Brincar aos legisladores
O plenário da Assembleia da República aprova, em votação final, o texto de uma Lei. Depois disto, uma Comissão parlamentar é encarregue da pomposamente denominada “redacção final” (fase não prevista na Constituição, que regula extensamente o procedimento legislativo parlamentar), a qual deve “limitar-se a aperfeiçoar a sistematização do texto e o seu estilo, mediante deliberação sem votos contra“, desde que respeitando o “pensamento legislativo“, de acordo com o Regimento aprovado pelo próprio Parlamento.
Como não houve votos contra, a Comissão decide criar uma nova norma que não constava do texto aprovado e que, naturalmente, não fora antes objecto de qualquer discussão, chamando-lhe “aperfeiçoamento”. Todos os partidos alinharam na decisão. Sem discutir a bondade (já que a ilegalidade é evidente) da alteração introduzida, questiono apenas o seguinte: se dezasseis deputados podem alterar o texto aprovado em votação final global no plenário, para que são precisos e pagos duzentos e trinta?

Alguém tem que dizer “Sim senhor”, “Apoiado” e “Muito bem”.
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Eu diria mais.Se dos 230 todos têm que votar o que o chefe diz bastam 5 deputados…
Vejam só o que sobrava para combater a pobreza…
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E para quando, para os nossos sacrificados deputados, mal pagos e considerados, uma benesse idêntica à dos deputados de sua Majestade?
Sim direito a uma segunda residência e orçamento para as tampas das sanitas.
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… quais tampas de sanita? Para o surto de diarreia, não sei se o orçamento contempla a importação de papel higiénico!!!
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boa pergunta
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É o vale tudo! Absoluto.
Estão criadas as condições para o “reviralho”.
Aproxima-se a hora de quem não gosta de confusõea ir fazer umas férias prolongadas.
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