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Receitas milagrosas

9 Julho, 2009
by

PSD quer saúde paga em função do rendimento das pessoas.

Portugal é um país inviável porque os 2 partidos de governo não conseguem sair do mesmo paradigma (socialista) vigente. Competem entre si procurando convencer-nos que cada qual é melhor que o outro a gerir monstros ingeríveis (a saúde e a educação, por exemplo), alvitrando as “infalíveis” soluções tecnocráticas, sempre, sempre numa perspectiva ultra-centralizada.

A proposta do PSD para a saúde insere-se na filosofia do tipo “os ricos que paguem a crise”, supostamente tão do agrado da populaça. Mas como em Portugal nunca houve muitos ricos e os que existem estão em vias de extinção ou de expatriação, a factura destas receitas milagrosas representará mais uma extorsão sobre os remediados, a dita e desgraçada classe média. Sem contrapartida que se veja. Por uma questão de equidade mínima, fazia sentido que aquela proposta viesse em paralelo com o fim da progressividade dos impostos, a coisa mais escabrosa que se inventou ao nível da fiscalidade.

61 comentários leave one →
  1. Marafado de Buliquei-me permalink
    9 Julho, 2009 16:01

    Ou seja :
    Se PSD a governar aqui na Merdaleja a saúde é para entregar ás companhias de seguros a quem terei de pagar !!
    E os meus descontos de uma vida … para onde foram ??
    Cambada !!!

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  2. Libertas permalink
    9 Julho, 2009 16:03

    Nós, trabalhadores com rendimento, passaremos a pagar.
    E os funcionários públicos? Extingue-se ou não a ADSE? Passarão todos os trabalhadores do textil ou das cutelarias a ter acesso à ADSE? Os portugueses serão todos iguais? Os privilégios abrilinos acabam?

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  3. Libertas permalink
    9 Julho, 2009 16:04

    1ª medida: extinção imediata da ADSE!

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  4. Libertas permalink
    9 Julho, 2009 16:05

    Porque tenho que utilizar o SNS e o meu irmão pode utilizar o Hospital da Luz?

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  5. LUSITÂNEA permalink
    9 Julho, 2009 16:06

    Ou seja quem recebe um vencimento miserável de licenciado(classificação da Ana Gomes) paga para si e para os outros.
    E nos outros está o “mundo” mesmo que sejam importados e andem por aí ilegaisbcomo os sidosos que custam mais de 2000 euros/mês
    Estes socialistas do PSD…

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  6. 9 Julho, 2009 16:13

    O problema começa logo em determinar o rendimento das pessoas, que só é palpável para os trabalhadores por conta doutrem.
    A minha tia Carlota diz que não tem rendimentos nenhuns e vive à larga.

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  7. Soldado Raso permalink
    9 Julho, 2009 16:22

    Eu cá já tenho o problema resolvido, fui à loja do chinês e comprei um malinha de primeiros socorros toda catita por apenas 3 euros ( tamiflu incluido).
    Ó Manela de mim não levas nada !

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  8. Obama derretendo no pasquim Sol os ressabiados permalink
    9 Julho, 2009 16:26

    O Estado Mínimo e a política de verdade propostos pela Avozinha são autênticos embustes e um perigo real para os portugueses com menos rendimentos.

    ** Excertos da Avó Mentiras, ou a Dra. Múmia Mentirosa **

    …NA SEMANA PASSADA, SEXTA-FEIRA, 3 DE JULHO:

    Que políticas sociais pretende rasgar ?

    —> TODAS as soluções que têm estado a ser adoptadas em termos de política ECONÓMICA E SOCIAL.

    …HOJE, QUINTA-FEIRA, 9 DE JULHO:

    —> Rasgar? ninguém vai rasgar nada!

    E quanto à questão sobre as políticas sociais ?

    —> Não há nenhuma medida anunciada por este Governo com a qual eu discorde. (!!) Eu nunca disse que rasgaria políticas sociais. (!!) Não há nenhuma medida a que o PSD se tenha oposto ou que tenha criticado sequer. (!!)

    COMO É QUE É ISSO?? PODE REPETIR DE NOVO? É QUE A CASSETE DA VERDADE ENTROU EM GREVE….

    —> Repito: Não há nenhuma medida anunciada por este Governo com a qual eu discorde. Eu nunca disse que rasgaria políticas sociais. Não há nenhuma medida a que o PSD se tenha oposto ou que tenha criticado sequer. (!!!)

