia os melhores alunos e conduz os piores alunos a maus resultados estatísticos (embora o ensino ministrado possa ser de qualidade). Consegue assim dar uma boa preparação a uma parte dos alunos que conseguem acompanhar o ritmo da formação, mas obtém insucesso estatístico, porque alguns alunos não corresponderam à exigência das aprendizagens. Queixam-se os alunos com mais dificuldades e com razão.
    Como se vê, a coexistência do ensino inclusivo, centrado no aluno, com o ensino padronizado, centrado nos conteúdos programáticos, na mesma turma, não produz resultados optimizados e a sua manutenção pressupõe um preço a pagar pela sociedade, que terá sempre de ser tolerante com os resultados estatísticos. Contudo, o que vimos nestes últimos três anos é que o País está sujeito ao primado das estatísticas, numa obcesão, nem sempre salutar, de ficar a par dos valores médios da União Europeia.
    Sendo assim, há que tirar ilacções: se o País quer resultados maximizados, terá de separar os dois tipos de ensino, seja a nível de escola ou de turma. A indefinição do actual sistema não satisfaz nem governos, nem alunos, nem professores, acabando estes por ser injustamente responsabilizados por resultados que são uma consequência do próprio sistema. Criar escolas de nível não me parece possível em termos de aceitação social, restando assim a hipótese de formação de turmas de nível dentro da mesma escola.
    A ideia igualitarista de que todos os alunos têm capacidade para aprender as mesmas matérias durante um ano lectivo é uma ficção. Não há estratégias, professores ou políticas educativas que consigam contornar esta impossibilidade. E quando, por vezes, nalgumas escolas ditas modelo se fala em grande sucesso, estamos a falar de sucesso estatístico conseguido com medidas paleativas. Em Educação, não há milagres.
    Queixa-se o Ministério da Educação de que os resultados escolares dos alunos são muito inferiores à média europeia. Em primeiro lugar, porquê tanta estranheza e incomodidade? Por acaso, a economia portuguesa está ao nível da União Europeia? A indústria? A agricultura? A Justiça? O sistema de saúde? Ora, se todos os sectores do País têm índices abaixo da média da União Europeia, porque carga de água a Educação haveria de ter índices iguais ou melhores?
    Naturalmente, os níveis de desenvolvimento são sempre condicionados pelo contexto e pela herança do passado. Os pais dos nossos alunos têm habilitações médias iguais aos do resto da União Europeia? Portugal continua com 9% de analfabetismo, flagelo que nos países do Norte da Europa foi erradicado há 100 anos! As condições de vida dos alunos portugueses são iguais às dos alunos da União Europeia? A verdade é que muitos alunos portugueses continuam a vir para a escola mal alimentados, mal vestidos e a viver em casas abarracadas, sem qualquer dignidade e conforto. A assistência na saúde dos alunos portugueses é igual à da média da União Europeia? Ora, Portugal não tem sequer uma rede de saúde mental a nível nacional. As crianças e jovens portugueses com problemas comportamentais e de saúde mental, e muitos são, ou não fossem também os mais maltratados da Europa, esperam meses por uma consulta que, geralmente, nem sequer tem continuidade. Ou, pura e simplesmente, nem sequer têm assistência.
    Quem conhece a realidade educativa em Portugal sabe que estas são as reais causas do insucesso escolar. É raríssimo um aluno de classe média, com uma família equilibrada e pais que lhe dêem a devida atenção, ter maus resultados escolares. Se dúvidas houvesse de que o problema do ensino não passa pela qualidade do corpo docente, esta simples constatação desmontaria tal tese.
    Mário Lopes (In http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=3b1be272-e05b-4e57-ae03-7719058cb703&edition=89)

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  4. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    24 Março, 2009 21:57

    Donde se conclui que Henrique Monteiro não sabe o que são ciganos.
    E Helena Matos parece que também não.

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  5. Desconhecida's avatar
    ourição permalink
    24 Março, 2009 21:57

    Lá vai o eduquês pela sarjeta abaixo:
    Aviso de SHANGHAI — China is growing increasingly concerned about holding huge dollar reserves, the head of its central bank has called for the eventual creation of a new international currency reserve to replace the dollar.

