Obamania e credulidade
Este post de Vital Moreira é notável:
Mudança radical
Obama supera todas as expectativas de mudança quanto às posições reaccionárias dos Estados Unidos da era Bush.
É um exemplo de análise wishful thinking só possível porque Vital Moreira sente empatia por Obama.
Note-se que o que Obama fez foi uma promessa. Pelo facto de Obama ter feito uma promessa de mudança, Vital Moreira conclui imediatamente que Obama supera todas as expectativas de mudança. Mas como pode superar expectativas se ainda não mudou absolutamente nada? A única coisa que Obama fez foi criar ainda mais expectativas, em no entanto concretizar o que quer que seja.
Aliás, Obama está a fazer promessas que não dependem dele. Dependem do Senado americano. Qualquer pessoa minimamente crítica desconfiaria de alguém que promete o que não pode dar.
Vital Moreira contrapõe as posições de Obama às posições reaccionárias dos Estados Unidos da era Bush. Mas, até ao momento, a posição oficial dos EUA não mudou significativamente. A retórica até é muito parecida. Alguns exemplos:
US ‘leading on climate change’, says Bush
Bush takes lead on global warming action
BLASFÉMIAS 
João Miranda, até plenamente o seu argumento. Em tese, partilho as suas dúvidas. Na prática, pela experiência que estas coisas, de longe, nos trazem, temos duas atitudes diferentes: negativa e positiva a forma de encarar isto.
O seu problema é que não vê ou não admite que Obama possa ser diferente. Talvez escaldado com situações recentes, guiado por preconceitos, sabedor dos maus pagadores de promessas da política. Concordo com o seu pessimismo.
Mas, repare: se o que Obama diz, a forma escorreita e transparente como o diz. Ele é tão apresentável como Bush ou Sócrates. É certo que estamos fartos de um e de outro e Obama ainda mal apareceu em acção, só faz promessas. Mas não acredito que Bush ou Sócrates pudessem mostrar convencimento e tranquilidade como tem Obama.
Pode contrapor que isso é uma espécie de crendice, mas a verdade é que, até por não ter propriamente um passado alvo de reparos, para não dizer pior, Obama apresenta-se como um homem honesto que temos tanta dificuldade em encarar por ser raro vê-los, muito menos na política e menos ainda no senhor do mundo que é o Tio Sam. Esse capital de esperança de Obama reside na sinceridade que mostra ao mundo, algo que Bush derreteu logo nas suas primeiras aparições públicas e Sócrates desfez em três tempos.
Concordo que é de esperar para ver, deixemos a crendice de lado. Mas Obama pode ser um sincero político desejoso de mudar coisas, sob pena de perder o capital que granjeou e, até pelo cariz histórico da sua eleição, tornar-se um Bush insuportável de voltar a ouvir, tal como Sócrates infelizmente para nós. Obama pode ser na América, salvo as devidas proporções, leif motiv e fim em vista dos seus propósitos políticos, o que Gorbachev foi na URSS. Um achado da História.
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“até entendo perfeitamente”, quis eu dizer.
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òh miranda! pode começar a fazer campanha pela palin.
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O Noam Chomsky, grande farol da Esquerda americana, e’ da opiniao que o Obama e’ um clone do Bush. Esta promessa e’ igual ‘a do Bush, assim como ainda esta semana Obama veio chatear a Europa com a questao da Turquia, exactamente como tinha feito de Bush.
Mas entendo a excitacao de Vital Moreira com estas promessas. Grandes promessas que nao sao para cumprir e um discurso grandiloquente e vazio de conteudo parecem excitar o Vital Moreira. Talvez Obama lhe faca recordar alguem da politica nacional.
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Em 1997 (ainda no governo Clinton), o senador Robert Byrd (D-WV) apresentou a seguinte resolução ao senado americano:
Declares that the United States should not be a signatory to any protocol to, or other agreement regarding, the United Nations Framework Convention on Climate Change of 1992, at negotiations in Kyoto in December 1997 or thereafter which would: (1) mandate new commitments to limit or reduce greenhouse gas emissions for the Annex 1 Parties, unless the protocol or other agreement also mandates new specific scheduled commitments to limit or reduce greenhouse gas emissions for Developing Country Parties within the same compliance period; or (2) result in serious harm to the U.S. economy.
O resultado da votação foi unânime: 95 votos a zero.
http://www.senate.gov/legislative/LIS/roll_call_lists/roll_call_vote_cfm.cfm?congress=105&session=1&vote=00205
Bush simplesmente respeitou a resolução aprovada no senado americano quando recusou-se a assinar o protocolo de Kyoto.
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Un «módulo sintonizador de radio», destinado a ser incorporado en aparatos receptores de radiodifusión del tipo utilizado en los automóviles, presentado con otros componentes, tales como una fuente de alimentación, procesadores de señales, amplificadores de audio y circuitos de memorización de canales. El módulo está constituido por un bloque de radiofrecuencia, un bloque de frecuencia intermédia y circuitos de desmodulación AM/FM. El módulo aisla las señales de radiofrecuencia y desmodula la señal de audio sin ningún outro tratamiento.