    Ó VÓVÓ…TÁS A MENTIR..VÓVÓ MENTIRAS..SUA MALANDRINHA..COM A VERDADE M’ENGANAS….OLHA…VAMOS VER O EXCERTO…O VÍDEO FICA PARA MAIS TARDE, AVÓZINHA:

    No dia 25 de Junho, durante um jantar com o grupo parlamentar do PSD, Manuela Ferreira Leite disse:

    —> Nós vamos repudiar todas as receitas que o PS tem estado a adoptar para o país.

    —> NÓS VAMOS RASGAR e romper com TODAS as soluções que têm estado a ser adoptadas em termos de política ECONÓMICA E SOCIAL

    Ó VÓVO .. EM QUE É QUE FICAMOS…VERDADE OU MENTIRA??? .

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  9. Marafado de Buliquei-me permalink
    9 Julho, 2009 16:26

    #5
    Melhor será colocar esse problema ao cura da sua paróquia !

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  10. fado alexandrino permalink
    9 Julho, 2009 16:34

    Tenho uma reforma muito substancial e pago a taxa moderadora igual a quem tem o vencimento mínimo.
    Outro dia informaram-me que por ter passado dos 65 anos passava a pagar só metade.
    Por outro lado tenho o plano de saúde da PT.
    O senhor do post acha isto justo?

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  11. Basico permalink
    9 Julho, 2009 17:08

    Assim de repente, e mesmo sendo “Liberal”, eu diria que precários diferenciados para a Saude Publica em Portugal rapidamente levam um selo de inconstitucionalidade.
    Esta parece-me uma daquelas medidas pró povo ficar todo excitado para rapidamente (após as eleicoes) regressarem a terra.

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  12. 9 Julho, 2009 17:09

    Caro “Quelimanense”,

    “Tenho uma reforma muito substancial e pago a taxa moderadora igual a quem tem o vencimento mínimo.
    Outro dia informaram-me que por ter passado dos 65 anos passava a pagar só metade.
    Por outro lado tenho o plano de saúde da PT.
    O senhor do post acha isto justo?”

    É suposto que você tenha descontado ao longo da sua vida laboral para ter hoje uma reforma substancial. Trata-se do dinheiro que você pôs de parte para esse efeito e que está agora a ser-lhe devolvido, espera-se que com juros. E se tem o plano de saúde da PT, é porque esta achou por bem atribuir-lhe essa “remuneração em espécie”. Por outro lado, é suposto que tenha tb pago e continue a pagar IRS pela medida grande, muito do qual foi e é para financiar o SNS. Obviamente que isso lhe dá todo o direito a usufruir dos serviços deste e a ser bem mais exigente do que aqueles que nunca descontaram e que tb dele usufruem.

    O que eu acho injusto é que os “remediados” que estão no escalão dos 42% de IRS (basta ganhar 65.000 euros / ano) e que mais contribuem para o financiamento da saúde, tenham de pagar os respectivos serviços a dobrar – ou a triplicar, quadruplicar, etc, por via da progressividade.

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  13. arreporra permalink
    9 Julho, 2009 17:13

    Este país é um país de “bêbados”, sem ofensa para os verdadeiros. É só disparates.

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  14. aristofanes permalink
    9 Julho, 2009 17:17

    “porreiro pá”. ninguém quer dividir nada com ninguém.

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  15. 9 Julho, 2009 17:19

    O senhor Rocha não gosta da populaça mas quando se finar vai feder como um funcionário público. Eu disse ‘feder’.

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  16. Basico permalink
    9 Julho, 2009 17:21

    Squeezing the balls of the middle class…

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  17. 9 Julho, 2009 17:23

    Não levem a mal o Fado Alexandrino.
    Além de estar assim desde que lhe deu aquilo, coitado, agora recusa-se a tomar as gotas.
    Não há plano de saúde da PT que lhe valha já…

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  18. Basico permalink
    9 Julho, 2009 17:25

    Mais, para quem nao ve a imagem toda, este é mais um empurraozinho do centrao para que a classe merdia portuguesa continue a apostar em seguros privados de saúde, e a dar garantir o futuro dos hospitais privados e das parcerias publico privados, para que continue a dar dinheiro aos Mellos, ao BES, e outros grupos que actuam na área da Saúde e que precisam de fazer dinheiro.

    Porque razao haveriam de ir aos hospitais publicos se já pagam os privados, especialmente agora que os precos dos publicos até iam subir?

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  19. Carlos Duarte permalink
    9 Julho, 2009 17:26

    Caro LR,

    O título do post não corresponde ao conteúdo da proposta apresentada pelo IFSC. O que eles referem é que, SE NECESSÁRIO, o custo dos cuidados de saúde (co-pagamentos) sejam feitos em função dos rendimentos. SE NECESSÁRIO!

