Pois…
23 Julho, 2009
«Trás-os-Montes é classificada como a Sub-Região mais pobre [entre 254] da UE27»
Esqueceram-se certamente de comparar com a Irlanda.
«Trás-os-Montes é classificada como a Sub-Região mais pobre [entre 254] da UE27»
Esqueceram-se certamente de comparar com a Irlanda.
Trás-os-Montes é uma região com um povo especial e difícil de compreender para que o vê de fora. E falo como trasmontano.
Fomos constantemente esquecidos pelo poder central porque nunca andámos a mendigar nem a reinvidicar subsídios. São raros os casos de rendimento mínimo nesta região. Os jovens emigram para o estrangeiro ou para as grandes cidades em busca de trabalho. A crise aqui não se reflecte muito sobretudo porque quase não há industria e em Bragança o desemprego diminuiu nos últimos meses.
Mas depois aparecem estas estatísticas… Quer saber de outra estatística estranha e intrigante? Chaves é uma das cidades do país com mais bancos per capita e adivinhe… estão todos recheados de dinheiro, os transmontanos são pouco endividados e é em Trás-os-Montes que os bancos buscam dinheiro para conceder empréstimos aos lisboetas que querem comprar casa. Sabia disso?
Agora tente explicar a contradição entre o que lhe disse e a notícia do link.
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fernando alves:
Mas estamos a falar de infaestruturas de desenvolvimento ou de dinheiro? é que se estivermos a falar de dinheiro Angola também têm muitos diamantes… São coisas diferentes!!
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Nuno Teixeira:
E esse estudo refere o quê? Riqueza ou infraestruturas?
Além disso, se em Trás-os-Montes há riqueza, talvez até fosse boa ideia criar infraestruturas de apoio ao comércio e à industria, por exemplo, já que afinal há dinheiro para investir.
Ao invés disso, o nosso querido governo dedica-se a retirar maternidades e afins…
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Espertos os Transmontanos…pouco amigos do endividamento…vivem com o que tem!!!
Talvez o isolamento fosse uma benesse disfarçada…
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A CEE/UE seria a solução para os nosso problemas não era? Foi isso que ouvi de vozes “inteligentes, respeitadas” do Dr.Mário Soares até ao Locutor da RTP…
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fernando alves
pois fernando, também não sei o quê refere em concreto mas não me parece que seja riqueza per capita.
o que é certo é que mais do que sermos um país pobre, somos um mais desorganizado, mal gerido e com muita corrupção e desigualdade.
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Nós, os transmontanos, penso que só queremos uma estradita melhor para receber e escoar as mercadorias.
E não queremos andar de ambulância de um lado para o outro.
Esses “não-sei-quê mínimos” são para quem não quer trabalhar (salvo raríssimas excepções…), receber isso é um insulto à n/ capacidade de trabalho.
É pedir muito?
Quando passo no Alentejo e vejo aquelas auto-estradas todas, também me sinto insultado, claro… Para que é aquilo?… Para os senhores do poder terem boas estradas a caminho dos seus “montes”
Isto, meus amigos, é o país da tanga e tudo nas nossas barbas…
Imitando o ilustre Ruas (de Viseu), por mim, corria esses trastes todos à pedrada, eles que se cuidem… Aqui nem põem os pés, já sabem…
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“Esqueceram-se certamente de comparar com a Irlanda.”
Se isso aconteceu, então seria a mais pobre entre 255!
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E deve dizer-se, lembrando, que nem tudo é tão pobre assim, pelo Norte, se, a obviar a discrepância de riqueza, sempre há alguém do PS e do PSD a abarbatar-se, alternadamente, dos subsídios que a UE para aí manda, como um caudal que não seca.
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Tras-os-Montes é muito mais interessante como região do que o “Allgarve.” E muitíssimo mais rica do que o resto “industrializado” e “moderrnizado” do país. É a região onde há menos fome e menos poluição.
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Pobretes, mas alegretes, tão vendo?
Que dizem a sub-região mais pobre da UE 27, estatísticas, se a gente não o sente e, feliz, até contradiz a notícia, para votar nos mesmos sempre.
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Neste momento o maior empecilho ao desenvolvimento de Trás os Montes (da parte Nordeste) são os dois Parques Naturais (Montesinho e Douro Internacional). Não por existirem, obviamente, mas pela forma como são geridos.
Ocupam uma área imensa (e, estranhamente, crescem a olhos vistos. As placas indicativas num ano estão num sítio e no ano seguinte já estão noutro mais à frente. Um mistério.) e quem manda naquilo não deixa fazer nada. Absolutamente nada. Desde construir um estábulo para os animais, a cortar uma árvore ou a desbravar um caminho quanto mais explorar comercialmente um circuito turístico que seja.
Só quem lá (cá) vive, ou tenta viver, pode testemunhar a prepotência e arrogância dos senhores dos parques naturais. Todos podem(os) testemunhar a ofensa que são as passeatas nos jipes dos Parques Naturais com o intuito de encontrar alguém, que esteja a fazer pela vida, para lhe atirar com não sei quantos regulamentos obscuros e com as ameaças (veladas ou explícitas) que os pequeninos poderes permitem.
Eu sei bem o que o Ruas de Viseu disse. Falem com as pessoas de Montesinho ou de Miranda e verão que o que lhe falta é força nos braços porque pedras e vontade abundam por lá.
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“O documento questiona ainda a abertura de cinco novos centros comerciais numa região onde existem já 25 destas grandes superfícies, o que “prejudicará o comércio tradicional, bem como o crescimento e o emprego”.
Andou para aí um debate onde tinham dado jeito estas informações…
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Alguns comentários aqui são patéticos. Em Trás os Montes pode não haver fome, como há por exemplo no Minho (apesar de ter das maiores concentrações de autoestrada da Europa!!!) porque a emigração é massiva, quer para fora do país quer para o litoral. Somos uma vergonha como país, um país falhado, apesar dos biliões da Europa, continuamos a ter que emigrar ! E nos próximos anos serão várias centenas de milhar.
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A definição de pobreza feita pelos economistas é fraca. A pobreza tem a ver com o desenvolvimento ou não do potencial humano, e não dos recursos e sua distribuição.
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