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Muito bem Aduana.
Assino por baixo.
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por acaso o aumento de emissões CO2 nos USA foi maior na era Clintom do que na Bush. Mas isto não convém dizer aos “media” e supostos defensores do ambiente.
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Ó senhores,eu sei que isto ,mais do que polìticamente incorrecto,roça quase a heresia face ao histerismo dos “bem pensantes” perante a criatura – mas convém ter em mente que os EUA, em vez de um Presidente ,têm um “compère” mais ou menos revisteiro (ou,atendendo à proveniência do dito e à modernização das coisas, um “talk show host”).
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O assunto foi pouco falado na imprensa ou mesmo abafado, mas na passada 6ªfeira durante a cimeira da NATO a França usou um quadrireactor Airbus A340 (o 2º maior avião da Airbus) para transportar delegados entre Baden e Estrasburgo. O voo durou apenas meia dúzia de minutos incluindo descolagem e aterragem.
Pois que entre Baden e Estrasburgo a distância é de apenas 42 quilómetros. Cada um dos 4 motores do A340 gasta uma média de 7800 litros de jetfuel por hora, mas a descolagem são é fase mais gastadora, e nesta voltinha de uns minutos terão sigo gastas 2 a 4 toneladas de combustível. Refira-se que obviamente ninguém ficou no aeroporto de Estrasburgo, que afinal fica fora da cidade, dista uns 15 km’s. Ou seja, todos eles tiveram depois que se deslocar de outra forma para os hotéis.
Combater alterações climáticas ? Pelo menos na Europa, é para rir.
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Nem estranho não estranhar :
Pelo prosa tendo a pensar que é cidadão americano. Isso justificaria a forma como se prontifica a engulir a propaganda de Obama. A minha visão pessoal é esta:” trata-se de uma construção do marketing político. Não vai mudar nada no essencial. Torna-se irritante na sua aparente calma para quem sabe que ela advém da necessidade de focar o olhinho nos écran colocado de um dos lados do palanque e voltar ao écran do lado contrário 5 segundos depois.
Este é o tempo dos falsos profetas. A Humanidade recusa-se a despir o fatinho de Peter Pan e a assumir os seus detinos. E claro que há quem se continue a aproveitar disso.
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É pós-moderno acreditar que as palavras moldam a realidade (Yes we can. Can we?) Os profetas do pensamento positivo e do excesso de confiança são a contrapartida política da bolha financeira que, “empilhando crédito sobre crédito, enriqueceu à custa de se auto-afirmar” (A. Glucksmann, http://www.city-journal.org/2009/19_1_snd-postmodern-financial-crisis.html)
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Obama aprendeu com os europeus: não é preciso fazer nada, basta dizer que sim para toda a gente ficar contente, darem palmadinhas nas costas, sorrirem para a fotografia. Depois, se for preciso manipulam-se uns números para dar a impressão que se fez alguma coisa.
A Shell desistiu das energias solar e eólica por serem alternativas demasiado caras. Portugal orgulha-se de ter um dos maiores parques eólicos mundiais. Claro, ninguém está interessado em deitar dinheiro à rua por isso ninguém os constrói.
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# 13 Obama aprendeu com os europeus: não é preciso fazer nada, basta dizer que sim para toda a gente ficar contente, darem palmadinhas nas costas, sorrirem para a fotografia. Depois, se for preciso manipulam-se uns números para dar a impressão que se fez alguma coisa.
Ora nem mais. A Europa há muito que perdeu todos os seus grandes líderes, grandes homens cheios de coragem que a construíram. Desde há muitos anos temos apenas estas tretas de políticos novos, bonitos, bem vestidos, bem acompanhados, modernaços e encharcados em marketing e propaganda. A América limitou-se a seguir o exemplo europeu. O faz de conta, tudo cheio de boas intenções e causas, slogans e ideias, que não passam de vaporware.
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“A Shell desistiu das energias solar e eólica por serem alternativas demasiado caras.”
também desistem de alguns poços quando o custo de extracção é muito elevado. mais caro, são números, tal como a cabeça das pessoas, manipuláveis.
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“tal como a cabeça das pessoas, manipuláveis.”
Não manipuláveis são aqueles que não se deixam levar pela onda eólica.
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#16 o cervantes chamou-lhe d. quixote, a versão tina é “não manupulável”
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Falou o Sancho Pança
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«The Obama administration has filed a brief in EFF’s lawsuit against the government for its program of illegal, mass wiretapping of Americans, defending the practice, arguing that the lawsuit should be dismissed, endorsing the Bush administration’s invented “State Secret” theory, and augmenting it with a new theory, that “the Patriot Act bars any lawsuits of any kind for illegal government surveillance unless there is “willful disclosure” of the illegally intercepted communications.” This brief was not written by Bush cronies left behind by the outgoing administration: this is an invention of the Obama administration.»
http://www.boingboing.net/2009/04/07/obama-doj-invents-ra.html
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“É um exemplo de análise wishful thinking só possível porque Vital Moreira sente empatia por Obama.”