    Para ser sincero, já fui mais contra “escalonamentos” destes do que sou neste momento. Considero mais necessário um nível de acesso mínimo à saúde (via SNS ou semelhante) do que possíveis “duplas tributações”.

    O documento está bem elaborado, aponta para um sistema privado sob supervisão estatal (no qual, diga-se, não acredito, por experiência), livre escolha do fornecedor de serviços (que, novamente, me levanta algumas dúvidas ou não fossemos um país de “cunhas”) e – muito importante – uma nova política do medicamento.

    Tem falhas e, a mim, que resido em Inglaterra, custa-me muito ver os elogios ao NHS, quando o nosso SNS, apesar de tudo e é apenas experiência pessoal, funciona bastante melhor.

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  20. 9 Julho, 2009 17:43

    Esses monstros ingeríveis são os meus direitos fundamentais, por isso deixem-nos ser de todos e para todos. Acha que a Saúde e a Educação devem ter como prioridade o lucro??

    Se a progressividade não é a base racional para qualquer imposto, não sei qual será. Se é tão contra os impostos, é de assumir que é um dos que tenta por todas as vias escapar-se-lhes.

    Fartinho destas vozes ignorantes, ciosos do que já acumularam, estridentes para que ninguém lhes tire o que acham que merecem, por direito divino. Acho “escabroso” que numa era de Informação e Tecnologia sem precedentes, em que todos podemos ter acesso aos estudos, opiniões e efeitos sobre as “experiências” neo-liberais de outros países, não partamos para outros modelos, mais aperfeiçoados, modernos e consentâneos com a evolução dos tempos.

    Demagógico e reaccionário. Tenho dito.

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  21. 9 Julho, 2009 17:48

    “Mas como em Portugal nunca houve muitos ricos e os que existem estão em vias de (…)expatriação(…)”

    Ainda gostava de ver isso.
    Vocês bem dão voltas e mais voltas, tentando a privatização de um dos sectores mais rentáveis. Só que os que têm esse modelo, não gostam. Pelo contrário, o que em minha opinião devemos exigir,é um regime único para todos, não impedindo, naturalmente, opções privadas que, enquanto tal, devem seguir o seu caminho.

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  22. 9 Julho, 2009 17:57

    O problema é que já é assim que pago a educação das minhas filhas, numa IPSS, e como tal pago mais de infantário por mês por cada uma do que pagava eu há 15 anos numa universidade privada…
    Mas e vendo a gestão fabulosa do estado… e já agora, felizmente posso pagar um bom seguro de saúde… mas é por essas e por outras que sou obrigado a ser “pula” em angola…

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  23. aristofanes permalink
    9 Julho, 2009 18:08

    19.Carlos Duarte disse
    9 Julho, 2009 às 5:26 pm

    Acabei de ler o documento. A minha primeira ideia é idêntica à que escreveu. É um bom documento. Espero que tenha tradução prática com igual qualidade.

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  24. Obama permalink
    9 Julho, 2009 18:09

    Ps-dê?

    Dê??
    D de Desorientados
    D de Desânimo
    D de Defecar
    D de Descresncça

    Dê? Dê o quê?!

    esta gente nunca Deram nada a ninguém a não ser aos Deles, aos Deles temos visto que Dão bem $$$

    é em toda a parte, Escândalos e Roubalheiras, ladroagem e traficãncias, Banca, Pequenas e Médias Empresas, Grandes Empresas, Estatais, Privadas, Futebol, Câmaras, Sacanas, Camorras, Finos, Compridos, Loureiros, Hortas, Jardins Tenrreiros, Caprichosos, Encarnações, Presidências, porra que isto nunca mais acaba!

    Quem são os Madoffs portugueses quem são?

    Porreiro pa!
    Porreiro Cavaco!
    Porreiro Jardim!
    Porreiro Avózinha! Porreiro!!

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  25. 9 Julho, 2009 18:10

    fado alexandrino

    Recebo o triplo da pensão de reforma da minha cara metade.
    Enquanto ela paga taxa moderadora nos hospitais da minha corporação, eu nada pago.

    No entanto e quanto à sua/minha opinião, que fazer de algumas seitas com rendimentos/salários chorudos, reformas flash e seguros de saúde da empresa,nomeadamente EP?

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  26. Anónimo permalink
    9 Julho, 2009 18:16

    …só é palpável para os trabalhadores por conta doutrem.
    A minha tia Carlota diz…

    O que a sua tia Carlota diz não se escreve, porque ela também não é palpável por quase ninguém.

    A propósito: porque é que continua sem fechar a boca depois do que se queixou no post anterior?

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  27. 9 Julho, 2009 18:19

    DC,

    “Acha que a Saúde e a Educação devem ter como prioridade o lucro??”