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  6. Isabel C.'s avatar
    24 Março, 2009 22:18

    Descubra as diferenças. A título de exemplo.
    A Finlândia investe por cada aluno das suas escolas o dobro que Portugal investia, há quatro anos, por cada aluno. O número de professores, por escola, sem turma é igual ou superior ao número de professores com turma. Em Portugal somente existem professores com turmas. O analfabetismo foi erradicado da Finlândia há cem anos. Em Portugal, existe uma percentagem elevada de analfabetos e existe um elevadíssimo número de analfabetos funcionais. O corpo docente da Finlândia tem vínculos estáveis ao Estado – 95% do corpo docente é efectivo dos quadros. Em Portugal, a maioria dos professores têm vínculos precários ao ME e está na calha terminar com os vínculos de alguma estabilidade que já possuiram . Na Finlândia os professores são os profissionais mais prestigiados e estimados pelo povo. Em Portugal um professor é um tipo a abater. Na Finlândia os professores auferem salários de qualidade. Em Portugal, os professores são os profissionais qualificados com mais baixos vencimentos.

    Cada povo tem o que merece.

    Preparemo-nos para o pior. Ainda nem sequer … começou!

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  7. Desconhecida's avatar
    Amonino permalink
    24 Março, 2009 22:42

    .
    Cheque-educação, Cheque-Saude, Taxa Social Nacional sobre o Consumo (tipo IVA mas sem deduções)e Imposto Nacional Unico apenas sobre o Consumo (eliminando o resto). Tá resolvida a Crise, o Desemprego, bem como aa injustiças na Educação e na Saude. Creditos, mais linhas de crédito, mais operações bancárias falham. Por os Cidadãos e Empresas ficarem insolventes é que a Banca faliu. Por os Cidadãos terem ficado sem poder de compra é que as Empresas não vendem, encerram ou abrem falência. Como o situacionoismo “inteligentemente” não abriu mão da baixa de impostos generalizada, têm-na agora em grossa quebra de receitas fiscais e apoios sociais que é obrogado a dar para não ruir. Pois, tá bem. Siga a dança. Depois chamem-lhe “bota-abaixo” …..
    .

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  8. tino's avatar
    24 Março, 2009 22:55

    A QUEM VAI SERVIR O TGV?

    Este é o pensamento político que temos (em Portugal) , está em todas:

    · Estádios de futebol, hoje às moscas,
    · TGV,
    · novo aeroporto,
    · nova ponte,
    · auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
    · etc. etc.

    A quem na verdade serve tudo isto?

    PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM

    A QUEM VAI SERVIR O TGV …

    1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
    2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E …CLARO,
    3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA …

    OS PORTUGUESES FICARÃO – UMA VEZ MAIS

    – ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS

    POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

    Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.

    Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos ‘Alfa’ por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.

    A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

    Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.

    Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

    A resposta está na excelência das suas escolas,

    · na qualidade do seu Ensino Superior,
    · nos seus museus e escolas de arte,
    · nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
    · nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

    Percebe-se bem porque não
    · construíram estádios de futebol desnecessários,
    · constroem aeroportos em cima de pântanos,
    · nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

    O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

    É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).

    É por razões de sensatez que não o encontramos
    · na Noruega,
    · na Suécia,
    · na Holanda
    · e em muitos outros países ricos.

    Tirar 20 ou 30 minutos ao ‘Alfa’ Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.

    Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

    Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

    – 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
    – mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
    – mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

    E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

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  9. Tacci's avatar
    25 Março, 2009 12:16

    Quem inventou a palavra «eduquês» prestou um péssimo serviço ao ensino.
    Nunca ouvi falar de «medicinês», nem de «engenheirês»: admite-se que qualquer especialização exige um jargão próprio, mas o ensino não precisa.
    Claro que há muita gente a esconder a própria ignorância por trás de um linguarejar inconsequente, como há charlatães ou incompetentes na medicina.
    Mas esses, normalmente não são pedagogos; ou são políticos e falam «ministeriês» ou são ignorantes e falam «grunho».
    Geralmente acumulam.

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  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    25 Março, 2009 12:20

    A QUEM VAI SERVIR O TGV?
    óbvio que é aos gajos que o querem desviar.

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