Não, é só possível por que os Mídia são cumplices e contribuem para essa narrativa. Sem os Mídia por trás a lançar flores sobre Obama as posições de Vital e outros seriam risíveis.
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foi pena o vital nao ter posto isso na sua famosa saga”um pouco mais de seriedade por favor…”
ps-ele acaba as posta com um ponto de interrogaçao e depois nao admite respostas
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“Bush simplesmente respeitou a resolução aprovada no senado americano quando recusou-se a assinar o protocolo de Kyoto.”
Tiago
Bush não se recusou a assinar coisa nenhuma, porque não tinha nada para assinar.
Quando Bush chegou à Presidência o Protocolo de Kyoto já tinha sido assinado por Clinton (ou Gore).
O que estava em causa era a ratificação do Protocolo que Clinton nunca convenceu o Senado a fazer (também não se viu grande iniciativa dele para conseguir isso).
E se os Democratas quisessem mesmo ratificar o Protocolo podê-lo-iam ter feito nos últimos 2 anos da Presidência de Bush, em que tinham a maioria no Senado.
Por isso, Obama está a prometer uma coisa que efectivamente não está ao seu alcance conseguir.
Mas o mais ridículo disto tudo é que os EUA, sem ratificarem o Protocolo, reduziram as suas emissões de CO2 e Portugal que o ratificou, não só não reduziu, como aumentou.
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Algaliado Pinto (12:34h)
não sou americano e digo-lhe que nem gostaria de ser nem de lá viver, umas semanas lá passadas chegaram-me.
não deixo, tal como com JM, de concordar haver aqui marketing político. Por isso evoco Sócrates… Mas se no marketing político, como em muitas áreas de comuncação e até de diversão, os americanos dão cartas, a verdade é que em política é cada um o pior. Tal como os europeus.
Depois de 35 anos de vergonha de políticos em Portugal, da ruína da Europa com um absurdo alargamento da UE, de Bush que levou o mundo à bancarrota com uma governação execrável dentro e fora de portas, diga-me lá se os princípios defendidos por Obama não são de elogiar (1) e se os contesta é porque:
a) está escaldado pelos mentirosos que o têm precedido, na e fora da América
b) duvida dele por preconceito, racista ou político
c) é pessimista militante
d) assim ninguém mais porá isto direito.
Desta maneira, restava-nos fazer como os americanos: vou ali buscar uma arma e venho já…
Obama, aliás, para fustigar os reis da alta finança como tem feito, e já vinha a advertir na campanha contra as malfeitorias dos capatazes que se locupletaram com os lucros e deixaram os prejuízos para o contribuinte pagar, já deu um passo em frente na moralização.
Ele, para já, não foi só falar: já agiu.
Temos o presidente cá da parvónia que, muito formalista, discreto e dado à boa reflexão e alertas sociais muito certinhas, fala, fala, fala, mas não faz nada.
Presidentes e ministros da treta não quero mais. Nem da teta.
E a responsabilidade de ser negro, ou de cor, é assumida por Obama para fazer bem e melhor. Porque será penalizado se não o fizer e duplamente por ser raçado…
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Duas semanas e não viu nada…..
Diga lá quem aprovou ou não o protocolo de Kioto nos EUA?
O Bush? O Senado? A Camara dos Representantes? E diga lá quem tinha e tem maioria nelas.
Mais duas semanas……
Quando quem aprovou leis que permitiram a criação de instituições financeiras paralelas aos bancos sem regulação?
Foi o Bush? Quantas iniciativas dele foram chumbadas e por quem no Senado para impor regras a esses vendedores de ilusões?
Em vez de passar duas semanas a olhar para o palácio e soltar afirmações sobre a politica interna dos EUA e dos seus reflexos na economia mundial melhor seria informar-se um pouco no recato da sua casa.
E deixe de ser racista. O Obama não tem nada que fazer mais e melhor por causa do tom da pele.Os americanos não olharam quando o elegeram, ao contrario de racistas “positivos” europeus.
Esperam sim que ele meta os lunáticos do seu partido autores legislativos dos desvarios económicos e financeiros que provocaram esta crise e deixar-se de mandar patacoadas lidas no teleponto e meter as mãos na massa.
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Obama copia o figurino Busch. Não pode fazer senão o que o senado aprovar. o que è diferente da Obamania…….
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Obama o pagador de promessas……..
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Esta obamisse lamecha enjoa desde o princípio, mas agora está a virar demência… Ouvi dizer que o tipo é também muito culto: referiu a existência de uma “Austrian language”. E há, mas os alemães apropriaram-se dela. Só o W. Bush é que era ignorante…
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Não concordo plenamente no post de Vital mas acredito que um presidente que fez em dois meses mais pelo povo americano do que qualquer outro tem a minha confiança a partir de agora para avançar.
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