    Porque não? Se houver concorrência, é a melhor forma de garantir a qualidade.

    “Se a progressividade não é a base racional para qualquer imposto, não sei qual será.”

    A proporcionalidade. Mais racional e mais justa.

    “Se é tão contra os impostos, é de assumir que é um dos que tenta por todas as vias escapar-se-lhes.”

    Não tenho hipóteses porque sou assalariado, mas gostaria de ter, dado que não sou masoquista.

    “(…) em que todos podemos ter acesso aos estudos, opiniões e efeitos sobre as “experiências” neo-liberais de outros países,”

    Quais são?

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  28. Jim Morrison permalink
    9 Julho, 2009 18:33

    ——-É HORA DA JUSTIÇA FORTE PARA COM OS FORTE———-

    ISALTINO!!!! MAIS UM PARA O NAIPE!!!!
    AHHHH GRANDE PSD!!! ESTÃO EM TODAS!!!

    É VIGÁRIOS PARA TODOS OS GOSTOS E FEITIOS

    P..QUE PARIU ESTES MAMÕES

    VAMOS LÁ TODOS EM CORO:

    — C-T-T C-T-T C-T-T
    OUTRA
    …B-P-N B-P-B P-N!!!!

    ISSSO, FORÇA, SEM MEDO
    — SA-CA-NA SA-CA-NA
    NOVAMENTE

    …. CA-MO-RRA CA-MO-RRA

    ….TEN–RREI-RO TEN-RREI-RO

    …..B-P-P B-P-P
    ——————–B-C-P B-C-P

    HOR-TI-COS-TA HOR-TI-COS-TA

    HÁ TANTOS QUE TEMOS CANÇÕES ATÉ ÀS PRÓXIMAS PRESIDÊNCIAIS, ALTURA EM QUE VAMOS POR UM HOMEM QUE SEJA REALMENTE PRESIDENTE DE TODOS OS PORTUGUESES E NÃO O..

    PRESIDENTE DOS MADOFFS PORTUGUESES!!!!

    VAMOS AMIGOS….ELES ANDAM NERVOSOS E INCOMODADOS POIS HOJE A VELHA MOSTROU QUE A POLÍTICA DE VERDADE AFINAL É UM EMBUSTE !!!ORIGADO AO SOL E À SIC, QUE PÔS NO AR A GRAVAÇÃO AUDIO ONDE A AVÓ MENTIRAS DESDIZEU-SE CLAMOROSAMENTE!!!!!!

    VAMOS LÁ!!! RUMO À MAIORIA!!!!

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  29. José permalink
    9 Julho, 2009 18:37

    Obama:

    Acaba, acaba. Quando se acabarem os aterros da cova da beira, as urbanizações tipo fripor, as universidades independentes em saldos de cursos por correspondência, os projectos aldrabados de construções de fugir, as escapadas ao bijan, as traficâncias negociais de salto à vara, as fundações com dinheiro público para fins privativos, as chusmas de incompetentes e repetentes do cartão rosa e laranja, as passagens administrativas da Administração pública para as empresas privadíssimas tipo mota-engil, etc etc etc.
    É preciso o equilíbrio nos poderes…

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  30. Boa_malha permalink
    9 Julho, 2009 18:49

    Bom post, para actualizar o Abrupto, que bem precisa.

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  31. Hevel permalink
    9 Julho, 2009 18:50

    Ao LR
    ““Acha que a Saúde e a Educação devem ter como prioridade o lucro??”

    Porque não? Se houver concorrência, é a melhor forma de garantir a qualidade.”
    Leio mal ou isto é um insulto a cada cirurgião que actuará em função do lucro e não do saber ?

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  32. 9 Julho, 2009 19:02

    Hevel,

    “Leio mal ou isto é um insulto a cada cirurgião que actuará em função do lucro e não do saber?”

    Leu mal. Em contexto concorrencial, qualquer prestador deve satisfazer as expectativas do seu Cliente, sob pena de o perder. Manterá o saber, mas acumulará prejuízos.

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  33. Anónimo permalink
    9 Julho, 2009 19:12

    Desde que o João Miranda e a Helena Matos e o JCD passaram a postar pouco;
    desde que Anticomuna e o José passaram a comentar pouco,

    este blog, passou a ser um antro de burgessos.

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  34. 9 Julho, 2009 19:20

    1º – Há um problema sério na tributação fiscal. Os rendimentos declarados á máquina fiscal não são NADA fiáveis, excepto se o contibuinte for funcionário público. Daí que a fiscalidade requer revisão urgente para incluir o património do próprio (e dos familiares)e a declaração de bens em offshores.

    2º – A tributação (contributo) em termos da justeza nos impostos só pode ser feita nessa base.

    3º – Se alguém é “rico ou muito rico” não o é decerto por trabalho próprio mas por outros terem trabalhado para ele, o que supõe responsabilidade social para quem o tornou materialmente rico.

    4º – A Educação e a Saúde são facilmente geríveis desde que os políticos à portuguesa assumam de vez que as Escolas vão ser geridas por professores e os Hospitais e Centros de Saúde por médicos. Pelos melhores professores e melhores médicos. Se derem o poder técnico aos professores (por contra ponto aos palhaços dos tecnocratas), Portugal pode atingir níveis de desenvolvimento e bem estar excelentes. A sociedade civil deve estar implicada na fiscalização e não mais uns grupelhos que tomaram conta da “quinta” de todos.

    5º – Deve existir uma pressão concorrencial permanente entre o SNS e o privado subsidiado por nós e uma fiscalização apertada, por parte da sociedade civil, sobre os serviços prestados.

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  35. 9 Julho, 2009 19:22

    # 23

    “Em contexto concorrencial, qualquer prestador deve satisfazer as expectativas do seu Cliente, sob pena de o perder.”

    De o perder … ou de morrer?

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  36. Basico permalink
    9 Julho, 2009 19:23

    E um bocadinho triste ver tanta gente excitada com a privatizacao do unico servico publico que ainda funcionava razoavelmente bem.
    Num pais onde a carga fiscal sobre o cidadao de classe media deve andar perto dos 40-45% (entre IRS, IVA, Imposto sobre os produtos petroliferos, Imposto Automovel, IMI, IMT, etc)., ver pessoas contentes por o estado les estar a retirar o ultimo servico que lhe prestava quase em condicoes, e um bocadinho tristes.

    Pobres de vos que ja nao tem:

    – Justica
    – Educacao
    – Reformas

    e que em breve perderao a Saude quasi gratuita.

    Para que servem os vossos impostos? Para pagar os vencimentos daqueles que vos cobram impostos? Para pagar vencimentos dos politicos que vos desgovernam? Para vos encherem o pais com mamarrachos e obras faraonicas completamente desproporcionadas ao nivel de vida do pais da cauda da europa?

    Montados nas tiras de alcatrao deixadas pelo Centrao, de muito vos vao valer os conceitos de “maior competicao na prestacao de servicos = maior qualidade”.

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  37. 9 Julho, 2009 19:28

    Parece que as pessoas ainda não se deram conta que uma percentagem elevadíssima de médicos, durante estes 4 anos, deixaram o SNS. Cobram AGORA ao Estado (nós!) quantias verdadeira/ astronómicas. Paga Zé.

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  38. 9 Julho, 2009 19:29

    Um freeport do nosso futuro

    Ontem, numa daquelas cerimónias tão bonitas de lançamentos de primeiras pedras que sempre abundam antes de actos eleitorais, o secretário de Estado da Saúde garantiu que o processo é “irreversível”. Não se referiria nem à repetição sistemática da prática de ilegalidades de obras que avançam sem o necessário visto do Tribunal de Contas, nem ao apoio do seu partido a candidaturas autárquicas de forças aglutinadoras de processos na Justiça como Mesquita Machado, especialista em apedrejamentos daquela tipologia, nem à campanha eleitoral que ali fazia. Parece que falava mesmo do Hospital de Braga. Avançará mesmo, apesar de ilegal.

    Recorde-se que a construção do futuro Hospital de Braga, que começou há cerca de seis meses, está a ser feita no âmbito de uma parceria público-privada com a José de Mello Saúde, que estará 10 anos à frente da gestão administrativa daquela unidade de saúde e 30 anos na sua manutenção. Curiosamente, a decisão de avançar para esta parceria público-privada foi tomada pelo Ministério de Ana Jorge na mesma semana que terminou a gestão do Grupo Mello no Hospital Amadora-Sintra, depois de 13 anos de escândalos e má gestão.
    http://www.opaisdoburro.blogspot.com/2009/07/apedrejando.html

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  39. O puto novo no bairro permalink
    9 Julho, 2009 19:30

    # 32 é o que dá ter passado de uma economia de mercado, para uma sociedade de mercado. O cirurgiao tornou-se um agente económico.

    Onde vai o juramento de Hipócrates. Impera a cirurgia em cadeia, a cirurgia-lucro. E de facto os médicos pensam muito mias no cifrão do que no paciente, aliás “cliente”.

    E esta deriva do significante é decadente: o paciente tornado cliente.

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  40. 9 Julho, 2009 19:32

    O dito sistema privado do SNE existe, na sua quase totalidade, por ser subsidiodependente.

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  41. 9 Julho, 2009 19:37

    Para um professor, um jovem não é um cliente. É UM ALUNO.

    Para um médico, uma pessoa não é um cliente. É UM DOENTE.

    Um professor ou um médico que assim não pensem nem actuem exercem outra profissão que não a medicina ou docência.

    Disse.

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  42. LUSITÂNEA permalink
    9 Julho, 2009 19:38

    Ainda há pouco tempo o TC sentenciou que o SNS deve atender os UTENTES com cartão.De resto é a pagar.Acho bem que investiguem por exemplo as despesas duma mulher que tem dois filhos num ano…
    Que reavaliem as “cooperações” que não são feijões em termos de custos no SNS.Que disciplinem o pessoal do SNS pois que deveria haver limites legais ao que se pode “ganhar” em acumulações.
    Agora irem aos mesmos de sempre, apesar de vencimentos de miséria como diz a Ana Gomes isso não.Até porque a qualidade pela minha experiência é uma merda.Assisti os meus pais até ao cemitério e dei por mal empregue os impotos que me sacaram a mim e aos velhotes de que se queriam ver livres o mais depressa possível.

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  43. 9 Julho, 2009 19:41

    Continuo à espera da medicina online, com link à farmácia online.

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  44. Basico permalink
    9 Julho, 2009 19:44

    Esta aqui Piscoiso, especialmente para ti.

    http://www.assistedsuicide.org/

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  45. 9 Julho, 2009 19:48

    # 42

    “Assisti os meus pais até ao cemitério e dei por mal empregue os impotos que me sacaram a mim e aos velhotes de que se queriam ver livres o mais depressa possível.”

    Doente ou cliente?
    O problema é o valor da vida humana.

    Acha normal que as entradas nas Faculdades de Medicina tenham aquelas médias idiotas? Todos superdotados (IHIHIHIH). Dá barraca, em termos humanos. Muitos são do tipo “marrão” ~…

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  46. 9 Julho, 2009 19:52

    #44.
    O suicídio é uma cobardia básica.

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  47. 9 Julho, 2009 19:55

    Quem paga mais impostos já paga mais para a saude! Não é preciso penalizá-lo duas vezes!!!!!
    O nosso sistema é “Beveridgiano”, financiado pelo OGE!!!

    Quanto à ADSE os seus beneficiário também pagam um suplemento para ter esse benefício. O único erro é que deveriam ser chamados a exercer o “opting out”, ou seja, não ter dois sistemas. De resto, qualquer um pode ter um seguro de saude!

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  48. 9 Julho, 2009 20:01

    A maioria dos portugueses estão satisfeitos com o SNS. Leiam o livro de Boaventura Sousa Santos.

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  49. 9 Julho, 2009 20:07

    # 47

    Neste momento quase que já não existe ADSE (infelizmente). E todos os beneficiários continuam a pagar, por mês, quantias consideráveis em função dos respectivos vencimentos.

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  50. 9 Julho, 2009 20:22

    Puto,

    “# 32 é o que dá ter passado de uma economia de mercado, para uma sociedade de mercado. O cirurgiao tornou-se um agente económico.”

    O cirurgião sempre foi um agente económico, tal como o são e sempre foram qualquer produtor de bens, prestador de serviços ou consumidor.

    “Onde vai o juramento de Hipócrates. Impera a cirurgia em cadeia, a cirurgia-lucro. E de facto os médicos pensam muito mias no cifrão do que no paciente, aliás “cliente”.”

    Qualquer profissão tem um código deontológico, sendo que o dos médicos baseia-se no juramento de Hipócrates. Qualquer código deontológico fixa os deveres da profissão ou da actividade, os quais têm sempre em vista servir da melhor forma aquele que é a razão de ser da sua existência: o Cliente. Só a satisfação deste garante a sua fidelidade e o lucro ao produtor ou prestador. E só a concorrência permite maximizar a qualidade, pois a existência de opções garante ao Cliente a possibilidade de mudar em qualquer altura para outro fornecedor que satisfaça melhor as suas expectativas.

    “E esta deriva do significante é decadente: o paciente tornado cliente.”

    Paciente ou utente, são termos aplicáveis a quem não tem possibilidades de escolha e tem de se sujeitar aos produtos ou serviços garantidos por uma entidade em regime de monopólio ou quase, geralmente o Estado. Aqui os interesses do utilizador, aquele que de facto justifica a existência da actividade, são sempre secundarizados face aos interesses das corporações que a dominam: os médicos, os enfermeiros, os professores, os auxiliares de educação, etc. Isto sim, constitui o exemplo mais claro de decadência a que assistimos diariamente em Portugal. E tal acontece porque não estão sujeitos a um objectivo moralizador: o LUCRO.

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  51. Basico permalink
    9 Julho, 2009 20:31

    Quem nao viver em portugal e lesse o post #50 ate poderia pensar que os desgracados que tiveram o azar de tirar um curso na area da saude – medicos por exemplo – sao uns pobres coitados, uma corja de mal pagos.

    Acontece que quem vive em Portugal sabe perfeitamente que o que se passa e o contrario, a classe medica, e todas as profissoes que giram em torno da saude, sao das mais bem remuneradas do pais (para nao dizer as mais bem remuneradas), seja no sector publico, ou no sector privado.

    O numero de medicos que se licencia anualmente foi artificialmente estrangulado pela “corporacao” para assegurar que os que estao no mercado podem exigir bons salarios. A coisa esta tao ma que Portugal e o paraiso dos profissionais de medicina espanhois e brasileiros (para alem dos do leste europeu que tantas dificuldades tem em conseguir equivalencias).

    O dinheiro nao e, entao, a razao pela qual o servico publico nao e tao bom quanto seria de desejar.

    As assimetrias (de condicoes e de remuneracao) que estao a ser propositadamente criadas entre o sistema publico, que esta a ser descapitalizado, e o sistema privado somente instigam aqueles que desgracadamente se batem pela causa publica a sua saida para o privado.

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  52. 9 Julho, 2009 20:43

    Básico (#51),

    Já reparou que a verdadeira causa dos desequilíbrios que enunciou decorre da falta de concorrência e do predomínio das corporações?

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  53. Basico permalink
    9 Julho, 2009 21:07

    Eu considero as minhas opinioes de direita, e quem me lesse, ate poderia dizer que eu sou um “neo liberal”.
    No entanto, das poucas vezes que tive de ir ao medico, e nao obstante ter um sistema privado de saude, apreciei o tratamento gratuito que recebi no NHS.
    Ninguem foi mal educado comigo, nao tive de esperar horas, os medicamentos foram gratuitos.

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  54. Impresário permalink
    9 Julho, 2009 21:39

    Temos à disposição dos senhores clientes uma vasta gama de seguros de saúde contemplando as mais diversas situações.

    Plano Básico:
    1 pacote de aspirina, vacinação anti-malária, 1 tubo de vasilina. Para uma protecção eficaz contra gripes de A a Z, melgas e outras formas de espoliar as classes baixas.

    Plano Aurea Mediocritas
    Assinatura mensal de “O Liberalho”, acesso de banda larga a blogs e game box de um dos três grandes à escolha. Não protege contra a melancolia mas ajuda a aguentar os cortes no 13º mês com bom humor.

    Plano Aurea Mediocritas Plus
    O mesmo que o anterior mais excursão a estabelecimento de diversão nocturna e 1 garrafa de JB Red Label pelo Natal e aniversário. Mesmo assim continua a ser ineficaz contra a melancolia.

    Plano Inclinado
    É o indicado para a maioria dos apoiantes do Governo: não protege de nada mas suaviza a queda.

    Plano Americano
    Permite um melhor controle da imagem porque o corte é feito pela cintura. Evita mostrar que no fundo se está borrado de medo.

    Plano de Emergência
    Uma Laranja, um barrete verde de campino e uma Biblia. Quando se perceber que os dois primeiros falharam mais uma vez restar-lhe-á rezar.

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  55. 9 Julho, 2009 21:40

    Bons e maus profissionais existem em todos os sectores.

    Há excelentes carpinteiros. Há péssimos carpinteiros.
    Há excelentes canalizadores. Há péssimos canalizadores.

    No caso de profissões da área dos serviços, vitais à comunidade, não podem existir péssimos servidores. Podem existir menos bons profissionais. O contexto onde trabalham não o permite.

    Não podem existir, por razão de constrangimentos de funcionamento do todo e do próprio exercício das profissão, péssimos médicos e péssimos professores nos sistemas públicos.

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  56. 9 Julho, 2009 21:50

    LR (52)

    A concorrência é fundamental mas nada de misturas.

    No privado paga o “privado”. E nada de colocar no IRS, para abatimento, despesas dos pagamentos do privado! É que, deste modo, continuamos a pagar todos … para o “privado” de quem pode (materialmente, falando).

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  57. lucklucky permalink
    9 Julho, 2009 22:43

    “Não podem existir, por razão de constrangimentos de funcionamento do todo e do próprio exercício das profissão, péssimos médicos e péssimos professores nos sistemas públicos.”

    Mas é isso que tem já agora. Nenhum jornal ou media lhe diz ou se preocupa em investigar porque os Jornais todos fazem parte dos lobbies do regime. Logo só saberemos os podres quando alguém não fizer parte ou não quiser fazer parte.
    Viu alguma notícia sobre as taxas de sobrevivência ás diversas operações? taxas de sobrevivência ao cancro?recuperação? Quantos podiam ter sido salvos e não são? Taxas de infecções?

    Não se vê nada, o sistema é todo opaco – aliás é opaco na maior parte dos países – e no entanto 15% do Orçamento vai para a Saúde.

    Como não há escrutínio algum, está todo dentro dos gabinetes o que existe é um Monstro que irá crescer sem travão e com muito pouca competição.

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  58. lucklucky permalink
    9 Julho, 2009 22:47

    “A concorrência é fundamental mas nada de misturas.

    No privado paga o “privado”. E nada de colocar no IRS, para abatimento, despesas dos pagamentos do privado! É que, deste modo, continuamos a pagar todos … para o “privado” de quem pode (materialmente, falando).”

    Não resolve nada assim. Não induz as boas práticas nem a economia no sistema. Se houver um cheque saúde onde a pessoa pode escolher onde se quer tratar os Hospitais passam a concorrer pelo doente. Têm de convence-lo que ali é que são curados. Neste momento não há informação alguma no sistema ou é muito reduzida.

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  59. Orabolas permalink
    9 Julho, 2009 23:35

    Ainda não percebi qual é o problema? Vamos pagar mais pela saúde? claro que vamos. Vamos ter menores reformas? claro que vamos. Se é mais 1 pc ou 10 pc, é só uma questão de tempo.
    Já que falam em saude, arranjem mas é uma bisnaguinha de vaselina, que é a coisa mais acertada que fazem…
    E Botem, votem muito, muiiito, não s’abstenham queles num gostam… aliás até há deles que só estão lá pra ajudar o pobiléu – todos…

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  60. atom permalink
    9 Julho, 2009 23:43

    Então espera-se que aqueles que descontam para terem serviço de saúde e que simultaneamente o tenham de pagar sejam contemplados com uma mudança semântica que é gratuita para o futuro governo do PSD (D. Manuela) e que torna tudo mais claro…
    Esses descontos deveram passar a ser chamados de IMPOSTOS.

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  61. 10 Julho, 2009 16:13

    No geral, tenho de concordar com o LR. Na verdade, Portugal sempre teve orgulho no seu SNS, que, numa perspectiva bioética da gestão hospitalar, acarinha o lema de “mais para quem mais precisa”. O SNS é, portanto, fundamentalmente correcto e justo na sua organização estrutural e funcional.
    Por outro lado, intriga-me particularmente a forma como se escalonariam os rendimentos. Se bem me recordo, esse escalonamento é a base dos pedidos de bolsas de acção social, e a verdade é que sempre se constataram as mais flagrantes injustiças. Voltamos, assim, à “Tia Carlota”: a aparência é uma, o rendimento outro e a riqueza outra ainda. Na ausência de um sistema de controlo rígido, inflexível e incorruptível, de forma alguma o país poderá basear a prestação de um serviço como a Saúde no rendimento anual, capitação média mensal, seja lá o que for…

    Quanto às realidades neo-liberais (terei lido bem?), não é de agora a discussão da pertinência de tais sistemas. Uma parte dos EUA há muito que olha de soslaio o seu “mais para quem mais contribui”, ou não fosse a medicina americana tão marcada por tal abordagem. Não é mito: a literatura científica refere-o não raras vezes.

    Tendo disto isto, resta-me acrescentar que me irrita esta generalização tosca, na qual se toma libertinamente o todo pela parte, cuidando que essa é a leitura mais correcta da classe médica. De facto, a classe médica tem um ascendente social que já não faz sentido em lado algum do planeta (exceptuando, talvez, os locais onde o “médico” acumula a função de clarividente ou feiticeiro), mas assumir que aquilo que um médico aufere e/ou a importância social que detém ou lhe atribuem diga seja o que for da sua qualidade relacional e profissional é um erro que só poderei ler como má-fé. Mais: aborrece-me sobremaneira que ainda se veja os alunos de Medicina como uns meros marrõezinhos inveterados, com cifrões no lugar das pupilas. Isso não é verdade na esmagadora maioria dos casos, e só o poderá pensar quem não sabe do que fala.
    E se a linha é a demagogia, então permitam-me que mostre o outro lado da questão: é absolutamente verdade que a “corporação” – como lhe foi chamado – tem uma política ríspida e colapsante, mas de nenhuma outra forma se poderia ter assegurado o que se assegurou até hoje: que haveria lugar para todos, à medida de todos. Certamente todos os meus colegas enfermeiros e professores, agora recém-licenciados, agradeceriam ter a mesma certeza.

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